Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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21/02/2017
Hoy el reto del Amor es desatar nudos.
Muchas mañanas me sucede lo mismo: cuando ya están a
punto de tocar las 6:30, cuando más tarde voy, voy a meter los pies en los
zapatos y... ¡vaya, los cordones atados! Con lo poco que cuesta desatarlos para
quitártelos por la noche... pero muchas veces me puede la comodidad de sacarlos
sin más, y, claro, al día siguiente me pasa factura.
Anoche, sin embargo, al quitármelos decidí desatar
primero los cordones y ensanchar bien el zapato para que hoy pudiera ponérmelos
de nuevo con toda comodidad. ¡Y qué gozada por la mañana saber que no hay nudos
que te entorpecen para comenzar el día "con buen pie"!
Cuántas veces nos vamos a la cama con ciertos nudos sin
deshacer: ese problema que te preocupa, o con ese enfado que no has soltado...
y pensamos en dormir como solución temporal, pero al día siguiente descubrimos
que los nudos con los que nos fuimos a la cama continúan estando ahí, y ya te
condicionan para comenzar tu día.
Cristo conoce nuestra vida, sabe cómo somos y conoce lo
que estamos viviendo, por eso se encarnó, porque Dios sabía que nosotros no
éramos capaces de desatar todos esos nudos. Necesitábamos al mismo Dios en
persona que viniera a hacerlo por nosotros.
Y ésta es la buena noticia: que Él ya lo hace por ti, tan
sólo necesita que, en tu libertad, le entregues aquello que te ata, aquello que
te esclaviza o que te preocupa. Él sabe confortarte en tu enfermedad,
consolarte en los momentos difíciles, calmarte en los enfados, llenar de Vida
tu día... por eso ya no tienes que irte a dormir con todos esos nudos, porque,
si le dejas a Él, los irá desatando en cualquier momento del día, y, a cambio,
pondrá en tu corazón tal Paz, que no dudarás en confiar que Él lo lleva todo.
Hoy el reto del Amor es desatar nudos. Cuando sientas que
algo te está pesando, que se te pone un nudo por delante, vuelve tu mirada a
Cristo y pídele que sea Él quien lo desate todo. Eso sí, pídele unos ojos
nuevos para poder ver cómo lo va a hacer.
VIVE DE CRISTO
Actos dos Apóstolos
IV. PAULO PRISIONEIRO
DE CRISTO [i]
Capítulo 26
Discurso de Paulo
perante Agripa
1Agripa disse a Paulo: «Estás autorizado a falar em tua
defesa.» Então, estendendo a mão, Paulo começou a sua defesa:
2«Sinto-me feliz, ó rei Agripa, por ter de me defender
hoje diante de ti, das acusações apresentadas pelos judeus contra mim, 3tanto
mais que estás ao corrente de todos os costumes e controvérsias dos judeus.
Rogo-te, por isso, que me oiças com paciência. 4A minha vida, a partir da
mocidade, tal como decorreu desde os primeiros tempos, no meu povo e em
Jerusalém, conhecem-na todos os judeus. 5Eles conhecem-me de longa data e, se
quiserem, podem atestar que eu vivi, como fariseu, segundo o partido mais
severo da nossa religião. 6E, agora, encontro-me aqui a ser julgado por causa da
minha esperança na promessa feita por Deus a nossos pais, 7promessa que as
nossas doze tribos esperam ver realizada, servindo a Deus, noite e dia,
continuamente. É a respeito dessa esperança, ó rei, que os judeus me acusam.
8Porque é que, entre vós, se afigura incrível que Deus ressuscite os mortos?
9Quanto a mim, julguei dever levantar grande oposição ao nome de Jesus de
Nazaré. 10E foi precisamente o que fiz em Jerusalém: com o pleno assentimento
dos sumos sacerdotes, meti na prisão grande número de santos e, quando eram
mortos, eu dava o meu assentimento. 11Muitas vezes ia de sinagoga em sinagoga e
obrigava-os a blasfemar, à força de torturas. Num excesso de fúria contra eles,
perseguia-os até nas cidades estrangeiras.
12Foi assim que, indo para Damasco com poder e delegação
dos sumos sacerdotes, 13vi no caminho, ó rei, uma luz vinda do céu, mais
brilhante do que o Sol, que refulgia em volta de mim e dos que me acompanhavam.
14Caímos todos por terra e eu ouvi uma voz dizer-me em língua hebraica: ‘Saulo,
Saulo, porque me persegues? É duro para ti recalcitrar contra o aguilhão.’
15Perguntei: ‘Quem és tu, Senhor?’ E o Senhor respondeu: ‘Eu sou Jesus a quem
tu persegues. 16Ergue-te e firma-te nos pés, pois para isto te apareci: para te
constituir servo e testemunha do que acabas de ver e do que ainda te hei-de
mostrar. 17Livrar-te-ei do povo e dos pagãos, aos quais vou enviar-te, 18para
lhes abrires os olhos e fazê-los passar das trevas à luz, e da sujeição de
Satanás para Deus. Alcançarão, assim, o perdão dos seus pecados e a parte que
lhes cabe na herança, juntamente com os santificados pela fé em mim.’
19Desde então, ó rei Agripa, não resisti à visão celeste.
20Pelo contrário, aos habitantes de Damasco, em primeiro lugar, depois aos de
Jerusalém e de toda a província da Judeia, em seguida, aos pagãos, preguei que
se arrependessem e voltassem para Deus, fazendo obras dignas de tal
arrependimento. 21Eis o motivo por que os judeus se apoderaram de mim no templo
e tentaram matar-me. 22Amparado pela protecção de Deus, continuei a dar o meu
testemunho, diante de pequenos e grandes, sem nada dizer além do que os
Profetas e Moisés predisseram que havia de acontecer: 23que o Messias tinha de
sofrer e que, sendo o primeiro a ressuscitar de entre os mortos, anunciaria a luz
ao povo e aos pagãos.»
Agripa reconhece a
inocência de Paulo
24Neste ponto da sua defesa, Festo exclamou em voz alta:
«Estás doido, Paulo! A tua grande sabedoria faz-te perder o juízo.» 25Disse
Paulo: «Eu não estou doido, excelentíssimo Festo! Pelo contrário, estou a falar
a linguagem da verdade e do bom senso. 26O rei está inteirado destas coisas e,
por isso, lhe falo francamente, pois não creio que ele ignore nada disto, tanto
mais que não foi a um canto que tudo se passou! 27Acreditas nos Profetas, rei
Agripa? Eu sei que acreditas.»
28Agripa respondeu a Paulo: «Por pouco não me persuades a
fazer-me cristão!» 29Disse Paulo: «Prouvera a Deus que, por pouco ou por muito,
não só tu, mas todos quantos hoje estão a ouvir-me se fizessem tais como eu
sou, à excepção destas cadeias!»
30O rei levantou-se, assim como o governador, Berenice e
os que estavam sentados com eles. 31Ao retirarem-se, diziam entre eles: «Este
homem nada fez que mereça a morte ou os grilhões.» 32Agripa disse a Festo:
«Este homem poderia ser posto em liberdade, se não tivesse apelado para César.»
Leitura espiritual
Vol. 1
CAPÍTULO XXVII
Explicações físicas
imaginadas por alguns, que não honram a verdadeira divindade e cujo culto não é
o que convém à verdadeira divindade.
Vemos
que estes deuses escolhidos se tornaram mais conhecidos do que os outros, não
porque se tenham posto em relevo os seus méritos, mas sim porque os seus crimes
não ficaram ocultos. Por isso é mais verosímil que tenham sido homens, como o
testemunham não só os escritos dos poetas, mas também a tradição histórica. De
facto, o que diz Vergílio:
O
primeiro que veio do alto Olimpo foi Saturno, fugindo das armas de Júpiter e
desterrado dos reinos perdidos [i],
e
os versos que se seguem sobre este facto referem-se a acontecimentos contados
por Evémero, cujo relato foi traduzido por Énio para latim. E, como disseram já
tantas coisas os que antes de mim escreveram em grego e em latim contra estes
erros, não vale a pena deter-me nisso.
Quando
considero as teorias naturais pelas quais os homens doutos e argutos se
esforçam por converter as coisas humanas em coisas divinas, constato que tudo
nelas recai unicamente em obras temporais e terrestres, numa natureza corporal
que, apesar de invisível, nem por isso é menos mutável e, por conseguinte, de
maneira nenhuma poderia ser o verdadeiro Deus. Se ao menos elas se exprimissem
em simbolismos conformes com o sentido religioso, certamente que se lamentaria
que eles não tenham servido para anunciar e glorificar o verdadeiro Deus, mas
seriam de certo modo suportáveis pelo simples facto de não obrigarem nem
prescreverem qualquer rito imundo e torpe.
Mas,
uma vez que não é lícito adorar, em lugar do verdadeiro Deus — único que pode
tomar feliz a alma em que habita — quer um corpo quer uma alma, quanto mais
ilícito não será adorá-los duma forma que não assegura ao corpo e à alma do
adorador nem a salvação nem a honra humana.
Por
isso, se, com templos, sacerdotes e sacrifícios (que só ao verdadeiro Deus são
devidos), se venera algum elemento do mundo ou algum espírito criado (mesmo que
não seja imundo nem mau) — não é com certeza mau porque sejam más essas honras,
mas porque elas são de tal natureza que só devem ser empregadas no culto
daquele a quem se deve todo o culto e serviço.
Por
outro lado, se se pretende que ridículas e monstruosas estátuas, sacrifícios
homicidas, coroas depostas sobre os órgãos viris, o comércio da prostituição, o
corte dos membros, as mutilações vergonhosas, as consagrações de invertidos, a
celebração de jogos impuros e obscenos, contribuem para honrar o verdadeiro
Deus, isto é, o Criador de todas as almas e de todos os corpos, peca-se, não
porque se adore um ser que não devia ser adorado, mas porque se não adora como
deve ser o Deus que se deve adorar.
Mas
recorrer a tais meios, isto é, a torpezas e infâmias, para adorar, não o
verdadeiro Deus, criador da alma e do corpo, mas uma criatura, mesmo inocente,
seja ela alma ou corpo, seja conjuntamente alma e corpo, é pecar duas vezes
contra Deus, adorando em seu lugar um ser dele diferente, adorando-o de uma
forma indigna não só dele mas de qualquer outro.
De
que modo os pagãos adoram, isto é, quão torpe e perversamente adoram — está bem
à vista! Que objecto ou que seres adoram eles — é assunto que ficaria por
esclarecer se a sua história não atestasse que tal culto, cuja hediondez e
ignomínia confessam, se dirige a divindades que o exigem com terríveis ameaças.
Fica, pois, dissipado todo o equívoco: são horríveis demónios, espíritos
imundos que toda esta teologia civil convida a se mostrarem nessas estúpidas
imagens, para possuírem, por intermédio delas, o coração dos insensatos.
CAPÍTULO XXVIII
A teologia de Varrão está em
total desacordo consigo própria.
Que
vale, pois, o raciocínio, aparentemente tão subtil, de um homem tão douto e
arguto como Varrão, ao tentar reduzir todos esses deuses ao Céu e à Terra e
transferi-los para aí? Não pode! Os deuses escorregam-lhe das mãos, escapam-se,
resvalam e caem. Ao falar das fêmeas, isto é, das deusas, escreve:
Como
disse no primeiro livro consagrado aos lugares, é dupla a origem atribuída aos
deuses: o Céu e a Terra. É por isso que a uns deuses se chama celestes, e a
outros terrestres. Nos livros anteriores, começámos pelo Céu ao falarmos de
Jano que, na opinião de alguns, é o Céu e, na opinião de outros, é o mundo.
Assim, ao tratarmos das fêmeas, começámos por Telure.
Compreendo
as dificuldades de um tão elevado engenho. É de facto arrastado por certas
verosimilhanças a fazer do Céu um agente e da Terra um paciente. E por isso que
ele atribui a um uma virtude masculina e à outra uma virtude feminina — e não
repara que quem fez um e outra foi o que tudo isso fez.
Daí
que, no livro precedente, também assim tenha interpretado os famosos mistérios
de Samotrácia e prometa, com uma seriedade quase religiosa, expor por escrito e
enviar aos seus, coisas que lhes são desconhecidas. Diz ele que de muitos indícios
tirou a conclusão de que, entre as estátuas, uma representa o Céu, outra a
Terra e outra os modelos das coisas a que Platão chama ideias. Quer que em
Júpiter se veja o Céu, em Juno a Terra, em Minerva as ideias: o Céu pelo qual
tudo é feito, a Terra de que tudo é feito, o modelo segundo o qual tudo se faz.
Abstenho-me de referir aqui que Platão concede a essas ideias um tal poder que
o Céu, longe de fazer seja o que for em conformidade com elas, ele próprio é
que seria feito à sua semelhança. Direi apenas que, no seu livro acerca dos
deuses escolhidos, (Varrão) perdeu de vista o alcance desses três deuses, com
os quais abarcava a bem dizer a totalidade das coisas. Realmente, ele atribui
ao Céu as divindades masculinas, à Terra as femininas e entre estas últimas
colocou Minerva, que um pouco antes tinha posto acima do próprio Céu. Além
disso, um deus masculino — Neptuno — está no mar, que pertence mais à Terra do
que ao Céu. E por fim Dísparter (Dis
Pater), chamado em grego Plutão, também deus masculino e irmão dos outros
dois, apresenta-se como um deus da Terra, e dela ocupa a parte superior,
ocupando Prosérpina, sua esposa, a parte inferior. Como é que pretendem, então,
referir os deuses ao Céu e as deusas à Terra? Que é que há de sólido, de
coerente, de sensato, de preciso, nesta exposição?
Telure
é de facto o princípio das deusas, a Grande- -Mãe em volta da qual os
invertidos e mutilados, castrados e contorcionistas exibem a sua ruidosa e
louca torpeza. Para que, então, chamar a Jano a cabeça dos deuses, e a Telure a
cabeça das deusas? Nem o erro pode do primeiro fazer uma cabeça sequer, nem a
loucura pode curar a da segunda. Porque é que tentam, em vão, referir tudo isto
ao Mundo? Mesmo que isso fosse possível, nenhum espírito religioso adoraria o
Mundo em vez do verdadeiro Deus. E todavia, que isso não é possível,
demonstra-o a evidência da verdade. Atribuam tudo isto a homens que já
morreram, a demónios detestáveis — e não haverá mais dificuldades.
CAPÍTULO XXIX
Tudo o que os fisiólogos
atribuem ao Mundo e às suas partes deve ser atribuído ao único Deus verdadeiro.
Vejamos
como tudo o que a teologia atribui ao mundo com a ajuda de razões pretensamente
naturais, deve ser efectivamente atribuído, sem a menor suspeita de sacrilégio,
ao verdadeiro Deus, criador do Mundo, autor de toda a alma e de todo o corpo!
Nós adoramos a Deus, e não o Céu nem a Terra, que são partes constitutivas do
Mundo; nem a alma ou as almas difundidas em todos os seres vivos, mas Deus que
fez o Céu e a Terra e tudo o que neles se contém, autor de toda a alma, quer
simplesmente viva e carente de sensibilidade e de razão, quer também a dotada
de sensibilidade ou também de inteligência.
CAPÍTULO XXX
Por que faculdade-sentimento
religioso (qua pietate) distinguimos
o Criador das criaturas de modo a não adorarmos, em vez de um só, tantos deuses
quantas as obras de um só autor.
E,
para começar a percorrer as obras do único Deus verdadeiro — obras que levaram
os pagãos à invenção de uma multidão de falsos deuses, esforçando-se por, com
aparências de honestidade, interpretarem os mais torpes e perversos mistérios —
digamos: Nós adoramos a Deus
que às naturezas, de que é criador, fixou o
começo e o fim, quer da sua existência, quer da sua actividade;
que detém, conhece e ordena as causas dos
seres;
que conferiu às sementes a sua virtualidade;
que comunica aos vivos, que ele próprio
escolheu, uma alma racional, chamada espírito;
que dotou os homens da faculdade e uso da
palavra; que concedeu aos espíritos, como lhe aprouve, o dom de anunciar o
futuro e que ele próprio prediz por intermédio de quem lhe apraz, como, por
intermédio de quem lhe apraz, cura os doentes;
que governa os inícios, desenvolvimentos e
termos das próprias guerras, quando desta forma o género humano merece ser
corrigido e castigado;
que cria e rege o fogo tão violento e tão
impetuoso deste mundo, como convém à imensidade da natureza;
que cria e governa todas as águas;
que fez o Sol, a mais brilhante das luzes
materiais, ao qual deu força e movimentos convenientes;
que mesmo dos Infernos não retira o seu poder
e domínio;
que fornece aos mortais sementes e alimentos
secos e líquidos, apropriando-os às suas naturezas;
que sustém a Terra e a toma fecunda:
que dá com largueza os frutos dela aos
animais e aos homens;
que conhece e ordena as causas principais e
as que destas dependem;
que fixou o curso da Lua, acomodou os
caminhos do Céu e da Terra às mudanças de lugar;
que às inteligências humanas, criaturas suas,
concedeu também o conhecimento das diversas artes para ajudar a vida e a
natureza;
que estabeleceu a união do macho e da fêmea
para ajudar a propagar a vida;
que aos agregados humanos, para se aquecerem
e iluminarem, dotou de um fogo terreno próprio para todos os usos.
Tais
são as obras ou atributos que o tão douto e arguto Varrão, sabendo-o de outrem
ou por sua iniciativa, se esforçou por distribuir entre os deuses escolhidos,
levado não sei por que interpretações físicas. De tudo isto é autor e animador
o único Deus verdadeiro, mas à maneira de Deus, isto é, estando todo em toda a
parte, sem estar limitado por qualquer espaço, nem ligado por qualquer vínculo,
incindível em partes, absolutamente imutável, enchendo o Céu e a Terra de um
poder presente, por natureza não carente.
Também
governa tudo quanto criou, de tal maneira que a cada uma das suas criaturas é
dado provocar e dirigir [686] os seus próprios movimentos. E, ainda que nada
possam sem ele, com ele não se confundem. Realiza também muitas coisas por
intermédio dos anjos, mas só nèle é que está a origem da felicidade dos anjos.
Mesmo quando, por certas causas, ele envia anjos aos homens, não é todavia
pelos anjos mas por si próprio que torna felizes os homens, tal qual como toma
felizes os anjos.
É
deste único Deus verdadeiro que esperamos a vida eterna.
CAPÍTULO XXXI
Benefícios que, além dos
gerais, Deus concede aos que seguem a verdade.
Temos
realmente dele um grande sinal do seu amor para com os bons, além dos
benefícios que, de acordo com a administração, já por nós mencionada, da
natureza, ele concede aos bons e aos maus. A realidade é que nunca seremos
capazes de lhe agradecer a dádiva de sermos, de vivermos, de contemplarmos o
Céu e a Terra, de possuirmos inteligência e razão para procurarmos Aquele que
todos estes bens criou. E todavia, acabrunhados pelo peso dos nossos pecados,
desviados da contemplação da sua luz, cegos pelo amor das trevas, ou seja, da
iniquidade, não fomos completamente abandonados — mas enviou-nos o seu Verbo, o
seu único Filho, que, na sua carne de nós assumida, nasceu e sofreu para que
soubéssemos quanto Deus amou o homem e ficássemos purificados de todos os
pecados por esse sacrifício sem igual e, com a caridade do Espírito Santo,
difundida em nossos corações, chegássemos ao eterno descanso e inefável doçura
da sua contemplação. Que corações, que línguas poderão ter a pretensão de lhe
prestarem condignas acções de graças?
(cont)
(Revisão da versão portuguesa por ama)
Evangelho e comentário
São Pedro Damião – Doutor da Igreja
Evangelho:
Mc 9, 30-37
30 Tendo partido dali, atravessaram a Galileia; e Jesus não queria que
se soubesse.31 Ia instruindo os Seus discípulos e dizia-lhes: «O
Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens e Lhe darão a morte, mas
ressuscitará ao terceiro dia depois da Sua morte».32 Mas eles não
compreendiam estas palavras e temiam interrogá-l'O.33 Nisto chegaram
a Cafarnaum. Quando estavam em casa, Jesus perguntou-lhes: «De que discutíeis
pelo caminho?».34 Eles, porém, calaram-se, porque no caminho tinham
discutido entre si qual deles era o maior.35 Então, sentando-Se,
chamou os doze e disse-lhes: «Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de
todos e o servo de todos».36 Em seguida, tomando uma criança, pô-la
no meio deles e, depois de a abraçar, disse-lhes:37 «Todo aquele que
receber uma destas crianças em Meu nome, a Mim recebe, e todo aquele que Me
receber a Mim, não Me recebe a Mim, mas Àquele que Me enviou».
Comentário:
Ser maior ou mais importante que o outro é uma
tentação comum que vem directamente do orgulho pessoal.
Tal como o desejo proeminência de protagonismo
colocando-se como que em "bicos dos pés" para sobressair fazer-se
notado.
À pessoa verdadeiramente humilde não lhe ocorre tal,
pelo contrário, faz o que deve com naturalidade e recato porque é Deus
Quem verdadeiramente interessa veja o que faz, pensa e diz.
(ama,
comentário sobre Mc 9, 30-38, Malta, 17.05.2016)
Reflectindo - 228
Perante o mistério da
morte ficamos surpreendidos com a confusão que, por vezes, se instala no nosso
espírito.
Há uma mescla de
sentimentos, onde, naturalmente, avulta a tristeza que o sentimento de perda
provoca, mas que, surpreendentemente, não é o principal e é isto que mais nos
causa estranheza e incompreensão.
Fere-nos singularmente
algum sentimento de alívio, do terminar de um sofrimento, do arrastar de uma
situação séria, grave, por vezes dolorosa, em que a pessoa querida se vai
degradando fisicamente, perdendo gradualmente a sua autonomia até acabar
totalmente dependente para os mais elementares e simples actos fisiológicos.
E este "sentirmo-nos
feridos" quase nos envergonha porque pensamos – e bem – que não
desejávamos que essa pessoa morresse, ao mesmo tempo que não queríamos que
continuasse, assim, naquele estado de vida tão condicionada e sofredora.
Não é por essa morte ser
previsível num espaço de tempo não muito longo, que se torna menos “cortante” –
porque se trata de um corte definitivo e sem remédio -, porque, graças a uma
espécie de esperança que nunca morre, esperamos sempre estar enganados e que
uma súbita alteração das circunstâncias, mesmo sem explicação aparente – mas
que sabemos, acontece por vezes – venha alterar definitivamente a situação.
De facto, a morte, não tem
remédio absolutamente nenhum, é definitiva. É este – definitivo – que nos leva
à tal surpresa que falávamos no início.
Não estamos habituados a
que algo seja definitivo porque, a vida, a nossa própria vida tal como a dos
outros, está sempre em evolução e o hoje não é igual ao amanhã, nada se repete
tal e qual, tudo se vai transformando, evoluindo.
Vêm, depois, os outros, os
familiares, mais ou menos próximos, os amigos mais ou menos chegados,
companheiros de trabalho… e todos nos dizem mais ou menos as mesmas coisas.
Frases feitas, termos usuais nestas circunstâncias, ar contristado, pesaroso,
tentando parecer muito mais íntimos do que na verdade são.
Depois, cumpridas estas
formalidades, retiram-se para o exterior para "espairecer", fumar um
cigarro e, daí a pouco estabelece-se como que uma assembleia que conversa,
convive, troca impressões.
Sentimo-nos, talvez, como
que numa espécie de teatro um pouco requentado e com um enredo pouco ou nada
atraente.
Mas, a morte, é assim:
vida!
A vida prossegue o seu
ritmo quase normal, nos primeiros tempos em que a memória está “fresca”,
depois… só ocasionalmente nos recordamos do que aconteceu.
É muito bom que assim seja
porque nestas memórias raramente aparecem os defeitos – que com toda a certeza
a pessoa tinha – para surgirem com mais força, maior nitidez, as qualidades, os
momentos bem passados, enfim, as coisas boas da vida anterior.
Assim, a morte, vem
nivelar as relações, as memórias. Já não há nada a fazer!
Deparamo-nos finalmente
com esta sensação estranha que não tínhamos sequer imaginado pudesse surgir:
afinal, o lugar deixado vago pela morte não necessita ser preenchido donde
concluímos que cada pessoa, sendo única, é insubstituível.
Claro que a razão é muito
mais profunda que a simples constatação formal. Cada ser humano, embora podendo
ter semelhanças com outro, nunca é qual exactamente porque é fruto da obra
criadora de Deus que não faz nada ‘em série’, como numa linha de montagem. Cada
ser humano tem uma alma – a imagem do Criador impressa – exclusivamente criada
para si no momento da concepção.
Por isso mesmo, a
concepção da vida concreta, real é de suma importância para compreender e
aceitar a morte.
É, pelo menos,
interessante dar-nos conta como a consideração da morte nos leva a pensar na
vida sendo que, o contrário, não acontece.
A que propósito se iria
pensar na morte quando nos sentimos vivos e, mais, com vontade e desejo de
viver?
Não faz muito sentido,
parece e, no entanto, seria de manifesta utilidade que o fizéssemos exactamente
para termos consciência do nosso destino eterno.
O cristão tem, como
verdade de fé, que está destinado à vida eterna e, mais, que ressuscitará no
fim dos tempos em que o seu corpo se unirá à sua alma.
Como o mistério é de tal
forma complexo, grandioso, extraordinário, optamos a maior parte das vezes por
não pensar muito nisso porque ficamos, quase sempre, com a sensação que andamos
às voltas sobre um eixo que também roda sobre si mesmo sem conseguirmos chegar
a um fim, concreto, absoluto.
Aliás, é manifesto, que só
conseguimos aceitá-lo com a ajuda da nossa fé cristã.
Podemos sentir curiosidade
em imaginar o que seria o mundo se os nossos primeiros pais - Adão e Eva – não
tivessem pecado e, assim, permanecessem no estado original da criação que não
conhecia a morte.
Onde caberia tanta gente!
Se não existe fé, este
problema é insolúvel, a resposta nunca será convincente.
AMA, reflexões,
2013
Estai alegres, sempre alegres
Ninguém é feliz na Terra enquanto não se
decidir a não o ser. Este é o caminho: dor, que em cristão se diz Cruz, Vontade
de Deus, Amor; felicidade agora e depois – eternamente! (Sulco,
52)
«Servite
Domino in laetitia!» Hei-de servir a Deus com alegria! Uma alegria que
há-de ser consequência da minha Fé, da minha Esperança e do meu Amor...; que
há-de durar sempre, porque, como nos assegura o Apóstolo, "Dominus prope est!", o Senhor
segue-me de perto. Hei-de caminhar com Ele, portanto, bem seguro, já que o
Senhor é meu Pai...; e com a sua ajuda hei-de cumprir a sua amável Vontade,
ainda que me custe. (Sulco, 53)
Um conselho, que vos tenho repetido
teimosamente: estai alegres, sempre alegres! Que estejam tristes os que não se
consideram filhos de Deus! (Sulco, 54)
Fátima: Centenário - Oração diária
Senhora de Fátima:
Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.
Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.
Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.
Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:
“Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.
Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.
AMA, Fevereiro, 2017
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Aplicação no trabalho.
Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.
Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.
Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?