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04/12/2017

Bento XVI – Pensamentos espirituais 165

Jesus e a Igreja

A Anunciação

No original grego, -cheia de graça - gratia plena- (...) diz-se kecharitôménç (...), «amada» por Deus (cfr. Lc l, 28).

K um título que se exprime de forma passiva, mas esta «passividade» de Maria, que é desde sempre e para sempre a «amada» do Senhor, implica o seu livre assentimento, a sua resposta pessoal e original: ao ser amada, ao receber o dom de Deus, Maria apresenta-se plenamente activa porque acolhe com a sua disponibilidade pessoal a onda de amor de Deus que se derrama sobre si.

Também nisto ela é a discípula perfeita do Filho que realiza a sua própria liberdade na obediência ao Pai e exerce a sua liberdade precisamente deste modo: obedecendo.

Homilia na concelebração eucarística com os novos cardeais, (25.Mar.06)

(in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)

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