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23/04/2017

Fátima: Centenário - Poemas

TORRE DE MARFIM


Se Torre de David a Igreja chama
à Virgem Santa, Torre de Marfim,
num êxtase de amor, também a aclama
em ladainha de louvor sem fim.

Dessa Torre a mimosa e rica trama
colhe a força e a grandeza de Eloim
e ao perfume que sem cessar derrama
une a graça e o encanto dum jardim.

Glória a Maria! Bela e radiosa,
lá está erecta e firme, no Calvário,
qual roble da montanha, junto à Cruz.

E ora do Céu a Torre majestosa
serve de guia ao nosso itinerário,
por entre sombras, para a eterna LUZ!

Visconde de Montelo, Paráfrase da Ladainha Lauretana, 1956 [i]



[i] Cónego Manuel Nunes Formigão
1883 - Manuel Nunes Formigão nasce em Tomar, a 1 de Janeiro. 1908 - É ordenado presbítero a 4 de Abril em Roma. 1909 - É laureado em Teologia e Direito Canónico pela Universidade Gregoriana de Roma. 1909 - No Santuário de Lourdes, compromete-se a divulgar a devoção mariana em Portugal. 1917 - Nossa Senhora aceita o seu compromisso e ele entrega-se à causa de Fátima. 1917 / 1919 - Interroga, acompanha e apoia com carinho os Pastorinhos. - Jacinta deixa-lhe uma mensagem de Nossa senhora, ao morrer. 1921 - Escreve o livro: "Os Episódios Maravilhosos de Fátima". 1922 - Integra a comissão do processo canónico de investigação às aparições. 1922 - Colabora e põe de pé o periódico "Voz de Fátima". 1924 - A sua experiência de servita de Nossa Senhora em Lurdes, leva-o a implementar idêntica actividade em Fátima. 1928 - Escreve a obra mais importante: "As Grandes Maravilhas de Fátima". 1928 - Assiste à primeira profissão religiosa da Irmã Lúcia, em Tuy. Ela comunica-lhe a devoção dos primeiros sábados e pede-lhe que a divulgue. 1930 - Escreve "Fátima, o Paraíso na Terra". 1931 - Escreve "A Pérola de Portugal". 1936 - Escreve " Fé e Pátria". 1937 - Funda a revista "Stella". 1940 - Funda o jornal "Mensageiro de Bragança". 1943 - Funda o Almanaque de Nossa Senhora de Fátima. 1954 – Muda-se para Fátima a pedido do bispo de Leiria-Fátima 1956 - Escreve sonetos compilados na "Ladainha Lauretana". 1958 – Morre em Fátima. 06/01/1926 - Funda a congregação das Religiosas Reparadoras de Nossa Senhora das Dores de Fátima. 11/04/1949 – A congregação por ele fundada é reconhecida por direito diocesano. 22/08/1949 – Primeiras profissões canónicas das Religiosas. 16/11/2000 - A Conferência Episcopal Portuguesa concede a anuência por unanimidade, para a introdução da causa de beatificação e canonização deste apóstolo de Fátima. 15/09/2001 - Festa de Nossa Senhora das Dores, padroeira da congregação - É oficialmente aberto o processo de canonização do padre Formigão. 16/04/2005 – É oficialmente encerrado e lacrado o processso de canonização do padre Formigão.
Fátima, 28 Jan 2017 (Ecclesia) – Decorreu hoje a cerimónia de trasladação dos restos mortais do padre Manuel Nunes Formigão, conhecido como 'o apóstolo de Fátima, do cemitério local para um mausoléu construído na Casa de Nossa Senhora das Dores.
A celebração de trasladação deste sacerdote e servo de Deus começou com uma concentração, rua Francisco Marto, 203, com centenas de pessoas, seguida de saída para o cemitério da Freguesia de Fátima.
Na eucaristia inserida neste evento, na Basílica da Santíssima Trindade, do Santuário de Fátima, D. António Marto destacou uma figura que "se rendeu ao mistério e à revelação do amor de Deus, da beleza da sua santidade tal como brilhou aos pastorinhos de Fátima".
O bispo de Leiria-Fátima recordou ainda o padre Manuel Formigão como alguém que "captou de uma maneira admirável para o seu tempo, a dimensão reparadora da vivência da fé tão sublinhada na mensagem de Fátima".

Nota de AMA:
Este livro de Sonetos foi por sua expressa vontade, depois da sua morte, devidamente autografado, entregue a meu Pai. Guardo o exemplar como autêntica relíquia.

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Sobre la ideología de género

¿Me van a decir que cuando una madre gestante hace la ecografía para saber el sexo del bebé y pregunta al médico si el bebé será niño o niña está siendo homofóbica?

No aceptar la ideología de género no es discriminación, no es ser intolerante ni homofóbico.

Una cosa no tiene nada que ver con la otra.

Cuando los fetos se forman, poseen dos cromosomas sexuales, XX o XY según sean niña (XX) o niño (XY). Los genes contenidos en estos cromosomas determinan el desarrollo físico de los fetos. Así, los embriones desarrollan diferentes órganos según el sexo.

En la pubertad, se producen una serie de hormonas, testosterona si es varón o estrógeno y progesterona si es mujer, que influencian no sólo la forma física como la persona se desarrolla, sino una serie de características afectivas, psicológicas, etc.

Esto no es discriminación, es simple biología. Esto no es homofobia, pues, que yo sepa, todos los seres humanos mantenemos el derecho de meter a quien nos dé la gana en nuestra cama.

El hecho de nacer como hombres o mujeres no es un hecho cultural, es biológico. ¿O me van a decir que cuando una madre gestante hace la ecografía para saber el sexo del bebé y pregunta al médico si el bebé será niño o niña está siendo homofóbica? ¡Por favor! Las cosas como son.

La ideología del género no promueve la igualdad entre los sexos, la ideología del género promueve la asexualización del ser humano.

Esta ideología, que es eso mismo, una corriente de pensamiento, no una teoría científica ni mucho menos una evidencia científica, sostiene que los seres humanos somos “neutros” cuando nacemos, y podemos escoger si ser hombres, mujeres, o una combinación de ambos cuando crecemos.

Dejemos una cosa clara, el sentimiento no se sobrepone a la naturaleza.

Yo no puedo cambiarme a voluntad. Si un día decido ser un gato, ese sentimiento no va a hacer que me salga pelo y me crezca una cola. Nací como mujer y por eso, tengo una serie de órganos propios: útero, ovarios, vagina, vulva. ¡Yo no tengo “derecho” a tener una próstata!

Las personas que nacen con un sexo determinado y luego sienten que no tienen el sexo adecuado -una mujer que se siente hombre o un hombre que se siente mujer- sufren de un síndrome conocido como “disforia de género”. No es la regla, es la excepción. No voy entrar aquí en casuísticas, basta decir que estas personas tienen que ser respetadas, queridas y acompañadas.

Hay quien defienda la ideología de género diciendo que ésta va a disminuir la violencia contra la mujer o los abusos sexuales. No es haciendo a los seres humanos “neutros” que defendemos los derechos de la mujer.

¡No es perdiendo nuestra identidad de mujeres que vamos a hacer que los hombres nos respeten! Estamos luchando en el sitio equivocado.

¿Quieren disminuir el abuso sexual de mujeres? Primero, ¡apoyen más a las familias! La mayoría de violadores vienen de familias rotas, donde el padre muchas veces está ausente o es abusivo. Segundo, ¡no fomenten que se use a la mujer como objeto en los medios sociales, en los periódicos, en la publicidad! Tercero, den más apoyo a las mujeres que sufren este tipo de violencia, que los agentes del orden cumplan efectivamente su deber de protegerlas.

Por ejemplo, muchos años tuvimos una señora trabajando en mi casa, su esposo le pegaba y cada vez que iba a la comisaría a denunciarlo, la policía no hacía nada porque el hombre era mecánico y les arreglaba las patrullas gratis.

¿Qué es lo que hemos conseguido tratando de hacer a la mujer igual al hombre? ¿Que trabajemos las mismas horas, que si salimos embarazadas nos despidan o no nos den trabajo si tenemos hijos pequeños? ¡Eso no es igualdad!

Pongamos otro ejemplo, para las que quieren ser madres o tener una familia, igualdad es dar a esas mujeres la oportunidad de trabajar a medio tiempo, si así lo deciden, para poder pasar más tiempo en casa con los niños.

Que no se nos penalice en el mercado laboral por querer ser madres. Eso es no discriminar a la mujer.

La mujer posee características únicas en comparación con el hombre: nuestra capacidad para hacer varias cosas al mismo tiempo, atención a los detalles, capacidad de entrega, etc.

La igualdad no se alcanza negando nuestras diferencias sexuales, la igualdad se alcanza respetando las diferencias de cada sexo y lo que cada sexo aporta a la sociedad.

PAMELA PUPPO [i]





[i] Pamela Puppo es doctora en Biodiversidad, Genética y Evolución por la Universidad de Oporto, máster en Biología por la Universidad de St Louis (Missouri) y licenciada en Biología por la Universidad Nacional Agraria La Molina de Perú.

Leitura espiritual

A Cidade Deus
A CIDADE DE DEUS


Vol. 2

LIVRO XII

CAPÍTULO III

Dos inimigos de Deus que o são, não por natureza, mas por vontade contrária. Esta, quando prejudica, uma natureza boa — porque o vício, se não prejudica, é porque não existe.

Na Escritura dizem-se inimigos de Deus os que, não por natureza, mas por seus vícios, se levantam contra a sua autoridade. Eles não podem prejudicar Deus, mas a si próprios. São seus inimigos pela vontade de lhe resistirem e não pelo poder de O atingirem. Deus é imutável e absolutamente incorruptível. Por isso o vício, que faz erguerem-se contra Deus aqueles a quem chamamos seus inimigos, é um mal não para Deus, mas para os próprios. E isto pela simples razão de que o vício corrompe neles o bem da natureza. Não é, pois, a natureza, mas sim o vício que é contrário a Deus porque o que é contrário ao bem é o mal. Quem negará, porém, que Deus é sumamente bom? Portanto, o vício é contrário a Deus como o mal o é ao bem.

Mas um a natureza viciada é também um bem — e a este bem é contrário o vício, claro está. Porém, ao passo que ele se opõe a Deus unicamente como o mal ao bem, para a natureza que vicia não é apenas um mal, mas algo de prejudicial. Na realidade, nenhum mal prejudica a Deus, mas todo o mal prejudica as naturezas mutáveis e corruptíveis que são, apesar disso, boas, como o demonstram os próprios vícios. Se não fossem boas, os vícios não poderiam prejudicar. Que prejuízo, com efeito, lhes farão senão o de lhes tirarem a integridade, a beleza, a saúde, a virtude e todos os bens naturais que o vício costuma destruir ou diminuir? Se nada houvesse, o vício, nada de bom retirando, já não causaria prejuízo e, portanto, já não seria um vício, pois não pode ser vício sem prejudicar. Segue-se daí que, apesar da sua impotência para causar prejuízo ao bem imutável, o vício a nada pode causar prejuízo senão ao bem, porque não está senão onde causa prejuízo. Isto mesmo também pode ser assim formulado: tanto é impossível ao vício estar no Bem Supremo com o não estar em algum outro bem. Os bens podem estar sós em qualquer parte; os males, não podem estar sós em parte alguma. É que, mesmo as próprias naturezas, que a sua má vontade viciou desde a origem, só são más enquanto viciadas, mas boas enquanto naturezas. E quando uma natureza viciosa é castigada, além de ser uma natureza, tem isto de bom: não é impune. Efectivamente, isto é justo e tudo o que é justo é, sem dúvida, um bem. Na verdade, ninguém é punido pelas suas faltas naturais, mas pelas suas faltas voluntárias. O próprio vício que o progresso de um longo hábito arreigou fortemente como uma natureza, teve a sua origem na vontade. Estamos agora a falar dos vícios duma natureza dotada de espírito que capta a luz inteligível, com que pode distinguir o justo do injusto.

CAPÍTULO IV

As naturezas carentes de razão e de vida não destoam, no seu género e na sua ordem, da beleza do universo.

Seria ridículo julgar condenáveis os defeitos dos animais, das árvores e de outras coisas mutáveis e mortas, totalmente desprovidas de inteligência, de sensibilidade ou de vida e cuja natureza corruptível se desagrega. Essas criaturas receberam por vontade do Criador uma medida de perfeição tal que, ao desaparecerem e ao sucederem-se realizam plenamente a sua pequena parte de beleza temporal, concedida, no seu género, às partes deste mundo. Os seres terrestres não tinham que ser idênticos aos celestes, nem tinham de faltar no Universo só porque estes são melhores. Quando, portanto, nos lugares apropriados a tais seres, uns nascem da morte dos outros e os mais débeis sucumbem perante os mais fortes, contribuindo os vencidos para o aperfeiçoamento dos vencedores — é isto a ordem das coisas transitórias. Se a beleza desta ordem não nos agrada, é porque, inseridos no mundo como partes, em razão da nossa condição mortal, não podemos perceber o conjunto a que os pormenores que nos ofendem se ajustam com toda a harmonia e proporção. Daí que, quanto mais ineptos formos para contemplarmos a obra de Deus, com tanta maior razão se nos impõe a fé na providência do Criador, não aconteça que caiamos na temeridade, humana e insensata, de criticarmos seja no que for a obra de tão grande artista. De resto, bem considerados, os defeitos das coisas terrestres, involuntários e não passíveis de penas, dão testemunho a favor das próprias naturezas que, todas elas, são obra de Deus Criador, e isto pela mesma razão: porque, também nelas, o que nos desagrada ver o vício arrebatar é o que nos agrada na sua natureza. A não ser que estas naturezas se tornem nocivas ao homem — o que é frequente — e lhe desagradem, não como naturezas, mas como contrárias ao seu interesse, com o aqueles animais cuja abundância castigou a soberba dos egípcios. Pelo mesmo motivo se poderia censurar o Sol, pois alguns delinquentes ou devedores insolventes, são, por ordem dos juízes, expostos ao Sol.
É, pois, a natureza, considerada em si mesma e não segundo as suas vantagens ou os seus prejuízos a nosso respeito, que glorifica o seu Criador. Mesmo a natureza do fogo eterno é, sem a menor dúvida, louvável, em bora seja destinada aos suplícios dos ímpios condenados. Efectivamente, que há de mais belo que o fogo chamejante, vigoroso, resplandecente? Que há de mais útil para aquecer, para curar, para cozer? E, todavia, nada mais molesto do que ele quando queima. Portanto, o mesmo elemento, nocivo em certos casos, torna-se utilíssimo quando convenientemente utilizado. Quem será capaz, no mundo inteiro, de, com palavras, enumerar as suas vantagens? Não devem ser ouvidos os que no fogo louvam a luz e detestam o calor. E que estes não o apreciam na sua natureza, mas nas suas vantagens ou inconvenientes. Querem ver — mas não querem arder. Pouco atendem a que esta luz que tanto lhes agrada não convém aos olhos enfermos
e os prejudica, ao passo que o seu calor, que lhes desagrada, convém a certos animais e lhes dá vida e saúde.


CAPÍTULO V

Seja louvado o Criador na forma e na medida de todas as naturezas.

Todas as naturezas, pelo facto de existirem, têm a sua medida, a sua forma e um a certa harmonia consigo mesmas, e, portanto, são boas. Enquanto se mantiverem onde, segundo a ordem na natureza, se devem manter — conservam o ser tal qual com o o receberam. As que não o receberam para sempre, transformam -se em melhores ou piores, conforme as necessidades e os movimentos das coisas às quais a lei do Criador as submete e, como apraz à divina providência, tendem para o fim que o plano de governação do universo lhes assinala. Mas esta tão grande corrupção que impele as naturezas mutáveis e mortais à sua destruição, há-de reduzir o que era ao não ser, mas de forma que não impeça que daí surjam, como consequência, novos seres que devem continuar a existir. Porque assim são estas coisas, — Deus, Ser Supremo, e por isso autor de toda a essência limitada no seu ser, (não pode Ele ser igual ao que criado foi do nada, nem de forma alguma pudera existir se não tivesse sido feito por Ele) — não poderá ser censurado por defeitos em que possamos tropeçar nas naturezas e deve ser honrado pela contemplação de todas as naturezas.

(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)


Evangelho e comentário

Tempo de Páscoa


Evangelho: Jo 20, 19-31

19 Chegada a tarde daquele mesmo dia, que era o primeiro da semana, e estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam juntos, por medo dos judeus, foi Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!».20 Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se muito ao ver o Senhor.21 Ele disse-lhes novamente: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também vos envio a vós».22 Tendo dito esta palavras, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo.23 Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos». 24 Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. 25 Os outros discípulos disseram-lhe: «Vimos o Senhor!». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas Suas mãos a abertura dos cravos, se não meter a minha mão no Seu lado, não acreditarei».26 Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, colocou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». 27 Em seguida disse a Tomé: «Mete aqui o teu dedo e vê as Minhas mãos, aproxima também a tua mão e mete-a no Meu lado; e não sejas incrédulo, mas fiel!». 28 Respondeu-Lhe Tomé: «Meu Senhor e Meu Deus!». 29 Jesus disse-lhe: «Tu acreditaste, Tomé, porque Me viste; bem-aventurados os que acreditaram sem terem visto». 30 Outros muitos prodígios fez ainda Jesus na presença de Seus discípulos, que não foram escritos neste livro.31 Estes, porém, foram escritos a fim de que acrediteis que Jesus é o Messias, Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em Seu nome.

Comentário:

Todo o Evangelho é a "fonte" mais importante onde beber as verdades da Fé.

Em particular este trecho de São João contém algo da maior importância: a instituição do Sacramento da Reconciliação.
O Senhor quis expressamente delegar o Seu poder exclusivo de perdoar os pecados.

Poder exclusivo por que é lógico que sendo o pecado uma ofensa a Deus só a Ele competirá perdoar.

De facto, este poder é exercido pelo confessor em Seu Nome o que é justo.

(ama, comentário sobre Jo 20 19-31 2015.04.12)


Os frutos saborosos da alma mortificada

Estes são os saborosos frutos da alma mortificada: compreensão e transigência para as misérias alheias; intransigência para as próprias. (Caminho 198)

Penitência é tratar sempre os outros com a maior caridade, começando pelos teus. É atender com a maior delicadeza os que sofrem, os doentes e os que padecem. É responder com paciência aos maçadores e inoportunos. É interromper ou modificar os nossos programas, quando as circunstâncias – sobretudo os interesses bons e justos dos outros – assim o requerem.


A penitência consiste em suportar com bom humor as mil pequenas contrariedades do dia; em não abandonar o trabalho, mesmo que no momento te tenha passado o entusiasmo com que o começaste; em comer com agradecimento o que nos servem, sem caprichos importunos. (Amigos de Deus, 138)

Tratado da vida de Cristo 157

Questão 53: Da ressurreição de Cristo

Em seguida devemos tratar do concernente à exaltação de Cristo. E, primeiro, da sua ressurreição. Segundo, da sua ascensão. Terceiro, do lugar que ocupa, sentado à direita do Pai. Quarto, do seu poder judiciário. O primeiro ponto é susceptível de quatro questões. - Delas a primeira é sobre a própria ressurreição de Cristo. A segunda, sobre Cristo ressurgente. A terceira, sobre a manifestação da ressurreição. A quarta, sobre a causa dela.


Na primeira discutem-se quatro artigos:

  
Art. 1 — Se era necessário Cristo ressuscitar.
Art. 2 — Se Cristo devia ressuscitar no terceiro dia.
Art. 3 — Se Cristo foi o primeiro que ressuscitou.
Art. 4 — Se Cristo foi à causa da sua ressurreição.
Art. 1 — Se era necessário Cristo ressuscitar.

 O primeiro discute-se assim. — Parece que não era necessário Cristo ressuscitar.

1. — Pois, diz Damasceno: Chama-se ressurreição ao facto de tornar a surgir um ser animado, que caiu e se decompôs. Ora, Cristo não caiu por causa de nenhum pecado, nem o corpo se lhe decompôs, como do sobredito se colhe. Logo, não podemos propriamente dizer que ressuscitou.

2. Demais. — Quem ressuscita é levado a um estado mais alto, porque surgir é ser movido para cima. Ora, o corpo de Cristo depois da morte permaneceu unido à divindade e, portanto, não podia ser elevado a um estado mais alto. Logo, não lhe cabia o ressuscitar.

3. Demais. — Tudo o que sofreu a humanidade de Cristo se ordenava à nossa salvação. Ora, bastava à nossa salvação a Paixão de Cristo, pela qual fomos livres da pena e da culpa, como do sobredito se colhe. Logo, não era necessário que Cristo ressuscitasse dos mortos.

Mas, em contrário, o Evangelho: Importava que Cristo sofresse e ressuscitasse dos mortos.

Era necessário que Cristo ressuscitasse, por cinco razões. — Primeiro para a manifestação da divina justiça, a qual compete exaltar aos que se humilham por amor de Deus, segundo o Evangelho: Depôs do trono os poderosos e elevou os humildes. Tendo, pois, Cristo, levado da caridade e da obediência, se humilhado até à morte da cruz, importava fosse exaltado por Deus até a ressurreição gloriosa. Por isso a Escritura diz, da sua pessoa: Tu me conheceste, isto é, aprovaste ao assentar-me, isto é, a glorificação na ressurreição, como o interpreta a Glosa. — Segundo, para ilustração da nossa fé. Pois, a sua ressurreição confirmou a nossa fé na divindade de Cristo; porque, como diz o Apóstolo, ainda que crucificado por enfermidade, vive todavia pelo poder de Deus. Donde o dizer ainda o Apóstolo: Se Cristo não ressuscitou é vã a nossa pregação, é também vã a nossa fé. E noutro lugar diz a Escritura: Que proveito há no meu sangue, i. é, na efusão do meu sangue, se desço à corrupção, como que por degraus de males? Quase se respondesse: Nenhum. Pois, se não ressuscitar logo e se me corromper o corpo, a ninguém anunciarei, a ninguém serei de proveito, como expõe a Glosa. — Terceiro, para sustentar a nossa esperança. Pois, vendo Cristo ressuscitar, ele que é nossa cabeça, esperamos que também havemos de ressuscitar. Donde o dizer o Apóstolo: Se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns entre vós outros que não há ressurreição de mortos? E noutro lugar da Escritura: Eu sei, isto é, pela certeza da fé, que o meu Redentor, isto é, Cristo vive, tendo ressurgido dos mortos, e, portanto, eu no derradeiro dia surgirei da terra: esta minha esperança esta depositada no meu peito. — Quarto, para nos dar um modelo pelo qual possamos regular a nossa vida, segundo o Apóstolo: Como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim também nós andemos em novidade de vida. E mais abaixo: Tendo Cristo ressurgido dos mortos, já não morre nem a morte terá sobre ele mais domínio; assim também vós considerai-vos que estais certamente mortos ao pecado, porém vivos para Deus. — Quinto, para complemento da nossa salvação. Pois, assim como sofreu tantos males e morreu, para dos males nos livrar, assim também foi glorificado ressuscitando, para nos dar a posse do bem, segundo o Apóstolo: Foi entregue por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — Embora Cristo não caísse por causa do pecado, caiu, contudo, pela morte. Pois, assim como o pecado consiste em decair da justiça, assim a morte em decair da vida. Por isso, podemos entender da pessoa de Cristo o lugar da Escritura: Não te alegres, inimiga minha, a meu respeito, por eu ter caído - eu me tornarei a levantar. Semelhantemente, embora o corpo de Cristo não se tivesse decomposto, reduzindo-se a cinzas, o próprio facto porém de a alma se ter separado do corpo foi de certo modo uma decomposição.

RESPOSTA À SEGUNDA. — A divindade estava unida à carne de Cristo, depois da morte, por uma união pessoal; não porém por uma união de natureza, como a alma está unida ao corpo, como forma, para constituir a natureza humana. E assim, por estar o corpo de Cristo unido à sua alma, foi elevado a um estado mais alto da natureza, mas não a um estado mais alto da pessoa.

RESPOSTA À TERCEIRA. — A Paixão de Cristo obrou a nossa salvação propriamente falando, quanto à libertação dos males; mas a ressurreição foi o começo e o penhor dos bens.


Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.


Epístolas de São Paulo – 54

Carta aos Gálatas

Capítulo 5

III. O EVANGELHO FAZ-NOS LIVRES (4,8-5,12)

A liberdade cristã

1Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes, e não vos sujeiteis outra vez ao jugo da escravidão.
2Reparai, sou eu, Paulo, que vo-lo digo: se vos circuncidardes, Cristo de nada vos servirá. 3Uma vez mais o atesto a todo o homem que se circuncida: fica obrigado a cumprir toda a Lei. 4Tornastes-vos uns estranhos para Cristo, vós os que pretendeis ser justificados pela Lei; abandonastes a graça. 5Porque nós, é em virtude da fé, pelo Espírito, que aguardamos a justiça que esperamos. 6Pois, em Cristo, nem a circuncisão vale alguma coisa, nem a incircuncisão, mas sim a fé que actua pelo amor. 7Corríeis bem. Quem foi que vos deteve, impedindo-vos de obedecer à verdade? 8Uma persuasão assim não vem daquele que vos chama. 9Um pouco de fermento faz fermentar toda a massa. 10Eu, a respeito de vós, tenho confiança no Senhor, de que de maneira nenhuma ireis pensar de outro modo. Mas quem vos perturba sofrerá a condenação, seja ele quem for. 11Quanto a mim, irmãos, se eu ainda prego a circuncisão, porque sou ainda perseguido? 12Acabou-se, portanto, o escândalo da cruz. Aqueles que vos inquietam, o que eles deviam era castrar-se.

IV. VIDA CRISTÃ, CAMINHO DA LIBERDADE (5,13-6,10)

Livres no amor

13Irmãos, de facto, foi para a liberdade que vós fostes chamados. Só que não deveis deixar que essa liberdade se torne numa ocasião para os vossos apetites carnais. Pelo contrário: pelo amor, fazei-vos servos uns dos outros. 14É que toda a Lei se cumpre plenamente nesta única palavra: Ama o teu próximo como a ti mesmo. 15Mas, se vos mordeis e devorais uns aos outros, cuidado, não sejais consumidos uns pelos outros.

Viver segundo o Espírito

16Mas eu digo-vos: caminhai no Espírito, e não realizareis os apetites carnais. 17Porque a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito, o que é contrário à carne; são, de facto, realidades que estão em conflito uma com a outra, de tal modo que aquilo que quereis, não o fazeis. 18Ora, se sois conduzidos pelo Espírito, não estais sob o domínio da Lei. 19Mas as obras da carne estão à vista. São estas: fornicação, impureza, devassidão, 20idolatria, feitiçaria, inimizades, contenda, ciúme, fúrias, ambições, discórdias, partidarismos, 21invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas. Sobre elas vos previno, como já preveni: os que praticarem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. 22Por seu lado, é este o fruto do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, 23mansidão, auto-domínio. Contra tais coisas não há lei. 24Mas os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e desejos. 25Se vivemos no Espírito, sigamos também o Espírito. 26Não nos tornemos vaidosos, a provocar-nos uns aos outros, a ser invejosos uns dos outros.


Doutrina – 278

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

CAPÍTULO PRIMEIRO CREIO EM DEUS PAI

OS SÍMBOLOS DA FÉ

57. Se Deus é omnipotente e providente porque é que existe o mal?

A esta pergunta, tão dolorosa quanto misteriosa, só o conjunto da fé cristã pode dar resposta.
Deus não é de maneira nenhuma, nem directamente nem indirectamente, a causa do mal.
Ele ilumina o mistério do mal no seu Filho Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou para vencer aquele grande mal moral que é o pecado dos homens e que é a raiz dos outros males.



Pequena agenda do cristão

DOMINGO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?