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27/01/2018

Nunca actueis por medo ou por rotina

Atravessas uma etapa crítica: um certo vago temor; dificuldade em adaptares o plano de vida; um trabalho angustiante, porque não te chegam as vinte e quatro horas do dia para cumprir todas as tuas obrigações... Já experimentaste seguir o conselho do Apóstolo: "Faça-se tudo com decoro e com ordem", quer dizer, na presença de Deus, com Ele, por Ele e só para Ele? (Sulco 512)


E como é que vou conseguir – parece que me perguntas – actuar sempre com esse espírito, que me leve a concluir com perfeição o meu trabalho profissional? A resposta não é minha. Vem de S. Paulo: Trabalhai varonilmente, sede fortes. Que tudo, entre vós, se realize na caridade. Fazei tudo por Amor e livremente. Nunca actueis por medo ou por rotina: servi ao Nosso Pai Deus.

Gosto muito de repetir – porque tenho experimentado bem a sua mensagem – aqueles versos pouco artísticos, mas muito gráficos: Minha vida é toda amor / Se em amor sou entendido, / Foi pela força da dor, / Pois ninguém ama melhor / Que quem muito haja sofrido.

Ocupa-te dos teus deveres profissionais por Amor. Faz tudo por Amor – insisto – e comprovarás as maravilhas que produz o teu trabalho, precisamente porque amas, embora tenhas de saborear a amargura da incompreensão, da injustiça, da ingratidão e até do próprio fracasso humano. Frutos saborosos, sementes de eternidade!


Acontece, porém, que algumas pessoas – são boas, bondosas – afirmam por palavras que aspiram a difundir o formoso ideal da nossa fé, mas se contentam na prática com uma conduta profissional superficial e descuidada, própria de cabeças-no-ar. Se nos encontrarmos com alguns destes cristãos de fachada, temos de ajudá-los com carinho e com clareza e recorrer, quando for necessário, a esse remédio evangélico da correcção fraterna: Irmãos, se porventura alguém for surpreendido nalguma falta, vós, os espirituais, corrigi-o com espírito de mansidão; e tu, acautela-te a ti mesmo, não venhas também a cair na tentação. Levai os fardos uns dos outros e desse modo cumprireis a lei de Cristo. (Amigos de Deus, nn. 68–69)

Temas para reflectir e meditar

Tentações no deserto

A resposta de Jesus (à tentação no deserto) é um acto de confiança na providência paternal de Deus.

Quem O impeliu a ir para o deserto como preparação da Sua obra messiânica, ocupar-Se-á de que Jesus não desfaleça (...)

Assim, pois, Jesus, em contraste com o antigo Israel, que se impacientou perante a fome no deserto, entrega confiadamente o Seu cuidado à providência do Pai.

(Bíblia Sagrada anot. pela Fac. de Teol. da Univ. de Navarra, Comentário Mt 4 4)




Evangelho e comentário

Tempo Comum


Evangelho: Mc 4, 35-41

35 Naquele dia, ao entardecer, disse: «Passemos para a outra margem.» 36 Afastando-se da multidão, levaram-no consigo, no barco onde estava; e havia outras embarcações com Ele. 37 Desencadeou-se, então, um grande turbilhão de vento, e as ondas arrojavam-se contra o barco, de forma que este já estava quase cheio de água. 38 Jesus, à popa, dormia sobre uma almofada. 39 Acordaram-no e disseram-lhe: «Mestre, não te importas que pereçamos?» Ele, despertando, falou imperiosamente ao vento e disse ao mar: «Cala-te, acalma-te!» O vento serenou e fez-se grande calma. 40 Depois disse-lhes: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» 41 E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: «Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?»

Comentário:

Quantas vezes, Senhor, me ponho a pensar que dormes, que não vês o que se passa comigo.
Sofro, tenho necessidades – julgo ter necessidades – aquela pessoa que tanto gostava morreu, desfez-se uma família a quem tanto quero, sou humilhado, tenho necessidade de justiça, parece-me que estou sozinho entregue a mim mesmo e às minhas dificuldades e problemas.
Dormes, Senhor?
Como me admiro, que Tu, que me amas – sei que me amas – adormeças assim, alheio à minha situação!
Mas, depois, vejo que o sono é meu, a dormência é minha, o alheamento sou eu que o vivo.
Percebo que Te quero como um “Deus particular”, só para mim, que me resolva os problemas e aplane as dificuldades e esqueço-me do mais importante: ter fé inquebrantável em que, Tu, sabes mais, e que tudo, absolutamente, é para bem.
Omnia in bonum!

(ama, comentário sobre Mc 4, 35-41, 02.10.2017)








Leitura espiritual

CAPÍTULO V

O SUBLIME CONHECIMENTO DE CRISTO


1.       O encontro pessoal com Cristo.

…/2

E eis como, de um encontro pessoal, nascem de repente outros encontros pessoais; e quem conheceu Jesus dá-O a conhecer aos outros.
Eis, em suma, como se transmite a boa nova.
Um daqueles dois novos discípulos era João e o outro era André, André foi logo dizer a seu irmão Simão:
«’Encontrámos O Messias’ e levou-o a Jesus. E Jesus, fixando mele o olhar disse-lhe: ‘Tu és Simão, filho de João; serás chamado Cefas, que quer dizer Pedra’» [i].
Foi deste modo que nasceu para a fé o próprio chefe dois Apóstolos: através do testemunho de alguém.
No dia seguinte sucede o mesmo.
Jesus diz a Filipe: Segue-me!
Filipe encontrou Natanael e diz-lhe: «Encontrei Jesus, Aquele de quem falou Moisés» e, às objecções de Natanael, responde Filipe repetindo as palavras de Jesus:
«Vem ver» [ii].

O cristianismo – como já muitas vezes foi dito e com razão – não é primordialmente uma doutrina, mas sim uma Pessoa, Jesus Cristo; consequentemente, o anúncio desta Pessoa e a relação com Ela é a coisa mais importante, o começo de toda a verdadeira evangelização e apropria condição da sua possibilidade.
Inverter esta ordem e colocar as doutrinas e os preceitos do Evangelho antes da descoberta de Jesus, seria como colocar num comboio, aas carruagens na frente da locomotiva que as deve puxar.
A pessoa de Jesus é Quem desbrava o caminho do coração para a aceitação de todo o resto.
Quem tomou conhecimento uma vez com Jesus vivo, já não tem necessidade de ser puxado; é Ele mesmo que arde de desejo de conhecer o Seu pensamento, a Sua vontade, a Sua Palavra.
Não é pela autoridade da Igreja que se aceita Jesus, mas é pela autoridade de Jesus que se aceita e se ama a Igreja.
A primeira coisa então que a Igreja deve fazer não é apresentar-se a si mesma aos homens, mas sim, apresentar Jesus Cristo.

A este respeito, existe um sério problema pastoral.
Tem-se vindo a verificar, proveniente dos mais variados quadrantes, o preocupante êxodo de numerosos fieis católicos para outras confissões cristãs, geralmente protestantes.
Se se quiser examinar mais de perto este fenómeno, nota-se que, em geral, esses fieis são atraídos por uma pregação mais simples e imediata, a qual faz o seu aliciamento sobre a aceitação de Jesus como Senhor e Salvador das suas vidas.
Normalmente não se trata das maiores denominações protestantes, mas sim de pequenas Igrejas de renovação e outras vezes também de grupos ou seitas que fazem o seu aliciamento com “a segunda conversão”.
O fascínio da desta pregação sobre as pessoas é notável, e não se pode dizer que se trata de um fascínio superficial e efémero, porque muitas vezes muda mesmo a vida das pessoas.

As Igrejas que possuem grande tradição dogmática e teológica e um grande aparato legislativo encontram-se por vezes em situação desvantajosa devido à sua própria riqueza e complexidade de doutrina, quando têm que enfrentar uma sociedade que, em grande parte, perdeu a própria fé cristã e que necessita, por isso, de recomeçar de novo, isto é, pela redescoberta de Jesus Cristo.
É como se faltasse ainda um instrumento adequado para esta nova situação, que se está a passar em diversos países cristãos.
Pelo nosso passado estamos mais preparados para sermos pastores do que para sermos pescadores de homens, estamos mais preparados para apascentar as pessoas que permaneceram fieis à Igreja, do que trazer para o rebanho mais pessoas ou de “repescar” as que se afastaram.
Isto de monstra a necessidade urgente que temos de uma evangelização que, embora sendo católica, isto é, aberta a toda a plenitude da verdade e da vida cristã, deve também ser simples e essencial; isso obtém-se fazendo de Jesus Cristo o ponto inicial e fulcral de todas as coisas, o pondo do qual sempre se parte e para o qual se regressa sempre.

Esta insistência de um encontro pessoal com Jesus Cristo, não é um sinal de subjectivismo ou de sentimentalismo, mas sim a tradução, no plano espiritual e pastoral, de um dogma central da nossa fé:
Que Jesus Cristo «é uma pessoa».
Nesta meditação gostaria de demonstrar como é que o dogma que proclama Cristo «ume Pessoa» não é só um enunciado metafisico que já não interessa a ninguém, ou então que interessa só a alguns teólogos, mas que, pelo contrário, é o próprio fundamento do anúncio cristão e o segredo da sua força.
DE facto, o único modo para se conhecer uma pessoa é o de entrer numa relação viva com ela.

A Igreja, nos Concílios, resumiu o essencial da sua fé em Jesus Cristo em três afirmações:
Jesus Cristo é verdadeiro homem;
Jesus Cristo é verdadeiro Deus;
Jesus Cristo é uma só Pessoa.
Trata-se de uma espécie de triângulo dogmático, em que a humanidade e a divindade representam os dois lados e em que a unidade da pessoa representa o vértice.
O que é também verdade historicamente.
Primeiro, na luta contra a heresia gnóstica foi assegurada a humanidade de Cristo.
Mais tarde, no séc. IV, na luta contra o arianismo, foi assegurada a Sua divindade.
Finalmente, no séc. V, foi assegurada a unidade da Sua pessoa.


(cont)
rainiero cantalamessa, Pregador da Casa Pontifícia.





[i] Jo 1,42
[ii] Cfr. Jo 1,46

Hoy el reto del amor es que mires a Cristo en sus caídas y le pidas el don de levantarte

Y JESÚS CAE POR TERCERA VEZ... 

El otro día salíamos del coro e íbamos directas a comer, pero, al salir todas a la vez y quitarnos las capas largas, más de una suele pegarse un tropezón. Ese día una hermana tropezó delante de mí. ¿Cuál fue mi reacción primaria nada más verla? Salir corriendo a ayudarla.

Cuando caigo por mis debilidades y pobrezas, el perfeccionismo muchas veces me hace dejar de ver a Cristo a mi lado, como si Él se alejase porque he fallado, porque no he sido capaz de amar en una situación concreta, porque he contestado mal...

Puede que a ti te pase lo mismo, piensas: "Siempre me confieso de las mismas cosas", caigo una y otra vez. Te sientes indigno de acercarte a Él, y hasta puede que caigas en ese victimismo de machacarte a ti mismo.

Si a nosotros cuando se cae alguien nos sale ir a ayudarle, ¿cuánto más Cristo va a salir a nuestro encuentro cuando caemos?

Nos acercamos al momento de la Pasión de Cristo, el momento de sus caídas, cuando estaba sin fuerzas y no podía con el peso que se le venía encima. Él caía y se levantaba una y otra vez. Él vivió las caídas para redimirlas, para comprender al ser humano caído. Él no se quedó en el suelo, se volvió a levantar.

Estos días pídele al Señor que te cambie la manera de pensar que la sociedad nos ha enseñado de "cuando uno es malo, se le castiga". Por eso nos miramos a nosotros mismos cuando caemos: hemos fallado y nos merecemos un castigo; pero Cristo quiere que le mires a Él. Que mires sus caídas, que mires su forma de actuar, que mires cómo se levanta de nuevo.

Vuélvete a Él, Cristo es capaz de levantarte, de devolverte la alegría y comenzar de nuevo. Lo realmente malo no es tanto el caer, sino el quedarse caído. Lo importante no es la caída, sino el levantarse después de ella.

¿Y qué es lo segundo que sale después de ver un tropezón? Reírte. Sí, aunque te hayas hecho un poco de daño, te sale reír.

Hoy el reto del amor es que mires a Cristo en sus caídas y le pidas el don de levantarte como lo hizo Él, de reírte dejando de lado el victimismo para poder disfrutar de nuevo de Él.


VIVE DE CRISTO

Pequena agenda do cristão

SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?