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27/03/2017

Fátima: Centenário - Oração jubilar de consagração


Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.

Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.

E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.


Ámen.

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Eutanásia: o que está em causa? Contributos para um diálogo sereno e humanizador

Nota Pastoral do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, 14 de Março de 2016

5. A vida humana é o pressuposto de todos os direitos e de todos os bens terrenos. É também o pressuposto da autonomia e da dignidade. Por isso, não pode justificar-se a morte de uma pessoa com o consentimento desta. O homicídio não deixa de ser homicídio por ser consentido pela vítima. A inviolabilidade da vida humana não cessa com o consentimento do seu titular.

O direito à vida é indisponível, como o são outros direitos humanos fundamentais, expressão do valor objectivo da dignidade da pessoa humana. Também não podem justificar-se, mesmo com o consentimento da vítima, a escravatura, o trabalho em condições desumanas ou um atentado à saúde, por exemplo.


(cont)

Leitura espiritual

A Cidade Deus
A CIDADE DE DEUS 


Vol. 2

LIVRO XI

Começa a segunda parte desta obra que trata da origem das duas Cidades — da Celeste e da Terrestre —, do seu desenvolvimento e dos seus fins.

Neste primeiro livro começa Agostinho por demonstrar que os primórdios das duas cidades tiveram um precedente na distinção entre anjos bons e anjos maus.

Por tal motivo trata da criação do Mundo de que as Sagradas Escrituras nos oferecem a descrição no principio do livro do Génesis.

CAPÍTULO I

Nesta parte da obra começa-se por se mostrar as origens e os fins das duas Cidades — da Celeste e da Terrestre.

Chamamos Cidade de Deus àquela de que dá testemunho a Escritura que, não devido a movimentos fortuitos dos ânimos, mas antes devido a uma disposição da Suma Providência, ultrapassando pela sua divina autoridade todas as literaturas de todos os povos, acabou por subjugar toda a espécie de humanos engenhos. É, realmente, nela que está escrito:

Disseram de ti coisas gloriosas, ó cidade de Deus.[i]

num outro salmo lê-se:

O Senhor é grande e digno dos maiores louvores na cidade do nosso Deus, na sua montanha santa, ele que aumenta o júbilo de toda a terra;[ii]

e um pouco mais à frente no mesmo salmo:
Como ouvimos assim vimos na Cidade do Senhor das virtudes, na cidade do nosso Deus; Deus fundou-a para a eternidade;[iii]

e da mesma forma noutro salmo:

Uma torrente de alegria inunda a cidade de Deus; o Altíssimo santificou o seu tabernáculo; Deus está no meio dela: ela não será abalada.[iv]

Com estes testemunhos e outros que tais, que seria longo citar, sabemos que há uma Cidade de Deus da qual aspiramos ser cidadãos movidos pelo amor que o seu fundador infundiu em nós. A este fundador da cidade santa preferem os cidadãos da Cidade Terrestre os seus próprios deuses, ignorando que Ele é o Deus dos deuses — não dos deuses falsos, isto é, ímpios e orgulhosos que, privados da luz imutável e a todos com um , reduzidos por isso a uma espécie de poder indigente, prosseguem o seu domínio a bem dizer pessoal ao reclamarem honras divinas daqueles que, por seus embustes, se lhes submeteram, — mas é o Deus dos deuses piedosos e santos que preferem pôr toda a sua alegria em só a Ele se submeterem a pô-la em que muitos outros a si se submetam e preferem adorar a Deus a serem adorados em lugar de Deus.

Nos dez livros precedentes respondemos, como nos foi possível com a ajuda de nosso Senhor e Rei, aos inimigos da Cidade Santa. Agora, — sabendo o que de mim esperam doravante e recordado do meu compromisso, sempre com confiança no auxílio do mesmo Senhor e Rei nosso —, vou tratar de expor a origem, o desenvolvimento e os fins destas duas cidades, a terrena e a celeste, que estão, como disse, interligadas e de certo modo misturadas um a na outra no século presente. Mas antes direi de que maneira a origem das duas cidades teve como precedente a diversidade dos anjos.


CAPÍTULO II

Ao conhecimento de Deus nenhum homem chega senão pelo Mediador entre Deus e os homens - o homem Jesus Cristo.

É grandioso, mas muito raro, que alguém se eleve, por um esforço da mente, acima de todas as criaturas corporais e incorpóreas, depois de ter observado e reconhecido a mutalibilidade, para atingir a imutável substância de Deus e aprender d ’Ele mesmo que toda a criatura d ’Ele distinta só a Ele tem por autor. De facto, Deus não fala ao homem por uma criatura corpórea — como se ferem os ouvidos do corpo fazendo vibrar o ar entre aquele que fala e aquele que ouve;

também se não serve dessas imagens espirituais que tomam a forma e a semelhança dos corpos — como se produz nos sonhos e tudo o que se lhes assemelha (nestes casos Ele fala por assim dizer aos ouvidos do corpo como se falasse por intermédio de um corpo, através do espaço corpóreo; realmente, muito se assemelham aos corpos estas vistas imaginárias);

mas fala pela própria verdade se alguém está apto a ouvir pelo espírito e não pelo corpo. Fala deste modo à parte mais excelente do homem, superior a todos os elementos que constituem o homem e à qual só Deus é superior.

Compreende muito bem o homem ou, se não chega a compreendê-lo, pelo menos crê que foi feito à semelhança de Deus. Certamente que está mais perto de Deus, seu superior pela parte superior de si mesmo, feita para dominar as partes inferiores que tem de comum com os animais. Mas como a própria parte mental, sede natural da razão e da inteligência, está muito debilitada pelos vícios inveterados que a obscurecem, necessitava, antes de tudo, de ser purificada pela fé para aderir à luz imutável e dela gozar, ou mesmo para lhe suportar o esplendor, até que, renovada e curada dia a dia, se tom e capaz duma tão grande felicidade.

E para caminhar mais confiadamente nessa fé para a verdade — a própria verdade, Deus Filho de Deus, assumindo o homem sem anular a Deus, fundou e estabeleceu essa mesma fé para que o homem tivesse um caminho para o Deus do homem por intermédio do homem-Deus.
Este é que é, realmente, o Mediador entre Deus e os homens — o homem Jesus Cristo: é Mediador por ser homem e como tal é caminho. Porque, se entre o que caminha e o lugar para onde se caminha há no meio um caminho, há esperança de lá chegar; se, porém, falta ou se desconhece por onde se deve seguir, que interessa que se saiba para onde se deve seguir? Só há, portanto, um caminho que exclui todo o erro: que o próprio Deus e o homem sejam o mesmo — Deus para onde se vai, homem por onde se vai.

CAPÍTULO III

Autoridade da Escritura canónica, obra do Espírito Santo.

Deus falou, primeiro, por intermédio dos profetas, depois, directamente, Ele próprio, e finalmente, na medida em que o julgou suficiente, pelos Apóstolos. Instituiu também a Escritura chamada canónica e investida da mais alta autoridade. Nela acreditamos a respeito de tudo o que convém não ignorar e que somos incapazes de conhecer por nós próprios. E certo que podemos saber — e disso somos nós próprios testemunhas — o que está ao alcance dos nossos sentidos, interiores ou mesmo exteriores, (daí que chamemos presente (praesentia) ao que se apresenta aos nossos sentidos (prae sensibus), como dizemos que está diante (prae) dos nossos olhos um objecto que aos olhos se apresenta). Todavia, para as coisas que não estão ao alcance dos sentidos, porque as não podemos conhecer pelo nosso próprio testemunho, procuram os outras testemunhas e depositamos nelas fé quando julgamos que essas coisas não estão ou não estiveram afastadas dos seus sentidos. Da mesma forma, portanto, que a respeito das coisas visíveis que não vemos, depositamos fé naqueles que as viram, como acreditamos nas outras coisas que dependem de cada um dos respectivos sentidos do corpo, — assim deve ser a respeito das coisas que são percebidas pela alma e pelo espírito (porque se pode muito bem falar de um sentido do espírito, donde vem o termo sententia (sentença — pensamento). Quer dizer: para as coisas invisíveis que escapam ao nosso sentido interior, devemos fiar-nos naqueles que as captaram tais quais elas se encontram na luz incorpórea ou naqueles que as contemplam na sua permanência (manentia = existência actual).


(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i] Salmo LXXXVI, 3.
[ii] Salmo XLVII, 2-3.
[iii] Salmo XLVII, 9.
[iv] Salmo XLV, 5-6.

Evangelho e comentário

Tempo da Quaresma


Evangelho: Jo 4, 43-54

43 Passados dois dias, partiu Jesus dali para a Galileia.44 Porque o mesmo Jesus tinha afirmado que um profeta não é respeitado na sua própria pátria.45 Tendo chegado à Galileia receberam-n'O bem os galileus porque tinham visto todas as coisas que fizera em Jerusalém durante a festa; pois também eles tinham ido à festa.46 Foi, pois, novamente a Caná da Galileia, onde tinha convertido a água em vinho. Havia em Cafarnaum um funcionário real, cujo filho estava doente.47 Este, tendo ouvido dizer que Jesus chegara da Judeia à Galileia, foi ter com Ele e pediu-Lhe que fosse a sua casa curar o filho que estava a morrer.48 Jesus disse-lhe: «Vós, se não virdes milagres e prodígios não acreditais».49 O funcionário real disse-Lhe: «Senhor, vem antes que o meu filho morra».50 Jesus disse-lhe: «Vai, o teu filho vive». Deu o homem crédito ao que Jesus lhe disse e partiu.51 Quando já ia para casa, vieram os criados ao seu encontro dizendo que o filho vivia.52 Perguntou-lhes a hora em que o doente se sentira melhor. Disseram-lhe: «Ontem, à hora sétima, a febre deixou-o». 53 Reconheceu então o pai ser aquela mesma a hora em que Jesus lhe dissera: «Teu filho vive». Acreditou ele, assim como toda a sua família.54 Foi este o segundo milagre que Jesus fez depois de ter vindo da Judeia para a Galileia.

Comentário:

Quem é este homem de elevada posição social, com criados às suas ordens, que não hesita em recorrer a Jesus numa hora de aflição?

Uma pessoa sem fé como se vê no final do trecho, mas com bom espí­rito e critério.
Sabe reconhecer a Verdade quando a encontra e por isso não se detém no regresso a casa quando o Senhor lhe confirma que o filho vive.

A Fé é dada por Deus como um dom gratuito e sem qualquer mereci­mento da pessoa e Ele não quer outra coisa que oferecer esse dom a quem de facto demonstra ter as condições necessárias.

Ele acreditou e por causa dele, toda a sua família.


(ama, comentário sobre Jo 4, 43-54, 11.3.2010)

Epístolas de São Paulo – 27

1ª Epístola de São Paulo aos Coríntios

III. RESPOSTA A QUESTÕES CONCRETAS (7,1-11,1)

Capítulo 9

O exemplo de Paulo

1Não sou eu um homem livre? Não sou um Apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor? Não sois vós a minha obra no Senhor? 2Se, para outros, eu não sou Apóstolo, sou-o certamente para vós, porque sois o selo do meu apostolado no Senhor.
3Esta é a minha defesa contra aqueles que me criticam. 4Não temos nós, porventura, o direito de comer e de beber? 5Não temos o direito de levar connosco, nas viagens, uma mulher cristã, como os restantes Apóstolos, os irmãos do Senhor e Cefas? 6Ou somente eu e Barnabé é que não temos o direito de deixar de trabalhar? 7Quem é que, alguma vez, vai à guerra, à sua própria custa? Quem planta uma vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho? 8Será que digo isto segundo critérios humanos, ou a própria Lei não dirá também o mesmo?
9Com efeito, na Lei de Moisés está escrito: Não açaimarás o boi que debulha o grão. Porventura, é com os bois que Deus se preocupa? 10Ou não será por causa de nós que Ele fala assim? De facto, é por nós que foi escrito; porque é na esperança de receber a sua parte, que o lavrador deve lavrar a terra, e o que debulha deve debulhar o grão. 11Se temos semeado para vós bens espirituais, será demasiado colher de vós bens materiais? 12Se outros gozam desse direito sobre vós, porque não nós, com maior razão? Mas nós não temos usado desse direito; pelo contrário, temos suportado tudo, para não criar qualquer obstáculo ao Evangelho de Cristo. 13Não sabeis que aqueles que desempenham funções sagradas vivem dos proventos do templo, e os que servem ao altar participam do que se oferece sobre o altar? 14Assim, ordenou também o Senhor, que aqueles que anunciam o Evangelho vivam do Evangelho.
15Eu, porém, não me aproveitei de nenhum desses direitos, nem tão pouco estou a escrever para os reclamar. Preferiria antes morrer do que... Ninguém me poderá privar deste título de glória. 16Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar! 17Se o fizesse por iniciativa própria, mereceria recompensa; mas, não sendo de maneira espontânea, é um encargo que me está confiado. 18Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.

Paulo ao serviço de todos

19De facto, embora livre em relação a todos, fiz-me servo de todos, para ganhar o maior número. 20Fiz-me judeu com os judeus, para ganhar os judeus; com os que estão sujeitos à Lei, comportei-me como se estivesse sujeito à Lei - embora não estivesse sob a Lei - para ganhar os que estão sujeitos à Lei; 21com os que vivem sem a Lei, fiz-me como um sem Lei - embora eu não viva sem a lei de Deus porque tenho a lei de Cristo - para ganhar os que vivem sem a Lei. 22Fiz-me fraco com os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para salvar alguns a qualquer custo. 23E tudo faço por causa do Evangelho, para dele me tornar participante.

24Não sabeis que os que correm no estádio correm todos, mas só um ganha o prémio? Correi, pois, assim, para o alcançardes. 25Os atletas impõem a si mesmos toda a espécie de privações: eles, para ganhar uma coroa corruptível; nós, porém, para ganhar uma coroa incorruptível. 26Assim, também eu corro, mas não às cegas; dou golpes, mas não no ar. 27Castigo o meu corpo e mantenho-o submisso, para que não aconteça que, tendo pregado aos outros, venha eu próprio a ser eliminado.

Eu confio em Ti, sei que és meu Pai

Jesus ora no horto: Pater mi (Mt XXVI, 39), Abba, Pater (Mc XIV, 36)! Deus é meu Pai, ainda que me envie sofrimento. Ama-me com ternura, mesmo quando me bate. Jesus sofre, para cumprir a Vontade do Pai... E eu, que também quero cumprir a Santíssima Vontade de Deus, seguindo os passos do Mestre, poderei queixar-me, se encontro por companheiro de caminho o sofrimento? Constituirá um sinal certo da minha filiação, porque me trata como ao Seu Divino Filho. E, então, como Ele, poderei gemer e chorar sozinho no meu Getsemani; mas, prostrado por terra, reconhecendo O meu nada, subirá ao Senhor um grito saído do íntimo da minha alma: Pater mi, Abba, Pater, ... fiat! (Via Sacra, 1ª Estação, n. 1)

Por motivos que não vem a propósito referir – mas que são bem conhecidos de Jesus, que aqui temos a presidir no Sacrário – a vida tem-me levado a sentir-me de um modo muito especial filho de Deus. Tenho saboreado a alegria de me meter no coração de meu Pai, para rectificar, para me purificar, para o servir, para compreender e desculpar a todos, tendo como base o seu amor e a minha humilhação.

Por isso, desejo agora insistir na necessidade de nos renovarmos, vós e eu, de despertarmos do sono da tibieza que tão facilmente nos amodorra e de voltarmos a entender, de maneira mais profunda e ao mesmo tempo mais imediata, a nossa condição de filhos de Deus.

O exemplo de Jesus, toda a vida de Cristo por aquelas terras do Oriente ajuda-nos a deixarmo-nos penetrar por essa verdade. Se admitimos o testemunho dos homens – lemos na Epístola – de maior autoridade é o testemunho de Deus. E em que consiste o testemunho de Deus? De novo fala S. João: Considerai o amor que nos mostrou o Pai em querer que nos chamemos filhos de Deus, e que o sejamos... Caríssimos, agora já somos filhos de Deus.


Ao longo dos anos, tenho procurado apoiar-me sem desfalecimento nesta feliz realidade. Em todas as circunstâncias, a minha oração tem sido a mesma com tonalidades diferentes. Tenho-lhe dito: Senhor, Tu colocaste-me aqui; Tu confiaste-me isto ou aquilo, e eu confio em Ti. Sei que és meu Pai e tenho visto sempre que as crianças confiam absolutamente nos pais. A minha experiência sacerdotal tem-me confirmado que este abandono nas mãos de Deus leva as almas a adquirir uma piedade forte, profunda e serena, que impele a trabalhar constantemente com rectidão de intenção. (Amigos de Deus, 143)

Doutrina - 251

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
PRIMEIRA SECÇÃO: «EU CREIO» – «NÓS CREMOS»

CAPÍTULO TERCEIRO: A RESPOSTA DO HOMEM A DEUS

NÓS CREMOS

32. De que maneira a fé da Igreja é uma só?

A Igreja, embora formada por pessoas de diferentes línguas, culturas e ritos, professa, unânime e a uma só voz, a única fé, recebida dum só Senhor e transmitida pela única Tradição Apostólica. Professa um só Deus – Pai, Filho e Espírito Santo – e manifesta uma única via de salvação. Portanto, nós acreditamos, num só coração e numa só alma, tudo o que está contido na Palavra de Deus, transmitida ou escrita, e nos é proposto pela Igreja como divinamente revelado.



Diálogos apostólicos

Diálogos apostólicos II Parte

Pergunto:

O que são os pecados?

Respondo:

Quando é que uma acção é má?

Há vários modos de responder à pergunta. Uma acção é má quando: é contraria à vontade de Deus, se opõe ao verdadeiro bem do homem, se opõe às leis próprias da natureza humana, a chamada “lei natural”.

Bento XVI – Pensamentos espirituais 137

A provação


Toda a provação acolhida com resignação é meritória e atrai a benevolência divina sobre toda a humanidade.



Mensagem para o 14.s Dia Mundial do Doente. (02.Fev.06)

(in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)

Pequena agenda do cristão

SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?