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24/02/2018

Mãe de Deus e nossa Mãe

Que humildade, a de minha Mãe Santa Maria! – Não a vereis entre as palmas de Jerusalém, nem – afora as primícias de Caná – na altura dos grandes milagres. – Mas não foge do desprezo do Gólgota; lá está, "iuxta crucem Iesu" – junto da cruz de Jesus, sua Mãe. (Caminho, 507)

Sempre foi esta a doutrina certa da fé. Contra os que a negaram, o Concílio de Éfeso proclamou que se alguém não confessa que o Emanuel é verdadeiramente Deus e que, por isso, a Santíssima Virgem é Mãe de Deus, visto que gerou segundo a carne o Verbo de Deus encarnado, seja anátema. (...).

A Trindade Santíssima, ao escolher Maria para Mãe de Cristo, homem como nós, pôs cada um de nós sob o seu manto maternal. É Mãe de Deus e nossa Mãe.
A Maternidade divina de Maria é a raiz de todas as perfeições e privilégios que a adornam. Por esse título, foi concebida imaculada e está cheia de graça, é sempre virgem, subiu ao céu em corpo e alma, foi coroada Rainha de toda a criação, acima dos anjos e dos santos. Mais que Ela, só Deus. A Santíssima Virgem, por ser Mãe de Deus, possui uma dignidade, de certo modo infinita, do bem infinito que é Deus. Não há perigo de exageros. Nunca aprofundaremos bastante este mistério inefável; nunca poderemos agradecer suficientemente à Nossa Mãe a Familiaridade que nos deu com a Santíssima Trindade.
Éramos pecadores e inimigos de Deus. A Redenção não só nos livra do pecado e reconcilia com o Senhor; mas converte-nos em filhos, entrega-nos uma Mãe, a mesma que gerou o verbo, segundo a Humanidade. Pode haver maior prodigalidade, maior excesso de amor? (Amigos de Deus, nn. 275–276)


Temas para reflectir e meditar

Fraqueza humana


Olha como a água do mar se filtra pelas fendas do casco e pouco a pouco enche os porões do barco, e, se não se tira, submerge a nave...

Imitai os navegantes: as suas mãos não param até esgotar a inundação do barco; não cessem as vossas de obrar o bem. 
Todavia, apesar de tudo, continua a encher-se outra vez o porão da nave, porque persistem as fendas da fraqueza humana.


Stº Agostinho, Serm. (Stº Agostinho),

Evangelho e comentário

Tempo de Quaresma

Evangelho: Mt 5, 43-48

43 «Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. 44 Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. 45 Fazendo assim, tornar-vos-eis filhos do vosso Pai que está no Céu, pois Ele faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores. 46 Porque, se amais os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem já isso os cobradores de impostos? 4 7E, se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos? 48 Portanto, sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste.»

Comentários:

A perfeição está, pois, no amor de Deus.

Como Deus ama todos os homens - absolutamente todos – não distinguindo entre bons e maus, amigos ou inimigos, se fizermos como Ele estamos de facto a imitá-lo.

E, evidentemente, deduz-se das palavras de Cristo que imitar Deus é o caminho para a perfeição.

(AMA, comentário sobre Mt 5, 43-48, 20.06.2017)


Leitura espiritual

RESUMOS DA FÉ CRISTà

TEMA 11 Ressurreição, Ascensão e Segunda vinda de Jesus Cristo

A Ressurreição de Cristo é verdade fundamental da nossa fé, como diz São Paulo [i]. Com este facto, Deus inaugurou a vida do mundo futuro e pô-la à disposição dos homens.
 
1. Cristo foi sepultado e desceu aos infernos.

Depois de padecer e morrer, o corpo de Cristo foi sepultado num sepulcro novo, não longe do lugar onde o tinham crucificado.
A sua alma, pelo contrário, desceu aos infernos. A sepultura de Cristo atesta que morreu verdadeiramente.
Deus dispôs que Cristo sofresse o estado de morte, quer dizer, de separação entre a alma e o corpo [ii].
Durante o tempo que Cristo permaneceu no sepulcro, quer a alma quer o corpo, separados entre si por causa da morte, continuaram unidos à sua Pessoa divina [iii].
Porque continuava a pertencer à Pessoa divina, o corpo morto de Cristo não sofreu a corrupção do sepulcro [iv].
A alma de Cristo desceu aos infernos. «Os “infernos” (não confundir com o inferno da condenação), ou mansão dos mortos, designam o estado de todos aqueles que, justos ou maus, morreram antes de Cristo» [v].
Os justos encontravam-se num estado de felicidade (diz-se que repousavam no “seio de Abraão”) embora não gozassem ainda da visão de Deus.
Dizendo que Jesus desceu aos infernos, entendemos a sua presença no “seio de Abraão” para abrir as portas do Céu aos justos que O tinham precedido.
«Com a alma unida à sua Pessoa divina, Jesus alcançou, nos infernos, os justos que esperavam o Redentor, para acederem finalmente à visão de Deus» [vi].
Com a descida aos infernos, Cristo mostrou o seu domínio sobre o demónio e sobre a morte, libertando as almas santas que estavam retidas para as levar à glória eterna.
Deste modo, a Redenção – que devia abranger os homens de todos os tempos – aplicou-se aos que tinham precedido Cristo [vii].

2. Sentido geral da glorificação de Cristo

A glorificação de Cristo consiste na sua Ressurreição e Exaltação nos céus, onde Cristo está sentado à direita do Pai.
O sentido geral da glorificação de Cristo está na relação com a sua morte na Cruz.
Como pela paixão e morte de Cristo, Deus eliminou o pecado e reconciliou o mundo consigo, de modo idêntico, pela ressurreição de Cristo, Deus inaugurou a vida do mundo futuro e pô-la à disposição dos homens.
Os benefícios da salvação não derivam apenas da Cruz, mas também da Ressurreição de Cristo.
Esses frutos aplicam-se aos homens pela mediação da Igreja e pelos sacramentos. Concretamente, pelo Baptismo recebemos o perdão dos pecados (do pecado original e dos pessoais) e o homem reveste-se, pela graça, com a nova vida do Ressuscitado.

3. A Ressurreição de Jesus Cristo

“Ao terceiro dia” (da sua morte), Jesus ressuscitou para uma vida nova. A sua alma e o seu corpo, plenamente transfigurados com a glória da sua Pessoa divina, voltaram a unir-se.
A alma assumiu de novo o corpo e a glória da alma comunicou-se na totalidade ao corpo.
Por este motivo, «a Ressurreição de Cristo não foi um regresso à vida terrena.
O Seu corpo ressuscitado é Aquele que foi crucificado, e apresenta os vestígios da Sua Paixão, mas é doravante participante da vida divina, com as propriedades dum corpo glorioso» [viii].
A Ressurreição do Senhor é o fundamento da nossa fé, posto que atesta de modo incontestável que Deus interveio na história humana para salvar os homens.
É garantia da veracidade do que prega a Igreja sobre Deus, sobre a divindade de Cristo e a salvação dos homens. Pelo contrário, como diz São Paulo, «se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé» [ix].

Os Apóstolos não puderam enganar-se ou inventar a Ressurreição.
Em primeiro lugar, se o sepulcro de Cristo não tivesse estado vazio não teriam podido falar da ressurreição de Jesus; além disso, se o Senhor não lhes tivesse aparecido em várias ocasiões e a numerosos grupos de pessoas, homens e mulheres, muitos discípulos de Cristo não a tinham podido aceitar, como sucedeu inicialmente com o apóstolo S. Tomé.

Muito menos eles teriam podido dar a vida por uma mentira.
Como diz São Paulo:
«E se Cristo não ressuscitou (...) somos assim considerados falsas testemunhas de Deus, porque demos testemunho contra Deus dizendo que ressuscitou Cristo, a Quem não ressuscitou» [x].

E, quando as autoridades judaicas queriam silenciar a pregação do evangelho, São Pedro respondeu:
«Deve-se obedecer antes a Deus do que aos homens. O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, a Quem vós matastes suspendendo-O num madeiro. (...) Nós somos testemunhas destas coisas» [xi].

«Embora seja um acontecimento histórico, constatável e atestado através dos sinais e testemunhos, a Ressurreição, enquanto entrada da humanidade de Cristo na glória de Deus, transcende e supera a história, como mistério da fé» [xii].
Por este motivo Jesus ressuscitado, embora possuindo uma verdadeira identidade físico-corpórea, não está submetido às leis físicas terrenas e sujeita-se a elas apenas enquanto o deseja:
«Jesus ressuscitado é soberanamente livre de aparecer aos seus discípulos como Ele quer, onde Ele quer e sob aspectos diversos» [xiii].

A Ressurreição de Cristo é um mistério de salvação.

Mostra a bondade e o amor de Deus que recompensa a humilhação do seu Filho e emprega a sua omnipotência para encher os homens de vida. Jesus ressuscitado possui, na sua humanidade, a plenitude de vida divina para a comunicar aos homens.
«O Ressuscitado, vencedor do pecado e da morte, é o princípio da nossa justificação e da nossa ressurreição: a partir de agora, Ele garante-nos a graça da adopção filial que é participação real da sua vida de Filho unigénito; depois, no final dos tempos, Ele ressuscitará o nosso corpo» [xiv].
Cristo é o primogénito entre os mortos e todos ressuscitaremos por Ele e n’Ele.
Da Ressurreição de Nosso Senhor, devemos retirar para nós:
a) Fé viva:
«Aviva a tua fé. - Cristo não é uma figura que passou. Não é uma recordação que se perde na História. Vive! “Jesus Christus heri et hodie: ipse et in saecula!” – diz São Paulo – Jesus Cristo ontem e hoje e sempre!» [xv];

b) Esperança: «Nunca desesperes.
Morto e corrompido estava Lázaro: “iam foetet, quatriduanus est enim”: já fede, porque há quatro dias que está enterrado, diz Marta a Jesus.
Se ouvires a inspiração de Deus e a seguires (“Lazare, veni foras!”: Lázaro, vem para fora!), voltarás à Vida» [xvi];

c) Desejo de que a graça e a caridade nos transformem, levando-nos a viver vida sobrenatural, que é a vida de Cristo: procurando ser realmente santos [xvii].
Desejo de limpar os nossos pecados no sacramento da Penitência, que nos faz ressuscitar para a vida sobrenatural – se a tivéssemos perdido pelo pecado mortal – e recomeçar de novo: nunc coepi [xviii].

(cont)

ANTONIO DUCAY

Notas:




[i] cf. 1 Cor 15, 13-14
[ii] cf. Catecismo, 624
[iii] cf. Catecismo, 626
[iv] cf. Catecismo, 627; Act 13, 37
[v] Compêndio, 125
[vi] Compêndio, 125
[vii] cf. Catecismo, 634
[viii] Compêndio, 129
[ix] 1 Cor 15, 17
[x] 1 Cor 15, 14.15
[xi] Act 5, 29-30.32
[xii] Compêndio, 128
[xiii] Compêndio, 129
[xiv] Compêndio, 131
[xv] São Josemaria, Caminho, 584.
[xvi] Ibidem, 719.
[xvii] cf. Cl 3, 1 e seg
[xviii] Sl 76, 11

Hoy el reto del amor es dejarse empapar.

¡SORPRESA! 



El otro día me dejaron sola en la cocina. Me encanta... pero soy un peligro: en cuanto me sobran dos minutos, ¡me salgo del menú! Y esta vez, no fue diferente.


-¡Decidido! ¡Voy a sorprenderlas con un flan! 


Sartenes, cacerolas... y el flan. A punto estaba de pedir el don de la bilocación al Señor... Llegó el momento estrella. Abrí la olla express y me encontré... unas natillas metidas en la flanera. ¡No había cuajado! 


Dos cocciones más y, aunque todavía no era la consistencia perfecta, decidí desmoldarlo. Como quien da la vuelta a una tortilla, cogí un plato y di la vuelta al flan. Inmediatamente quedé transformada en una simpática fuente de estilo barroco: con el plato en alto, y agua derramándose por todas partes. ¿¿Cómo podía caber tanto en esa flanera??


Lo que pude reírme con el Señor... Es verdad que, a veces, las sorpresas no nos salen como nos gustaría: algún detalle que falta, alguna cosita que se estropea... Pero hay algo que no debe faltar nunca. Una sorpresa... siempre debe ir rebosante de amor, ¡tanto como mi flan rebosaba de agua! 


La receta decía que había que echar medio vaso de agua para cocer... ¡y yo eché dos jarras! Pues así le pasa a Cristo. Él tampoco controla mucho eso de las medidas. Cuando se trata de echar amor, ¡se vuelca por completo hasta inundarlo todo! Él no se ha reservado nada. Antes de que hicieras o dijeras nada, Él entregó hasta la última gota de su sangre por ti, sólo para mostrarte que te ama, que eres precioso a sus ojos. 


Hoy el reto del amor es dejarse empapar. Sí, pequeño flan, hoy te invito a entrar en la olla express que es la oración. Te invito a quedarte a solas un rato con el Agua Viva, dejar que te llene por completo. Pon en sus manos los proyectos de este día, pregúntale cómo realizarlos, preséntale a las personas con las que te encontrarás... Tal vez te parezca que la cocción es lenta pero, en cuanto salgas, ¡rebosarás de Su amor! ¿Preparado? Hoy sorprende a alguien, querido flan, endulza el día a la persona que el Señor te ponga en el corazón. ¡Feliz día! 



VIVE DE CRISTO

Pequena agenda do cristão

SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?