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Fátim: Centenário - Oração jubilar de consagração


Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.

Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.

E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.


Ámen.

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Comunhão dos Santos

Vivei uma particular Comunhão dos Santos: e cada um sentirá, à hora da luta interior, e à hora do trabalho profissional, a alegria e a força de não estar só. (Caminho, 545)


Há instantes, antes do lavabo, invocámos o Espírito Santo, pedindo-Lhe que abençoasse o Sacrifício oferecido ao Seu Santo Nome. Terminada a purificação, dirigimo-nos à Trindade – Suscipe, Sancta Trinitas –, para que receba o que apresentamos em memória da Vida, da Paixão, da Ressurreição e da Ascensão de Cristo, em honra de Maria, sempre Virgem, e em honra de todos os santos.


A oblação deve redundar em benefício de todos – Orate, fratres, reza o sacerdote –, porque este sacrifício é meu e vosso, de toda a Igreja Santa. Orai, irmãos, mesmo que sejam poucos os que se encontram reunidos, mesmo que se encontre materialmente presente apenas um cristão ou até só o celebrante, porque uma Missa é sempre o holocausto universal, o resgate de todas as tribos e línguas e povos e nações!



Todos os cristãos, pela comunhão dos Santos, recebem as graças de cada Missa, quer se celebre diante de milhares de pessoas, quer haja apenas como único assistente um menino, possivelmente distraído, a ajudar o sacerdote. Tanto num caso como noutro, a Terra e o Céu unem-se para entoar com os Anjos do Senhor: Sanctus, Sanctus, Sanctus... (Cristo que passa, 89)

Reflectindo - 235

Regras morais

Moral rules must be obeyed when itdoesn't suit us. Otherwise, why would we need rules? [i]


Esta "sentença" parece-me muito feliz e adequada ao que me proponho reflectir.

O conceito de "regra moral" não tem várias interpretações consoante conveniências ou circunstâncias, é apenas um: os limites em que a moral se move e actua.

Pode definir-se moral desta forma:

Moral é o conjunto de regras adquiridas através da cultura, da educação, da tradição e do quotidiano, e que orientam o comportamento humano dentro de uma sociedade.

(cont)

(ama, Reflexões, Garrão, 2015.09.19)



[i] Ken Follet, Edge of eternity

Evangelho e comentário

Tempo da Quaresma


Evangelho: Mt 21, 33-43. 45-46

Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Ouvi outra parábola: Havia um proprietário que plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar e levantou uma torre; depois arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para longe. Quando chegou a época das colheitas, mandou os seus servos aos vinhateiros para receber os frutos. Os vinhateiros, porém, lançando mão dos servos, espancaram um, mataram outro e a outro apedrejaram-no. Tornou ele a mandar outros servos, em maior número que os primeiros, e eles trataram-nos do mesmo modo. Por fim mandou-lhes o seu próprio filho, pensando: ‘Irão respeitar o meu filho’. Mas os vinhateiros, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro; vamos matá-lo e ficaremos com a sua herança’. Agarraram-no, levaram-no para fora da vinha e mataram-no. Quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?» Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo responderam-Lhe: «Mandará matar sem piedade esses malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que lhe entreguem os frutos a seu tempo». Disse-lhes Jesus: «Nunca lestes na Escritura: ‘A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se a pedra angular; tudo isto veio do Senhor e é admirável aos nossos olhos’? Por isso vos digo: Ser-vos-á tirado o reino de Deus e dado a um povo que produza os seus frutos». Ao ouvirem as parábolas de Jesus, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus compreenderam que falava deles e queriam prendê-l’O; mas tiveram medo do povo, que O considerava profeta.

Comentário:

Durante séculos o Senhor enviou ao povo de Israel inúmeros emissários - profetas e outros – que, cada um ao seu estilo, chamaram a atenção para o cumprimento da Sua Lei.

Muitos foram mortos, a maior parte desprezados.

Como “último recurso” envia o Seu próprio Filho e todos sabemos como foi recebido, contestado e privado da Sua própria Vida.

A Vontade de Deus cumpre-se sempre independentemente de ser ou não aceite pelos homens e este “último recurso” tem as consequências que Deus efectivamente quer:

Instalar o Seu Reino, converter os homens em Seus filhos, redimindo-os e abrindo-lhes as portas da Vida Eterna.

(ama, comentário sobre Mt 21, 33-43; 45-46, 2016.02.26)




Leitura espiritual

A Cidade Deus
A CIDADE DE DEUS 


Vol. 2

LIVRO X

CAPÍTULO X

A teurgia promete uma falsa purificação das almas pela invoca­ção dos demónios.

Eis agora outro platónico — dizem que mais douto —, Porfírio, que reconhece a não sei que disciplina teúrgica o poder de aprisionar os próprios deuses nos laços das paixões e das agitações interiores, pois as preces sagradas podem conjurá-los e impedi-los de concederem a uma alma a purificação. Qualquer pessoa pode, ordenando-lhes o mal, aterrá-los ao ponto de não poder qualquer outra que lhes peça o bem e recorra para tal à mesma arte teúrgica, dissipar o seu terror ou dar-lhes a liberdade de concederem um favor.

Quem não verá em tudo isto invenções de demónios mentirosos — a não ser que seja o mais miserável dos seus escravos, indigno da graça do verdadeiro libertador? Realmente, se estas práticas se dirigissem a deuses bons, o homem de bem, ao procurar a purificação da alma, teria com certeza mais crédito junto deles, do que o mau aoprocurar opor-se-lhes. Ou então, se os deuses justos julgassem o ho­mem de que se trata indigno de ser purificado, deveriam, com certeza, não se deixar amedrontar por um invejoso, nem paralizar-se, como diz o mesmo, com medo de uma divindade mais poderosa, mas recusar o favor por seu livre alvedrio. É de pasmar que aquele tão bom caldeu que desejava purificar a sua alma pelos ritos teúrgicos, não tenha encontrado algum deus superior, quer para inspirar um maior temor e assim constranger os deuses timoratos a fazerem o bem, quer para repelir quem os aterrorizou e permitir-lhes que fizessem livremente o bem. Talvez que ao bom teurgo tenham faltado os ritos sagrados capazes de purificar primeiro deste receio pestilento esses deuses que ele invocava como purificadores da alma. De facto, como explicar que se possa recorrer a um deus mais poderoso para os amedrontar e se não possa fazê-lo para os purificar? Será que se encontra um deus que exalta o invejoso e amedronta os deuses para que não façam o bem e não se encontra um que exalte o homem de boa vontade e liberte os deuses do seu temor para que façam o bem?

Ó teurgia luminosa! Ó purificação da alma digna de ser proclamada em que impera mais a imunda inveja do que a mais pura vontade de bem-fazer! Ou antes: ó falácia dos malignos espíritos, digna de ser evitada e detestada para ser atendida uma doutrina de salvação! Se, como ele diz, os que realizam estas purificações sórdidas por ritos sacrílegos vêem no seu espírito, devidamente purificado, certas imagens maravilhosamente belas, anjos e deuses (se é verdade que assim é), é porque, como diz o Apóstolo, Satanás se transfigura em anjo de luz. Este é que é o autor dessas imagens; este é que deseja prender as almas infelizes nas redes dos mistérios enganadores duma multidão de falsos deuses e desviá-las do verdadeiro culto do verdadeiro Deus, único capaz de as purificar e de as amar; ele é que, como diz Proteu,

se reveste de toda a casta de formas.
[i]

perseguindo com hostilidade, socorrendo com enganos, e de ambas as formas prejudicando.

CAPÍTULO XI

Carta de Porfirio ao egípcio Anebonte pedindo que o instrua sobre as diversas categorias de demónios.

Este Porfirio mostrou-se mais sensato no escrito dirigido ao egípcio Anebonte, onde, sob o pretexto de o consultar e interrogar, desmascara e destrói essas artes sacrí­legas e condena todos os demónios. Afirma que, por sua imprudência, são arrastados por um húmido vapor e por isso não se encontram no éter, mas no ar abaixo da Lua e mesmo no globo da Lua. Todavia, não se atreve a imputar
a todos todas as imposturas, maldades e inépcias que justificadamente o revoltam. Tal com o os outros, a alguns deles chama benéficos, embora confesse que, na generalidade, são desprovidos de senso. Admira-se, porém, de que os deuses se deixem cativar pelas vítimas e até se vejam empurrados e constrangidos a fazer a vontade dos ho­mens. E se os deuses se distinguem dos demónios pelo corpo e pela incorpore idade, admira-se também como se hão-de ter por deuses o Sol e a Lua e os demais astros visíveis no Céu que, não duvida, são corpos; e, se são deuses, porque e que se diz que uns são benéficos e outros são maléficos? E como é que se unem aos incorpóreos os que são corpó­reos?

Pergunta ainda, como quem duvida, se os adivinhos e os operadores de prodígios tiram o seu poder das disposições da alma ou de certos espíritos vindos de fora. Na sua opinião tiram-no mais de espíritos que vêm de fora — pois, utilizando pedras e ervas, prendem pessoas, abrem portas trancadas e realizam outros prodígios deste género. Diz ele que outros pensam que há certo género de seres cujo ofício consiste em atender às demandas, seres falazes por
natureza, que adoptam todas as formas, todos os aspectos, fingindo-se ora deuses, ora demónios, ora almas de falecidos. É deles que provêm todas estas obras que parecem boas ou más — e, pelo contrário, empurram para o mal, caluniam e servem de obstáculo aos diligentes servidores da virtude. Cheios de temeridade e altivez, apreciam os perfumes e prendem -se com lisonjas. Isto e tudo o que respeita a este género de espíritos falazes e malignos que vêm de fora para a alma, abusando dos sentidos do homem desperto ou adormecido, o confirma Porfírio sem se confessar convencido, mas com tanta reserva na sua dúvida e nas suas suspeitas que chega a apresentar esta opinião como se fosse sustentada por outros. Claro que era difícil a um tão grande filósofo conhecer ou contestar sem receio toda esta diabólica sociedade, que qualquer velhota cristã reconhece sem dificuldade e detesta sem relutância. Também pode acontecer que Porfírio receie ofender o seu correspondente Anebonte, glorioso pontífice de tais mistérios, e os outros admiradores de obras semelhantes, consideradas como divinas e pertencentes ao culto dos deuses.

Continuando na sua exposição e indagação dos factos, lembra-nos que estes, considerados com sensatez, não podem deixar de ser atribuídos senão as potências malignas e enga­nadoras. Realmente, pergunto eu:

Porque é que, depois de se invocarem os melhores, se lhes ordena, com o se fossem os piores, que cumpram as ordens injustas dos ho­mens?

Porque é que não atendem um suplicante atingido por artes de Vénus e não cessam de atirar toda a gente para uniões impudicas?

Porque é que impõem aos seus sacerdotes a abstinência da carne, sem dúvida para evitarem as contaminações dos odores corporais, e, todavia, eles próprios são atraídos por outras emanações, especialmente pelo fedor das vítimas? E, ao mesmo tempo que se proíbe ao assistente todo o contacto com o cadáver, as suas cerimónias celebram-se, maior parte das vezes, com cadáveres. O que acontece é que um homem, escravo de qualquer vício, ameaça e amedronta com as suas mentiras, não um demónio ou a alma de um morto, mas o próprio Sol, a Lua ou qualquer outro astro para lhes extorquir a verdade! Na realidade ameaça-os até de estilhaçar o Céu e de cometer outras façanhas semelhantes de que o homem é incapaz, para levar os deuses aterrados, como estúpidas crianças, por vãs e ridículas provocações, a executarem o que ele lhes ordena.

Conta ainda Porfírio que um certo Querémon, perito em tais artes sagradas, ou antes sacrílegas, escreveu que os mistérios de Isis e de seu esposo Osíris, muito celebrados no Egipto, têm um enorme poder para constrangerem os deuses a fazer o que lhes é ordenado, quando aquele que quer forçá-los por seus encantamentos (carmina) os ameaça de desvendar e arruinar esses mistérios, gritando-lhes com voz terrível que irá até ao ponto de dispersar os membros de Osíris se deixarem de executar as suas ordens. Com razão se admira Porfírio de que um homem dirija estas ou outras vãs e loucas ameaças, não a qualquer homem, mas aos próprios deuses celestes resplandecentes de luz sideral e de que, longe de falhar, consiga pela violência coagi-los e levá-los pelo terror a fazerem o que ele quer. Mas o certo é que ele finge admirar-se e pedir a explicação de tais coisas, para dar a entender que elas são obra desses espíritos de que acima faz a descrição segundo a opinião alheia: espíritos enganadores não por natureza, como ele supõe, mas por perversidade, fazendo-se passar por deuses e por almas de defuntos, mas não, com o ele próprio diz, por demónios que na realidade são. E se lhe parece que é com ervas, pedras, animais, certos ruídos ou palavras, gestos ou representações, ou ainda observando certos movimentos dos astros na rotação do Céu, que os homens podem forjar na Terra poderes capazes de obter tais efeitos, tudo isso pertence aos mesmos demónios mistificadores das almas a eles submetidas que encontram nos erros dos homens um divertimento voluptuoso. Portanto, ou Porfírio, na verdade, embora de­les tendo duvidado e acerca deles tendo procurado informar-se, recorda, todavia, tais factos para os confundir e refutar e para demonstrar que eles dizem respeito, não a potências capazes de ajudar-nos a conseguir a vida bem-aventurada, mas sim a falazes demónios; 
ou então, pensando melhor do filósofo, este não quis ferir, à maneira sobranceira e autoritária de um doutor, um egípcio votado a esses erros e convencido da importância da sua ciência, nem quis perturbá-lo com a oposição frontal de um adversário, mas, com a humilde compostura de um homem que interroga no desejo de se instruir, levá-lo a reflectir e a mostrar-lhe com o são desprezíveis ou mesmo dignas de rejeição estas coisas.

Depois, quase no fim da sua carta, pede-lhe que ensine o caminho para a bem-aventurança, segundo a sabedoria do Egipto. De resto, quanto àqueles cujas relações com os deuses se limitam a importunar o seu espírito divino para encontrarem um fugitivo, ou para comprarem um a propriedade, por causa de um casamento ou de um negócio ou de qualquer outra coisa deste género, parece, diz ele, terem cultivado em vão a sabedoria. E ainda que essas divindades, com que se relacionaram, fizessem revelações exac­tas acerca de outros assuntos — pois que acerca da bem-aventurança nenhum conselho prudente e útil foram capazes de dar — nem por isso seriam deuses os bons demónios, mas apenas aquilo a que se chama um embuste ou uma mera ficção humana.

(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i] Vergilio, Geórg., IV, 411,

Epístolas de São Paulo – 17

Epístola de São Paulo aos Romanos

II. CULTO DE ACORDO COM O EVANGELHO (12,1-15,13)

Capítulo 16

Recomendações e saudações

1Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que também é diaconisa na igreja de Cêncreas: 2recebei-a no Senhor, de um modo digno dos santos, e assisti-a nas actividades em que precisar de vós. Pois também ela tem sido uma protectora para muitos e para mim pessoalmente.
3Saudai Priscila e Áquila, meus colaboradores em Cristo Jesus, 4pessoas que, pela minha vida, expuseram a sua cabeça. Não sou apenas eu a estar-lhes agradecido, mas todas as igrejas dos gentios. 5Saudai também a igreja que se reúne em casa deles.
Saudai o meu querido Epéneto, o primeiro fruto da Ásia para Cristo. 6Saudai Maria, que tanto se afadigou por vós. 7Saudai Andrónico e Júnia, meus concidadãos e meus companheiros de prisão, que tão notáveis são entre os apóstolos e que, inclusivamente, se tornaram cristãos antes de mim.
8Saudai Ampliato, que me é tão querido no Senhor. 9Saudai Urbano, nosso colaborador em Cristo, e o meu querido Estáquio. 10Saudai Apeles, que deu provas do que ele é em Cristo. Saudai os da casa de Aristóbulo. 11Saudai Herodião, meu concidadão. Saudai os da casa de Narciso, que pertencem ao Senhor.
12Saudai Trifena e Trifosa, que se afadigam pelo Senhor. Saudai a minha querida Pérside, que tanto se afadigou pelo Senhor. 13Saudai Rufo, o eleito no Senhor, e a mãe dele que o é também para mim.
14Saudai Assíncrito, Flegonte, Hermes, Pátrobas, Hermas e todos os irmãos que estão com eles. 15Saudai Filólogo e Júlia, Nereu e sua irmã, Olímpio e todos os santos que estão com eles.
16Saudai-vos uns aos outros com um beijo santo. Saúdam-vos todas as igrejas de Cristo.

Cautela com os hereges

17Entretanto, irmãos, exorto-vos a que tenhais cautela com os que provocam divisões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles. 18É que essa gente não é a Cristo Senhor nosso que serve, mas ao seu próprio ventre; e com palavras lindas e lisonjeiras enganam os corações dos ingénuos. 19De facto, a vossa obediência chegou aos ouvidos de todos; e por isso me alegro convosco. Mas quero que sejais sábios quanto ao bem e sem mancha quanto ao mal.
20O Deus da paz há-de esmagar Satanás debaixo dos vossos pés, muito em breve. A graça de Jesus, Senhor nosso, esteja convosco!

Saudação dos colaboradores de Paulo

21Saúda-vos o meu colaborador Timóteo, assim como os meus concidadãos Lúcio, Jasão e Sosípatro.
22Saúdo-vos eu, Tércio, que escrevi esta carta, no Senhor. 23Saúda-vos Gaio, que me recebe como hóspede, assim como a toda a igreja. Saúda-vos Erasto, o tesoureiro da cidade, e o irmão Quarto.
24A graça do Senhor nosso Jesus Cristo esteja com todos vós! Ámen.

Glória a Deus!


25Àquele que tem o poder para vos tornar firmes, de acordo com o Evangelho que anuncio pregando Jesus Cristo, segundo a revelação de um mistério que foi mantido em silêncio por tempos eternos, 26mas agora foi manifestado e, por meio dos escritos proféticos, de acordo com a determinação do Deus eterno, levado ao conhecimento de todos os gentios, para os levar à obediência da fé, 27ao único Deus sábio, por Jesus Cristo, a Ele a glória pelos séculos! Ámen.

A propósito da ideologia do género

Carta Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa

5. O alcance antropológico da ideologia do género

Importa aprofundar o alcance da ideologia do género, pois ela representa uma autêntica revolução antropológica. Reflecte um subjectivismo relativista levado ao extremo, negando o significado da realidade objectiva. Nega a verdade como algo que não pode ser construído, mas nos é dado e por nós descoberto e recebido. Recusa a moral como uma ordem objectiva de que não podemos dispor. Rejeita o significado do corpo: a pessoa não seria uma unidade incindível, espiritual e corpórea, mas um espírito que tem um corpo a ela extrínseco, disponível e manipulável. Contradiz a natureza como dado a acolher e respeitar. Contraria uma certa forma de ecologia humana, chocante numa época em que tanto se exalta a necessidade de respeito pela harmonia pré-estabelecida subjacente ao equilíbrio ecológico ambiental. Dissocia a procriação da união entre um homem e uma mulher e, portanto, da relacionalidade pessoal, em que o filho é acolhido como um dom, tornando-a objecto de um direito de afirmação individual: o “direito” à parentalidade.

No plano estritamente científico, obviamente, é ilusória a pretensão de prescindir dos dados biológicos na identificação das diferenças entre homens e mulheres. Estas diferenças partem da estrutura genética das células do corpo humano, pelo que nem sequer a intervenção cirúrgica nos órgãos sexuais externos permitiria uma verdadeira mudança de sexo.

É certo que a pessoa humana não é só natureza, mas é também cultura. E também é certo que a lei natural não se confunde com a lei biológica. Mas os dados biológicos objectivos contêm um sentido e apontam para um desígnio da criação que a inteligência pode descobrir como algo que a antecede e se lhe impõe e não como algo que se pode manipular arbitrariamente. A pessoa humana é um espírito encarnado numa unidade bio-psico-social. Não é só corpo, mas é também corpo. As dimensões corporal e espiritual devem harmonizar-se, sem oposição. Do mesmo modo, também as dimensões natural e cultural. A cultura vai para além da natureza, mas não se lhe deve opor, como se dela tivesse que se libertar.


(cont)

Doutrina - 242

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
PRIMEIRA SECÇÃO: «EU CREIO» – «NÓS CREMOS»

CAPÍTULO SEGUNDO: DEUS VEM AO ENCONTRO DO HOMEM

A SAGRADA ESCRITURA

22. Que importância tem o Novo Testamento para os cristãos?


O Novo Testamento, cujo objecto central é Jesus Cristo, entrega-nos a verdade definitiva da Revelação divina. Nele, os quatro Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, enquanto são o principal testemunho da vida e da doutrina de Jesus, constituem o coração de todas as Escrituras e ocupam um lugar único na Igreja.

Pequena agenda do cristão

Sexta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?