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03/07/2018

Temas para reflectir e meditar

Matrimónio

Para que a graça do Sacramento (Matrimónio) desprenda todo o seu poder é necessária a cooperação dos cônjuges, que deve consistir em batalhar com todo o empenho em cumprir diligentemente com as suas obrigações.


(pio xiEnc. Casti Connubi, 1930.12.31)

Evangelho e comentário


Tempo comum

São Tomé - Apóstolo

Evangelho: Jo 20, 24-29

24 Tomé, um dos Doze, a quem chamavam o Gémeo, não estava com eles quando Jesus veio. 25 Diziam-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor!» Mas ele respondeu-lhes: «Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito.» 26 Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez dentro de casa e Tomé com eles. Estando as portas fechadas, Jesus veio, pôs-se no meio deles e disse: «A paz seja convosco!» 27 Depois, disse a Tomé: «Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel.» 28 Tomé respondeu-lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» 29 Disse-lhe Jesus: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto!»

Comentário:

Ficamos a dever a São Tomé um extraordinário exemplo que deve-mos considerar.

Em primeiro lugar a prudência. Não acreditar em tudo quanto nos dizem - mesmo que quem o faz nos mereça confiança – sem nos assegurar-mos por nós próprios sobre a verdade.
Pode acontecer que quem nos diz algo não querendo enganar-nos pode dar-nos uma informação errada convencido que está correcto o que diz.

Em segundo lugar virá a entrega. Quando se confirma o que nos dizem deixa de haver lugar ou justificação para dúvidas e, honestamente, devemos reconhecer a verdade e agir de acordo sem mais delongas.

(AMA, comentário sobre Jo 20, 24-29, 03.07.2017


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Leitura espiritual




Amar a Igreja 

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Sacerdotes e leigos

Compreendo essa estranheza, mas não seria sincero se afirmasse que a compartilho.

Estes homens que, livremente, porque assim o quiseram - e isto é uma razão muito sobrenatural - abraçam o sacerdócio, sabem que não fazem nenhuma renúncia, no sentido em que vulgarmente se emprega esta palavra.

Já se dedicavam - pela sua vocação ao Opus Dei - ao serviço da Igreja e de todas as almas, com uma vocação plena, divina, que os levava a santificar o trabalho e a procurar, por meio dessa ocupação profissional, a santificação dos outros.

Como todos os cristãos, os membros do Opus Dei, sacerdotes e leigos, sempre cristãos correntes, encontram-se entre os destinatários destas palavras de S. Pedro:

Vós sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido, afim de anunciantes as virtudes d'Aquele que vos chamou das trevas para a Sua luz admirável. Vós que outrora não éreis o Seu povo, mas que agora sois o povo de Deus; vós que antes não tínheis alcançado misericórdia e agora a alcançastes.

Uma única e a mesma é a condição de fiéis cristãos nos sacerdotes e nos leigos, porque Deus Nosso Senhor nos chamou a todos à plenitude da caridade, à santidade: bendito seja Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo.
Foi assim que n'Ele nos escolheu antes da constituição do mundo, para sermos santos e imaculados diante dos Seus olhos.

Não há santidade de segunda categoria: ou existe uma luta constante por estar na graça de Deus e ser conformes a Cristo, nosso Modelo, ou desertamos dessas batalhas divinas.

O Senhor convida todos para que cada um se santifique no seu próprio estado.

No Opus Dei esta paixão pela santidade - apesar dos erros e misérias individuais - não se diferencia pelo facto de se ser sacerdote ou leigo; e, além disso, os sacerdotes são apenas uma pequeníssima parte, em comparação com o total de membros.

Olhando com olhos de fé, a chegada ao sacerdócio não constitui, portanto, nenhuma renúncia; e chegar ao sacerdócio também não significa um passo mais na vocação ao Opus Dei.

A santidade não depende do estado - solteiro, casado, viúvo, sacerdote -, mas sim da correspondência pessoal à graça, que a todos é concedida, para aprendermos a afastar de nós as obras das trevas e para nos revestirmos das armas da luz, da serenidade, da paz, do serviço sacrificado e alegre à humanidade inteira.

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Dignidade do Sacerdócio

O sacerdócio leva a servir a Deus num estado que, em si mesmo, não é melhor nem pior do que os outros; é diferente.

Mas a vocação de sacerdote aparece revestida duma dignidade e duma grandeza que nada na terra supera.

Santa Catarina de Sena põe na boca de Jesus Cristo estas palavras:

Não quero que diminua a reverência que se deve professar aos sacerdotes, porque a reverência e o respeito que se lhes manifesta, não se dirige a eles, mas a Mim, em virtude do Sangue que lhes dei para que o administrem. Se não fosse isso, deveríeis dedicar-lhes a mesma reverência que aos leigos e não mais...
Não devem ser ofendidos: ofendendo-os ofende-se a Mim e não a eles.
Por isso o proibi e estabeleci que não admito que toqueis nos meus Cristos.

Alguns afadigam-se à procura, como dizem, da identidade do sacerdote.


Que claras resultam estas palavras da Santa de Sena!
Qual é a identidade do sacerdote?

A de Cristo.

Todos os cristãos podem e devem ser, não já alter Christus, mas ipse Christus: outros Cristos, o próprio Cristo!

Mas no sacerdote isto dá-se imediatamente, de forma sacramental.

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Para realizar uma obra tão grande - a da Redenção - Cristo está sempre presente na Igreja, principalmente nas acções litúrgicas.

Está presente no sacrifício da Missa, tanto na pessoa do Ministro - "oferecendo-se agora por ministério dos sacerdotes O mesmo que se ofereceu a si mesmo na cruz" -, como, sobretudo, sob as espécies eucarísticas.

Pelo sacramento da Ordem, o sacerdote torna-se efectivamente apto para emprestar a Nosso Senhor a voz, as mãos, todo o seu ser: é Jesus Cristo quem, na Santa Missa, com as palavras da consagração, transforma a substância do pão e do vinho no Seu Corpo, Alma, Sangue e Divindade.

Nisto se fundamenta a incomparável dignidade do sacerdote.

Uma grandeza emprestada, compatível com a minha pequenez.
Eu peço a Deus Nosso Senhor que nos dê, a todos os sacerdotes, a graça de realizar santamente as coisas santas, e de reflectir também na nossa vida as maravilhas das grandezas do Senhor.

Nós, que celebramos os mistérios da Paixão do Senhor, temos de imitar o que fazemos.

E então a hóstia ocupará o nosso lugar diante de Deus, se nós mesmos nos fizermos hóstias.

Se alguma vez encontrais um sacerdote que, exteriormente, não parece viver de acordo com o Evangelho - não o julgueis, Deus o julga –
, sabei que, se celebrar validamente a Santa Missa, com intenção de consagrar, Nosso Senhor não deixa de descer até àquelas mãos, ainda que sejam indignas.

Pode haver maior entrega, maior aniquilamento?

Mais do que em Belém e no Calvário!

Porquê?


Porque Jesus Cristo tem o Coração oprimido pelas suas ânsias redentoras, porque não quer que ninguém possa dizer que não foi chamado, porque se faz encontrar pelos que não O procuram.

É amor?

Não há outra explicação.

Que insuficientes se tornam as palavras, para falar do Amor de Cristo!
Ele baixa-se a tudo, admite tudo, expõe-se a tudo - a sacrilégios, a blasfémias, à frieza da indiferença de tantos - com o fim de oferecer, ainda que seja a um único homem, a possibilidade de descobrir o bater de um Coração que salta no Seu peito chagado.

Esta é a identidade do sacerdote: instrumento imediato e diário da graça salvadora que Cristo ganhou para nós.

Se se compreende isto, se isto é meditado no silêncio activo da oração, como se pode considerar o sacerdócio uma renúncia?

É um ganho impossível de calcular.

A Nossa Mãe Santa Maria, a mais santa das criaturas - mais do que Ela, só Deus - trouxe uma vez Jesus ao mundo; os sacerdotes trazem-no à nossa terra, ao nosso corpo e à nossa alma, todos os dias: Cristo vem para nos alimentar, para no vivificar, para ser, desde já, penhor da vida futura.

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Sacerdócio comum e sacerdócio ministerial

Nem como homem, nem como fiel cristão, o sacerdote é mais do que o leigo.

Por isso é muito conveniente que o sacerdote professe uma profunda humildade, para entender como também no seu caso se cumprem plenamente, de modo especial, aquelas palavras de S. Paulo:

Que possuís que não tenhais recebido?

O recebido... é Deus!

O recebido é poder celebrar a Sagrada Eucaristia, a Santa Missa - fim principal da ordenação sacerdotal -, perdoar os pecados, administrar outros sacramentos e pregar com autoridade a Palavra de Deus, dirigindo os outros fiéis nas coisas que se referem ao Reino dos Céus.

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O sacerdócio dos presbíteros, que pressupõe os sacramentos da iniciação cristã, confere-se mediante um Sacramento particular, pelo qual os presbíteros, pela unção do Espírito Santo, são selados com um carácter especial e se configuram com Cristo Sacerdote de tal modo que podem actuar na pessoa de Cristo cabeça.

A Igreja é assim, não por capricho dos homens, mas por expressa vontade de Jesus Cristo, seu Fundador.

O sacrifício e o sacerdócio estão tão unidos, por determinação de Deus, que em toda a Lei, na Antiga e na Nova Aliança, existiram os dois.

Tendo, pois, recebido a Igreja Católica no Novo Testamento, por instituição do Senhor, o sacrifício visível da Eucaristia, deve-se também confessar que há n'Ele um novo sacerdócio, visível e externo, no qual se transformou o antigo.

Nos que são ordenados este sacerdócio ministerial soma-se ao sacerdócio comum de todos os fiéis.

Portanto, seria um erro defender que um sacerdote é mais cristão do que qualquer outro fiel, mas pode afirmar-se que é mais sacerdote: pertence, como todos os cristãos, ao povo sacerdotal redimido por Cristo e, além disso, está marcado com o carácter do sacerdócio ministerial, que se diferencia essencialmente, e não apenas em grau, do sacerdócio comum dos fiéis.

SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

(cont)

Cardeal D. António Marto

Resultado de imagem para d. antónio marto cardealRejubilo com  esta nomeação.
No Colégio Cardinalício passa a haver um homem com um sorriso permanente.

O 'sorriso permanente' vem do interior, do mais profundo da alma, é, claro uma atitude exterior, mas sem dúvida é, também, o reflexo de um sentimento profundo e genuíno de quem vive em paz consigo mesmo e com Deus.

Ao Magistério de pessoas - homens como nós - com evidentes méritos e qualidades mas, na minha pobre e canhestra opinião, faltava algo que se identificasse com a pessoa - o cristão - corrente, de todos os dias, com alegrias e tristezas, problemas e também "grandezas" de critério e posicionamento perante a vida comum, normal de todos.

D. António Marto personifica exactamente esse homem: simples, sério, competente, inteligente, culto, activo em extremo mas que tem permanentemente um sorriso que cativa, convence... comove.

Parece que, para ele, ser Cardeal é apenas uma etapa da sua vida entregue a Deus; não pareceu nem um pouco surpreendido com a nomeação. 

Será a futura Face da Igreja Viva que todos os cristãos ansiamos, uma Igreja alegre, vivendo naturalmente sem peias nem considerações de "estratégia" do que convém ou não.

Eu - que não passo de um vulgaríssimo cristão - atrevo-me a, neste momento de alegria intensa que vivo, a cumprimentar e alegrar-me com a escolha do Santo Padre, claramente, sob a influência do Espírito Santo.

Honra para Portugal!   Ora bolas... deixemo-nos disso!

Honra para os cristãos, honra para a Santa Igreja, louvor e Glória ao Divino Espírito Santo que está atento, não dorme...

AMA

Reto del amor





VIVE DE CRISTO®Dominicas de Lerma

Vazio de todo o meu eu, enche-o de Ti


Pede ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, e à tua Mãe, que te façam conhecer-te e chorar por esse montão de coisas sujas que passaram por ti, deixando – ai! – tanto depósito... E ao mesmo tempo, sem quereres afastar-te dessa consideração, diz-lhe: – Dá-me, Jesus, um Amor como fogueira de purificação, onde a minha pobre carne, o meu pobre coração, a minha pobre alma, o meu pobre corpo se consumam, limpando-se de todas as misérias terrenas... E, já vazio de todo o meu eu, enche-o de Ti: que não...
...e apegue a nada daqui de baixo; que sempre me sustente o Amor. (Forja, 41)


É a hora de clamar: lembra-Te das promessas que me fizeste, para me encher de esperança; isto consola-me no meu nada e enche o meu viver de fortaleza. Nosso Senhor quer que contemos com Ele para tudo: vemos com evidência que sem Ele nada podemos e que com Ele podemos tudo. E confirma-se a nossa decisão de andar sempre na Sua presença.

Com a claridade de Deus no entendimento, que parece inactivo, torna-se-nos indubitável que, se o Criador cuida de todos – mesmo dos inimigos –, quanto mais cuidará dos amigos! Convencemo-nos que não há mal nem contradição que não venham por bem: assim assentam com mais firmeza, no nosso espírito, a alegria e a paz que nenhum motivo humano poderá arrancar-nos, porque estas visitas deixam sempre em nós algo de Seu, algo divino. Louvaremos o Senhor Nosso Deus que efectuou em nós coisas admiráveis e compreenderemos que fomos criados com capacidade de possuir um tesouro infinito.

Tínhamos começado com orações vocais, simples, encantadoras, que aprendemos na nossa meninice e que gostaríamos de não perder jamais. A oração, que começou com essa ingenuidade pueril, desenvolve-se agora em caudal largo, manso e seguro, porque acompanha a nossa amizade com Aquele que afirmou: Eu sou o caminho. Se amarmos Cristo assim, se com divino atrevimento nos refugiarmos na abertura que a lança deixou no Seu peito, cumprir-se-á a promessa do Mestre: qualquer que me ame observará a minha doutrina e meu Pai o amará e viremos a ele e nele faremos morada. (Amigos de Deus, nn. 305–306)

Tratado das virtudes


Questão 64: Do meio-termo das virtudes.

Art. 4 — Se a virtude teológica consiste num meio termo.
([1])

O quarto discute-se assim. — Parece que a virtude teológica consiste num meio-termo.

1. — Pois, o bem das outras virtudes consiste num meio-termo. Ora, a virtude teológica as excede em bondade. Logo, com maioria de razão, consiste num meio-termo.

2. Demais. — O meio-termo da virtude moral está em ser o apetite regulado pela razão, enquanto o da virtude intelectual, em ser o nosso intelecto medido pelo objecto. Ora, a virtude teológica tanto aperfeiçoa o intelecto como o apetite, como já se disse ([2]). Logo, também consiste num meio-termo.

3. Demais. — A esperança, que é uma virtude teologal, é o meio-termo entre o desespero e a presunção; semelhantemente, a fé manifesta-se como meio-termo entre heresias contrárias, como diz Boécio ([3]). Assim, confessando que em Cristo há uma só pessoa e duas naturezas, estamos num termo médio, entre a heresia de Nestório, que ensina existirem nele duas pessoas e duas naturezas, e a de Eutíquio, que só admite uma pessoa e uma natureza. Logo, a virtude teológica consiste num meio-termo.

Mas, em contrário.
— Em todos os casos em que a virtude consiste num meio-termo, podemos pecar por excesso ou por defeito. Ora, em relação a Deus, objecto da virtude teológica, não podemos pecar por excesso; pois, diz a Escritura (Ecle 43, 33): Bendizendo vós ao Senhor, exaltai-o quando podeis; porque ele é maior que todo louvor. Logo, a virtude teológica não consiste num meio-termo.


Como já dissemos ([4]), o meio-termo da virtude é considerado por conformidade com a sua regra ou medida, que podemos ultrapassar ou não alcançar. Ora, a virtude teológica é susceptível de dupla medida
— Uma fundada na própria noção de virtude. E assim a medida e a regra da virtude teológica é o próprio Deus. Porque a nossa fé é regulada pela verdade divina; a caridade, pela sua bondade; e a esperança, enfim, pela grandeza do seu poder e do seu amor. Ora, esta medida excede toda a faculdade humana. Donde, o homem não poderá nunca amar a Deus, nele crer e nele esperar, tanto quanto deve. E portanto, com maior razão, não poderá haver aí nenhum excesso. Logo, o bem da virtude teologal não pode consistir num meio-termo, mas será tanto melhor quanto mais se aproximar do sumo bem.
— A outra regra ou medida da virtude teologal se funda em nós; porque, embora não possamos nos dar a Deus tanto quanto devemos, devemos contudo, crendo, esperando e amando-o, nos aproximar dele conforme a capacidade da nossa condição. Por onde, acidentalmente, podemos, quanto ao que nos diz respeito, distinguir na virtude teológica um meio e extremos.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — O bem das virtudes intelectuais e morais consiste num meio-termo conforme a uma regra ou medida que podemos ultrapassar. O que não se dá com as virtudes teologais, em si mesmas consideradas, como já dissemos.

RESPOSTA À SEGUNDA. — As virtudes morais e intelectuais aperfeiçoam o nosso intelecto e o nosso apetite, em relação a uma medida e a uma regra criada; ao passo que as virtudes teológicas o fazem em relação à medida e à regra incriada. Logo, não há semelhança.

RESPOSTA À TERCEIRA.
— A esperança é um meio-termo entre a presunção e o desespero, no que se refere a nós. Assim, dizemos que presume quem espera de Deus um bem que lhe excede a condição; e desespera por não esperar o que, por sua condição, poderia esperar. Mas não poderá haver superabundância de esperança, relativamente a Deus, cuja bondade é infinita.
— Semelhantemente, a fé é um meio-termo entre heresias contrárias, não por comparação com o seu objecto, que é Deus, em quem não podemos crer com excesso; mas enquanto a opinião humana mesma é um meio-termo entre opiniões contrárias, como do sobredito resulta.

(Revisão da versão portuguesa por AMA)




[1] (IIª-IIªe,q. 17, a.5, ad 2; III Sent., dist. XXXIII,q. 1, a. 3.q 4ª; De Virtut., 1, a. 13; q. 2, a. 2, ad 10, 13 ;q. 4. a. 1, ad 7: Rom., cap. XII, lect 1).
[2] Q. 62, a. 3.
[3] In lib. De duabus naturis (c. VII). 
[4] Q. 64, a. 1.

Pequena agenda do cristão


TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?