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Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Deus está aqui

Humildade de Jesus: em Belém, em Nazaré, no Calvário...Porém, mais humilhação e mais aniquilamento na Hóstia Santíssima: mais que no estábulo, e que em Nazaré e que na Cruz. Por isso, que obrigação tenho de amar a Missa! (A «nossa» Missa, Jesus...). (Caminho, 533)


Por vezes, talvez nos perguntemos como será possível corresponder a tanto amor de Deus e até desejaríamos, para o conseguir, que nos pusessem com toda a clareza diante dos nossos olhos um programa de vida cristã. A solução é fácil e está ao alcance de todos os fiéis: participar amorosamente na Santa Missa, aprender a conviver e a ganhar intimidade com Deus na Missa, porque neste Sacrifício se encerra tudo aquilo que o Senhor quer de nós.


Permiti que aqui vos recorde o desenrolar das cerimónias litúrgicas, que já observámos em tantas e tantas ocasiões. Seguindo-as passo a passo é muito possível que o Senhor nos faça descobrir em que pontos devemos melhorar, que defeitos precisamos de extirpar e como há-de ser o nosso convívio, íntimo e fraterno, com todos os homens.



O sacerdote dirige-se para o altar de Deus, do Deus que alegra a nossa juventude. A Santa Missa inicia-se com um cântico de alegria, porque Deus está presente. É esta alegria que, juntamente com o reconhecimento e o amor, se manifesta no beijo que se dá na mesa do altar, símbolo de Cristo e memória dos santos, um espaço pequeno e santificado, porque nesta ara se confecciona o Sacramento de eficácia infinita. (Cristo que passa, 88)

Temas para meditar - 692

Filhos


Estamos enganados quando dizemos: falhei na educação dos meus filhos; não soube fazer o bem em volta de mim. 
Realmente, ainda não tivemos êxito, o sucesso não é ainda como tínhamos esperado. Isto é: a colheita ainda não chegou à maturidade. 
O que importa é que tenhamos semeado, que tenhamos dado Deus às almas. 
Quando Deus quiser, essas almas voltar-se-ão para Ele. 
Nós talvez não estejamos lá para o ver, mas outros colherão o que semeámos.

(georges chevrot Jesus e a Samaritana Éfeso 1956 pg 201)

Evangelho e comentário

Tempo da Quaresma


Evangelho: Lc 16, 19-31

Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: «Havia um homem rico, que se vestia de linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias. Um pobre chamado Lázaro jazia junto do seu portão, coberto de chagas. Bem desejava ele saciar-se com os restos caídos da mesa do rico; mas até os cães vinham lamber-lhe as chagas. Ora sucedeu que o pobre morreu e foi colocado pelos Anjos ao lado de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na mansão dos mortos, estando em tormentos, levantou os olhos e viu Abraão com Lázaro a seu lado. Então ergueu a voz e disse: ‘Pai Abraão, tem compaixão de mim. Envia Lázaro, para que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nestas chamas’. Abraão respondeu-lhe: ‘Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males. Por isso, agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado. Além disso, há entre nós e vós um grande abismo, de modo que, se alguém quisesse passar daqui para junto de vós, não poderia fazê-lo’. O rico exclamou: ‘Então peço-te, ó pai, que mandes Lázaro à minha casa paterna – pois tenho cinco irmãos – para que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento’. Disse-lhe Abraão: ‘Eles têm Moisés e os Profetas: que os oiçam’. Mas ele insistiu: ‘Não, pai Abraão. Se algum dos mortos for ter com eles, arrepender-se-ão’. Abraão respondeu-lhe: ‘Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, também não se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dos mortos’».

Comentário:

Aí está o fosso entre o Paraíso e o Inferno impossível de transpor por toda a eternidade!

A exclamação aplica-se porque é tão séria e grave esta constatação que não admite distracções dos vivos – enquanto têm tempo – para corrigir o rumo da sua vida. E não valem a pena lamentações, tudo é definitivo.

Convém, portanto ter bem presente esta realidade: existe castigo eterno como, de facto, existe ventura eterna e, uma ou outra, só dependem de nós e do nosso comportamento enquanto vivos.

(ama, comentário sobre Lc 16, 19-31, Cascais, 2010.09.26)




Leitura espiritual

A Cidade Deus
A CIDADE DE DEUS

Vol. 2

LIVRO X

CAPÍTULO VII

É tal o amor que os santos anjos nos têm que querem que pres­temos culto, não a eles, mas ao único e verdadeiro Deus.

É com razão que estes seres imortais e bem-aventurados, estabeleci­dos nas moradas celestes, se regozijam por participarem do seu Criador, de cuja eternidade recebem a sua estabilidade, de cuja verdade recebem a certeza, de cujo favor recebem a santidade. E porque nos amam com amor misericordioso, a nós mortais e infelizes, para que sejamos felizes e imortais, não querem que lhes votem os a eles os nossos sacrifícios, mas Aquele de quem eles pró­prios, como bem sabem, são connosco o sacrifício. Realmente, com eles formam os a única Cidade de Deus a que se refere o Salmo:

De ti se disseram as coisas mais gloriosas, ó Cidade de
Deus
[i].

E uma parte dela, que somos nós, peregrina; e a outra parte, que são eles, presta auxílio. E dessa Cidade Suprema, onde a vontade de Deus é a lei inteligível e imutável, é dessa como que Cúria do Alto (efectivamente é lá que se cuida de nós) que nos vem, pelo ministério dos anjos esta Escritura onde se lê:
Será exterminado aquele que sacrificar aos deuses em
vez de somente ao Senhor.
[ii]

Esta Escritura, esta lei, preceitos como este, foram confirmados por tão grandes milagres que não é possível pôr em dúvida a quem querem aqueles espíritos imortais e bem-aventurados (que querem para nós o que eles são) que nós ofereçam os sacrifícios.

CAPÍTULO VIII

Milagres que Deus se dignou acrescentar às suas promessas, ainda pelo ministério dos anjos, para tomar mais firme a fé das almas piedosas.

Parecerá que me estendo de mais ao recordar de tão longo passado os milagres que atestam a verdade das promessas de Deus, quando predisse, há milhares de anos, a Abraão, que, em sua descendência, todos os povos da Terra seriam benditos. Quem não admirará estes factos:
a Abraão, uma esposa estéril dá um filho numa idade em que nem uma mulher fecunda pode ter filhos;
num sacrifício de Abraão, um a chama desce dos Céus e passa por entre os pedaços da vítima;
ao mesmo Abraão, anjos revestidos da forma humana, que ele recebeu como hóspedes, predizem o incêndio de Sodoma pelo fogo do Céu e confirmam-lhe as promessas de Deus acerca da vinda de um filho;
Lot, filho de seu irmão, com a ajuda dos mesmos anjos, é preservado do incêndio que vai cair sobre Sodoma;
a mulher deste, já a caminho, olha para trás e, subitamente é trans­formada em sal, avisando-nos, com o um grande símbolo, de que ninguém deve desejar as coisas passadas quando já trilha o caminho da libertação?

E quantos e quão grandes prodígios foram ainda realizados por Moisés no Egipto para arrancar o povo de Deus ao jugo da servidão! Lá os magos do Faraó, isto é, rei do Egipto que oprimia este povo, receberam de Deus a permissão de operar alguns prodígios, mas para tornar a sua derrota ainda mais maravilhosa. Efectivamente operavam, com sortilégios, encantações mágicas, obras favoritas dos maus anjos, isto é, dos demónios; mas Moisés provido dum poder tanto mais temível, porque agia com toda a justiça em nome de Deus, que fez o Céu e a Terra, venceu-os facilmente ajudado pelos anjos. A terceira praga confessaram-se impotentes e Moisés, por uma disposição cheia de mistério, acabou o número das dez pragas. Foi então que o coração endurecido do Faraó e dos Egípcios cedeu, deixando partir o povo de Deus. Depressa se arrependeram e procuraram alcançar os Hebreus fugitivos. Enquanto estes passavam, o mar manteve-se dividido e seco para, logo depois, as suas águas se juntarem novamente, cobrindo e aniquilando os Egípcios.

Que direi dos prodígios que se multiplicaram sob o influxo surpreen­dente da divindade durante a travessia do deserto por aquele povo?
— águas impróprias para beber perdem o amargor, mercê do lenho que para elas atiraram por ordem de Deus, e dessedentaram os Hebreus sequiosos;
— o maná que caiu do Céu para os saciar — e como a quantidade a colher era medida, tudo o que mais se colhesse apodrecia com vermes nele nascidos; mas a medida dupla colhida na véspera de Sábado (porque era proibido colhê-lo nesse dia), não era atingida pela podridão;
— para os que desejavam comer carne — e parecia impossível encontrá-la em quantidade suficiente para tanta gente — encheram-se os campos de aves e o acicate da gula foi aniquilado pelo excesso de fartura;
— surgem os inimigos a cortarem a passagem e travam combate — mas Moisés ergue uma prece com os braços estendidos em forma de cruz e os inimigos são esmagados sem que tombe um só dos Hebreus;
— aparecem sediciosos entre o Povo de Deus, separam-se da sociedade divinamente instituída — e a terra abre-se e engole-os vivos, exemplo visível dum castigo invisível;
— a vara fere o rochedo — e a água jorra em abundância para matar a sede de tão grande multidão;
— mordeduras mortais de serpentes, justo castigo dos pecadores, são curadas à vista de uma serpente de bronze levantada sobre um madeiro, para que seja aliviado o povo abatido e que, pela imagem de um a morte de certo modo crucificada, seja simbolizada a destruição da morte pela morte — ? Esta serpente foi conservada em memória do milagre; mas quando o povo transviado começou a adorá-la como a um ídolo, o rei Ezequias, com uma piedade digna mais que todas de memórias pondo toda a sua religião e todo o seu poder ao serviço de Deus, fê-la em estilhaços.

CAPÍTULO IX

Artes ilícitas no culto dos demónios acerca das quais o platónico Porfirio hesita, ora aprovando-as ora repro­vando-as.

Estes casos e muitos outros semelhantes, que seria demasiado longo recordar, tinham por fim favorecer o culto do único Deus verdadeiro e de proibir o dos múltiplos falsos deuses. Resultavam de um a fé simples e de um a piedosa confiança, e não de encanta­mentos e de vaticínios compostos na arte da sacrílega curiosidade a que umas vezes se chama magia, outras se dá o nom e mais detestável de goecia, ou ainda o aparentemente mais honroso de teurgia; com estas distinções procuram fazer crer que entre as pessoas dadas a estas artes ilícitas, umas são condenáveis — aquelas a que vulgarmente se dá o nom e de maléficas são as que, diz-se, se relacionam com a goecia e outras são louváveis — as que se relacionam com a teurgia. Mas a realidade é que tanto umas com o as outras estão ligadas aos ritos falazes dos demónios que se apresentam com nome de anjos.

Porfirio chega mesmo a prometer uma espécie de purificação da alma pela teurgia, mas fá-lo num a exposição um tanto indecisa e tímida; nega, porém, que por esta arte se obtenha o regresso a Deus. Com o vês, entre o vicio de uma sacrílega curiosidade e a profissão de filosofia, flutua em posições contrárias. Realmente, ora nos põe de sobreaviso contra essa arte, declarando-a falaciosa, perigosa na sua prática e proibida pelas leis — ora, como cedesse aos seus panegiristas, a considera útil para purificar uma parte da alma, não, com certeza, a parte intelectual que percebe a verdade das realidades inteligíveis,
que não tem qualquer semelhança com os corpos, mas a parte espiritual que capta as imagens dos objectos corporais. Efectivamente, diz que, por meio de certos ritos teúrgicos chamados teletas  esta parte da alma está disposta e preparada para acolher os espíritos e os anjos e para ver os deuses. Mas confessa que essas teletas teúrgicas não conferem à alma intelectual qualquer purificação que a disponha a ver o seu Deus e a perceber as verdadeiras realidades. Disto se pode inferir que tipo de deuses se vêem, na sua opinião — e que tipo de visão (que não mostra as verdadeiras realidades) se obtém pelos ritos teúrgicos. Diz, por fim, que a alma racional ou, com o prefere dizer, intelectual, pode refugiar-se na sua própria vida sem que o que nela há de «espiritual» tenha sido purificado por qualquer artifício teúrgico. Aliás, a purificação do espírito pela teurgia não basta para a conduzir à imortalidade e à eter­nidade.

Distingue os anjos dos demónios, explicando que têm por residência — os demónios o ar, e os anjos o éter, o empíreo; e, embora avise que convém servirmo-nos da amizade dos demónios, com cuja ajuda cada um de nós se pode levantar da terra, em bora pouco, após a morte, reconhece, todavia, que é por outra via que se chega à sociedade su­perior dos anjos. Que se deve evitar a companhia dos demónios, encontra-se nele por assim dizer a confissão explícita, quando diz que a alma, no decurso das expiações que sofre após a morte, tem horror ao culto dos demónios que a rodeavam. E esta teurgia, que ele nos recomenda como conciliadora dos anjos e dos deuses, não pôde ele negar que actua nas potências que invejam a purificação da alma, ou favorecem as manobras destes. A este propósito expõe os queixumes não sei de que caldeu, dizendo:
Um bom homem na Caldeia queixa-se de que os seus grandes esforços em purificar a sua alma não tiveram sucesso porque um invejoso, prático nestes mistérios, tinha prendido as potências, conjurando-as com preces sagradas, impedindo-as assim de lhe concederem o favor solicitado. Portanto, este prendeu e aquele não desprendeu.

Este exemplo, na sua opinião, mostra que a teurgia é uma ciência ca­paz de fazer tanto o bem como o mal, quer entre os deuses quer entre os homens; e, no seu entender, os deuses também experimentam essas perturbações que Apuleio atribui indiferentemente aos demónios e aos homens, mas separa dos demónios os deuses ao atribuir a estes, moradas no éter, ponto este em que reafirma as ideias de Platão.

(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i] Salmo LXXXVI, 3.
[ii] Ex., XXII, 20.

Epístolas de São Paulo – 16

Epístola de São Paulo aos Romanos

II. CULTO DE ACORDO COM O EVANGELHO (12,1-15,13)

Capítulo 15

O exemplo de Cristo

1Nós, os fortes, temos o dever de carregar com as fraquezas dos que são débeis e não procurar aquilo que nos agrada. 2Procure cada um de nós agradar ao próximo no bem, em ordem à construção da comunidade. 3Pois também Cristo não procurou o que lhe agradava; ao contrário, como está escrito, os insultos daqueles que te insultavam caíram sobre mim. 4E a verdade é que tudo o que foi escrito no passado foi escrito para nossa instrução, a fim de que, pela paciência e pela consolação que nos dão as Escrituras, tenhamos esperança.
5Que o Deus da paciência e da consolação vos conceda toda a união nos mesmos sentimentos, uns com os outros, segundo a vontade de Cristo Jesus, 6para que, numa só voz, glorifiqueis a Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Unidos no mesmo louvor

7Por conseguinte, acolhei-vos uns aos outros, na medida em que também Cristo vos acolheu, para glória de Deus. 8Efectivamente, digo que foi por causa da fidelidade de Deus que Cristo se tornou servidor dos circuncisos, confirmando, assim, as promessas feitas aos patriarcas; 9por sua vez, os gentios, dão glória a Deus por causa da sua misericórdia, conforme está escrito:
Por isso te louvarei entre as nações e cantarei em honra do teu nome.
10E diz-se ainda:
Alegrai-vos, nações, juntamente com o seu povo.
11E ainda:
Nações, louvai todas o Senhor; que todos os povos o exaltem.
12E Isaías diz também:
Virá o rebento de Jessé, que se levantará para governar as nações: é nele que as nações hão-de pôr a sua esperança.
13Que o Deus da esperança vos encha de toda a alegria e paz na fé, para que transbordeis de esperança, pela força do Espírito Santo.

CONCLUSÃO (15,14-16,27)

Objectivo da Carta

14No que vos toca, meus irmãos, estou pessoalmente convencido de que vós próprios estais cheios de boa vontade, repletos de toda a espécie de conhecimento e com capacidade para vos aconselhardes uns aos outros.
15Apesar disso, escrevi-vos, em parte, com um certo atrevimento, como alguém que vos reaviva a memória. Faço-o em virtude da graça que me foi dada: 16ser para os gentios um ministro de Cristo Jesus, que administra o Evangelho de Deus como um sacerdote, a fim de que a oferenda dos gentios, santificada pelo Espírito Santo, lhe seja agradável.
17É, pois, em Cristo Jesus que me posso gloriar de coisas que a Deus dizem respeito. 18Eu não me atreveria a falar de coisas que Cristo não tivesse realizado por meu intermédio, em palavras e acções, a fim de levar os gentios à obediência, 19pela força de sinais e prodígios, pela força do Espírito de Deus.
Foi assim que, desde Jerusalém e, irradiando até à Ilíria, dei plenamente a conhecer o Evangelho de Cristo. 20Mas, ao fazê-lo, tive a maior preocupação em não anunciar o Evangelho onde já era invocado o nome de Cristo, para não edificar sobre fundamento alheio. 21Pelo contrário, fiz conforme está escrito:
Aqueles a quem ele não fora anunciado é que hão-de ver e aqueles que dele não ouviram falar é que hão-de compreender.

Participação nos planos do Apóstolo

22Era exactamente isso que me impedia muitas vezes de ir ter convosco. 23Mas agora, como não tenho mais nenhum campo de acção nestas regiões, e há muitos anos que ando com tão grande desejo de ir ter convosco, 24quando for de viagem para a Espanha... Ao passar por aí, espero ver-vos e receber a vossa ajuda para ir até lá, depois de primeiro ter gozado, ainda que por um pouco, da vossa companhia.
25Mas agora vou de viagem para Jerusalém, em serviço a favor dos santos. 26É que a Macedónia e a Acaia decidiram realizar um gesto de comunhão para com os pobres que há entre os santos de Jerusalém. 27Decidiram e bem; por isso eles lhes são devedores. Porque, se os gentios participaram dos seus bens espirituais, têm também obrigação de os servir com os seus bens materiais.
28Portanto, quando este assunto estiver resolvido, e lhes tiver entregue o produto desta colecta devidamente selado, partirei para Espanha, passando por junto de vós. 29E sei que, ao ir ter convosco, irei com a plena bênção de Cristo.

30Exorto-vos, irmãos, por Nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, a que luteis comigo, pelas orações que fazeis a Deus por mim, 31para que escape dos incrédulos da Judeia e para que este meu serviço a Jerusalém seja bem acolhido pelos santos. 32E assim, será com alegria que, se Deus quiser, irei ter convosco e repousar na vossa companhia. 33Que o Deus da paz esteja com todos vós! Ámen.

A propósito da ideologia do género

Carta Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa

4. Reflexos da afirmação e difusão da ideologia do género

A afirmação e difusão da ideologia do género pode notar-se em vários âmbitos. Um deles é o dos hábitos linguísticos correntes. Vem-se generalizando, a começar por documentos oficiais e na designação de instituições públicas, a expressão género em substituição de sexo (igualdade de género, em vez de igualdade entre homem e mulher), tal como a expressão famílias em vez de família, ou parentalidade em vez de paternidade e maternidade. Muitas pessoas passam a adoptar estas expressões por hábito ou moda, sem se aperceberem da sua conotação ideológica. Mas a generalização destas expressões está longe de ser inocente e sem consequências. Faz parte de uma estratégia de afirmação ideológica, que compromete a inteligibilidade básica de uma pessoa, por vezes, tendo consequências dramáticas: incapacidade de alguém se situar e definir no que tem de mais elementar.

Os planos político e legislativo são outro dos âmbitos de penetração da ideologia do género, que atinge os centros de poder nacionais e internacionais. Da agenda fazem parte as leis de redefinição do casamento de modo a nelas incluir uniões entre pessoas do mesmo sexo (entre nós, a Lei nº 9/2010, de 31 de maio), as leis que permitem a adopção por pares do mesmo sexo (em discussão entre nós, na modalidade de co-adopção), as leis que permitem a mudança do sexo oficialmente reconhecido, independentemente das características fisiológicas do requerente (Lei nº 7/2011, de 15 de Março), e as leis que permitem o recurso de uniões homossexuais e pessoas sós à procriação artificial, incluindo a chamada maternidade de substituição (a Lei nº 32/2006, de 26 de Julho, não contempla a possibilidade referida).

Outro âmbito de difusão da ideologia do género é o do ensino. Este é encarado como um meio eficaz de doutrinação e transformação da mentalidade corrente e é nítido o esforço de fazer reflectir na orientação dos programas escolares, em particular nos de educação sexual, as teses dessa ideologia, apresentadas como um dado científico consensual e indiscutível. Esta estratégia tem dado origem, em vários países, a movimentos de protesto por parte dos pais, que rejeitam esta forma de doutrinação ideológica, porque contrária aos princípios nos quais pretendem educar os seus filhos. Entre nós, a Portaria nº 196-A/2010, de 9 de abril, que regulamenta a Lei nº 60/2009, de 6 de Agosto, relativa à educação sexual em meio escolar, inclui, entre os conteúdos a abordar neste âmbito, sexualidade e género.


 (cont)

Doutrina - 241

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
PRIMEIRA SECÇÃO: «EU CREIO» – «NÓS CREMOS»

CAPÍTULO SEGUNDO: DEUS VEM AO ENCONTRO DO HOMEM

A SAGRADA ESCRITURA

21. Que importância tem o Antigo Testamento para os cristãos?


Os cristãos veneram o Antigo Testamento como verdadeira Palavra de Deus: todos os seus escritos são divinamente inspirados e conservam um valor permanente. Eles dão testemunho da divina pedagogia do amor salvífico de Deus. Foram escritos sobretudo para preparar o advento de Cristo Salvador do universo.

Pequena agenda do cristão

Quinta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?