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14/01/2017

Cristo diz-me a mim e diz-te a ti que precisa de nós

Devoção de Natal. – Não sorrio quando te vejo fazer as montanhas de musgo do Presépio e dispor as ingénuas figuras de barro em volta da gruta. – Nunca me pareceste mais homem do que agora, que pareces uma criança. (Caminho, 557)


Quando chega o Natal, gosto de contemplar as imagens do Menino Jesus. Essas figuras que nos mostram o Senhor tão apoucado, recordam-me que Deus nos chama, que o Omnipotente Se quis apresentar desvalido, quis necessitar dos homens. Do berço de Belém, Cristo diz-me a mim e diz-te a ti que precisa de nós; reclama de nós uma vida cristã sem hesitações, uma vida de entrega, de trabalho, de alegria.


Não conseguiremos jamais o verdadeiro bom humor se não imitarmos deveras Jesus, se não formos humildes como Ele. Insistirei de novo: vedes onde se oculta a grandeza de Deus? Num presépio, nuns paninhos, numa gruta. A eficácia redentora das nossas vidas só se pode dar com humildade, deixando de pensar em nós mesmos e sentindo a responsabilidade de ajudar os outros.


É corrente, às vezes até entre almas boas, criar conflitos íntimos, que chegam a produzir sérias preocupações, mas que carecem de qualquer base objectiva. A sua origem está na falta de conhecimento próprio, que conduz à soberba: o desejo de se tornarem o centro da atenção e da estima de todos, a preocupação de não ficarem mal, de não se resignarem a fazer o bem e desaparecerem, a ânsia da segurança pessoal... E assim, muitas almas que poderiam gozar de uma paz extraordinária, que poderiam saborear um imenso júbilo, por orgulho e presunção tornam-se desgraçadas e infecundas!



Cristo foi humilde de coração. Ao longo da sua vida, não quis para Si nenhuma coisa especial, nenhum privilégio. (Cristo que passa, 18)

Evangelho e comentário

 Tempo comum

Evangelho: Mc 2, 13-17

13 Enviaram-Lhe alguns dos fariseus e dos herodianos, para que O apanhassem em alguma palavra.14 Chegando eles, disseram-Lhe: «Mestre, sabemos que és verdadeiro, que não atendes a respeitos humanos; porque não consideras o exterior dos homens, mas ensinas o caminho de Deus segundo a verdade: É lícito pagar o tributo a César, ou não? Devemos pagar ou não?».15 Jesus, reconhecendo a sua hipocrisia, disse-lhes: «Porque Me tentais? Trazei-Me um denário para Eu ver».16 Eles o trouxeram. Então disse-lhes: «De quem é esta imagem e esta inscrição?». Responderam-Lhe: «De César».17 Então Jesus disse-lhes: «Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus». E admiravam-n'O.

Comentário:

Para todo o sempre ficou esta frase lapidar de Jesus Cristo.

Encerra em si mesma a máxima sabedoria e justiça mais liminar.

Assim pode - e deve - constituir todo um programa de vida para qualquer ser humano.

(ama, comentário sobre Mc 12 13-17, 2015.06.02)






Leitura espiritual


Leitura espiritual


A Cidade de Deus 


Vol. 1

LIVRO III

CAPÍTULO XVI

Primeiros cônsules romanos: cada um deles expulsa o outro da pátria e, logo depois, ele próprio morre, após o mais atroz dos parricídios cometidos em Roma, ferido por um inimigo ferido.

A este juntemos aquele período durante o qual, como diz Salústio, vi­gorou um «direito justo e bem aplicado» enquanto se sustentava uma pesada guerra com a Etrúria e se fazia sentir o medo de Tarquínio. De facto, enquanto os Etruscos auxiliaram Tarquínio a reconquistar o trono, Roma foi abalada por duras guerras. Por isso nos refere que a república foi administrada com um «direito justo e bem aplicado» sob a pressão do medo e não sob a inspiração da justiça... Nesse tão curto período, que funesto foi o ano em que foram criados os primeiros cônsules, depois de o poder régio ter sido suprimido! Na verdade, não completaram o seu ano (de consulado). Efectivamente Júnio Bruto exonerou o seu colega Lúcio Tarquínio Colatino e expulsou-o da Urbe. Pouco depois, tombou ele, na guerra, das feridas recebidas de um inimigo que ele mesmo tinha ferido. Antes, tinha ele matado os seus filhos e os irmãos de sua mulher, ao saber que estes conspiravam para repor Tarquínio. Este facto, lembra-o Vergílio, com louvor primeiramente, mas, logo a seguir, a sua humanidade revolta-se. Na verdade, depois de ter dito:

A estes filhos que fomentam novas guerras, seu pai envia-los-á para a morte em nome duma esplendorosa liberdade [i]  exclama logo a seguir:

Desgraçado! seja qual for o juízo que os vindouros fizerem destes factos [ii],
quer dizer, quaisquer que sejam, acerca destes factos, os juízos de admiração e de louvor dos pósteros, desgraçado é o pai que mata os filhos. E, como que para consolar este desgraçado pai, acrescenta:
Quem triunfa é o amor da pátria e uma imensa ambi­ção de glória [iii].


Não parece que neste Bruto, — que matou os filhos e não pôde sobre­viver ao seu inimigo, o filho de Tarquínio, que ele matou e de quem foi vítima, — não parece que nele foi vingada a inocência do seu colega Colatino, esse bom cidadão que, após a expulsão de Tarquínio, sofreu a mesma sorte do próprio tirano? O próprio Bruto era também, segundo consta, do sangue de Tarquínio. Pelos vistos, o que perdeu Colatino foi a semelhança de nome, pois também se chamava Tarquínio. Pois que o obrigassem a mudar de nome e não de pátria! Bastava que de seu nome desaparecesse a palavra Tarquínio, chamando-se-lhe apenas colatino. Não perdeu o nome, o que sem detrimento poderia ter perdido, para ser obrigado, como primeiro cônsul, a perder o cargo, e como bom cidadão, a perder a pátria. A detestável iniquidade de Júnio Bruto — aliás totalmente inútil à República — será ela motivo de glória? Será que para a cometer também quem triunfa é o amor da pátria e uma imensa ambição de glória? De qualquer maneira L. Tarquínio Colatino, marido de Lucré- cia, foi nomeado cônsul com Bruto, já depois de ter sido expulso o tirano Tarquínio. Quão justamente atendeu o povo, no cidadão, não ao nome, mas aos costumes! Quão impiamente privou Bruto de pátria e de cargos um colega da nova e primeira dignidade, quando podia privá-lo apenas do nome, se é que este o incomodava!

Todos estes males se cometeram, todas estas calamidades aconteceram quando na República vigorava um «direito justo e bem administrado». Também Lucrécio, que fora nomeado para o lugar de Bruto, foi consumido por doença antes de esse ano ter terminado. Assim, foram P. Valério, que sucedeu a Colatino, e M. Horácio, que substituiu o falecido Lucrécio, que acabaram esse ano fúnebre e infernal que teve cinco cônsules e em que a República Romana inau­gurou a nova dignidade e o novo poder do consulado.

CAPÍTULO XVII

Males com que foi afectada a República Romana após os começos do governo consular, sem que a ajudassem os deuses que ela venerava.

Tendo então desaparecido pouco a pouco o medo, não porque as guerras tivessem cessado, mas porque se tomaram menos opressoras, acabou-se o período em que vigorou «um direito justo e bem administrado» e seguiu-se o que resumidamente descreve Salústio:

Começaram então os patrícios a sujeitar a plebe à servidão, a dispor das suas vidas e dos seus corpos como costumavam fazer os reis, a expulsar os cidadãos dos seus campos e a privá-los de todos os seus direitos, a chamar a si toda a autoridade. Oprimida por tantos vexames e principalmente esmagada por dividas, a plebe que, no decurso de contínuas guerras, era quem suportava tanto os impostos como o serviço militar, retirou-se em armas para o Monte Sagrado e para o Aventino. Conseguiu assim que a seu favor fossem criados tribunos da plebe e outros direitos. Foi a Segunda Guerra Púnica que pôs termo às discórdias e afrontamentos de ambas as partes [iv]

Para que perder tanto tempo a escrever e fazê-lo perder aos leitores? Quão mísera fora essa República no decurso de tão longo período de tantos anos até à Segunda Guerra Púnica: no exterior, guerras incessantes e no interior discórdias, sedições civis a perturbá-la, é o que em poucas palavras nos é exposto por Salústio. Portanto, aquelas vitórias não constituíram a sólida alegria de felizes, mas a vã consolação dos míseros e um acicate estimulante de espíritos inquietos, para suportarem sofrimentos cada vez mais estéreis.

Não se assanhem contra nós os bons romanos por isto dizermos. E absolutamente certo, aliás, que não se indignarão e, acerca disto, nada tenho a pedir nem a admoestar. Porque não dizemos nada mais duro nem o dizemos com mais dureza do que os seus escritores a par dos quais não estamos nem no estilo nem nos vagares. De resto trabalha­ram para saber isto e obrigam os seus filhos a aprendê-lo. Mas os que se assanham, como é que me suportarão se eu lhes disser o que Salústio já disse?

Muitas perturbações, sedições e, por fim, Guerras Civis surgiram. Entretanto um reduzido número de potentados, cuja influência tinha ganhado a maioria, aspirava ao domínio sob o pretexto, aliás louvável, de servirem os patrícios e a plebe. Os maus cidadãos eram tidos por bons, não pelo bem ou mal que faziam ao Estado— pois todos estavam igualmente corrompidos —, mas pelas suas riquezas ou pelo poder de mal-fazer: cada um era considerado bom quando defendia a sua presente situação [v].

Se, portanto, estes historiadores pensaram que o que caracteriza uma honesta liberdade é não esconder as mazelas da sua própria pátria, (que de resto noutras ocasiões não deixaram de exaltar com altos encómios), quando não tinham outra melhor razão para imortalizar os seus cidadãos — que nos convém a nós fazer (a nós de quem quanto maior e mais certa é a esperança em Deus, tanto maior deve ser a liberdade), quando eles imputam ao nosso Cristo os males presentes para alienarem os espíritos mais débeis e menos esclarecidos desta cidade, única na qual devemos viver para sempre em felicidade? Nós não dizemos contra os seus deuses coisas mais horríveis do que os seus autores cuja obra eles lêem e elogiam. Deles é que colhemos os factos que relatamos — apenas não somos capazes de os relatar nem tão bem nem tão completamente.

— Onde estavam então esses deuses, aos quais se julga que se deve prestar culto tendo em atenção a curta e falaz felicidade deste mundo, quando os Romanos, — a quem eles mendigavam o culto com tanta astúcia e mentira —, sofriam tamanhas calamidades?
— Onde estavam eles quando o cônsul Valério morreu a defender o Capitólio incendiado pelos exilados e os escravos? Como é que a ele lhe foi mais fácil socorrer a mansão de Júpiter do que receber a ajuda daquela turbamulta de deuses com o seu tão grande e tão bom rei à frente, cujo templo aquele tinha salvado?
— Onde estavam eles quando a cidade, esgotada por tantas e incessantes sedições, num momento de calma esperava os legados que enviara a Atenas para esta lhe fornecer leis, foi devastada por grave fome e pela peste?
— Onde estavam eles quando o povo de novo atacado pela fome criou pela primeira vez o prefeito dos abastecimentos e, tendo-se a fome agravado, Espúrio Mélio, que distribuiu trigo à multidão esfome­ada, incorreu na acusação de aspirar à realeza e a instâncias deste prefeito, às ordens do ditador L. Quíncio enfraquecido pela idade, foi assassinado por Quinto Servílio, mestre de cavalaria, no meio do mais violento e perigoso tumulto da cidade?
— Onde estavam eles quando surgiu a maior das pestes, e o povo, tão duradoura e gravemente fatigado, achou por bem oferecer a esses inúteis deuses lectistemias, o que nunca antes fizera? Armaram leitos em sua honra: daí esse nome sagrado, ou melhor, sacrílego.
— Onde estavam eles quando o exército romano, depois de dez anos de ininterruptos e desgraçados combates junto aos muros de Veios, só foi salvo graças a Fúrio Camilo, a quem, depois, a ingrata cidade condenou?
— Onde estavam eles quando os Gauleses tomaram Roma, a saquearam, incendiaram e encheram de cadáveres?
— Onde estavam eles quando uma famosa peste fez tão ingentes estragos e nela morreu o próprio Fúrio Camilo, que, depois de ter defendido dos Veientes a sua ingrata República, a livrou em seguida dos Gauleses? Foi durante esta peste que se introduziram os jogos cénicos — uma nova peste, perigosa, não para os corpos dos Romanos, mas, o que é muito mais pernicioso, para os seus costumes.
— Onde estavam eles quando uma outra violenta peste ocorreu, crê-se que devida a peçonhas de numerosas e nobres matronas cujos costumes, além da fidelidade, se revelaram mais virulentos que toda a peste?
— Onde estavam quando, nas Caudinas, os dois cônsules com o exército, cercados pelos Samnitas, foram obrigados a assinarem um pacto vergonhoso, a entregarem como reféns seiscentos cavaleiros romanos, e os outros, depostas as armas, despojados do seu equipamento e do seu uniforme, a passarem seminus por debaixo do jugo dos inimigos?
— Onde estavam quando uma grave peste atingiu muita gente e no exército muitos caíram fulminados por um raio? Ou quando no de­curso de outra intolerável peste, se viu Roma obrigada a chamar Esculápio de Epidauro como deus médico e a utilizar-se dos seus serviços, porque decerto Júpiter, rei de todos os deuses, entronizado desde há muito no Capitólio, não tinha tido tempo, por causa das suas muitas aventuras imorais de juventude, para aprender medicina?
— Onde estavam quando os inimigos de Roma — Lucanos, Brúcios, Samnitas, Etruscos, Gauleses, Senones — se congregavam e primeiro massacraram os seus embaixadores e, depois, esmagaram o seu exército num combate em que morreram, além do pretor, sete tribunos e treze mil soldados?
— Onde estavam quando em Roma, após demoradas e graves sedições, a plebe, abrindo as hostilidades, acabou por se retirar para o Janículo, tendo sido tão funesta esta calamidade que se resolveu (o que só em perigo extremo se fazia) nomear Hortênsio ditador? Este convocou a plebe e morreu no decurso da sua magistratura — o que a nenhum ditador acontecera antes e constituiu uma falta grave contra os deuses, presente como estava já Esculápio.

De resto as guerras multiplicavam-se então por toda a parte a tal ponto que, por falta de soldados, se recrutavam os proletários (assim chamados porque tinham por missão única gerar prole para o Estado, uma vez que, devido à sua pobreza, não podiam fazer parte do exército). Chamado pelos Farentinos, Pirro, rei da Grécia, então no esplendor da glória, tornou-se inimigo dos Romanos. Consultou ele Apoio acerca do resultado futuro dos acontecimentos, e este, com muita urbanidade, respondeu-lhe com um oráculo tão ambíguo que, acontecesse o que acontecesse, num ou noutro sentido, passaria sempre por um bom adivinho. De facto, disse:

Dico te, Pyrrhe, vincere posse Romanos [vi].

E, assim, quer os Romanos vencessem Pirro quer Pirro vencesse os Romanos — o adivinho podia estar seguro, qualquer que fosse o resultado. Que horrenda carnificina houve então nos dois exércitos! Todavia Pirro saiu vencedor. Desta forma poderia desde então procla­mar que Apolo vaticinara a seu favor se pouco depois, num outro combate, os Romanos não saíssem vencedores.

Durante estas tão sangrentas guerras, eclodiu entre as mulheres uma grave doença. Morriam grávidas antes do parto. Em tal situação Esculápio escusava-se alegando, julgo eu, que era médico chefe e não parteira (obstetrix). Também os animais morriam da mesma maneira, a ponto de se pensar que a sua espécie se extinguiria. E que mais? Aquele inesquecível inverno, de incrível rigor, pois a neve atingiu alturas perigosas durante quarenta dias, mesmo no Forum, e fez do Tibre um bloco de gelo! Se isso acontecesse nos nossos tempos — o que não diriam! E que mais? Aquele ingente flagelo, enquanto durou, quantos não ceifou! Como se alongou por mais um ano com violência sempre crescente, apesar da presença de Esculápio, houve que recorrer aos Livros Sibilinos. Neste género de oráculos, como no-lo recorda Cícero nos seus livros sobre De Divinatione [vii], costuma-se a gente fiar nos intérpretes que fazem conjecturas duvidosas como podem ou como querem. Proclamou-se então que a causa da peste era que muita gente detinha e ocupava numerosos edifícios sagrados para seu uso privado. Desta forma se livrou, entretanto, Esculápio da grave acusação de imperícia ou de negligência. Mas porque é que esses edifícios foram ocupados, sem oposição de ninguém, por tantos, a não ser porque à turbamulta dos deuses aí se fizeram preces em vão durante muito tempo e por isso pouco a pouco tais lugares foram abandonados pelos seus adoradores e, desabitados como ficaram, puderam, sem ofensa de ninguém, ser reivindicados para, pelo menos, servirem aos homens? Sob o pretexto de se apaziguar a peste, foram então esses edifícios recuperados e reparados com cuidado. Posteriormente, porém, novamente abandonados e usurpados como dantes, caíram no esquecimento. Por isso, deve-se à grande erudição de Varrão, ao escrever sobre os edifícios sagrados, ter rememorado tantos santuários ignorados. Mas então o que habilmente se pretendeu foi desculpar os deuses e não debelar a peste!

(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i] Vergílio, Eneida, VI, 820-821.
[ii] Ib. VI, 823.
[iii] Ib. VI, 823.
[iv] Salustio, Hist. I, fragm. 11.
[v] Salústio, Hist. I, fragm. 12.
[vi] A frase pode ter dois sentidos: «Digo-te, Pirro, tu poderás vencer os Romanos» e «Digo-te, Pirro, os Romanos poderão vencer-te». A ambiguidade resulta de, nas orações infinitivas, tanto o sujeito como o complemente directo estarem no acusativo.
[vii] Sobre adivinhação, v. II, 54.

Actos dos Apóstolos

Actos dos Apóstolos

II. EXPANSÃO DA IGREJA FORA DE JERUSALÉM [i]

Capítulo 11

Pedro justifica o seu procedimento

1Os Apóstolos e os irmãos da Judeia ouviram, entretanto, dizer que também os pagãos tinham recebido a palavra de Deus. 2E, quando Pedro subiu a Jerusalém, os circuncisos começaram a censurá-lo, 3dizendo-lhe: «Tu entraste em casa de incircuncisos e comeste com eles.» 4Pedro expôs-lhes, então, o caso, do princípio ao fim, dizendo:

Estava eu em oração na cidade de Jope quando, em êxtase, tive uma visão: um objecto semelhante a uma grande toalha, descia do céu, preso pelas quatro pontas, e chegou até junto de mim. 6Fitando os olhos nele, pus-me a observar e vi os quadrúpedes da terra, os animais ferozes, os répteis e as aves do céu. 7Ouvi também uma voz que me dizia: ‘Vamos, Pedro, mata e come.’ 8Mas eu respondi: ‘De modo algum, Senhor! Nunca entrou na minha boca nada de profano ou impuro!’ 9A voz fez-se ouvir do Céu, pela segunda vez: ‘O que Deus purificou não o consideres tu impuro.’ 10Isto repetiu-se três vezes; depois, tudo foi novamente elevado ao Céu.

11Nesse instante, apresentaram-se três homens na casa em que estávamos, enviados de Cesareia à minha presença. 12O Espírito disse-me que os acompanhasse, sem hesitar. Vieram também comigo os seis irmãos, aqui presentes, e entrámos em casa do homem. 13Ele contou-nos que tinha visto um anjo apresentar-se em sua casa, dizendo-lhe: ‘Envia alguém a Jope e manda chamar Simão, cujo sobrenome é Pedro; 14ele dir-te-á palavras que te hão-de trazer a salvação, a ti e a toda a tua casa.’

15Ora, quando principiei a falar, o Espírito Santo desceu sobre eles, como sobre nós, ao princípio. 16Recordei-me, então, da palavra do Senhor, quando Ele dizia: ‘João baptizou em água; vós, porém, sereis baptizados no Espírito Santo.’ 17Se Deus, portanto, lhes concedeu o mesmo dom que a nós, por terem acreditado no Senhor Jesus Cristo, quem era eu para me opor a Deus?» 18Estas palavras apaziguaram-nos, e eles deram glória a Deus, dizendo: «Deus também concedeu aos pagãos o arrependimento que conduz à Vida!»



[i] (6,8-12,25)

How We Know Mary Was a Perpetual Virgin

Resultado de imagem para sagrada familia de nazaréPerhaps the two most commonly employed texts by those who deny Mary’s perpetual virginity are:

Matthew 13:55-56: "Is not this the carpenter’s son? Is not his mother called Mary? And are not his brethren James and Joseph and Simon and Judas? And are not all of his sisters with us?"

and:

Matthew 1:24-25: "And Joseph rising up from sleep, did as the angel of the Lord had commanded him, and took unto him his wife. And he knew her not till she brought forth her firstborn [Greek, prototokon] son: and he called his name JESUS" (Douay-Rheims).

A surface reading of these texts seems to raise some questions. If Jesus had brethren (brothers) and sisters, doesn't this mean that Mary had other children? If Jesus was Mary’s firstborn, doesn't this imply there was at least a second-born? And doesn't “he knew her not till” imply that he “knew her” at some point thereafter? We’ll begin with Matthew 13:55-56.

Oh, brother!

First, we must understand that the term brother has a wide semantic range in Scripture. It can mean not only a blood brother but an extended relative or even a spiritual brother. Abraham and Lot are classic examples of “brother” being used for an extended relation (see Genesis 13:8 and 14:12). Though they were actually uncle and nephew, they called one another “brother.” Moreover, in the New Testament, Jesus told us to call one another “brothers” (see Matthew 23:8). Obviously, this doesn't infer that all Christians have the same physical mother.

Second, if we examine more closely the example of James, one of these four “brothers" of the Lord mentioned in Matthew 13:55, we discover him to actually be a cousin or some other variety of relative of Jesus rather than a blood brother. For example, St. Paul tells us:

Then after three years I went up to Jerusalem to visit Cephas, and remained with him fifteen days. But I saw none of the other apostles except James the Lord’s brother (Gal. 1:18-19).

Notice, the James of whom St. Paul speaks was both a “brother of the Lord” and an “apostle.” There are only two apostles named James among the twelve. The first James is revealed to have been a son of Zebedee. He would most likely not be the James St. Paul speaks of in Galatians, because this James, the brother of John, was martyred early on, according to Acts 12:1-2. And even if it were him, his father was Zebedee. If he were the blood brother of the Lord, his father would have been Joseph.

The second James who was an apostle, according to Luke 6:15-16, is most likely to whom St. Paul refers, and his father was Alphaeus, not Joseph. Thus, James the apostle and Jesus were not blood brothers.

Easy enough. However, some will argue that the James spoken of in Galatians 1 was not an apostle—or, at least, he was not one of the Twelve. Though this is a possibility—there are others in the New Testament, such as St. Barnabas in Acts 14:14, who are referred to as “apostles” in a looser sense—the argument from Scripture is weak.

When St. Paul wrote about going “up to Jerusalem” to see St. Peter, he was writing about an event that occurred many years earlier, shortly after he had converted. He was basically going up to the apostles to receive approval lest he “should be running or had run in vain.” It would be more likely he would have here been speaking about apostles proper, or the Twelve.

But for those inclined to argue the point, the Catechism of the Catholic Church uses another line of reasoning:

[T]he Church has always understood these passages as not referring to other children of the Virgin Mary. In fact James and Joseph, “brothers of Jesus,” are the sons of another Mary, a disciple of Christ, whom St. Matthew significantly calls “the other Mary.” They are close relations of Jesus, according to an Old Testament expression (CCC 500).

The Catechism here refers to the fact that, fourteen chapters after we find the “brothers” of the Lord listed as “James, Joses, Simon and Judas,” we find “James and Joses” mentioned again, but this time their mother is revealed as being named Mary—but not Mary the mother of Jesus. The conclusion becomes apparent: “James and Joses” are “brothers” of Jesus, but they are not blood brothers.

The problem of the "firstborn"

So what about Matthew 1:24-25 and the claim Jesus was Mary’s “firstborn son” and that Joseph “knew her not until” Christ was born? Does St. Matthew here teach Mary to have had other children?

Exodus 13:1-2 reveals something important about the firstborn in Israel:

The Lord said to Moses, “Consecrate to me all the firstborn; whatever is the first to open the womb among the people of Israel, both of man and beast, is mine.”

The firstborn were not given the title because there was a second-born. They were called firstborn at birth. Hence, Jesus being referred to as firstborn in Matthew 1 does not require there to be more siblings after him.

Propositions about a preposition

Scripture stating Joseph “knew [Mary] not until she brought forth her firstborn” would not necessarily mean they “knew” each other after she brought forth Jesus. Until is often used in Scripture as part of an idiomatic expression similar to our own usage in English. I may say to you, “Until we meet again, God bless you.” Does that mean after we meet again, God curse you? By no means! A phrase like this is used to emphasize what is being described before the “until” is fulfilled. It is not intended to say anything about the future beyond that point. Here are some biblical examples that may help clarify things:

II Samuel 6:23: “And Michal the daughter of Saul had no child to [unti] the day of her death.” Does this mean she had children after she died?
I Timothy 4:13: “Until I come, attend to the public reading of scripture, to preaching, to teaching.” Does this mean Timothy should stop teaching after St. Paul comes?
I Corinthians 15:25: “For he [Christ] must reign until he has put all his enemies under his feet.” Does this mean Christ’s reign will end? By no means! Luke 1:33 says, “[H]e will reign over the house of Jacob forever and of his kingdom there shall be no end.”
In recent years, some have argued that because Matthew 1:25 uses the Greek words heos hou for “until,” whereas the texts I mention above from the New Testament use heos alone, there is a difference in meaning. Heos hou, it is argued, would indicate the action of the first clause does not continue. Thus, Mary and Joseph “not having come together” would have then ended after Jesus was born.

The problems with this theory begin with the fact that there is no scholarship available that confirms it. In fact, the evidence proves the contrary. Heos hou and heos are used interchangeably and have the same meaning. Acts 25:21 should suffice to clear up the matter:

But when Paul had appealed to be kept in custody for the decision of the emperor, I commanded him to be held until (Greek, heos hou) I could send him to Caesar.

Does this text mean that St. Paul would not be held in custody after he was “sent” to Caesar? Not according to the biblical record. He would be held in custody while in transit (see Acts 27:1) and after he arrived in Rome for a time (see Acts 29:16). The action of the main clause did not cease with heos hou.

A positive outlook

Having dispatched some of the objections to Mary’s perpetual virginity, perhaps some positive reasons for faith would be in order. In my book Behold Your Mother: A Biblical and Historical Defense of the Marian Doctrines, I give eight positive reasons, but for brevity's sake, we will briefly consider three:

1. In Luke 1:34, when the angel Gabriel told Mary that she was chosen to be the mother of the Messiah, she asked the question, literally translated from the Greek, “How shall this be, since I know not man?” This question makes no sense unless Mary had a vow of virginity.

When we consider Mary and Joseph were already “espoused,” according to verse 27 of this same chapter, we understand Mary and Joseph to then have had what would be akin to a ratified marriage in the New Covenant. They were married! That would mean St. Joseph would have had the right to the marriage bed at that point. Normally, after the espousal the husband would prepare a home for his new bride and then come and receive her into his home where the union would be consummated. This is precisely why St. Joseph intended to “divorce her quietly” (Matt. 1:19) when he discovered she was pregnant.

This background is significant, because a newly married woman would not ask the question, “How shall this be?” She would know! Unless, of course, that woman had a vow of virginity! Mary believed the message but wanted to know how this was going to be accomplished. This indicates she was not planning on the normal course of events for her future with St. Joseph.

2. In John 19:26, Jesus gave his mother to the care of St. John even though by law the next eldest sibling would have the responsibility to care for her. It is unthinkable to believe that Jesus would take his mother away from his family in disobedience to the law.

Some will claim Jesus did this because his brothers and sisters were not there. They had left him. Thus, Jesus committed his mother to St. John, who was faithful and present at the foot of the cross.

This claim reveals a low and unbiblical Christology. As St. John tells us, Jesus “knew all men” (John 2:25). If St. James were his blood brother, Jesus would have known he would be faithful along with his “brother” Jude. The fact is, Jesus had no brothers and sisters, so he had the responsibility, on a human level, to take care of his mother.

3. Mary is depicted as the spouse of the Holy Spirit in Scripture. When Mary asked the angel how she was going to conceive a child in Luke 1:34, the angel responded:

The Holy Spirit will come upon you, and the power of the Most High will overshadow you; therefore the child to be born will be called holy, the Son of God.

This is nuptial language hearkening back to Ruth 3:8, where Ruth said to Boaz “spread your skirt over me” when she revealed to him his duty to marry her according to the law of Deuteronomy 25. When Mary then came up pregnant, St. Joseph would have been required to divorce her, because she would then belong to another (see Deuteronomy 24:1-4, Jeremiah 3:1). When St. Joseph found out that “the other” was the Holy Spirit, the idea of St. Joseph having conjugal relations with Mary would not have been a consideration for a "just man" like St. Joseph.

One final thought

An obvious question remains: Why did St. Joseph then “take [Mary] his wife,” according to Matthew 1:24, if she belonged to the Holy Spirit?

The Holy Spirit is Mary’s spouse, but St. Joseph was her spouse and protector on Earth. Tthis is not a contradiction. All Christians have a nuptial relationship with our Lord. The Church is, after all, "the bride of Christ." But in the case of Mary and Joseph, Joseph was essential in the life of Mary, his spouse, for at least two obvious reasons. First, as St. Matthew points out in his genealogy in chapter 1, St. Joseph was in line to be a successor of David as King of Israel. Thus, if Jesus was to be the true “son of David” and king of Israel (see II Samuel 7:14; Hebrews 1:5; Revelation 19:16, 22:16), he needed to be the son of St. Joseph. As the only son of St. Joseph, even though adopted, he would have been in line for the throne.

Also, in a culture that did not take kindly to espoused women becoming pregnant by someone other than their spouse, Mary would have been in mortal danger. Thus, St. Joseph became Mary’s earthly spouse and protector as well as the protector of the child Jesus.

TIM STAPLES, May 2, 2016


Tim Staples is Director of Apologetics and Evangelization here at Catholic Answers, but he was not always Catholic. Tim was raised a Southern Baptist. Although he fell away from the faith of his childhood, Tim came back to faith in Christ during his late teen years through the witness of Christian...

Pequena agenda do cristão



SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?