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08/11/2017

Temos de meditar na vida de Jesus

Esses minutos diários de leitura do Novo Testamento que te aconselhei (metendo-te e participando no conteúdo de cada cena, como um protagonista mais) são para que encarnes, para que "cumpras" o Evangelho na tua vida... e para "fazê-lo cumprir". (Sulco, 672)

Para ser ipse Christus é preciso mirar-se Nele. Não basta ter-se uma ideia geral do espírito que Jesus viveu; é preciso aprender com Ele pormenores e atitudes. É preciso contemplar a sua vida, sobretudo para daí tirar força, luz, serenidade, paz.


Quando se ama alguém, deseja-se conhecer toda a sua vida, o seu carácter, para nos identificarmos com essa pessoa. Por isso temos de meditar na vida de Jesus, desde o Seu nascimento num presépio até à Sua morte e à Sua Ressurreição. Nos primeiros anos do meu labor sacerdotal costumava oferecer exemplares do Evangelho ou livros onde se narra a vida de Jesus, porque é necessário que a conheçamos bem, que a tenhamos inteira na mente e no coração, de modo que, em qualquer momento, sem necessidade de nenhum livro, cerrando os olhos, possamos contemplá-la como um filme; de forma que, nas mais diversas situações da nossa vida, acudam à memória as palavras e os actos do Senhor. (Cristo que passa, 107)

Reflectindo

Confissões – 7 [i]


Espinho na carne 

Mas a minha falta paciência vai ao ponto de não a ter para comigo mesmo.

Parece um disparate - mas não é - pelo contrário é bem real de tal forma, que por vezes, penso como é possível, por exemplo, O Senhor ter paciência comigo quando eu próprio não a tenho.

São os defeitos e fraquezas que constantemente me assediam reduzindo a pó os meus esforços de melhoria; são os desejos de ter e a insatisfação de não conseguir o que quero ou desejo; a vontade de fazer outra coisa qualquer que não seja aquela que devo fazer.

São também os julgamentos íntimos, as "avaliações" do que os outros fazem ou dizem; são as "feridas" abertas na impecabilidade do meu comportamento.

É... tenho de viver com isto!

É, de facto, um espinho na minha carne.

(AMA, reflexões, 2017)




[i] [i] Completados setenta e sete anos de vida - duas semanas - resolvo-me a um exame tentando empenhadamente encontrar o que urge corrigir, alterar, emendar.
Sem fantasias, mas com humildade e sentido prático, não o que deveria e gostaria de fazer, mas, antes o que posso.
Sobretudo tendo a noção que por mim mesmo nada conseguirei, mas com a Tua ajuda sim. Então poderei amar-te mais é melhor.

Temas para meditar

A força do Silêncio, 26

O Rei Salomão pede a Deus para ser um homem silencioso, isto é um verdadeiro filho de Deus.
Ele não quer riqueza, nem glória, nem vitória sobre o inimigo, mas um coração que escute.
Num movimento inverso, o mundo moderno transforma aquele que escuta num ser inferior.
Com uma arrogância funesta, a modernidade exalta o ho embriagado de imagens slogans barulhentos, matando o homem interior.


CARDEAL ROBERT SARAH

Evangelho e comentário

Tempo Comum


Evangelho: Lc 14, 25-33

25 Seguiam com ele grandes multidões; e Jesus, voltando-se para elas, disse-lhes: 26 «Se alguém vem ter comigo e não me tem mais amor que ao seu pai, à sua mãe, à sua esposa, aos seus filhos, aos seus irmãos, às suas irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo. 27 Quem não tomar a sua cruz para me seguir não pode ser meu discípulo. 28 Quem dentre vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro para calcular a despesa e ver se tem com que a concluir? 29 Não suceda que, depois de assentar os alicerces, não a podendo acabar, todos os que virem comecem a troçar dele, 30 dizendo: ‘Este homem começou a construir e não pôde acabar.’ 31 Ou qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei e não se senta primeiro para examinar se lhe é possível com dez mil homens opor-se àquele que vem contra ele com vinte mil? 32 Se não pode, estando o outro ainda longe, manda-lhe embaixadores a pedir a paz. 33 Assim, qualquer de vós, que não renunciar a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo.»

Comentário:

Jesus enumera as condições necessárias aos que O querem seguir.

Mas, podem resumir-se numa apenas:

Jesus Cristo está em primeiro lugar, em tudo, mas, sobretudo no amor.

Todos os outros amores, por honestos, belos, sinceros, naturais que possam ser, têm de subordinar-se ao amor por Cristo.

Não há outra opção.

Mas, atenção, o Senhor não faz comparações declara incompatibilidade com esses outros amores, bem ao contrário, eles tornam-nos mais dignos e capazes de poder amar mais e melhor, o Nosso Senhor Jesus Cristo.


(AMA, comentário sobre Lc 14, 25-33, 18.07.2017)

A Falta de Cultura Ética da Nossa Civilização

Creio que o exagero da atitude puramente intelectual, orientando, muitas vezes, a nossa educação, em ordem exclusiva ao real e à prática, contribuiu para pôr em perigo os valores éticos. Não penso propriamente nos perigos que o progresso técnico trouxe directamente aos homens, mas antes no excesso e confusão de considerações humanas recíprocas, assentes num pensamento essencialmente orientado pelos interesses práticos que vem embotando as relações humanas.
O aperfeiçoamento moral e estético é um objectivo a que a arte, mais do que a ciência, deve dedicar os seus esforços. É certo que a compreensão do próximo é de grande importância. Essa compreensão, porém, só pode ser fecunda quando acompanhada do sentimento de que é preciso saber compartilhar a alegria e a dor. Cultivar estes importantes motores de acção é o que compete à religião, depois de libertada da superstição. Nesse sentido, a religião toma um papel importante na educação, papel este que só em casos raros e pouco sistematicamente se tem tomado em consideração.
O terrível problema magno da situação política mundial é devido em grande parte àquela falta da nossa civilização. Sem «cultura ética», não há salvação para os homens.


Albert Einstein, in 'Como Vejo o Mundo'

Tratado da vida de Cristo 181

Questão 58: De Cristo sentado à direita do Pai

Art. 3 — Se estar sentado à direita do Pai convém a Cristo enquanto homem.

O terceiro discute-se assim. — Parece que estar sentado à direita do Pai não convém a Cristo enquanto homem.

1. — Pois, como diz Damasceno, chamamos direita do Pai à glória e às honras da divindade. Ora, a glória e as honras da divindade não convêm a Cristo enquanto homem. Logo parece que Cristo, enquanto homem, não está sentado à direita do Pai.

2. Demais. — O facto de estar sentado à direita de quem reina parece que exclui a sujeição; porque o sentado à direita de quem reina de certo modo reina com ele. Ora, Cristo enquanto homem, está sujeito ao Pai, segundo o Apóstolo. Logo, parece que Cristo, enquanto homem, não está sentado à direita do Pai.

3. Demais. — O sobre que disse o Apóstolo - Que está à mão direita de Deus, diz a Glosa: isto é, igual ao Pai pela honra em virtude da qual o Pai é Deus; ou, à direita do Pai, isto é, participante dos mais elevados dons de Deus. E àquele outro lugar: Está sentado à direita da majestade nas alturas, comenta: isto é, como tendo a igualdade com o Pai. acima de todos os seres, pelo lugar e pela dignidade. Ora, ser igual a Deus não convém a Cristo enquanto homem, pois nessa qualidade, ele próprio o disse: O Pai é maior do que eu. Logo, parece que estar sentado à direita do Pai não convém a Cristo enquanto homem.

Mas, em contrário, diz Agostinho: Pela direita entendei o poder que tinha Cristo, recebido de Deus, pelo qual virá a julgar, ele que viera para ser julgado.

Como dissemos pela direita do Pai entende-se ou a própria glória de Cristo, ou a sua bem-aventurança eterna, ou o seu poder judiciário e real. Pois a preposição - a - designa de certo modo o acesso à direita, o que implica a conveniência com uma certa distinção, como se disse. O que pode ser de três modos. — Primeiro, sendo a conveniência da natureza e a distinção da pessoa. E assim, Cristo, como Filho de Deus está sentado à direita do Pai porque tem a mesma natureza que ele. Donde, a conveniência e a distinção referidas cabem essencialmente tanto ao Filho como ao Pai. E isso é o Filho ter a igualdade com o Pai. — De outro modo, pela graça da união; e esta implica, ao inverso, a distinção de natureza e a unidade de pessoa. E, por aí, Cristo, enquanto homem, é o Filho de Deus e, por consequência, está sentado à direita do Pai; mas de modo que a expressão enquanto não designe a condição da natureza, mas a unidade do suposto como já expusemos. — Em terceiro sentido, o referido acesso pode ser entendido segundo a graça habitual, mais abundante em Cristo que em todas as demais criaturas por a humana de Cristo natureza, ter em si mesma maior beatitude que a das outras criaturas: e por ter ainda sobre todas o poder real e judiciário.

Assim, pois, a expressão enquanto, designando a condição da natureza, Cristo, enquanto Deus, está sentado à direita do Pai, isto é, tem igualdade com o Pai. Mas, enquanto homem, está sentado à direita do Pai, isto é, participa dos bens paternos mais elevados que os de todas as criaturas, isto é, tem uma beatitude maior e exerce o poder judiciário. Se, porém — enquanto — designa a unidade de suposto, então também, enquanto homem, está sentado à direita do Pai, pela igualdade de honras, isto é, enquanto que na nossa veneração atribuímos as mesmas honras ao Filho de Deus e à natureza assumida como dissemos.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — A humanidade de Cristo, segundo as condições da sua natureza, não tem a glória ou as honras da divindade; tem-nas, porém, em razão da pessoa a que está unida. Por isso Damasceno acrescenta no mesmo lugar: Dela, isto é, da glória da divindade, o Filho de Deus frui, antes de todos os séculos, enquanto Deus; e, com a sua carne glorificada, está sentado à dextra do Pai com quem é consubstancial. Assim, todas as criaturas lhe atribuem a mesma adoração, como Deus e homem.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Cristo, enquanto homem está sujeito ao Pai, designando - enquanto - a condição da natureza. E, assim não lhe cabe estar sentado à direita do Pai, por uma razão de igualdade que, como homem, não lhe assiste. Mas, cabe-lhe estar sentado à direita do Pai, entendendo-se por isso a excelência de beatitude e o seu poder judiciário sobre todas as criaturas.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Fruir da igualdade com o Pai não convém à natureza humana de Cristo em si mesma, senão só à pessoa assumente. Mas, participar dos dons mais elevados de Deus, enquanto excedentes às demais criaturas, isso pode-o a natureza assumida, em si
mesma.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.



Perguntas e respostas

A CONFISSÃO

1. Que efeitos produz o pecado?

Resumindo o que se diz no tema sobre o pecado, os efeitos do pecado são dois:
Inclinação da vontade para o mal cometido.


Afastamento de Deus. 

Esta separação do Senhor pode ser menor - pecados veniais ou leves -ou chegar à perda da vida sobrenatural e da graça - pecados graves ou mortais-.

Hoy el reto del amor es que valores los dones que Él te regala

PLANIFICACIÓN NOCTURNA


Hoy es un día muy especial: ¡¡es el cumpleaños de Joane!!

En todas las fiestas, ella siempre organiza juegos con los que nos habla del Señor y nos hace reír a todas.

Hoy queríamos que fuese ella la que disfrutase de un juego. Como la inspiración nos esquivaba y se acercaba la hora de ir a dormir, quedamos en volver a reunirnos en unos minutos.

Me fui a lavarme los dientes. ¡No se me ocurría nada que se pudiese organizar en tan poco tiempo!

Justo entonces Joane se puso en el otro lavabo.

"¡Perfecto!", pensé, "¡Seguro que a ella se le ocurre un juego, voy a preguntarle!"

Menos mal que el Señor me frenó a tiempo...

-Es que... ¡cada uno tiene sus dones! -comentó Israel cuando después le compartí lo que me había pasado.

Entonces caímos en la cuenta.

Efectivamente, a cada uno Cristo nos ha regalado unos dones particulares. Son dones que no son para nosotros, sino para poner al servicio de la comunidad. Y, si todos ponemos los dones al común, ¡se multiplican!

Pero, ¡ay!, el problema está cuando, en vez de potenciar nuestros dones... queremos tener los dones del hermano. Requiere mucho esfuerzo, perdemos energías... y es posible que no salga, como nos pasó a nosotras con el juego.

Vimos que el Señor nos estaba indicando el camino: ¡poner a trabajar cada uno sus dones!

Israel ha preparado una canción con la guitarra, Lety ha hecho una pintura, y yo... ¡me he puesto a escribir! (Y, por supuesto, contamos con tu oración 😉

Cada uno con sus dones, pero todos con un mismo mensaje: ¡felicidades, Joane! ¡Eres un regalo del Señor!

Hoy el reto del amor es que valores los dones que Él te regala y regala a los que tienes a tu alrededor. Te invito a que, en tu oración, le des gracias por los dones que admiras en los demás, y que le pidas a Cristo que te ilumine para descubrir los dones que ha puesto en ti. Y, con tu don en las manos, ¡ponlo al servicio de los demás! Escuchar, hacer reír, cocinar... puestos al común, ¡los dones se multiplican! ¡Feliz día!


VIVE DE CRISTO

Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)






Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?