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Aprendei a fazer o bem

Quando estiveres com uma pessoa, tens de ver nela uma alma: uma alma que é preciso ajudar, que é preciso compreender, com quem é preciso conviver e que é preciso salvar. (Forja, 573)

Agrada-me citar umas palavras que o Espírito Santo nos comunica pela boca do profeta Isaías: discite benefacere, aprendei a fazer o bem. (...)

A caridade para com o próximo é uma manifestação do amor a Deus. Por isso, ao esforçarmo-nos por melhorar nesta virtude, não podemos fixar nenhum limite. Com o Senhor, a única medida é amar sem medida, pois, por um lado jamais chegaremos a agradecer suficientemente o que Ele tem feito por nós e, por outro, assim se revela o mesmo amor de Deus às suas criaturas: com excesso, sem cálculo, sem fronteiras.


A misericórdia não se limita a uma simples atitude de compaixão; a misericórdia identifica-se com a superabundância da caridade que, ao mesmo tempo, traz consigo a superabundância da justiça. Misericórdia significa manter o coração em carne viva, humana e divinamente repassado por um amor rijo, sacrificado e generoso. (Amigos de Deus, 232)

Evangelho e comentário

Tempo Comum


Evangelho: Mt 25, 1-13

1 «O Reino do Céu será semelhante a dez virgens que, tomando as suas candeias, saíram ao encontro do noivo. 2 Ora, cinco delas eram insensatas e cinco prudentes. 3 As insensatas, ao tomarem as suas candeias, não levaram azeite consigo; 4enquanto as prudentes, com as suas candeias, levaram azeite nas almotolias. 5 Como o noivo demorava, começaram a dormitar e adormeceram. 6 A meio da noite, ouviu-se um brado: ‘Aí vem o noivo, ide ao seu encontro!’ 7 Todas aquelas virgens despertaram, então, e aprontaram as candeias. 8 As insensatas disseram às prudentes: ‘Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas candeias estão a apagar-se.’ 9 Mas as prudentes responderam: ‘Não, talvez não chegue para nós e para vós. Ide, antes, aos vendedores e comprai-o.’ 10 Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o noivo; as que estavam prontas entraram com ele para a sala das núpcias, e fechou-se a porta. 11 Mais tarde, chegaram as outras virgens e disseram: ‘Senhor, senhor, abre-nos a porta!’ 12 Mas ele respondeu: ‘Em verdade vos digo: Não vos conheço.’ 13 Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora.»

Comentário:

Porque é que o Senhor não me conhece?
Só por ter chegado um pouco tarde ao encontro!
Bom, mas, eu, estive de facto à espera, bastante tempo, tanto que se me acabou o azeite e tive de ir comprá-lo!

O Senhor não tem isto em conta?

Não se trata de o Senhor querer ou não querer conhecer-me.
Eu é que me exclui do Seu convívio porque abandonei a “espera” e, quando Ele entrou, não estava ali para entrar com Ele.
Tive um motivo para o fazer, de facto… mas, O Senhor não tem nada a ver com isso, ou tem?
Ele chega, abre-se a porta e, quem está à espera, preparado, entra no gozo do seu Senhor.

Que não sei nem o dia nem a hora!

Pois não, por isso tenho de estar preparado SEMPRE!

(AMA, comentário sobre Mt 25, 1-13, 09.08.2010)









Cruz rasgada na pedra

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Esta fotografia, tirada a semana passada no Castelo da Sortelha, fez-me lembrar a perseverança e o testemunho da fé.

“Rasgada” na pedra, ali está a Cruz de Cristo ao longo de tantas centenas de anos a afirmar a cristandade, o ser cristão, o dar testemunho de Cristo.

O meu coração não é de pedra, e por isso tantas vezes a cruz nele inscrita pelo amor de Cristo, é esquecida por mim próprio, e sobretudo, “esquece-se” o meu coração  de dar testemunho desse mesmo amor.

Claro que não quero um coração de pedra, um coração que não sinta, nem se deixe mover pelo amor, mas quero sim um coração de carne, onde a Cruz de Cristo, prova constante do Seu eterno amor por mim, por nós, esteja “rasgada” de tal forma, que nunca eu a possa esquecer, e sobretudo que todos a possam ver como testemunho da fé e do amor que em mim o Senhor derramou, para mim, mas sobretudo para dar e me dar aos outros.


Marinha Grande, 7 de Agosto de 2017
Joaquim Mexia Alves
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Hoy el reto del Amor es escuchar qué es lo que el otro necesita de mi

LO QUE EL OTRO NECESITA

El otro día vi a una hermana haciendo un escrito. Me acerqué a ella para darle ánimos, y, al mirar su trabajo, vi que se podría maquetar el texto. Como estoy aprendiendo sobre maquetación, me saltó en seguida, y pensé que podría quedar "más profesional".

Así que le dije que, si quería, yo podía maquetarle el texto. Ella, muy amablemente, me dijo que no me preocupara, que era una cosa sencilla y no hacía falta.

En un primer momento me surgió pensar: "Pero, ¿por qué? Si quedaría mucho más bonito y con una buena presentación..." Sin embargo, respondí que genial y me marché.

Pensé que lo mejor sería ir a entregárselo al Señor y ya está. Así que me subí al Oratorio y, de rodillas, le entregué mis razones. Muy pronto me vino esta frase: "No es lo que yo puedo dar, sino lo que el otro necesite de mí". Es decir, no se trata de darme a los demás con lo que yo sé hacer o según yo creo mejor, sino que se trata de escuchar lo que ellos necesitan realmente.

Aquella frase me llenó de Paz, me di cuenta de que era verdad, de que a mí me ocurre igual con los demás.

Un rato mas tarde, se me acercó esta misma hermana diciéndome que las impresoras estaban locas, y que si, por favor, podía ayudarla a imprimir el documento.

Desde dentro guiñé al Señor dándole gracias, y me fui encantada a echarle una mano.

Cristo quiere que vivamos desde el Amor, no del amor propio, sino de un Amor que respeta, que da libertad al otro, que genera confianza y comunidad. Si la persona que tienes a tu lado siente tu respeto, se acercará a ti con confianza, sabiendo que siempre la acogerás.

Hoy el reto del Amor es escuchar qué es lo que el otro necesita de mí. Pídele al Señor que ponga en marcha unas campanillas que te avisen cuando el hermano necesite de ti. Déjate llevar por Él, y no por tus razonamientos o por tu forma de hacer las cosas. Descubrirás un mundo nuevo que lleva al amor desde un respeto profundo, desde saber que todos somos necesarios aunque nadie es imprescindible.


VIVE DE CRISTO

Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)






Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?









Fátima: Centenário - Vida de Maria - 51



Centenário das aparições da Santíssima 

Virgem em Fátima


Apresentação de Jesus no Templo



A voz dos Padres

«Do mesmo modo que a Mãe de Deus e Virgem intacta susteve nos seus braços a Luz verdadeira e a entregou aos que jaziam nas trevas, também nós, iluminados com a Sua luz, e sustendo nas nossas mãos a luz que a todos ilumina, apressemo-nos a sair ao encontro d’Aquele que é a Luz verdadeira.

Assim, verdadeiramente veio a luz ao mundo [i] e iluminou este mundo rodeado de trevas; e visitou-nos o Sol que vem do alto e iluminou os que se encontravam nas trevas [ii]. É este o nosso mistério. Por isso caminhamos segurando os círios, para significar a Luz que nos iluminou e o esplendor futuro que esperamos receber d’Ele. Corramos todos juntos ao encontro de Deus.

Veio a luz verdadeira que ilumina todo o homem [iii]; portanto, irmãos, deixemo-nos iluminar. Que todos sejamos participantes do seu resplendor; que ninguém, encobrindo o seu resplendor, permaneça na noite, mas que todos, resplandecentes e iluminados, vamos ao seu encontro para receber, juntamente com o velho Simeão, aquela Luz clara e sempiterna. E todos, participando da alegria do ancião, entoemos um cântico de acção de graças ao Pai da luz, que nos enviou a Luz verdadeira, eliminou as trevas e nos fez a todos resplandecentes.

Também nós vimos por Ele o teu Salvador, que apresentaste diante de todos os povos [iv], a quem manifestaste para glória do novo Israel e sem dilação fomos libertados do antigo pecado, do mesmo modo que Simeão, uma vez que tendo visto Cristo, foi libertado das ataduras da vida presente.

Também nós abraçámos a Cristo com a fé que nos vem de Belém; fomos constituídos Povo de Deus, os que antes éramos gentios; vimos com os nossos olhos Deus feito carne e, aceite nos braços do nosso espírito a presença visível de Deus, somos o novo Israel».

São Sofrónio de Jerusalém (séc. VII), Discurso III na Apresentação do Senhor.




[i] Jo 3, 19
[ii] cfr. Lc 1, 78-79
[iii] Jo 1, 9
[iv]  Lc 2, 30-31