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25/02/2017

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.

No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.

Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.
Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Fazer da tua vida diária um testemunho de Fé

Fazer da tua vida diária um testemunho de Fé

Muitas realidades materiais, técnicas, económicas, sociais, políticas, culturais..., abandonadas a si mesmas, ou nas mãos de quem carece da luz da nossa fé, convertem-se em obstáculos formidáveis à vida sobrenatural: formam como que um couto cerrado e hostil à Igreja. Tu, por seres cristão – investigador, literato, cientista, político, trabalhador... –, tens o dever de santificar essas realidades. Lembra-te de que o universo inteiro – escreve o Apóstolo – está a gemer como que em dores de parto... esperando a libertação dos filhos de Deus. (Sulco, 311)


Já falámos muito deste tema noutras ocasiões, mas permiti-me insistir de novo na naturalidade e na simplicidade da vida de S. José, que não se distinguia da dos seus vizinhos nem levantava barreiras desnecessárias.

Por isso, ainda que possa ser conveniente nalguns momentos ou em algumas situações, habitualmente não gosto de falar de operários católicos, de engenheiros católicos, de médicos católicos, etc., como se se tratasse de uma espécie dentro dum género, como se os católicos formassem um grupinho separado dos outros, dando assim a sensação de que existe um fosso entre os cristãos e o resto da humanidade. Respeito a opinião oposta, mas penso que é muito mais correcto falar de operários que são católicos, ou de católicos que são operários; de engenheiros que são católicos ou de católicos que são engenheiros. Porque o homem que tem fé e exerce uma profissão intelectual, técnica ou manual, está e sente-se unido aos outros, igual aos outros, com os mesmos direitos e obrigações, com o mesmo desejo de melhorar, com o mesmo empenho de se enfrentar com os problemas comuns e de lhes encontrar a solução.

O católico, assumindo tudo isto, saberá fazer da sua vida diária um testemunho de Fé, de Esperança e de Caridade; testemunho simples, normal, sem necessidade de manifestações aparatosas, pondo de manifesto – com a coerência da sua vida – a presença constante da Igreja no mundo, visto que todos os católicos são, eles mesmos, Igreja, pois são membros, com pleno direito, do único Povo de Deus. (Cristo que passa, 53)


Hoy el reto del amor es ser espejo

ESCABROSO DESPERTAR

El despertador sonó tan escandaloso y desagradable como todas las mañanas. Le respondí con el habitual bostezo a modo de "buenos días". Sin embargo, el "Uaaaaaaah..." se transformo en un dolorido "¡Aaaaagh!".

Con el frío de la noche se me habían resecado los labios y, al bostezar, ¡se me partió el labio inferior!

Con la lengua me toqué la herida. "Uy, esta vez me la he hecho gorda", pensé. ¡Era enorme!

Fui al baño en busca de un espejo. Encontré uno chiquitín... y reconozco que tuve que mirar varias veces: lo que parecía una herida del tamaño de un elefante, en realidad era una minúscula marca prácticamente imperceptible. ¡Era diminuta!

De pronto me di cuenta de que... ¡esto es lo que el Señor quiere que nos pase! Cuando compartí mi herida con el espejo, ¡descubrí que no era tan terrible como parecía!

Cristo nos ha puesto un montón de hermanos en el camino. Él sabe que muchas veces nos agobiamos, nos hacemos heridas, y todo parece una montaña insuperable. ¡Pero las cosas se ven de otra manera en cuanto las compartes!

Cristo permanece a tu lado, y no quiere que camines en solitario. Abre los ojos y descubrirás personas con las que Cristo te ha regalado una unión espiritual. Además, son como los espejos de dos caras: hacen ver lo malo en su justa medida... ¡y aumentan lo bueno, haciendo que lo disfrutes aún más!

Hoy el reto del amor es ser espejo. Te invito a que hoy le pidas al Señor el don de la escucha. Dale la mano a Cristo y, cuando alguien venga a hablarte, ¡regálale esos minutos! Si es un problema, pide ayuda al Señor para poder iluminarlo. Y, si es una alegría... ¡deja que Cristo ensanche tu corazón para gozar de la felicidad de quien está a tu lado! ¡Feliz día!


VIVE DE CRISTO

Epístolas de São Paulo - 3

Carta aos Romanos – 3 

MOTIVO DA CARTA

Só com os cristãos de Roma unidos poderá Paulo contar com o apoio, em meios e pessoas, para a evangelização da Espanha. É sobretudo por esta razão que quer visitá-los e é a preparar a visita que lhes escreve (1,8-17; 15,22-24).

Fá-lo, baseando-se na sua condição de Apóstolo dos gentios (1,1.5; 15,15-16) e com os direitos e deveres que isso lhe dá sobre os cristãos de Roma, cuja maioria é proveniente do paganismo (1,6.13.15); mas reconhece, ao mesmo tempo, que não tem sobre eles a mesma autoridade que teria, se fossem uma comunidade por ele fundada (15,14-21).

Assim, antes de lhes comunicar abertamente o objectivo da visita em 15,24, expõe-lhes longamente o Evangelho de que se tornou Apóstolo e que anuncia (1,18-11,36), procurando esclarecer os pontos mais polémicos.

(cont)

Jesus Cristo e a Igreja – 147

Celibato eclesiástico: História e fundamentos teológicos


V. FUNDAMENTOS TEOLÓGICOS DA DISCIPLINA DO CELIBATO

…/5

De uma forma ainda mais intensa, tem-se ocupado do sacerdócio e do ministério dos sacerdotes, desde o início do seu pontificado, o actual pontífice, João Paulo II. Desde 1979, nas Quintas-Feiras Santas de cada ano, dirige uma mensagem aos sacerdotes. Em repetidas vezes utiliza ocasiões especialmente adequadas – audiências, discursos e, especialmente, as frequentes ordenações sacerdotais – para posicionar na sua justa luz teológica e pastoral actual, a natureza e a essência do sacerdócio católico, bem como a aprofundar o seu significado.

O mais importante acto oficial do Papa, com referência ao sacerdócio foi, sem dúvida, a convocação e a realização do Oitavo Sínodo dos Bispos, que teve por objectivo a formação dos sacerdotes nas circunstâncias actuais. Um dos pontos centrais das discussões dos Padres sinodais foi a noção justa da identidade sacerdotal, vistas as coisas no mundo de hoje e no meio da grave crise em que se encontra o sacerdócio católico. Síntese e coroação dos trabalhos sinodais foi a Exortação Apostólica pós-sinodal Pastores dabo vobis, publicada em 25 de Março de 1992, dedicada precisamente à formação dos sacerdotes nas circunstâncias actuais.

(cont)


(revisão da versão portuguesa por ama)

Leitura espiritual


A CIDADE DE DEUS 

Vol. 1

LIVRO VIII

CAPÍTULO VII

Os platónicos devem ser considerados muito superiores aos outros filósofos em lógica ou filosofia racional.



Quanto à doutrina tratada na segunda parte, a que chamam lógica, isto é, racional, longe de mim a ideia de lhes serem comparáveis aqueles que puseram nos sentidos corporais o discernimento da verdade e pretenderam medir pelas suas regras inseguras e falazes tudo o que ao pensamento respeita. É o caso de Epicuro e quejandos; e até os próprios estóicos que possuídos de um ardente amor por esta habilidade na discussão que se chama dialéctica, julgaram que ela devia ser deduzida das sensações do corpo. É a partir daí, afirmam eles, que o espírito concebe as noções [i] das coisas que se explicam por meio de definições; é a partir daí que se desenvolvem e se encadeiam todas as regras da arte de aprender e de ensinar. [ii]

Costumo admirar-me muito sempre que os ouço afirmar que só os sábios são belos. Com que sentidos do corpo terão visto essa beleza? Mas aqueles que merecidamente colocamos acima dos outros, distinguiram o que o espírito contempla daquilo que os sentidos atingem, sem nada tirarem aos sentidos das suas aptidões, sem nada lhes concederem além delas. A luz dos espíritos, para todo o conhecimento a adquirir, é, disseram eles, este mesmo Deus por quem todas as coisas foram feitas.

CAPÍTULO VIII

Também na filosofia moral os platónicos têm a primazia.

Resta a parte moral, a Ética que trata do Bem supremo: a ele referimos tudo o que fazemos; apetecemo-lo não por outro, mas por si mesmo, pela sua posse termina toda a busca posterior de felicidade. E por isso que também se chama fim porque é para ele que queremos os outros bens, mas àquele queremo-lo por si mesmo.

Este bem beatífico, uns dizem que vem ao homem do corpo, outros da alma e outros dos dois conjuntamente. Como viam que o homem é formado de corpo e alma, julgavam que quer o corpo, quer a alma, quer os dois conjuntamente é que podiam ser a origem do seu bem, dum bem definitivo, princípio da felicidade ao qual se reportava tudo o que faziam — e não tiveram que buscar outra coisa a que referi-lo.

Aqueles, pois, que, diz-se, acrescentaram uma terceira categoria de bens chamados extrínsecos, como a honra, a glória, o dinheiro e outros que tais, não se propunham de forma alguma fazer deles um bem final, isto é, desejável por si próprio, mas sim um bem desejado na mira de outro; e assim este género de bens seria bom para os bons e mau para os maus. Desta forma este bem do homem que uns exigem da alma, outros do corpo, outros do corpo e da alma, todos eles pensaram que haveria que procurá-lo unicamente no homem. Os que o esperavam do corpo, esperavam-no da parte menos nobre; os que o esperavam da alma, esperavam-no da parte melhor; os que o esperavam do corpo e alma conjuntamente, esperavam-no do homem todo. Mas quer seja duma parte ou do todo, é apenas do homem que o esperam. Estas diferenças, embora sejam três, não deram origem a três, mas a muitos sistemas ou seitas filosóficas — porque acerca do bem do corpo, acerca do bem da alma, acerca do bem dos dois conjuntamente, diversos filósofos emitiram diversas opiniões.

Cedam, portanto, todos estes filósofos que disseram que feliz não é o homem que goza do seu corpo, que feliz não é o que goza da sua alma, mas feliz é o que goza de Deus — não como o espírito goza do seu corpo ou de si próprio, nem como um amigo goza de um amigo, mas como o olhar goza da luz (se é que entre estas coisas alguma semelhança pode existir): qual seja a sua natureza, ver-se-á em outro lugar na medida em que, com a ajuda de Deus, nos for possível. Basta por agora recordar que, segundo Platão, o bem supremo consiste em viver conforme a virtude — o que só pode ser alcançado por quem tem o conhecimento de Deus e procura imitá-lo: não há outra causa que possa tomá-lo feliz. Também não hesita em dizer que filosofar é amar a Deus, cuja natureza é incorpórea. Donde se segue que o desejoso de sabedoria (que o mesmo é que dizer: o filósofo) só se toma feliz quando começa a gozar de Deus. Certamente que se não é feliz pelo simples facto de que se goza do que se ama, (muitos de facto são infelizes por amarem o que não deviam amar e mais infelizes ainda por dele gozarem). Todavia ninguém é feliz se não goza do que ama. Mesmo aqueles que amam o que não deve ser amado não se julgam felizes por amarem, mas por gozarem. Portanto, quem goza daquele que ama e ama o verdadeiro e supremo bem — quem senão o mais desgraçado negará que esse é feliz? A esse verdadeiro e supremo bem dá Platão o nome de Deus. Por isso é que diz que filósofo é o que ama a Deus; e porque a filosofia tende para a vida feliz, é gozando de Deus que quem o ama é feliz.

CAPÍTULO IX

Da filosofia que mais se aproxima da verdade da fé cristã.

Portanto, quaisquer que sejam eles, os filósofos que reconhecem no verdadeiro Deus Supremo o autor das coisas criadas, a luz dos nossos conhecimentos, o bem para que tendem as nossas acções, aquele que é para nós o princípio da natureza, a verdade da doutrina, a felicidade da vida:

quer se chamem mais exactamente platónicos ou se dê não importa que nome à sua escola,

quer se pense que os mais notáveis mestres da escola jónica, como Platão e os que bem o compreenderam, foram os únicos a pensar assim,

quer se encontre esta doutrina na escola itálica devido a Pitágoras, aos pitagóricos, talvez a outros mestres da mesma região que partilharam as suas ideias, quer sejam quaisquer outros havidos por sábios e filósofos, de outros povos (líbios do Atlântico, egípcios, indianos, persas, caldeus, citas, gauleses, hispanos e outros mais) que tenham aprendido e ensinado estas doutrinas,

— a todos colocamos acima dos outros e reconhecemos que estão mais próximo de nós.

CAPÍTULO X

Excelência da religião Cristã entre as disciplinas religiosas.

Um cristão instruído apenas nas letras eclesiásticas, talvez ignore o nome dos platónicos e não saiba que em língua grega houve duas correntes filosóficas — a jónica e a itálica. Não é, porém, tão surdo para as coisas humanas que desconheça que os filósofos se dedicam ao estudo e à prática da sabedoria. Todavia acautela-se dos que filosofam em conformidade com os elementos deste mundo, e não em conformidade com Deus por quem o mundo foi feito. É que ele está avisado pelo preceito apostólico a que presta atenção com fé:

Acautelai-vos, não vos deixeis enganar pelas vãs sedu­ções duma filosofia conforme aos elementos do mundo [iii].

Mas para que não se pense que todos são assim, ouve também o que de alguns diz o Apóstolo:

Porque o que de Deus se pode conhecer está patente. O próprio Deus o manifestou. Desde que o Mundo existe, as suas perfeições invisíveis tomaram-se visíveis ao espírito por meio das suas obras, bem como o seu eterno poder e a sua divindade [iv].

Dirigindo-se aos atenienses, depois de ter dito de Deus aquela extraordinária palavra que por bem poucos pode ser compreendida,

é nele que vivemos, nos movemos e somos [v],
acrescenta:
Como o disseram alguns dos vossos [vi].
Com certeza que o cristão também sabe que deles se deve acautelar em assuntos em que se enganam. Efectivamente, onde está referido que

Por meio das coisas criadas Deus revelou as suas perfeições invisíveis, acessíveis à inteligência [vii],
também está referido que não prestaram ao próprio Deus o seu legítimo culto, rendendo a outros seres que não o mereciam as honras divinas que só a Ele são devidas:

Realmente, embora tenham conhecido Deus, não o glorificaram como Deus e não lhe deram graças, mas perderam-se nos seus pensamentos e o seu coração insensato se obnubilou. Apelidando-se a si próprios de sábios tomaram-se loucos e substituíram a glória de Deus incorruptível por imagens de homens corruptíveis, aves, quadrúpedes e répteis.
Alude neste passo aos romanos, gregos e egípcios que se gloriam com o nome de sábios. Mais tarde com eles discutiremos acerca deste assunto. Mas se se trata do Deus único, autor desta universalidade, d’Aquele que, pela sua incorporeidade não só está acima de todos os corpos, mas também, pela sua incorruptibilidade, está acima de todas as almas — ele, nosso princípio, nossa luz, nosso bem, — na medida em que connosco estão de acordo sobre estes pontos preferimo-los aos demais.

Um cristão pode desconhecer as obras literárias desses filósofos; pode não saber usar, nas suas discussões, de termos que não aprendeu; pode não saber chamar: natural com os latinos, ou física, com os gregos, a esta parte da filosofia que trata do estudo da natureza; racional ou lógica à outra em que se procura a maneira de atingir a verdade; moral ou ética àquela em que se trata dos costumes, dos fins bons a atingir, dos fins maus a evitar. Mas o que este Cristão não ignora é que é do único, verdadeiro e perfeito Deus que recebemos a natureza, pela qual fomos feitos à sua imagem; doutrina, pela qual o conhecemos a Ele e nos conhecemos a nós; e a graça, pela qual nos tornamos felizes, unindo-nos a Ele.

É esta a razão pela qual os preferimos aos demais — porque, ao passo que os outros gastaram o seu talento e os seus esforços na busca das causas das coisas, dos métodos do conhecimento e das regras da vida, estes, uma vez conhecido Deus, ficaram a saber onde encontrar a causa realizadora do universo, a luz para descobrir a verdade, a fonte onde se bebe a verdade. Os que estão de acordo connosco são os que têm semelhante concepção de Deus, quer eles sejam platónicos, quer eles sejam quaisquer outros filósofos de qualquer nação. Mas pareceu-nos preferível tratar destas questões com os platónicos porque as suas obras são mais conhecidas. Realmente os gregos, cuja língua sobressai entre os povos, fizeram delas os maiores encómios, e os latinos, movidos pela sua excelência e glória, aprenderam-nas mais gostosamente e traduziram-nas para a nossa língua, assegurando-lhes assim maior brilho e fama.




(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i] Segundo os estóicos as chamadas noções comuns ou inatas, tais como Bem, Justo, Belo, têm a sua origem nos sentidos e não em origem diferente dos sentidos. Resultam tais noções de raciocínios espontâneos a partir da percepção das coisas concretas. Assim a noção de Bem resulta da comparação, feita pela razão, das coisas percebidas imediatamente como boas.
[ii] Cícero, De Finitibus, III, X , 33.
[iii] Col., II, 8.
[iv] Rom., I, 19 e segs..
[v] Act. Apost., XVII, 28.
[vi] Rom., I, 21 e segs.
[vii] Rom., I, 21 e segs..

Evangelho e comentário

Tempo comum


Evangelho: Mc 10, 13-16

13 Apresentavam-Lhe umas criancinhas para que as tocasse mas os discípulos repreendiam os que as apresentavam.14 Vendo isto, Jesus ficou muito desgostoso e disse-lhes: «Deixai vir a Mim as crianças, não as estorveis, porque dos que são como elas é o reino de Deus.15 Em verdade vos digo: quem não receber o reino de Deus como uma criança, não entrará nele». 16 Depois, abraçou-as e, impondo-lhes as mãos, as abençoava.

Comentário:

Ser como criança pequena… quem me dera, Senhor!
Inocência, ausência de preconceitos, simplicidade, naturalidade, confiança filial, eis algumas das características da criança que gostaria de ser.

Inocência nos pensamentos, nos desejos e nas obras. Pensar só no que acontece a cada momento, sem preocupações de futuro, com as referências das memórias breves das coisas boas.

Ausência de preconceitos em relação às pessoas que me rodeiam, àquilo que julgo que são, sem fazer juízos de valor, aceitando-as como elas são, sem me preocupar muito com os motivos ou razões que possam ter para actuar como actuam, porque, o seu íntimo, é do conhecimento de Deus e, isso, me basta.

Simplicidade em toda a minha vida, sem grandes voos ou complicadas arquitecturas de sonhos e quimeras, na aceitação das verdades que, sei, são fundamentais para a minha vida.

Naturalidade no meu relacionamento com os demais, sem “inventar esquemas” nem mascarar os meus defeitos para me tornar mais “atraente”.

Confiança filial porque sei que o meu maior bem, a minha mais excelente condição é ser, de facto, filho de Deus, que é a maior honra e segurança a que posso aspirar.

(AMA, Meditação, MC 10,13-16, Porto, Maio, 2008)


Pequena agenda do cristão

SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?