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28/05/2017

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Fátima: Centenário - Oração jubilar de consagração


Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.

Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.

E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.


Ámen.

Leitura espiritual

A CIDADE DE DEUS 

Vol. 2

LIVRO XIV

CAPÍTULO XVIII

Do pudor na cópula, não só em geral, mas mesmo no casamento.

No próprio acto levado a cabo sob o impulso da referida paixão (libido), não só em certas desonestidades em que se procuram lugares escondidos para se evitar a justiça humana, mas também no trato com meretrizes (torpeza que a cidade terrena tornou lícita), embora se faça o que nenhuma lei desta cidade pune, todavia, mesmo a paixão (libido) permitida e impune evita os olhares públicos e, por vergonha natural, os próprios lupanares estão providos de lugares secretos. Pôde assim a impudicícia desfazer-se mais facilmente das peias proibitórias do que o impudor suprimir os covis desta vergonha. Os próprios libertinos chamam a isto torpeza e, embora se lhe entreguem, não se atrevem a fazê-lo ostensivamente.

Quê!? A própria união conjugal que se realiza em conformidade com os preceitos das leis matrimoniais (matrimonialium praescripta tabularum)
[i] para gerar filhos, não procura, embora seja lícita e honesta, um quarto afastado e sem testemunhas? Um cônjuge, antes de começar as caricias ao outro cônjuge, não despede todos os seus familiares e até os próprios paraninfos e todos os que qualquer parentesco autorizava a estarem presentes? É certo que como diz o maior orador romano (Romani maximus auctor eloquii), como alguém lhe chamou [ii], todos os actos legítimos pretendem realizar-se em plena luz, isto é, pretendem ser conhecidos; mas este acto tão legitimamente realizado embora aspire a ser conhecido, envergonha-se, todavia, se for contemplado. Quem é que, de facto, ignora o que entre si fazem os cônjuges para gerarem filhos? Para isso é que com tanta solenidade, se realiza o casamento. Contudo quando se trata de gerar os filhos, aos próprios filhos, se algum existe já, não se lhes permite que a isso assistam. Desta forma este acto legítimo pretende chegar à luz dos espíritos, mas recusa-se a chegar à luz dos olhos. Porque é isto senão porque o que se realiza decentemente em conformidade com a natureza é acompanhado da vergonha que procede do castigo?


CAPÍTULO XIX

Das partes do homem em que a ira e a paixão carnal (libido) têm movimentos tão desordenados que é necessário contê-los com o freio da sabedoria; mas antes do pecado não existiam na saúde da natureza.

É por isso que até os filósofos que mais perto estiveram da verdade reconheceram que a ira e a voluptuosidade (libido) são as partes viciosas da alma pois se lançam em agitada desordem mesmo para actos que a sabedoria não permite que se realizem — e por isso precisam de ser dirigidas pela m ente e pela razão. A presentam-nos eles a razão, como terceira parte da alma, colocada como que numa cidadela para as moderar — de forma que, com a razão a mandar e o libido e a ira a obedecerem, se possa conservar a justiça no homem, em todas as partes da alma. Essas duas partes, que eles reconhecem que são viciosas mesmo no homem sábio e moderado, têm que ser dominadas e contidas pelo freio da razão para serem conduzidas e dirigidas, dos objectos para que indevidamente tendem, para os que a lei da sabedoria autoriza: a ira — para o exercício duma justa repressão, a volúpia (libido) — para a propagação da prole. Mas, digo-vo-lo, estas partes não eram viciosas no Paraíso antes do pecado porque a nada conduziam de contrário à recta vontade nem a razão tinha, a bem dizer com o um freio, de as desviar. Se agora se movem desta m aneira, se com repressões e com freios são dominadas com mais ou menos facilidade pelos que vivem na temperança, na justiça e na piedade, — não constitui isso saúde que provenha da natureza, mas enfermidade que provém da culpa. Mas se, na realidade, a vergonha não tapa as obras da ira e de outras paixões em palavras e actos, com o procura tapar os efeitos da paixão libidinosa que aparecem nos órgãos genitais — porque será senão porque, nestas paixões, a acção dos membros não depende delas, mas da vontade quando esta lhes dá o seu consentimento, porque ela comanda totalmente a sua actividade? Efectivamente, aquele que, irado, grita ou fere, não poderia fazê-lo se a língua ou a mão se não movesse sob o impulso da vontade que, de certo modo, comanda. Esses órgãos, mesmo fora da ira, são movidos pela vontade. Pelo contrário a volúpia (libido) mantém tão submetidas ao seu império as partes genitais do corpo que estas só sob a sua acção é que se podem mover, quer a excitem quer ela surja espontaneamente.

É isto o que causa vergonha; e isto que, corando perante os olhares dos espectadores, se procura evitar. O homem suporta mais facilmente um a multidão de espectadores, quando injustificadamente se irrita contra o homem, do que o olhar de um só quando mesmo licitamente se une a sua mulher.



(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)




[i] V. Aulo-Gélio, Noctes atticae, IV, 3, 2.
[ii] Pharsália, VII, 62-63.

Tratado da vida de Cristo 162

Questão 54: Da qualidade de Cristo ressuscitado

Art. 2 — Se o corpo de Cristo ressuscitou inteiro.

O segundo discute-se assim. — Parece que o corpo de Cristo não ressuscitou inteiro. 

1. — Pois, a carne e o sangue pertencem à integridade do corpo humano. Ora, Cristo parece que não os teve, conforme o Apóstolo: A carne e o sangue não podem possuir o reino de Deus. Ora, Cristo ressuscitou na glória do reino de Deus. Logo, parece que não tinha carne nem sangue.

2. Demais. — O sangue é um dos quatro humores. Se, pois, Cristo teve sangue, pela mesma razão também teve os outros humores, donde resulta a corrupção aos corpos dos animais. Donde se seguirá, que o corpo de Cristo era corruptível. O que é inadmissível. Logo, não teve carne nem sangue.

3. Demais. — O corpo de Cristo ressuscitado subiu aos céus. Ora, uma parte do seu sangue é reservado como relíquia em certas Igrejas. Logo, o corpo de Cristo não ressuscitou na integridade de todas as suas partes.

Mas, em contrário, o Senhor diz, falando aos discípulos, depois da ressurreição: Um espírito não tem carne nem ossos como vós vedes que eu tenho.

Como dissemos, o corpo de Cristo teve, ressuscitado, a mesma natureza, mas uma glória diferente. Donde, tudo o pertencente à natureza do corpo humano existiu totalmente no corpo de Cristo ressuscitado. Ora, é manifesto que da natureza do corpo humano fazem parte as carnes, os ossos, os sangues e atributos semelhantes. Donde, tudo isso existiu no corpo de Cristo ressuscitado; e também integralmente, sem nenhuma diminuição do contrário a ressurreição não seria perfeita, se não se reintegrasse tudo o que se desagregou pela morte. Por isso o Senhor fez aos seus fiéis a seguinte promessa: Até os mesmos cabelos da vossa cabeça, todos eles estão contados. E noutro lugar: Não se perderá um cabelo da vossa cabeça. — Quanto a afirmar que o corpo de Cristo não tinha carne nem ossos nem as demais partes naturais ao corpo humano, isso constitui o erro de Entíquio, bispo da cidade de Constantinopla. Dizia ele que o nosso corpo, na glória da ressurreição, será impalpável e mais subtil que o vento e o ar. E que o Senhor, depois de ter confirmado o coração dos seus discípulos, fazendo-os apalpar-lhe o corpo, tornou então subtil tudo o que antes nele podia ser tocado. Mas essa doutrina Gregório a refuta no mesmo lugar, pois o corpo de Cristo não sofreu, depois da ressurreição, nenhuma mudança, segundo o Apóstolo: Tendo Cristo ressuscitado dos mortos, já não morre. De modo que o bispo infiel retratou-se na morte, do que disse. Pois, se é inadmissível que Cristo tivesse recebido, na sua concepção, um corpo de outra natureza, por exemplo, celeste, como Valentiniano afirmava, muito mais inadmissível é que, na ressurreição, reassumisse um corpo de natureza diferente, pois que o corpo reassumido na ressurreição, para a vida imortal, foi o mesmo que assumiu, na concepção, para a vida mortal.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — Carne e sangue, no lugar citado, não se tomam pela natureza deste e daquela, mas ou pela culpa da carne e do sangue, como diz Gregório; ou pela corrupção da carne e do sangue, porque, no dizer de Agostinho, não havia aí corrupção nem mortalidade da carne e do sangue. Ora, a carne, na sua substância, possui o reino de Deus, conforme o lugar — Um espírito não tem carne nem ossos como vós vedes que eu tenho. Mas a carne, entendida como corruptível, não o possui. Por isso imediatamente o Apóstolo acrescentou as palavras: Nem a corrupção possuirá a incorruptibilidade.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Como diz Agostinho, talvez o tratar-se do sangue dará a ocasião a um esmerilador mais minucioso de objectar, que se houve sangue no corpo de Cristo ressuscitado, porque não houve também a pituita, isto é, o flegma; porque não o fel amarelo, isto é, a bílis e o fel negro ou a melancolia, cujos quatro humores a ciência médica declara constituídos da natureza da carne? Acrescente-se-lhes o que se quiser, mas evitando acrescentar a corrupção — não vá contaminar-se a integridade e a pureza da fé. Mas Deus pode deixar algumas de suas propriedades a corpos, de natureza visíveis e palpáveis e privá-los, contudo, de outras, conforme quiser; de sorte que guardem a sua forma exterior sem nenhuma falha ou corrupção, o movimento sem a fadiga, o poder de comer sem a necessidade. de nutrir-se.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Todo o sangue corrido do corpo de Cristo, pertencendo realmente à natureza humana, ressuscitou com o seu corpo. E o mesmo devemos dizer de todas as partículas realmente pertencentes á natureza humana em sua integridade. Quanto ao sangue conservado por certas Igrejas como relíquias, esse não correu do lado de Cristo; mas é considerado como tendo jorrado milagrosamente de alguma imagem sua, objecto de qualquer violência. 

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.



Epístolas de São Paulo – 89

Carta a Tito - cap 2

Qualidades dos anciãos e dos jovens

- 1Tu, porém, ensina o que é conforme à sã doutrina. 2Os anciãos sejam sóbrios, dignos, prudentes, firmes na fé, na caridade e na paciência. 3Do mesmo modo, as anciãs tenham um comportamento reverente, não sejam caluniadoras nem escravas do vinho, mas mestras de virtude, 4a fim de ensinarem as jovens a amar os maridos e os filhos, 5a serem prudentes, castas, boas donas de casa e dóceis aos maridos, de modo que a palavra de Deus não seja difamada. 6Exorta igualmente os jovens a serem moderados, 7apresentando-te em tudo a ti próprio como exemplo de boas obras, de integridade na doutrina, de dignidade, 8de palavra sã e irrepreensível, para que os adversários fiquem confundidos, por não terem nada de mal a dizer de nós.

Os escravos (1 Tm 6,1-2; 1 Pe 2,18-25)


- 9Exorta os escravos a serem em tudo dóceis aos seus senhores, procurando agradar-lhes em tudo e não os contradizendo 10nem defraudando, mas mostrando-se totalmente leais, a fim de honrarem em tudo a doutrina de Deus nosso Salvador. 11Com efeito, manifestou-se a graça de Deus, portadora de salvação para todos os homens, 12para nos ensinar a renúncia à impiedade e aos desejos mundanos, a fim de vivermos no século presente com sobriedade, justiça e piedade, 13aguardando a bem-aventurada esperança e a gloriosa manifestação do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. 14Ele entregou-se por nós, a fim de nos resgatar de toda a iniquidade e de purificar e constituir um povo de sua exclusiva posse e zeloso na prática do bem. 15Assim é que deves falar, exortar e repreender com toda a autoridade. E que ninguém te despreze.

Evangelho e comentário


Tempo de Páscoa

Ascensão do Senhor

Evangelho: Mt 28, 16-20

16Os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha indicado. 17Quando o viram, adoraram-no; alguns, no entanto, ainda duvidavam. 18Aproximando-se deles, Jesus disse-lhes: «Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra. 19Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, 20ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos.»

Comentário:

A nós, simples homens correntes, parece-nos de certo modo difícil de aceitar que daqueles onze alguns ainda duvidassem.

De facto, sabemos muito mais que eles, conhecemos muitíssimo melhor a missão de Jesus, aceitamos com muito mais facilidade quanto nos deixou dito.

Mas foi preciso que aqueles onze, apesar de todas as suas deficiências e fraquezas de homens simples e pouco cultos nos fizessem constar – com suprema humildade – essas mesmas fraquezas e dúvidas para que a nossa Fé se confirme e assente na rocha firme que é o próprio Evangelho.

(AMA, comentário sobre Mt 28, 16-20, 08.01.2017)





Fátima: Centenário - Música


Centenário das aparições da Santíssima Virgem em Fátima

Louvando a Santíssima Virgem - Coro Jubilate Deo




Neste mês de Maio a ti excelsa Mãe de Deus e nossa Mãe, te repetiremos sem cessar:

Ave Maria, gratia plena, Dominus tecum, benedicta tu in mullieribus et benedictus fructis ventris tui, Jesus.













Santa Maria, Mater Dei, ora pro nobis pecatoribus, nunc et in hora mortis nostra. Ámen.

Doutrina – 313


CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

CAPÍTULO SEGUNDO

CREIO EM JESUS CRISTO, O FILHO UNIGÉNITO DE DEUS
«E EM JESUS CRISTO, SEU ÚNICO FILHO, NOSSO SENHOR»
«JESUS CRISTO FOI CONCEBIDO PELO PODER DO ESPÍRITO SANTO, E NASCEU DA VIRGEM MARIA»

92. Cristo tinha um verdadeiro corpo humano?

Cristo assumiu um verdadeiro corpo humano, através do qual Deus invisível se tornou visível.

Por esta razão, Cristo pode ser representado e venerado nas santas imagens.

Pequena agenda do cristão


DOMINGO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?