Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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30/07/2017
Trabalha com alegria
Se afirmas que queres imitar Cristo... e
te sobra tempo, andas por caminhos de tibieza. (Forja, 701)
As tarefas profissionais – também o
trabalho do lar é uma profissão de primeira ordem – são testemunho da dignidade
da criatura humana; ocasião de desenvolvimento da própria personalidade;
vínculo de união com os outros; fonte de recursos; meio de contribuir para a
melhoria da sociedade em que vivemos, e de fomentar o progresso da humanidade
inteira...
Para um cristão estas perspectivas
alongam-se e ampliam-se ainda mais, porque o trabalho – assumido por Cristo
como realidade redimida e redentora – se converte em meio e em caminho de
santidade, em tarefa concreta santificável e santificadora. (Forja,
702)
Trabalha com alegria, com paz, com
presença de Deus.
Desta maneira realizarás a tua tarefa,
além disso, com bom senso: chegarás até ao fim ainda que rendido pelo cansaço,
acabá-la-ás bem... e as tuas obras agradarão a Deus. (Forja,
744)
Deves manter – ao longo do dia – uma
constante conversa com Nosso Senhor, que se alimente também das próprias
ocorrências da tua tarefa profissional.
Vai com o pensamento ao Sacrário... e
oferece a Nosso Senhor o trabalho que tiveres entre mãos. (Forja,
745)
Fátima: Centenário - Oração Jubilar de Consagração
Fátima: Centenário - Oração Jubilar de Consagração
Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.
Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.
Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.
Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.
E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.
Ámen.
Evangelho e comentário
Evangelho:
Mt 13, 44-52
44 «O Reino do Céu é semelhante a um
tesouro escondido num campo, que um homem encontra. Volta a escondê-lo e, cheio
de alegria, vai, vende tudo o que possui e compra o campo. 45 O
Reino do Céu é também semelhante a um negociante que busca boas pérolas.
46 Tendo encontrado uma pérola de grande valor, vende tudo quanto possui e
compra a pérola.» 47 «O Reino do Céu é ainda semelhante a uma rede que, lançada
ao mar, apanha toda a espécie de peixes. 48 Logo que ela se enche, os pescadores
puxam-na para a praia, sentam-se e escolhem os bons para as canastras, e os
ruins, deitam-nos fora. 49 Assim será no fim do mundo: sairão os anjos e
separarão os maus do meio dos justos, 50 para os lançarem na fornalha ardente:
ali haverá choro e ranger de dentes.» 51 «Compreendestes tudo isto?» «Sim» -
responderam eles. 52 Jesus disse-lhes, então: «Por isso, todo o doutor da Lei
instruído acerca do Reino do Céu é semelhante a um pai de família, que tira
coisas novas e velhas do seu tesouro.»
Comentário:
O Senhor descreve, explica o
que é o Reino dos Céus para que não restem nem dúvidas nem falsos conceitos.
É, no fim e a cabo, um
tesouro, uma pérola de altíssimo valor, tão grande que se sobrepõe a tudo
quanto possamos almejar.
Por este Reino, vale a pena
desprender-se de tudo quanto julgamos nos faz falta porque o bem a alcançar
ultrapassa tudo.
E depende da vontade de cada
um escolher o que melhor lhe convém e, sendo assim, tudo parece lógico e
simples.
Ou não?
(AMA,
comentário sobre Mt 13, 44-52, 20.03.2017)
Tratado da vida de Cristo 171
Em seguida devemos tratar da causalidade
da ressurreição de Cristo. E nesta questão discutem-se dois
artigos:
Art. 1 — Se a ressurreição de Cristo é a
causa da ressurreição dos corpos.
Art. 2 — Se a ressurreição de Cristo é a
causa da ressurreição das almas.
Art. 6 — Se as provas aduzidas por
Cristo manifestaram suficientemente a verdade da sua ressurreição.
Art.
1 — Se a ressurreição de Cristo é a causa da ressurreição dos corpos.
O primeiro discute-se assim. — Parece
que a ressurreição de Cristo não é a causa da ressurreição dos corpos.
1. — Pois, posta a causa suficiente,
necessariamente se lhe segue o efeito. Se, pois, a ressurreição de Cristo é a
causa suficiente da ressurreição dos corpos, imediatamente depois da
ressurreição dele todos os mortos deviam ressuscitar.
2. Demais. — A causa da ressurreição dos mortos é a justiça divina; e esta exige que
os corpos sejam premiados ou punidos simultaneamente com as almas, com a qual
participaram do mérito ou do pecado, como diz Dionísio e também Damasceno.
Ora, a justiça de Deus haveria de cumprir-se necessariamente, mesmo se Cristo
não tivesse ressuscitado. Logo, ainda sem ter Cristo ressuscitado, os mortos ressuscitariam.
Portanto, a ressurreição de Cristo não é a causa da ressurreição dos corpos.
3. Demais. — Se a ressurreição de Cristo
é a causa da ressurreição dos corpos, ou é a causa exemplar, ou a eficiente ou
a meritória. — Ora, não é a causa exemplar, porque Deus é quem operara
a ressurreição dos corpos, segundo o Evangelho: o Pai ressuscita os mortos. E demais, Deus não precisa voltar-se
para nenhum exemplar exterior a si. — Semelhantemente, também não é a
causa eficiente. Pois a causa eficiente não age senão por contacto, espiritual
ou corpóreo. Ora, é manifesto que a ressurreição de Cristo não tem nenhum
contato corpóreo com os mortos que ressuscitam, por causa da distância de tempo
e de lugar. Nem tão pouco contacto espiritual, mediante a fé e a caridade,
pois, também os infiéis e os pecadores ressuscitarão. — Nem é a causa
meritória, enfim; porque Cristo ressuscitado já não era viandante e, portanto,
não podia mais merecer. — E, portanto, de nenhum modo a ressurreição
de Cristo parece ser a causa da nossa ressurreição.
4. Demais. — Sendo a morte a privação da
vida, destruir a morte nenhuma outra causa há-de ser senão tornar a infundir a
vida, o que constitui a ressurreição. Ora, Cristo, morrendo, destruiu a nossa
morte. Logo, a morte de Cristo, e não, portanto, a sua ressurreição, é a causa
da nossa ressurreição.
Mas, em contrário, o Apóstolo: Se se prega que Cristo ressuscitou dentre os
mortos, etc. E a Glosa: Que é a causa
eficiente da nossa ressurreição.
Tudo o primário em qualquer género é a causa do mais que se lhe segue,
como diz Aristóteles. Ora, o que é primário no género da verdadeira
ressurreição é a ressurreição de Cristo, como do sobredito resulta. Donde, há-de
necessariamente a ressurreição de Cristo ser a causa da nossa ressurreição. E
tal o diz o Apóstolo: Ressuscitou Cristo
dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem; porque como a morte
veio na verdade por um homem, também por um homem deve vir a ressurreição dos
mortos. — E com razão. Pois, o princípio da vida humana é o Verbo
de Deus, do qual diz a Escritura: Em ti
está a fonte da vida. Donde o dizer o próprio Senhor: Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim também dá o
Filho vida àqueles a quem quer. Ora, a ordem natural das causas instituídas
por Deus exige que qualquer causa primeiro obre sobre o que lhe está mais
próximo e depois, por esse meio, ao que lhe está mais remoto. Assim, o fogo
primeiro aquece o ar que lhe está próximo e, mediante o ar, aquece os corpos
distantes. E Deus primeiro ilumina as
substâncias que lhe estão mais próximas e, por meio delas, as mais remotas,
como diz Dionísio. Donde, o Verbo de Deus primeiro dá a vida imortal ao corpo,
que lhe está naturalmente unido e, por ele, causa a ressurreição em todos os
outros.
DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. —
Como dissemos, a ressurreição de Cristo é a causa da nossa, por virtude do
Verbo que lhe está unido. O qual a opera pela sua vontade. Donde, não é
necessário que o seu efeito se lhe siga imediatamente, mas segundo a disposição
do Verbo de Deus; de modo que primeiro nos afeiçoemos com Cristo, que sofreu e
morreu, em nossa vida passível e mortal; em seguida, cheguemos a participar da
semelhança da ressurreição.
RESPOSTA À SEGUNDA. — A justiça de Deus
é a causa primeira da nossa ressurreição; a ressurreição de Cristo, porém, a
causa secundária e como instrumental. Pois, embora a virtude do agente
principal não fique determinada por nenhum instrumento em particular, contudo
desde que obra mediante esse instrumento, este é a causa eficiente. Assim,
pois, a justiça divina, quanto é de si, não é obrigada a causar a nossa
ressurreição, pela ressurreição de Cristo. Pois, Deus podia salvar-nos por
outro modo que não a Paixão e a ressurreição de Cristo, como dissemos. Mas
desde que decretou esse modo de nos salvar, é manifesto que a ressurreição de
Cristo é a causa da nossa.
RESPOSTA À TERCEIRA. — A ressurreição de
Cristo não é, propriamente falando, a causa meritória da nossa, mas a causa
eficiente e exemplar. — Eficiente, porque a humanidade de Cristo,
segundo a qual ressuscitou, é de certo modo o instrumento da sua divindade, e
obra em virtude dela, como se disse. Donde, assim como o mais que Cristo na sua
humanidade fez ou sofreu contribui, em virtude da sua divindade, para nossa
salvação, como dissemos, assim também a sua ressurreição é a causa eficiente da
nossa, pela virtude divina, que tem o poder de vivificar os mortos. E essa
virtude atinge com a sua presença dos os lugares e tempos; sendo que esse
contacto virtual basta para a referida eficiência causal. Ora, segundo
dissemos, a causa primordial da ressurreição humana é a justiça divina, pela
qual Cristo tem o poder de emitir o seu juízo, enquanto Filho do homem. Donde,
a causalidade eficiente da sua ressurreição estende-se não só nos bons, mas
também aos maus, que lhe estão sujeitos ao juízo. — Mas, assim como a
ressurreição do corpo de Cristo, por estar ele pessoalmente unido ao Verbo, foi
a primeira no tempo, assim também foi a primeira em dignidade, como diz a Glosa
a um lugar do Apóstolo. Ora, o perfeitíssimo é sempre o exemplar imitado pelo
menos perfeito, ao seu modo. Donde, a ressurreição de Cristo é a causa exemplar
da nossa. O que é necessário, não da parte do autor da ressurreição que não
precisa de exemplar; mas da dos ressuscitados, que hão de afeiçoar-se à
ressurreição de Cristo, segundo o Apóstolo: Reformará
o nosso corpo abatido para o fazer conforme ao seu corpo glorioso. Embora,
pois, a eficiência da ressurreição de Cristo se estenda à ressurreição tanto
dos bons como dos maus, contudo a sua exemplaridade estende-se propriamente só
aos bons, que fez conformes à sua filiação, na frase do Apóstolo.
RESPOSTA À QUARTA. — Pela causalidade
eficiente, dependente do poder divino, em geral tanto a morte de Cristo como
também a sua ressurreição é a causa tanto da destruição da morte como da
reparação da vida. Mas, quanto à causa exemplar, a morte de Cristo, pela qual
deixou a vida mortal, é a causa da destruição da nossa morte. Ao passo que a
sua ressurreição, pela qual entrou na vida imortal, é a causa da reparação da
nossa vida. Mas além disso a Paixão de Cristo é a causa meritória, como
dissemos.
Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Viver a família.
Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.
Lembrar-me:
Cultivar a Fé
São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
Fátima: Centenário - Vida de Maria - 41
A VOZ DOS POETAS
À
Encarnação do Verbo Eterno
Desce do céu imenso Deus
para encarnar na Virgem soberana.
Porque desce o divino a cousa humana?
Para subir o humano a ser divino.
Pois como vem tão pobre e tão menino,
Rendendo-se ao poder de mão tirana?
Porque vem receber morte inumana
Pera pagar de Adão o desatino.
É possível que os dois o fruito comem
Que de quem lhes deu tanto foi vedado?
Sim, porque o próprio ser de deuses
tomem.
E por esta razão foi humanado?
Sim, porque foi com causa decretado,
Se quis o homem ser Deus, que Deus fosse
homem.
soneto CXXXVII, in OBRAS DE
LUÍS de CAMÕES, Lello & Irmão Ed., Porto, 1970, p. 72