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Fátima: Centenário


Senhora de Fátima:


Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.

No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.

Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.
Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Maria, Rainha da Paz

Maria, Regina pacis, Rainha da Paz, porque tiveste fé e acreditaste que se cumpriria o anúncio do Anjo, ajuda-nos a aumentar a Fé, a sermos firmes na Esperança, a aprofundar o Amor. Porque é isso que quer hoje de nós o teu Filho, ao mostrar-nos o seu Sacratíssimo Coração. (Cristo que passa, 170).

Característica evidente de um homem de Deus, de uma mulher de Deus, é a paz na alma: tem "a paz" e dá "a paz" às pessoas com quem convive. (Forja, 649).


Não é lícito escudar-se em razões aparentemente piedosas para espoliar os outros do que lhes pertence: Se alguém diz: "Eu amo a Deus" mas odeia o seu irmão, é mentiroso. Mas também se engana a si mesmo quem regateia ao Senhor o amor e a reverência – a adoração – que lhe são devidos como Criador e nosso Pai; a quem se nega a obedecer aos seus mandamentos com a falsa desculpa de que algum deles é incompatível com o serviço dos homens claramente adverte S. João que nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: Se amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Porque o amor de Deus consiste em guardar os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados. (Amigos de Deus, n. 166)

Evangelho e comentário

Tempo comum


Evangelho: Mc 8, 11-13

11 Apareceram os fariseus, e começaram a discutir com Ele, pedindo-Lhe, para O tentarem, um sinal do céu. 12 Porém, Jesus, suspirando profundamente, disse: «Porque pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo que a esta geração não será dado sinal algum». 13 Depois, deixando-os, entrou novamente na barca e passou à outra margem.

Comentário:

Um sinal do céu?
Mas o que é um sinal do céu?

Não será o o próprio céu e tudo quanto nele e sob ele existe?

Não vemos a obra de Deus a Criação extraordinária de beleza, ordem, complexidade magistral?

Então?

(ama, comentário sobre Mc 8, 11-13, 20159.02.16)







Leitura espiritual

A CIDADE DE DEUS

Vol. 1

LIVRO VI

CAPÍTULO IX

Atribuições de cada um dos deuses.

Quê? Estas atribuições dos deuses, repartidas de maneira tão mesquinha e tão minuciosa, por ser preciso invocar cada um deles conforme a tarefa que lhe é própria, e acerca das quais já falámos bastante sem, porém, termos esgotado o assunto, — não estarão mais de harmonia com as palhaçadas dos histriões do que com a majestade dos deuses? Se alguém desse, duas amas a uma criança, uma encarregada de apenas a fazer comer e a outra apenas de a fazer beber, tal como se atribui às deusas Éduca e Pótina, seria certamente tido por um louco a brincar às comédias em sua casa. Pretende-se que o nome de Libero está relacionado com liberamentum (livramento), porque com a ajuda dele são os machos, na cópula, libertados do sémen emitido, e o mesmo faz Libera, a quem chamam também Vénus, às mulheres, porque também elas, conforme pretendem, expulsam o seu sémen. E por isso que nos seus templos se oferecem a Libero os órgãos sexuais do homem e a Libera os da mulher. A isto acrescentam que a Libero são consagradas as mulheres e o vinho, porque provocam a volúpia. Era assim que eram celebradas as Bacanais, num arrebatamento de loucura. O próprio Varrão confessa que, se não estivessem possuídas de delírio, as bacantes não seriam capazes de se entregarem a tais excessos. Mais tarde, porém, estas coisas desagradaram ao Senado, que, mais judicioso, as mandou suprimir. Talvez então se tenha acabado por reconhecer quanto podem sobre a alma humana esses espíritos imundos quando são tomados por deuses. Com certeza que estas coisas não se passariam nos teatros: nestes, as pessoas divertem-se, mas não deliram, se bem que ter deuses que se deleitam com semelhantes diversões se assemelha ao delírio.

Entre o homem religioso e o homem supersticioso descobre Varrão esta diferença: o supersticioso tem medo dos deuses, ao passo que o religioso, os venera como pais e não os teme como inimigos, pois que, na sua opinião, todos os deuses são tão bons que se sentem mais inclinados a perdoar os culpados do que a prejudicar os inocentes. Mas também nos recorda que à mulher que dá à luz se destinam três deuses à sua guarda, para impedir que o deus Silvano venha atormentá-la durante a noite; e como símbolo destes guardiões, três homens fazem rondas nocturnas à volta da casa, batendo nos umbrais, primeiro com um machado e depois com um pilão, acabando por limpá-la com uma vassoura — tríplice símbolo da agricultura, destinado a vedar ao deus Silvano qualquer acesso. Mas que é que com isto se quer dizer? A explicação é que nem as árvores se cortam e se podam sem o ferro, nem a farinha se prepara sem o pilão, e sem a vassoura não se juntam os grãos num monte. Foi destes três objectos que três deuses tomaram o nome: Intercidona, do gume do machado (intercisio), Pilumnum, do pilão (pilum), Deverra, da vassoura (deverro = varrer). É com estes deuses custódios que se defende a prole das investidas do deus Silvano. Com certeza que de nada valeria contra a crueldade de um deus nocivo a custódia dos bons, se não se juntassem muitos contra um e se a este deus rústico, terrífico e inculto (pois que é da selva) não se opusessem os emblemas da cultura que lhe são contrários. É então esta a inocência dos deuses? E esta a concórdia dos deuses? Isto é que são as divindades protectoras da cidade, mais dignas de troça do que as palhaçadas dos teatros?

Que o deus Jugatino intervenha na união do homem com a mulher — vá que não vá! Mas é preciso levar a noiva a casa — e lá temos o deus Domiducus; para lá a instalar, está o deus Domitius; para a fazer estar com o seu marido, junta-se a deusa Mantuma. Para quê buscar mais? Tenha-se em consideração o pudor humano! Seja a concupiscência da carne e do sangue a levar a cabo o resto no recato do pudor. Para quê encher o quarto com uma caterva de deuses quando se retiram os paraninfos? [i] E enchem o quarto, não para que o conhecimento da sua presença constitua uma garantia maior do pudor, mas para que a mulher, débil em razão do sexo, aterrada pela novidade, graças ao concurso deles perca a virgindade sem dificuldade: realmente, lá estão presentes a deusa Virginense, o deus-pai Súbigo, a deusa-mãe Prema, a deusa Pertunda e ainda Vénus e Priapo! Que vem a ser isto? Se era absolutamente necessário que os deuses ajudassem o varão em apuros, não bastaria um ou uma? Não bastaria apenas Vénus, pois que, diz-se, ela assim se chama porque sem violência (vis) nunca a mulher poderá deixar de ser virgem? Se nos homens há pudor que falta aos deuses, os esposos que acreditam na presença de tantos deuses de ambos os sexos, todos atentos ao acto conjugal, — não se sentirão possuídos de tal vergonha que o ardor do acto se vai apagando e vai aumentando a resistência da vergonha? Se, para desatar o cinto da donzela, lá está a deusa Virginense; se lá está o deus Súbigo para a submeter ao varão; se, para a obrigar, uma vez entregue, a deixar-se desflorar sem resistência, está lá a deusa Prema — que faz lá a deusa Pertunda? Que tenha vergonha! que se vá embora! que deixe ao marido alguma coisa para fazer! É altamente indecoroso que seja outro a cumprir uma tarefa que, como o seu nome indica, só a ele pertence. Talvez seja tolerada por se tratar de uma deusa e não de um deus. Porque, se visse que se tratava de um deus masculino, que se chamaria então Pertundo, o marido, para salvar a honra da mulher, contra ele chamaria por mais socorros do que a parturiente contra Silvano. Mas que estava para aqui a dizer, se há um outro bem macho — Priapo — sobre cujo enormíssimo e tão repugnante membro obrigam os recém-casados a sentarem-se, conforme é costume honestíssimo e religiosíssimo das matronas?

Que tentem ainda, com toda a subtileza de que são capazes, distinguir a teologia civil da teologia fabulosa, as cidades do teatro, os templos da cena, os ritos dos pontífices dos cantos dos poetas, como se distingue o honesto do torpe, o verdadeiro do falso, o grave do frívolo, o sério do jocoso, o apetecível do desprezível! Compreendemos como se comportam: sabem que a teologia do teatro e da fábula provém da teologia civil e que esta se reflecte nos cantos dos poetas como num espelho. Por isso, depois da exposi­ção desta, que não se atrevem a condenar, censuram e recriminam a sua imagem com mais liberdade para que os leitores mais esclarecidos desprezem, ao mesmo tempo, o rosto e a imagem. Todavia, os próprios deuses, vendo-se nesta imagem como se se vissem num espelho, amam-se de tal forma que é no espelho e na imagem que melhor se vê quem são e o que são eles. Por isso obrigam também os seus adoradores, com ordens terríveis, a dedicarem-lhes as imundícias da teologia fabulosa, a concederem-lhes um lugar nas solenidades e a terem-nos por coisas divinas. E assim se declaram, com maior evidência, como os mais imundos dos espíritos; e fizeram com que esta teologia do teatro, abjecta e reprovada, se tomasse parte constitutiva da selecta e recomendável teologia urbana. Desta forma, todo este conjunto é torpe e enganoso, cheio de deuses imaginários, achando-se uma das suas partes nos livros dos sacerdotes e a outra no canto dos poetas. Se contém ainda outras partes, isso é outra questão. Por agora, parece-me que deixei suficientemente demonstrado que, seguindo a divisão de Varrão, a teologia da cidade e a do teatro se reduzem à mesma teologia civil. Consequentemente, como ambas rivalizam em vilania, absurdo, indignidade, falsidade — longe esteja do homem religioso esperar a vida eterna quer duma quer doutra.

Finalmente, o próprio Varrão começa a sua recensão e enumeração dos deuses a partir da concepção do homem, pondo Jano à frente da série; prossegue a série até à morte do homem decrépito; e fecha a lista dos deuses, afectos ao homem, com a deusa Nénia, que se canta nas exéquias dos velhos.

Começa depois a mostrar os outros deuses, afectos, já não ao homem, mas às coisas que este utiliza, tais como o alimento, o vestuário e tudo o que a esta vida é necessário, acabando por revelar qual é a tarefa de cada um e o que é que a cada um se pode pedir. Em toda esta diligente enumeração, não apresentou nem nomeou deus algum a quem se possa pedir a vida eterna, única por causa da qual somos cristãos.

Quem será tão tacanho, que não compreenda que, — expondo e explicando com tanto cuidado a teologia civil, mostrando a sua semelhança com a indigna e infame teologia fabulosa, ensinando com bastante clareza que esta teologia fabulosa mais não é que uma parte da outra, este homem se propôs infiltrar nos espíritos humanos apenas a teologia natural que diz provir dos filósofos? Com tal subtileza reprova a teologia fabulosa, sem se atrever a criticar a civil, embora esta se mostre repreensível com a sua simples apresentação, e afasta, desta maneira, duma e doutra, o juízo dos atilados, que não resta senão a escolha da natural.

Disto tratarei mais demoradamente, na ocasião oportuna, com a ajuda de Deus.

CAPÍTULO X

Da liberdade de espirito de Séneca, que critica a teologia civil com mais veemência do que Varrão criticou a teologia fabulosa.

A liberdade que a Varrão faltou para criticar a teologia civil tão abertamente como a cénica, apesar de tão semelhantes, não faltou, pelo menos em parte, a Aneu Séneca, que, segundo certos indícios, brilhou nos tempos dos Apóstolos: mas, se a teve nos seus escritos, faltou-lhe, porém, na vida.

No seu livro contra as superstições (De superstitione), atacou esta teologia urbana muito mais ampla e vigorosamente do que Varrão a dos teatros e das fábulas. Efectivamente, quando se refere aos ídolos, diz:

Presta-se culto a seres sagrados, imortais, invioláveis, representados na mais vil e inerte matéria; dá-se-lhes a forma de homens, de feras, de peixes, algumas vezes um duplo sexo e com diversos corpos; chamam deuses a estes entes que, se se tomassem vivos e nos aparecessem de surpresa, seriam tomados por monstros [ii].

Um pouco mais à frente, ao elogiar a teologia natural, depois de ter classificado as opiniões de alguns filósofos, põe a si mesmo a seguinte questão:

Alguém me dirá ao chegar a este ponto: tenho que acreditar que o Céu e a Terra são deuses, que uns habitam acima e outros abaixo da lua? Poderei eu estar de acordo com Platão ou com o peripatético Estratão, dos quais um concebe deus sem corpo e o outro concebe-o sem alma? 

E responde:

Então, quais te parecem mais verdadeiros — os sonhos de T. Tácio ou os de Rómulo ou os de Tulo Hostílio? Tácio fez de Chacina uma deusa, Rómulo tomou Pico e o Tiberino em deuses, Hostílio transformou em deuses o Pavor e o Palor — as mais sombrias afecções do homem, das quais uma resulta de um abalo do espírito atemorizado e a outra de um abalo do corpo — não uma enfermidade, mas uma falta de cor. Será que vais acreditar nestas divindades e pô-las no céu?

A liberdade com que Séneca escreveu acerca de ritos tão cruamente obscenos! Diz ele:

Um amputa os seus próprios orgãos viris; outro corta os biceps dos braços. Como é que temerão a cólera dos deuses os que assim os aplacam? Não se deve prestar qualquer espécie de culto a deuses que querem uma coisa destas! Tão grande é a loucura de uma alma perturbada e como que lançada fora de si, que ela pretende aplacar os deuses comportando-se como o não fariam os homens mais temíveis e cuja crueldade passou à história fabulosa. Tiranos houve que despedaçaram os membros das suas vítimas, mas a ninguém ordenaram que despedaçassem os deles próprios. Alguns desgraçados foram castrados para satisfazerem a vergonhosa lascívia dos reis, mas ninguém se mutilou com as suas próprias mãos às ordens do seu senhor para deixar de ser homem. Golpeiam-se nos templos, oferecem em súplica as suas feridas e o seu sangue. Se a alguém fosse dada a oportunidade de observar os que assim procedem e sofrem, veria coisas tão repugnantes para as pessoas decentes, tão indignas dos homens livres, tão longe dos sãos espíritos, que ninguém duvidaria de estar no meio de loucos se fossem poucos. No caso, a multidão dos insensatos toma-se garantia da sua sanidade mental.

Quanto ao que se passa no próprio Capitólio, que ele menciona a seguir e reprova (com que coragem!) — quem poderia acreditar que essas cenas não são realizadas senão por farsantes ou por loucos? Primeiro, põe a ridículo os mistérios do Egipto, as lágrimas que derramam sobre Osíris perdido e a grande alegria que manifestam, logo a seguir, ao encontrarem-no — quando, afinal, tanto a sua perda como o seu encontro são puras ficções; todavia exprimem uma dor e uma alegria sincera da parte daqueles que nada perderam nem acharam. Depois, observa:

Porém esta loucura tem uma duração limitada. Ser louco uma vez por ano suporta-se. Mas sobe ao Capitólio: corarás de vergonha ao veres a generalizada demência que frenesi toma como um dever. Um apresenta nomes a Júpiter, outro anuncia-lhe as horas; um é o seu massagista (litor), outro é o seu perfumista que com o ridículo movimento de braços imita a acção do perfumista. Há as que arranjam os cabelos de Juno e de Minerva (mantendo-se de pé, afastadas do templo e do ídolo, mexem os dedos como os cabeleireiros). H á as que seguram no espelho. Há as que pedem o patrocínio dos deuses nos seus pleitos e há os que lhes apresentam memoriais escritos e os informam das suas causas. Um hábil chefe de histriões, velho já decrépito, representa todos os dias uma farsa no Capitólio, como se os deuses sentissem prazer em contemplarem um actor a quem os homens já não ligam importância. Ali cai toda a casta de artífices para trabalharem para os deuses imortais.

E um pouco mais à frente acrescenta:

Todavia, estes (serviços prestados a um deus), por muito inúteis que sejam, não são vergonhosos nem infames. Algumas, que se julgam amadas por Júpiter, instalam-se no Capitólio — mas não ficam amedrontadas nem mesmo com o olhar de Juno o qual, a crer nos poetas, é irritadíssimo.

Esta liberdade não a teve Varrão; apenas se atreveu a criticar a teologia poética; na teologia civil — que Séneca demoliu —, nem ousou tocar. Mas, verdade se diga, os templos, onde estes factos se passam, são piores do que os teatros, onde eles se simulam. Por isso, nas cerimónias da teologia civil, a parte que Séneca reserva ao sábio não é a adesão dum coração sinceramente religioso, mas a celebração exterior. Efectivamente, diz ele:

O sábio tudo isto observará como coisa ordenada pela lá e não como coisa grata aos deuses.

E, um pouco à frente, acrescenta:

Que significam esses casamentos que celebramos entre os deuses e até, com desprezo da religião, entre irmãos e irmãs? Juntamos Pelona a Marte, Vénus a Vulcano, Salácia a Neptuno. Todavia deixamos algumas solteiras, como se lhes faltasse algum requesito; apesar de haver algumas viúvas como Papulónia ou Fúlgora e a deusa Rumina. Não me admiro de que para elas tenha faltado pretendente. Toda esta obscura turbamulta de deuses que uma longa superstição foi engrossando no decurso de tão longos séculos, adoramo-la nós, lembrando-nos, porém, de que este culto assenta mais no costume do que na verdade.

Por conseguinte, nem as leis nem os costumes estabeleceram na teologia civil o que é que seria agradável aos deuses ou interessaria a este assunto. Todavia, este Séneca, libertado pela filosofia, como convinha a um ilustre por assim melhor se lhe captar o sentido. senador do Povo Romano, honrava o que censurava, praticava o que reprovava, adorava o que condenava. Quer dizer, a filosofia tinha-lhe ensinado alguma coisa de grande: não ser supersticioso no mundo; mas as leis da cidade e as tradições humanas obrigaram-no, sem descer ao papel de histrião representando ficções no palco, a imitar esse papel no templo — pelo que é tanto mais digno de censura quanto mais, praticando esses ritos sem sinceridade, assim procedia para que o povo pensasse que era com sinceridade que procedia; o próprio comediante, ao representar, pretende divertir e não enganar com as suas mentiras.

(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)




[i] Paraninfos são os rapazes, em número de três, que constituem o acompanhamento da noiva até casa do noivo. — V. M. David, La religion romaine, Lille, 1949-50, p. 111.
[ii] Annaeus Seneca, De Superstitione.

Diálogos apostólicos

Diálogos apostólicos II Parte

O PECADO ORIGINAL – 2

Pergunto:

Como aconteceu?

Respondo:


O diabo tentou a mulher para que desconfiasse de Deus, depois fomentou o seu orgulho, e finalmente a induziu-a a que desobedecesse ao mandato divino. Depois a mulher fez o mesmo com o seu marido. Está narrado no início do Antigo Testamento.

Bento XVI – Pensamentos espirituais 132

O primado de Deus

Onde Deus não está, também o Homem deixa de ser respeitado. 

O Homem, imagem de Deus, só pode estar protegido por uma dignidade inviolável se o esplendor de Deus brilhar no seu rosto.

Homilia na Jornada pela Vida, (5.Fev.06)


(in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)

«El "transgenerismo" es una histeria de masas similar a la pseudociencia de los años ochenta»

El doctor Corradi denuncia el daño irreparable que pueden sufrir muchas personas sacrificadas en su individualidad a los intereses políticos del lobby LGTB.

Bajo el título El "transgenerismo" es una histeria de masas similar a la pseudociencia de los años 80, la revista The Federalist publicó un artículo del doctor Richard B. Corradi, profesor de Psiquiatría en la Facultad de Medicina de la Case Western Reserve University de Cleveland (Ohio, Estados Unidos), donde presenta la agenda del lobby LGTB como ayuna de base científica y orientada a crear una identidad colectiva mediante la victimización, en detrimento de la ayuda que necesitan las personas afectadas por un trastorno de la identidad de género. Por su interés lo traducimos para ReL:

El "transgenerismo" es una histeria de masas similar a la pseudociencia de los años 80
Consideremos el notable fenómeno del transgenerismo. Un trastorno de identidad de género que afecta a un minúsculo número de estadounidenses se ha convertido en un objeto de controversia culturalmente polarizador. Su influencia –captando la atención pública y exigiendo cambios sociales- ha sido extraordinaria, desproporcionada en relación al número de personas insatisfechas con su género.

Mientras que la izquierda política ha hecho suya totalmente la agenda transgénero como un “derecho civil” al que sólo se oponen los intolerantes y las personas llenas de odio, mucha gente ve el movimiento como un ataque concertado contra los usos y costumbres tradicionales, un asalto indisimulable a las normas, las costumbres y la moralidad convencionales.

El fenómeno transgénero es claramente la punta de lanza del movimiento LGBT, al que ha dado un fuerte impulso la decisión del Tribunal Supremo sobre el matrimonio entre personas del mismo sexo, que incluye en la definición de libertad el derecho de la gente a “definir y expresar su identidad”. Para el movimiento LGBT, esto incluye literalmente el derecho a decidir sobre el propio género, a exigir el derecho a un género alternativo (dado que el género es maleable, hay otras opciones además de hombre o mujer), a que la sociedad reconozca esa opción como un derecho civil, y en última instancia a ser aceptado como una forma de vida normal.

Sin embargo, vender el transgenerismo como una forma de vida normal puede ser difícil. Mientras que las personas sin prejuicios pueden estar de acuerdo en que los gays o las personas con confusión de género no deberían padecer discriminación, en general la gente no parece dispuesta a aceptar el género como un simple artificio social ni a asumir que la gente pueda tener el género que elija. Estas controversias, que constituyen el fundamento conceptual del transgenerismo, chocan con la realidad: la diferencia biológica entre los sexos.

Mujeres y hombres, XX y XY: según qué espermatozoide penetre en el óvulo, el nuevo ser humano resultante será una cosa u otra. Es la realidad biológica. Imagen: TutorVista.

El contagio de un engaño de masas
El transgenerismo rechaza las leyes naturales de la biología y trastoca la naturaleza humana. La fundamentación filosófica del movimiento lo define como un engaño popular similar a la moda de las personalidades múltiples y la histeria de los “abusos en rituales satánicos” y la “memoria recobrada” de abusos infantiles que se difundió en los años 80 y 90. Estas dos últimas implicaban extrañas acusaciones de abuso de niños y resultaron en la persecución y vida arruinada de los falsamente acusados.

Esos engaños populares se caracterizan por una falsa creencia que no se apoya en ninguna evidencia científica o empírica y tienen una capacidad de contagio que supera al pensamiento racional e incluso al sentido común. Esta tendencia demasiado humana a abandonar el juicio crítico individual y seguir la corriente de la masa lo facilitan enormemente los medios de comunicación social. Lo más importante, sin embargo, es que recibe el imprimatur de los “expertos”. Quienes realmente deberían saber más se apuntan a la histeria. Así como los “profesionales de la salud mental” de hace una generación apoyaban los engaños sobre abuso infantil, e incluso participaban en la persecución de los injustamente acusados, del mismo modo han alimentado el fuego del engaño transgénero.

El movimiento transgénero recibió un gran impulso cuando la APA (The American Psychiatric Association) revisó su edición de 2013 del Diagnostic and Statistical Manual of Psychiatric Disorders (DMS-5), y eliminó el “trastorno de identidad de género” de la lista de “trastornos” psiquiátricos, reclasificándolo como “disforia de género”. Más que validar científicamente la agenda transgénero, la actuación de la APA fue una llamativa dimisión de la responsabilidad personal en beneficio de la corrección política.

A diferencia de las enfermedades médicas, los trastornos psiquiátricos carecen de marcadores biológicos diagnósticos: no hay datos físicos ni tests de laboratorio ni estudios de imágenes. Los diagnósticos psiquiátricos consisten en la comprobación de listas de síntomas determinados por el consenso científico. No debe sorprender que ese proceso sea exquisitamente reactivo a los vientos culturales y políticos dominantes. Ante la ausencia de marcadores biológicos que definan las enfermedades, son infinidad las enfermedades mentales y emocionales que pueden denominarse trastornos psiquiátricos. Puede ser muy beneficioso para un movimiento activista movido por un interés cualquiera apuntarse el éxito de legitimar su causa como un trastorno mental, y también para una industria farmacéutica inclinada a recurrir a los fármacos psicotrópicos para tratar cualquier nueva enfermedad mental.

Así definía el DSM, manual diagnóstico de referencia en Psiquiatría, el trastorno de identidad sexual. En 2013 fue redenominado como "disforia de género", asumiendo el concepto no científico de "género asignado".

Activismo científico + Relativismo = Insensatez
Sin embargo, el proceso trabaja en ambas direcciones. Los “trastornos” psiquiátricos van y vienen en respuesta a modas e intereses concretos. Para el movimiento de liberación sexual, la ventaja política consiste en eliminar trastornos ofensivos. En 1973 consiguieron que la APA, simplemente por votación de sus miembros, quitase la homosexualidad de su listado de trastornos.

Posteriormente, el movimiento se fusionó con el relativismo postmoderno, donde no hay valores universales o trascendentes, sólo convenciones sociales y culturales. La doctrina, aplicada al género, afirma que el género –sexo masculino o femenino- es meramente una construcción social, no un hecho biológico, y está sujeto a cambios según el deseo de cada cual. Las personas pueden ser del género que elijan como “género alternativo” o incluso quedarse fuera de todo el entramado de género.

Ésa fue la agenda que la APA asumió cuando quitó el “trastorno de identidad de género” del DSM-5. Sin embargo, más que simplemente eliminar el concepto de identidad de género, que oficialmente ya no es un trastorno, creó una nueva “clase diagnóstica” llamada “disforia de género”. Esto llevó aún más lejos el asalto al sentido común, pues ahora los psiquiatras, supuestos expertos en distinguir entre la fantasía y la realidad, ponen su sello de aprobación a la histeria transgénero.

Sólo los niños prelógicos y los adultos psicóticos creen en el pensamiento mágico, eso de que “basta con desearlo”. Sin embargo, la “disforia de género” queda caracterizada como una “incongruencia de género”: el sentimiento de insatisfacción con el género “asignado” al nacimiento, y el deseo de tener otro género, convierten a uno en una persona diferente. Reclamar la verdadera (“deseada”) identidad de género puede precisar cirugía de reasignación de sexo, un tratamiento aprobado por la APA para la “nueva clase diagnóstica” de la disforia de género. El tortuoso vocabulario del DSM fabricado para catalogar el posible espectro de variaciones de género produciría risa si no fuese tan trágico.

El rechazo al diagnóstico impide el necesario tratamiento
La tragedia, por supuesto, es que la gente que sufre por problemas de identidad no recibe la ayuda que necesita. La anorexia nerviosa es otro trastorno caracterizado por una distorsión de la imagen corporal. Sin embargo, en contraste con los transgénero (a quienes se ayuda representando un engaño a base de hormonas y “reasignación de sexo”), a las personas con una percepción enfermiza e irreal de sí mismas como obesas o gordas no se les impone una dieta de reducción de peso. Al revés: se diagnostica la anorexia como un trastorno psiquiátrico y se la trata apropiadamente con psicoterapia.

El doctor Corradi compara la diferencia de trato que recibe el trastorno de identidad de género con respecto a la anorexia, siendo ambas percepciones distorsionadas sobre uno mismo.

La anorexia y la “disforia de género” están entre las muchas manifestaciones de conflicto psicológico que pueden suceder durante las “crisis de identidad” de la adolescencia, un momento importante en el desarrollo en la formación de la identidad. Es una época de rápidos cambios físicos y fuertes deseos sexuales. La confusión de género –el deseo de ser del sexo opuesto, o incluso de no tener ningún sexo (sin-género)– pueden ser simplemente una pausa temporal del joven mientras resuelve el conflicto entre la certeza y la seguridad de los vínculos parentales y las atractivas pero temibles urgencias de la autonomía y la sexualidad adultas.

El ascetismo –la renuncia a la sexualidad y a los placeres sensuales en general, convirtiéndose de hecho en asexuales y antihedonistas- es otro parapeto que usan los jóvenes. Es llamativamente similar a la disforia de género en su propósito de conseguir un alivio temporal en la confusión sobre la propia sexualidad emergente y la ansiedad por las exigencias de la edad adulta.

La gran mayoría de esos mecanismos de defensa son transitorios, y útiles cuando las tormentas de la adolescencia son más intensas, pero ya no son necesarios cuando surge una percepción estable de uno mismo. (El más común es, quizá, la idealización adolescente de los famosos. Que muchas de esas figuras populares sean andróginas ilustra la naturaleza de estas identificaciones como una respuesta ante el conflicto sexual y de género.) Muy pocos jóvenes que hacen dietas severas se vuelven anoréxicos. No muchos adolescentes ascéticos se convierten en monjes de clausura. Por el contrario, jóvenes insatisfechos con su género reciben hormonas e incluso son sometidos a cirugía de reasignación de sexo. Un conflicto temporal del desarrollo es sometido a tratamientos en ocasiones irreversibles y que trastocan tu vida.

Reforzar el engaño hiere a las personas
Aún más lamentable es la utilización de estos “tratamientos” en niños preadolescentes cuyo pensamiento prelógico difumina los límites entre la fantasía y la realidad. Los padres jóvenes preocupados por sus hijos necesitan el consejo de quienes conocen el desarrollo infantil normal. Por desgracia, a veces es difícil conseguir un buen consejo. Temerosos de ser vistos como “anticuados”, “ignorantes” o “intolerantes”, quienes debería saber más no están dispuestos a confiar en su propio sentido común y en la sabiduría de generaciones.

Si una niña de cuatro años, temerosa de ser sustituida en el afecto de sus padres por un nuevo hermanito, proclama que es un chico, sus sensatos padres no comienzan a tratarla como si fuera un chico. No asumen que es transgénero. Por el contrario, la abrazan y le aseguran que ella es su preciosa hijita a quien tanto quieren. Los padres que permiten a los niños preadolescentes elegir si quieren ser chicos o chicas han dimitido de su papel como adultos racionales, y son ellos quienes necesitan ir al psiquiatra.

Sin duda, formar una identidad personal estable es un asunto complicado. En algunas personas se prolonga y nunca llegan a conseguirlo. Aunque la adolescencia y la edad adulta joven pueden ser una época fundamental para construir la propia identidad personal, ésta se ve sometida durante el ciclo vital a retos inevitables, así como a factores estresantes específicos de cada uno.

Stefonknee Wolscht, padre de 7 hijos, consiguió ser adoptado como niña de 6 años. El doctor Corradi señala el daño que se hace utilizando a personas que necesitan un tratamiento individualizado como parte indiferenciada de una causa política.

La edad madura es un momento desafiante para muchas personas. Los hombres y mujeres de edad mediana que se sienten insatisfechos con sus vidas pueden representar fantasías románticas irreales en un intento de rehacerse a sí mismos. A menudo esto conduce a la tragedia del divorcio y a la destrucción familiar. El movimiento transgénero ha animado la más irreal fantasía imaginable: que cambiando de sexo uno puede resolver lo que es siempre una insatisfacción multidimensional con uno mismo.

Por qué algunas personas quieren creer que son transgénero
Las características que definen la identidad personal son los elementos nucleares de la personalidad. Las personas con una imagen de sí mismas crónicamente inestable, baja autoestima y una enfermiza visión de sí mismas están pobremente equipados para lidiar con el estrés de la vida cotidiana. Este grupo constituye la mayor parte de quienes, autoidentificados como transgénero, se someten a un régimen de cambio de sexo total con tratamiento de hormonas y cirugía de “reasignación de sexo”.

Sin embargo, la mayor parte de quienes sufren de trastornos comunes de personalidad no focalizan en la insatisfacción de género la causa de su disfunción global y no consideran el cambio de sexo como un remedio. ¿Por qué entonces unas cuantas personas con un trastorno de identidad complejo y multidimensional deciden que su problema consiste en que se les ha “asignado” el sexo equivocado? La respuesta reside tanto en la naturaleza del trastorno de personalidad mismo, como en las poderosas influencias sociales, culturales y políticas.

Aportando líderes activistas y una causa “noble”, el movimiento LBGT ha conseguido un éxito enorme explotando las vulnerabilidades psicológicas de las personas que carecen de un sentido coherente de sí mismas. Alimentado con el éxito de la decisión del Tribunal Supremo sobre el matrimonio entre personas del mismo sexo, el movimiento ha adquirido un aura de imbatibilidad.

El éxito de la cruzada por los derechos transgénero, basada como está en el engaño cultural de negar la diferencia biológica entre los sexos, podría sugerir que no hay límites para un movimiento que tiene como objetivo redefinir la cultura estadounidense y sus instituciones. Unirse a una fuerza tan poderosa puede ser una experiencia emocionante para alguien cuya identidad se define en buena medida por las personas y las causas con las que se identifica.

El transgenerismo es una política de identidad
El movimiento transgénero ha hecho un uso inteligente de la poderosa fuerza de la identidad política. Es evidente que la identidad personal, el sentimiento global que uno tiene de sí mismo, no consiste en el género más que en la raza, la etnia, la religión o la clase. Esas son, sin embargo, las categorías sobre las que se construye la identidad política. Para ser políticamente eficaces, las políticas de identidad tienen que aglutinar personas en grupos que borran las identidades y características personales. En las identidades políticas no hay individuos, solo masas amorfas de gente con una propiedad común y definitoria que pueda explotarse para un propósito político.

Ese proceso explota las diferencias entre la gente (culturales, sociales, étnicas, religiosas, etc.) para fabricarse un electorado con los agraviados, los marginados y aquellos a quienes se conduce a creer que son marginados. Se les asegura que un grupo de interés compensará sus reclamaciones: normalmente, un partido político que se beneficia electoralmente de activarlos como grupo de víctimas. Por definición, los victimizados tienen que tener victimizadores, a quienes la comunidad de los agraviados denigra como opresores.

Esta amarga fórmula de polarización sitúa a los “transgénero” como un conjunto amorfo de personas odiosamente oprimidas. No se distingue entre los grupos enormemente dispares de “disforia de género”. Como hemos descrito, abarcan desde expresiones transitorias de “incongruencia” de género que tienen lugar en el proceso de desarrollo normal, a los problemas más profundamente arraigados de identidad personal que son sintomáticos de trastornos de la personalidad.

Irónicamente, a los individuos se les roba su identidad personal y se les convierte en miembros anónimos de la comunidad de identidad de género: los “transgénero”. En vez del asesoramiento individual y la psicoterapia personalizada que deberían recibir quienes alcanzan un determinado nivel de angustia, el remedio es “de talla única”. Una persona transgénero puede convertirse en cualquier género que desee, o no tener ningún género. Pueden denominarse a sí mismos con cualquier nombre que elijan, tomar hormonas y “reasignar” su sexo quirúrgicamente. Todo esto, con el apoyo crédulo de personas e instituciones que han sucumbido al contagio del delirio cultural.

A los individuos se les arranca su identidad personal en la medida en que se convierten en peones de la amplia agenda LGBT. Como han conseguido ganar poder judicial y político, los objetivos LGBT no parecen contentarse con menos que con una total aceptación pública de cualquier variedad de expresión sexual que elijan, y tolerancia cero para el disidente. El transgenerismo es la vanguardia de la actual ofensiva. La amarga lucha social que ha suscitado indica lo lejos que llegará el movimiento para destruir a la oposición.

Demonizar a la oposición
¿Quiénes son la oposición? Fieles a la política de identidades, la caracterizan como una multitud de intolerantes llenos de odio que niegan a los transgénero sus derechos humanos básicos. No puede haber otra explicación si alguien cree que el transgenerismo desafía tanto la razón como las leyes de la biología.

Los demonizados, por supuesto, son quienes tienen una fe religiosa. Buena parte del mundo occidental ha sido secularizado y convertido en anti-religioso, pero todavía queda en Estados Unidos una capa fuerte de creencia religiosa. A pesar de estar fundamentados en un sistema de valores judeocristiano que tiene milenios, los partidarios de un código de moralidad sexual que difiera de la agenda LGBT de liberación sexual son vistos como el último bastión de la oposición. Consecuentemente, la expresión de creencias religiosas sinceramente creídas es atacada como incitadora al odio e intolerante. Los creyentes son objeto de burla como catetos y paletos poco sofisticados, aferrándose desesperadamente a sus armas y a su religión mientras resisten al triunfo inevitable de la modernidad racional.

Los grandes medios de comunicación progresistas figuran a la cabeza de las instituciones que caminan de la mano con las tácticas divisorias de las políticas de identidad. Los aduladores relatos de anécdotas y los testimonios individuales de personas que se han practicado cirugía de cambio de sexo aparecen en reportajes de medios serviles que apoyan y animan la agenda transgénero. Se elogia especialmente a los famosos transgénero, y se cumple a rajatabla la norma de aplicar a cada cual el pronombre de género que prefiera.

Cualquier oposición religiosa o moral al movimiento es caracterizada como incitadora al odio y discriminatoria. En ningún lado se refleja el testimonio de desilusión y depresión de quienes han lamentado haberse operado. Al prescindir de evidencias clínicas e investigaciones convincentes que apoyan la idea (de sentido común) de que la cirugía no es el tratamiento adecuado para un trastorno psicológico, la profesión psiquiátrica es ciertamente más culpable (aunque uno se pregunta qué fue de los reportajes responsables y de la honrosa tradición del periodismo de investigación).

La Larga Marcha a través de las instituciones
A la vez que los medios de comunicación, la izquierda política ha abrazado calurosamente la finalidad evidente del movimiento LGBT de rehacer el tejido social y las tradiciones culturales de la vida estadounidense y reconstruir la sociedad para satisfacer sus demandas. No parece haber límite en los esfuerzos por silenciar a los disidentes. Los creyentes religiosos están siendo demonizados, y muchos temen que incluso la libertad del púlpito resulte amenazada. No se duda en utilizar los tribunales para imponer la voluntad de una exigua minoría sobre la población general, incluso al extremo de cambiar las costumbres de toda la nación sobre el uso del cuarto de baño.


Los problemas de una parte ínfima de la sociedad norteamericana, convertidos en bandera política por el lobby LGBT asumida como propia por la Administración Obama, han polarizado a la sociedad, al transformarse en imposiciones legales incluso en escuelas. "¡Intolerante!" es el insulto que recibe la niña en esta caricatura de la situación.

Las objeciones de la mayoría, incluso si se basan en la privacidad o en proteger a los niños de la exposición prematura a cuestiones sexuales, son sencillamente ignoradas. Muchas de nuestras instituciones académicas de élite se emplean a fondo en alterar nuestro lenguaje elemental, promocionando el uso de los numerosos neologismos inventados para etiquetar las nuevas variedades de género.

La decisión del gobierno federal de permitir a las personas transgénero participar abiertamente en los Ejércitos, a las mujeres servir en tareas de combate, y con el tiempo tener unos militares totalmente integrados sexualmente, ilustra hasta qué punto ha triunfado la corrección política. Que hombres y mujeres en el intenso e íntimo contacto que implica el servicio militar pueda convertirse en una fuerza de combate altamente eficaz, en un grupo formado no por hombres y mujeres sino por soldados genéricos, probaría que el género es simplemente una creación. También refutaría las leyes de la naturaleza humana. El delirio consiste precisamente en creer que el hombre y la mujer no se comportarán según su biología.

Está por ver qué efecto tendrá en nuestra sociedad y en sus instituciones, incluyendo las militares, el delirio transgénero. Por el contrario, la influencia destructiva de las políticas de identidad es inmediata y muy personal para los transgénero. Como miembros sin rostro de un grupo de político con intereses específicos, no sólo se les está robando su distinción como individuos sino también su oportunidad de recibir un tratamiento eficaz.

Las vicisitudes de la vida –conflictos del desarrollo, factores estresantes en el ciclo vital, trastornos de personalidad–, que en ellos se expresan en forma de insatisfacción o confusión de género, son los mismos que pueden desafiar el sentimiento de seguridad en uno mismo que pueda tener cualquiera y causarle estrés emocional. De hecho, ese estrés es lo que con mayor frecuencia hace que la gente acuda a la consulta del psiquiatra y a los psicólogos clínicos. La gente etiquetada como “transgénero” o “disforia de género” no merecen menos asesoramiento psicológico individual ni menos consejo personalizado o psicoterapia.

Según enseña la historia, los delirios populares contagiosos que niegan el sentido común y la realidad siguen su curso hasta morir. Ese será probablemente el destino de la causa transgénero. Pero antes de que se derrumbe por su propio peso, mucha gente sufrirá un daño irreparable.


ReL20 enero 2017, Traducción de Carmelo López-Arias.

Pequena agenda do cristão

SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?