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01/01/2019

Temas para reflectir e meditar

Se bem que se pudesse ter oposto à partida do filho, o pai não o fez. 

Permitiu-Lhe que tomasse o seu quinhão e partisse, pois não se pode obrigar alguém a amar. Sabemos quais foram as consequências da partida do filho, sabemos que foi caindo cada vez mais baixo e que a sua vida se foi tornando cada vez mais penosa.
No nosso comentário podemos procurar fazer valer certos elementos não expostos directamente na parábola. Podemos, por exemplo, supor que o pai tenha tomado conhecimento do que se passava com o filho mais novo pelos seus servidores, sabendo assim que ele quase morria à fome, que estava sem abrigo e que andava completamente perdido. Suponhamos que, querendo poupar o filho de tal sorte e de tal humilhação, o pai tenha decidido enviar um seu servidor, às claras ou em segredo, com uma bolsa de dinheiro, o que lhe permitiria levar '' uma vida normal, ou ainda o regresso à vida desregrada. 'Seria este tipo de ajuda que o pai poderia proporcionar repetidas vezes, capaz de provocar o regresso do filho? Tudo parece indicar que não. Quer isto dizer que, ao amar o filho, o pai não deveria protegê-lo das consequências do mal que o próprio filho desencadeara. Pelo contrário, o seu coração paternal devia arcar com o sofrimento infligido pelo filho. 

(Tadeus DajczerMeditações sobre a Fé, Paulus, 4ª Ed., pg. 86)

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