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Fátima:Centenário - Oração diária



Senhora de Fátima:


Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.

No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.

Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.
Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Os filhos de Deus têm de ser contemplativos

Nunca compartilharei a opinião – ainda que a respeite – dos que separam a oração da vida activa, como se fossem incompatíveis. Os filhos de Deus têm de ser contemplativos: pessoas que, no meio do fragor da multidão, sabem encontrar o silêncio da alma em colóquio permanente com Nosso Senhor: e olhá-lo como se olha um Pai, como se olha um Amigo, a quem se quer com loucura. (Forja, 738)

Não duvideis, meus filhos: qualquer forma de evasão das honestas realidades diárias é, para vós, homens e mulheres do mundo, coisa oposta à vontade de Deus.

Pelo contrário, deveis compreender agora – com uma nova clareza – que Deus vos chama a servi-Lo em e a partir das ocupações civis, materiais, seculares da vida humana: Deus espera-nos todos os dias no laboratório, no bloco operatório, no quartel, na cátedra universitária, na fábrica, na oficina, no campo, no lar e em todo o imenso panorama do trabalho. Ficai a saber: escondido nas situações mais comuns há um quê de santo, de divino, que toca a cada um de vós descobrir.

Eu costumava dizer àqueles universitários e àqueles operários que vinham ter comigo por volta de 1930 que tinham que saber materializar a vida espiritual. Queria afastá-los assim da tentação, tão frequente então como agora, de viver uma vida dupla: a vida interior, a vida de relação com Deus, por um lado; e por outro, diferente e separada, a vida familiar, profissional e social, cheia de pequenas realidades terrenas.

Não, meus filhos! Não pode haver uma vida dupla; se queremos ser cristãos, não podemos ser esquizofrénicos. Há uma única vida, feita de carne e espírito, e essa é que tem de ser – na alma e no corpo – santa e cheia de Deus, deste Deus invisível que encontramos nas coisas mais visíveis e materiais.


Não há outro caminho, meus filhos: ou sabemos encontrar Nosso Senhor na nossa vida corrente ou nunca O encontraremos Por isso posso dizer-vos que a nossa época precisa de restituir à matéria e às situações que parecem mais vulgares o seu sentido nobre e original, colocá-las ao serviço do Reino de Deus, espiritualizá-las, fazendo delas o meio e a ocasião do nosso encontro permanente com Jesus Cristo. (Temas Actuais do Cristianismo, n. 114)

Reflectindo - 226

Visita ao SS

Na presença da do Senhor, na Hóstia Consagrada em exposição permanente aqui no Convento das Clarissas em Monte Real, fico-me extasiado pela simplicidade grandiosa de tal sacramento.

Simplicidade grandiosa, digo, porque na imensidão da Sua misericórdia e do Seu amor, o Senhor como que se "aninha" num pedaço de pão branco que de pão só tem a aparência já que a substância é o Seu verdadeiro corpo tão real como está no céu, com todas as suas propriedades, alma corpo e divindade.

E não se percebe nem entende como é possível, exactamente porque de tão extraordinário e sublime se torna quase inacreditável.

E, no entanto, é verdade e eu pobre homem que não sei nada, não sou nada, acredito que assim é.

Perante a minha pequenez e pouca coisa, confesso que me assusta pensar como posso eu ser testemunha viva de tal.

Só por uns escassos minutos diante da santíssima Eucaristia penso que vale a pena ter nascido.
Ao mesmo tempo penso no que tenho de retribuir por tão grandes graças e benefícios.

Deus sabe muito bem o que sou e como sou:

Coração grande nos desejos vontade pequena nos actos.

Ajuda me a merecer, ajuda-me a agradecer, ajuda-me a viver como queres que viva.


AMA, reflexões, Monte Real, Convento, 2016.10.30


Evangelho e comentário

Tempo comum


Evangelho: Lc 10, 1-9

1 Depois disto, o Senhor escolheu outros setenta e dois, e mandou-os dois a dois à Sua frente por todas as cidades e lugares onde havia de ir. 2 Disse-lhes: «Grande é na verdade a messe, mas os operários poucos. Rogai, pois, ao dono da messe que mande operários para a Sua messe. 3 Ide; eis que Eu vos envio como cordeiros entre lobos. 4 Não leveis bolsa, nem alforge, nem calçado, e não saudeis ninguém pelo caminho.5 Na casa em que entrardes, dizei primeiro: A paz seja nesta casa.6 Se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; senão, tornará para vós.7 Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que tiverem, porque o operário é digno da sua recompensa. Não andeis de casa em casa. 8 Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei o que vos puserem diante; 9 curai os enfermos que nela houver, e dizei-lhes: Está próximo de vós o reino de Deus.

Comentário:

É verdade, Ele próprio afirma que os campos já estão prontos para a ceifa e que não se deve esperar mais.

Também cresceu joio no meio das searas e há que evitar que acabe por dominar o trigo.

Ceifeiros competentes que façam bem o seu trabalho, com extrema dedicação e entrega; ceifeiros disponíveis para trabalhar sem descanso para que não se perca uma só espiga.

(ama, comentário sobre Lc 10. 1-9, 2010.10.18)


Leitura espiritual

A CIDADE DE DEUS

Vol. 1

LIVRO VI

CAPÍTULO XI

O que Séneca pensava dos Judeus.

Entre as superstições da teologia civil, Séneca criticava também os ritos sagrados dos Judeus. Sobretudo, o sabbat. Diz ele que era uma prática inútil, porque, repetindo- -se de sete em sete dias, faz perder na ociosidade quase um sétimo da vida, além de que muitas tarefas urgentes são prejudicadas com esta folga. Quanto aos cristãos, já então inimigos declarados dos Judeus, não ousou falar deles em qualquer sentido, nem para os louvar contrariamente aos velhos hábitos da sua pátria, nem para os maldizer contrariamente talvez ao seu modo de sentir. Acerca dos Judeus, eis o que ele diz:

Os costumes desta gente perversa adquiriram tal poder que já se impuseram em todas as regiões: os vencidos impuseram as suas leis aos vencedores [i]

Dizendo isto, mostrava a sua admiração; mas, ignorando os planos divinos, acrescenta esta observação em que bem se revela o que sentia acerca da significação dos seus ritos sagrados:

Eles sabem quais as origens dos seus ritos; mas a maior parte do povo pratica-os sem saber o que faz [ii].

Mas estes ritos sagrados — porque e em que medida foram instituídos pela autoridade divina, como é que posteriormente esta mesma autoridade divina os retirou, em ocasião oportuna, ao povo de Deus, ao qual foi revelado o mistério da vida eterna, — já o expusemos em outra parte, sobretudo nos tratados contra os maniqueus, e é assunto de que voltaremos a tratar, em momento mais oportuno, nesta obra.

CAPÍTULO XII

Verificada a inutilidade dos deuses gentílicos, que nem à vida temporal conseguem prestar ajuda, é indubitável que eles a ninguém são capazes de conceder a vida eterna.

Até agora, tratámos das três teologias que os Gregos denominam mítica, física e política e que, em latim, se podem chamar fabulosa, natural e civil, e demonstrámos que a vida eterna nem da fabulosa — que é abertamente reprovada pelos próprios adeptos da multidão dos falsos deuses — nem da civil — a qual mais não é que uma parte em tudo àquela semelhante, se não mais detestável ainda, — se pode esperar. Se se achar insuficiente o que neste livro ficou dito, pois acrescentem-se-lhe os numerosos desenvolvimentos dos livros precedentes, sobretudo do quarto, acerca de Deus dispensador da felicidade. De facto, se a felicidade fosse uma deusa, a quem deveriam os homens consagrar-se, tendo em mira a vida eterna, senão à felicidade? Mas como ela é, não uma deusa mas favor divino, a que deus nos havemos de consagrar senão ao Deus que concede a felicidade, nós que com caridosa piedade amamos a vida eterna, onde se encontra a felicidade plena e verdadeira? Ora, todos esses deuses que se adoram de uma forma tão vergonhosa e que se irritam ainda mais vergonhosamente, quando se lhes recusam tais adorações, confessando assim que são espíritos imundos, são incapazes de conceder a felicidade. Depois de tudo isto, ninguém, parece-me, pode pôr em dúvida o que fica dito. Enfim, como pode conceder a vida eterna quem não pode conceder a felicidade? Realmente, nós chamamos vida eterna àquela em que a felicidade não tem fim. Se a alma vive, com efeito, nas penas eternas que torturam igualmente os espíritos imundos, existe para ela mais uma morte eterna do que uma vida. Não há pior nem mais completa morte do que aquela em que a morte não morre! Mas, como a natureza da alma, criada imortal, não poderá ser privada de toda a vida, a sua morte suprema consiste em ser separada da vida de Deus numa eternidade de suplício. Por conseguinte, a vida eterna, isto é, que não tem fim, só a pode conceder aquele que concede a verdadeira felicidade.

Ora esses deuses, que a teologia civil venera, não podem concedê-la, como se provou. Não temos, pois, que os venerar, quer na mira dos bens temporais e terrenos, como já demonstrámos nos cinco livros precedentes, quer principalmente na da vida eterna, aquela que se segue à morte, como já mostrámos neste e também nos livros anteriores.

Mas, como o hábito inveterado cria raízes bem profundas, se alguém julgar que não expus suficientemente a necessidade de rejeitar e pôr de parte a teologia civil, pois então leia-se atentamente o livro que se segue, destinado a completar, se Deus me ajudar, o presente.

LIVRO VII

Principais deuses da teologia civil: Jano, Júpiter, Saturno e outros por cujo culto se não alcança a felicidade da vida eterna.

PREFÁCIO

Pois que tentei com a maior diligência arrancar e extirpar as velhas e perniciosas doutrinas, inimigas do verdadeiro sentimento religioso, que um inveterado erro do género humano inculcou poderosa e profundamente nos espíritos tenebrosos, e, de acordo com as minhas débeis forças e fortalecido com a ajuda divina, cooperei com a graça d’Aquele que, como verdadeiro Deus que é, tem o poder de a dar, — queiram os mais prontos e mais bem dotados, aos quais bastam os livros anteriores para seu esclarecimento, ter para comigo paciência e calma e não julguem supérfluo para os outros o que para si próprios não julgam necessário! É que se trata de um assunto muito importante — este de mostrar que a verdadeira e verdadeiramente santa Divindade, embora seja dela que nos vêm também todos os socorros necessários à fragilidade de que somos portadores, deve ser procurada e honrada, não por causa desta vida mortal, que não passa de transitório fumo, mas sim por causa da vida bem-aventurada que outra não é senão a vida eterna.

CAPÍTULO I

Não se encontra, como demonstrámos, a característica de deidade na teologia civil.
Será que a poderemos achar nos deuses selectos?

Esta divindade ou, como melhor direi, esta deidade (pois já não nos repugna empregar estas palavras para traduzirmos com maior precisão o termo grego) esta divindade ou esta deidade é característica não referida na teologia a que Marco Varrão dá o nome de civil e se encontra exposta em dezasseis livros. Quer dizer — honrando os deuses tais como as cidades os instituíram e da maneira como são honrados, não se pode alcançar a felicidade da vida eterna. Acerca deste assunto, o leitor a quem o livro sexto não chegou a convencer, ao ler este nada mais terá a desejar.

O que pode efectivamente acontecer é que se julgue que, pelo menos os deuses escolhidos principais, estudados por Varrão no seu último livro de que pouco temos falado, devem ser venerados na mira da vida feliz, que outra não pode ser senão a eterna. A este propósito, não pegarei na expressão de Tertuliano, talvez mais faceta do que exacta:

Se se escolhem os deuses como as cebolas, tudo o que não é escolhido é, seguramente, considerado refugo [iii].

Não digo isso. Vejo que mesmo entre os escolhidos há outra escolha de alguns para desempenharem funções mais altas e mais importantes. Assim, no exército, depois de uma escolha entre os recrutas, opera-se uma selecção no mesmo grupo, com vista a um mais árduo trabalho das armas; também na Igreja, quando se escolhem homens para a dirigirem, nem por isso os outros fiéis passam a ser rebotalho, porque todos os verdadeiros crentes são justamente considerados eleitos; da mesma forma nos edifícios se escolhem as pedras angulares sem que com isso se rejeitem as outras que são destinadas às outras partes do edifício; assim, escolhem-se uvas para comer, sem se considerarem refugo as que ficam para a bebida. Não há necessidade de insistirmos: isto é bem claro. Por isso, só porque se escolheram certos deuses dentre muitos, não merecem desprezo nem quem acerca deles escreveu, nem os seus adoradores, nem os próprios deuses. Deve-se antes averiguar quais são esses deuses e para que fim parece que foram escolhidos.

CAPÍTULO II

Quais são os deuses escolhidos e se estes se devem considerar libertos das funções dos deuses inferiores.

Os deuses escolhidos, que Varrão aponta no decurso de um só livro, são os seguintes: Jano, Júpiter, Saturno, Génio, Mercúrio, Apoio, Marte, Vulcano, Neptuno, Sol, Orco, Líbero-pai, Télure, Ceres, Juno, Lua, Diana, Minerva, Vénus, Vesta — vinte ao todo, sendo doze deuses e oito deusas.

Chamam-se escolhidas estas divindades em razão da maior importância das suas funções no mundo, por causa da sua maior autoridade entre os povos, ou devido à maior importância do culto que lhes é prestado?

Se é por causa da importância das suas tarefas no governo do mundo, não deveríamos encontrá-las no meio dessa multidão de divindades a bem dizer plebeias, afectas a papéis insignificantes. Com efeito, para principiar, é o próprio Jano quem, no acto da concepção, onde têm origem todos os empregos miúdos distribuídos aos deuses miúdos, abre o acesso à recepção do sémen; mas também ali está Saturno pela mesma causa do sémen; está lá também Libero, que alivia o macho também pela efusão do sémen; está lá ainda Libera, que se identifica com Vénus, para prestar à mulher o mesmo serviço, aliviando-a, a ela também, pela emissão do sémen. Todos estes deuses são dos que se chamam escolhidos. Mas também lá está a deusa Mena, que preside ao fluxo menstrual, apesar de não ser nobre, embora seja filha de Júpiter. Aliás, Varrão, no seu livro acerca dos deuses escolhidos, assinala este domínio das menstruações à própria Juno, a rainha dos deuses escolhidos; e, sob o nome de Juno Lucina, ela pró­ria preside ao fluxo sanguíneo com a dita Mena, sua nora. Estão lá, ainda, dois deuses, não sei quais, muito obscuros — um Vituno e um Sentino, que conferem ao feto, o primeiro a vida e o segundo a sensibilidade. É extraordinário! Apesar de mais obscuros, concedem muito mais que tantos deuses eminentes e escolhidos. Realmente, em que se toma tudo o que a mulher traz no seu seio, se for desprovido de vida e de sensibilidade, senão em não sei que mais abjecto, comparável à lama e ao pó?

(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i] Annaeus Seneca, De Superstitione. Cfr. nota (1) do Cap. X.
[ii] Id. Ib.
[iii] Tertuliano, Ad nationes, II, 9.

La Iglesia ucraniana compara la ideología de género con las ideologías totalitarias del siglo XX

El arzobispo de Kiev, Sviatoslav Shevchuk, alerta contra el designio perverso de la ideología de género de romper el plan de Dios para la humanidad.

La Iglesia católica en Ucrania sufrió una brutal persecución física durante el régimen soviético y tuvo que sortear durante décadas la imposición del comunismo en la sociedad a todos los niveles. Su denuncia de la ideología de género, señalándola como un nuevo tipo de dictadura ideológica, adquiere pues un valor especial, y así lo refleja el reportaje de Raffaele Dicembrino en La Croce:

Los obispos greco-católicos ucranianos, mediante una encíclica, han tomado una posición firme contra la ideología de género. Antes estaba el régimen soviético, que imponía una visión "atea" del mundo, presentada como "la única científica" y que "privaba a los hombres del derecho a profesar libremente su fe religiosa". Hoy, los desafíos son similares, "modos ideológicos de destruir la fe católica" poniendo en discusión de manera solapada "la fe y la moralidad cristianas"; entre estos desafíos tiene un lugar relevante la ideología de género.

Los obispos greco-católicos de Ucrania dan nombre y apellido a una de las causas de los problemas del mundo, englobando todos los desafíos bajo la ideología de género en una "carta encíclica" firmada en nombre del sínodo por el arzobispo mayor Sviatoslav Shevchuk y dirigida a todos, sacerdotes y fieles, para que comprendan el alcance de dicho desafío.

Svetioslav Shevchuk advierte de la rebelión contra Dios implícita en la ideología de género.

Se trata de once páginas de palabras contundentes y claras, destinadas a la Iglesia greco-católica ucraniana. La ideología de género -se lee en la carta- "intenta destruir la percepción de la sexualidad humana como don de Dios naturalmente vinculado a las diferencias biológicas entre hombre y mujer" y, al mismo tiempo, "introducir un peligroso desorden en las relaciones humanas".

El don divino de ser hombre o mujer
El peligro para la sociedad ucraniana es "aceptar como verdad, sin pensar, teorías de impronta atea cuyo fundamento es afirmar la dignidad humana, alcanzar la igualdad entre las personas y defender el derecho humano a la libertad".

En la encíclica se recuerda cómo el plan de Dios delinea la dignidad humana, poniendo en evidencia los pasajes de la Biblia que subrayan y valorizan las diferencias entre lo masculino y lo femenino y recordando que la sexualidad "como don de ser hombre y mujer" cubre de "manera íntegra todas las dimensiones de la existencia de la persona humana: cuerpo, alma y espíritu". La encíclica subraya también que la persona humana, creada a imagen de Dios, "está llamada a la eterna comunión con el Creador" e insiste en  que la "libre voluntad" -término ampliamente esgrimido por quienes fomentan la ideología de género- permite al hombre elegir tanto el bien como el mal.

Si la sexualidad humana es "un don natural de Dios", mediante el cual el hombre "descubre la alegría de ser co-creador", es también verdad que es precisamente este aspecto, junto a la familia, el que es puesto siempre en discusión. Se trata de un legado de la "constante tentación de violar los estatutos de Dios en este ámbito" y que viene de la "caída de nuestros progenitores". A partir del pecado original, el hombre "abusa de la posibilidad de una libre elección cuando intenta liberarse de los valores tradicionales en el área de la sexualidad y de la vida matrimonial, a los que trata falsamente como un arcaísmo y un obstáculo a la igualdad, la dignidad y la libertad". La "diferencia entre los sexos" es definida como "una condición previa para la violencia sexual en la familia y fuera de ella", mientras que, en realidad, la causa de estos problemas "no es la sexualidad, sino precisamente su percepción distorsionada".

Contra la fe, contra la ciencia, contra la ley natural
El documento subraya que durante milenios los seres humanos se han definido siempre en base a dos sexos biológicos, varón y mujer, y que sólo recientemente "puntos de vista del mundo contrarios a la fe cristiana, a la realidad científica objetiva y a la ley natural han pasado a ser difundidos e influyentes", haciendo que la identidad de género "ya no sea un don de Dios", sino una "elección individual de la persona", haciendo que la persona, de este modo, "no comprenda su profunda llamada al amor eterno", sino que más bien la considere [la identidad de género] "una diversión temporal de la existencia".

¿Cómo ha cambiado el concepto de género en el curso de los años? Primero se "construía en oposición al sexo biológico"; ahora se reclama "que no sólo el sexo biológico no influye sobre la elección del rol social, sino que el rol público del hombre y de la mujer ya no es necesario. La persona humana es considerada una especie de 'libertad incorpórea' de la que es creador y a partir de la cual construye la identidad. Y así todos pueden elegir el sexo que quieran, porque a la persona 'se le ofrece la posibilidad de no limitar el propio sexo biológico al concepto de hombre o mujer, o al papel social de hombre o mujer, sino más bien elegir el propio género de entre una pluralidad de posibilidades'. Uno ya no está determinado 'por ser algo', sino más bien por 'actuar en el rol de alguien'".

Imposición agresiva
El problema no está sólo en la teoría, escribe la encíclica. El problema está en que estas teorías son "impuestas de manera agresiva a la opinión pública, son introducidas gradualmente en la legislación, forzando -y aumentado- su visibilidad en ámbitos distintos de la vida humana, sobre todo en la educación y en el crecimiento".

Así, "las ideologías de género empiezan a adquirir las características de una ideología totalitaria y son similares a las ideologías utópicas que en el siglo XX no sólo prometieron crear el paraíso en la tierra, sino que buscaron al mismo tiempo introducir mediante la fuerza su modo de pensar, erradicando cualquier otro punto de vista alternativo".

"Al apoyar la ideología de género, la persona está rechazando la idea de que su género sexual ha sido creado por Dios y, por consiguiente, pone en duda el hecho de que Dios ha creado al hombre varón y mujer". Al reclamar la igualdad, lo que hacen los sistemas de género es llevar a la uniformidad cuando, en realidad, "la diversidad es la base de la igualdad, mientras que la uniformidad es la base para la formación de trazos y signos naturales únicos y específicos que son atrayentes para los sexos".

Con la ideología de género se niega "la existencia de un creador" y se niega "la verdad de los hombres hechos a su imagen", poniendo en discusión la complementariedad de los hombres y las mujeres y la institución del matrimonio; además, la ideología de género "no corresponde ni siquiera a datos científicos objetivos", sino que se basa más bien en "hipótesis subjetivas y declaraciones pseudo-científicas hechas por las partes interesadas", además de fomentar muchas formas de "identidad sexual o comportamiento que no corresponden del todo a la naturaleza humana" y que llevan más bien "a la promiscuidad y a la progresiva de-moralización de la sociedad".

Se subraya que las teorías de género "destruyen el concepto de familia como comunidad hecha de padre y madre en la que los niños nacen y crecen", porque ésta es presentada sólo como "una posible forma de familia", mientras se sugiere definir las uniones de personas de sexo diferente como uniones en las que "ser progenitor significa solamente tener un cierto rol, equivalente a los de la familia tradicional".

¿Qué hacer?
¿Qué pueden y deben hacer los fieles para combatir esta catástrofe? El último párrafo de la encíclica pide sobre todo educación y estudio, porque la sociedad "no conoce en profundidad las cuestiones de género" y es necesario, en cambio, no sucumbir a la presión social y trabajar "juntos para defender la dignidad de cada persona, reafirmando las características propias naturales donadas por Dios y protegiendo con firmeza el desarrollo de la comunidad de la familia como fundamento de la revelación divina".

Es necesario informarse y comprender "el verdadero objetivo de algunas propuestas o llamamientos", porque "el ser humano no puede traicionar su vocación y destruir la dignidad humana en favor de dudosos proyectos políticos y sociales, aunque estos proyectos sean presentados como un signo de progreso y modernidad".

Por esto, el llamamiento de los obispos greco-católicos está dirigido no sólo a la educación de los hijos, sino también a quienes trabajan en la información y en los currículos educativos, como también a los científicos, para que proporcionen  una información real y completa sobre la esencia misma del ser humano.

La posición del Papa Francisco
A este propósito es importante recordar las palabras claras, e instrumentalizadas, del Papa Francisco sobre la ideología de género: "Hoy hay una guerra mundial para destruir el matrimonio", no con las armas, sino "con las ideas" y el "gran enemigo" del matrimonio es la ideología de género, declaró el Pontífice en Tbilisi, en Georgia, durante el encuentro con sacerdotes, religiosos y religiosas.

"El matrimonio -dijo- es lo más bello que Dios ha creado. La Biblia nos dice que Dios ha creado el hombre y la mujer, los ha creado a su imagen. Es decir, el hombre y la mujer que se hacen una sola carne son imagen de Dios".

En el matrimonio hay dificultades, incomprensiones, tentaciones. A menudo se quieren resolver estas dificultades con el divorcio. Pero, "¿quién paga los costes del divorcio? Dos personas, pagan" y "otros más".

"Paga Dios, porque cuando se divide una sola carne se ensucia la imagen de Dios. Y pagan los niños, los hijos. Vosotros no sabéis, queridos hermanos y hermanas, no sabéis cuanto sufren los niños, los hijos pequeños, cuando ven las disputas y la separación de los padres. Se debe hacer de todo para salvar el matrimonio. Pero ¿es normal que se discuta en el matrimonio? Sí, es normal. Sucede. A veces vuelan los platos. Pero si el amor es verdadero, entonces se hace enseguida la paz. Yo aconsejo a los esposos: discutid todo que queráis, pero no terminéis la jornada sin hacer las paces. ¿Sabéis por qué? Porque la guerra fría del día siguiente es peligrosísima".

"¡Cuántos matrimonios -continuó- se salvan si tienen el valor al final del día, no de hacer un discurso, sino una caricia, y la paz está hecha! Pero es verdad que hay situaciones más complejas, cuando el diablo se entromete y pone ante el hombre una mujer que le parece más bella que la suya, o cuando presenta a una mujer un hombre que le parece mejor que el suyo. Pedid ayuda inmediatamente. Cuando viene esta tentación, pedid ayuda enseguida.

»Y, ¿cómo se ayuda a las parejas? Se las ayuda con la acogida, la cercanía, el acompañamiento, el discernimiento y la integración en el cuerpo de la Iglesia. Acoger, acompañar, discernir e integrar. En la comunidad católica se debe ayudar a salvar los matrimonios”.


ReL29 enero 2017

Pequena agenda do cristão

TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:

Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?