Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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31/07/2017
Constância, que nada te desoriente
O desalento é inimigo da tua
perseverança. – Se não lutares contra o desalento, chegarás ao pessimismo,
primeiro, e à tibieza, depois. – Sê optimista. (Caminho, 988)
Constância, que nada desoriente. –
Faz-te falta. Pede-a ao Senhor e faz o que puderes para a obter; porque é um
grande meio para te não separares do fecundo caminho que empreendeste. (Caminho,
990)
Não podes "subir". – Não é de
estranhar: aquela queda!...
Persevera e "subirás". –
Recorda o que diz um autor espiritual: a tua pobre alma é um pássaro que ainda
tem as asas empastadas de lama.
É preciso muito calor do céu e esforços
pessoais, pequenos e constantes, para arrancar essas inclinações, essas imaginações,
esse abatimento, essa lama pegajosa das tuas asas.
E ver-te-ás livre. – Se perseverares,
"subirás". (Caminho, 991)
Dá graças a Deus, que te ajudou, e
rejubila com a tua vitória. - Que alegria tão profunda, a que sente a tua alma
depois de ter correspondido! (Caminho, 992)
Evangelho e comentário
Evangelho:
Mt 13, 31-35
31 Jesus
propôs-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante a um grão de mostarda
que um homem tomou e semeou no seu campo. 32 É a mais pequena de todas as
sementes; mas, depois de crescer, torna-se a maior planta do horto e
transforma-se numa árvore, a ponto de virem as aves do céu abrigar-se nos seus
ramos.» 33 Jesus disse-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante ao
fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que tudo
fique fermentado.» 34 Tudo isto disse Jesus, em parábolas, à multidão, e nada lhes
dizia sem ser em parábolas. 35 Deste modo cumpria-se o que fora anunciado pelo
profeta: Abrirei a minha boca em parábolas e proclamarei coisas ocultas desde a
criação do mundo.
Comentário:
Na continuação do Seu
discurso sobre o Reino do Céu o Senhor como que completa a Sua doutrina dando a
entender claramente que o Reino se estenderá a todos os lugares e a todos os
homens.
Na imensidão de Deus e do
Seu Reino cabem o Céu e a Terra e a humanidade inteira.
Todos podem fazer parte dele
como é a Sua Vontade Amorosa.
Depende de cada um a escolha
tendo em conta a magnitude e magnificência do prémio a alcançar.
(AMA,
comentário sobre Mt 13, 31-35, 20.03.2017)
Diálogos apostólicos
Pergunto:
6. Porque convém
que haja um juízo final?; não basta o particular?
Respondo:
A sentença é a mesma, mas, convém um juízo final para que
as sentenças sejam públicas, se aprecie a justiçai divina, e aumente a glória
de Deus.
Bento XVI – Pensamentos espirituais 154
Ninguém crê apenas por si
mesmo.
Acreditamos sempre na e com
a Igreja.
O Credo é sempre um acto
partilhado, um deixar-se inserir numa comunhão de caminho, de vida, de palavra,
de pensamento.
Não somos nós que «fazemos»
a fé, no sentido de que é Deus que no-la dá.
Mas também não a «fazemos»
no sentido de que ela não deve ser inventada por nós. Devemos, por assim dizer,
deixar-nos cair na comunhão da fé e da Igreja.
Encontro
com o clero da diocese de Roma, (2.Mar.06)
(in
“Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.
Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.
Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.
Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.
Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.
Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.
Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
Fátima: Centenário - Vida de Maria - 42
A
VOZ DO MAGISTÉRIO
«A chegada dos Magos do
Oriente a Belém, para adorar o recém-nascido Messias, é o sinal da manifestação
do Rei universal aos povos e a todos os homens que procuram a verdade. É o
início de um movimento oposto ao de Babel: da confusão à compreensão, da
dispersão à reconciliação. Descobrimos assim um vínculo entre a Epifania e o
Pentecostes: se o nascimento de Cristo, que é a Cabeça, é também o nascimento
da Igreja, Seu corpo, vemos nos Magos os povos que se agregam ao resto de
Israel, anunciando o grande sinal da "Igreja poliglota", realizado
pelo Espírito Santo cinquenta dias depois da Páscoa.
O amor fiel e tenaz de Deus,
que nunca falta à sua aliança de geração em geração. É o "mistério"
do qual fala São Paulo nas suas Cartas, também no trecho da Carta aos Efésios
há pouco proclamado: o Apóstolo afirma que "por revelação me foi dado
conhecer o mistério que acabo de vos expor" [i] e
encarregou-se de o dar a conhecer.
Este "mistério" da
fidelidade de Deus constitui a esperança da história. Sem dúvida, ele é
contrastado por impulsos de divisão e de subjugação, que dilaceram a humanidade
por causa do pecado e do conflito de egoísmos. A Igreja está, na história, ao
serviço deste "mistério" de bênção para a humanidade inteira. Neste
mistério da fidelidade de Deus, a Igreja desempenha plenamente a sua missão
unicamente quando reflecte em si mesma a luz de Cristo Senhor, e assim ajuda os
povos do mundo no caminho da paz e do progresso autêntico (...).
Com Jesus Cristo a bênção de
Abraão estendeu -se a todos os povos, à Igreja universal como novo Israel que
acolhe no seu seio a humanidade inteira. Contudo, também hoje continua em
muitos sentidos a ser verdade o que dizia o profeta: "a noite cobre a
terra" e a nossa história. De facto, não se pode dizer que a globalização
seja sinónimo de ordem mundial, pelo contrário. Os conflitos pela supremacia
económica e pelo monopólio dos recursos energéticos, hídricos e das
matérias-primas tornam difícil o trabalho de quantos, a todos os níveis, se
esforçam por construir um mundo justo e solidário.
Há necessidade de uma
esperança maior, que permita preferir o bem comum de todos ao luxo de poucos e
à miséria de muitos. "Esta grande esperança só pode ser Deus... não um
deus qualquer, mas aquele Deus que possui um rosto humano"[ii]: o
Deus que se manifestou no Menino de Belém e no Crucificado-Ressuscitado.»
Bento
XVI (século XXI). Excertos da homilia na solenidade da Epifania, 6-I-2008.
30/07/2017
Trabalha com alegria
Se afirmas que queres imitar Cristo... e
te sobra tempo, andas por caminhos de tibieza. (Forja, 701)
As tarefas profissionais – também o
trabalho do lar é uma profissão de primeira ordem – são testemunho da dignidade
da criatura humana; ocasião de desenvolvimento da própria personalidade;
vínculo de união com os outros; fonte de recursos; meio de contribuir para a
melhoria da sociedade em que vivemos, e de fomentar o progresso da humanidade
inteira...
Para um cristão estas perspectivas
alongam-se e ampliam-se ainda mais, porque o trabalho – assumido por Cristo
como realidade redimida e redentora – se converte em meio e em caminho de
santidade, em tarefa concreta santificável e santificadora. (Forja,
702)
Trabalha com alegria, com paz, com
presença de Deus.
Desta maneira realizarás a tua tarefa,
além disso, com bom senso: chegarás até ao fim ainda que rendido pelo cansaço,
acabá-la-ás bem... e as tuas obras agradarão a Deus. (Forja,
744)
Deves manter – ao longo do dia – uma
constante conversa com Nosso Senhor, que se alimente também das próprias
ocorrências da tua tarefa profissional.
Vai com o pensamento ao Sacrário... e
oferece a Nosso Senhor o trabalho que tiveres entre mãos. (Forja,
745)
Fátima: Centenário - Oração Jubilar de Consagração
Fátima: Centenário - Oração Jubilar de Consagração
Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.
Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.
Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.
Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.
E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.
Ámen.
Evangelho e comentário
Evangelho:
Mt 13, 44-52
44 «O Reino do Céu é semelhante a um
tesouro escondido num campo, que um homem encontra. Volta a escondê-lo e, cheio
de alegria, vai, vende tudo o que possui e compra o campo. 45 O
Reino do Céu é também semelhante a um negociante que busca boas pérolas.
46 Tendo encontrado uma pérola de grande valor, vende tudo quanto possui e
compra a pérola.» 47 «O Reino do Céu é ainda semelhante a uma rede que, lançada
ao mar, apanha toda a espécie de peixes. 48 Logo que ela se enche, os pescadores
puxam-na para a praia, sentam-se e escolhem os bons para as canastras, e os
ruins, deitam-nos fora. 49 Assim será no fim do mundo: sairão os anjos e
separarão os maus do meio dos justos, 50 para os lançarem na fornalha ardente:
ali haverá choro e ranger de dentes.» 51 «Compreendestes tudo isto?» «Sim» -
responderam eles. 52 Jesus disse-lhes, então: «Por isso, todo o doutor da Lei
instruído acerca do Reino do Céu é semelhante a um pai de família, que tira
coisas novas e velhas do seu tesouro.»
Comentário:
O Senhor descreve, explica o
que é o Reino dos Céus para que não restem nem dúvidas nem falsos conceitos.
É, no fim e a cabo, um
tesouro, uma pérola de altíssimo valor, tão grande que se sobrepõe a tudo
quanto possamos almejar.
Por este Reino, vale a pena
desprender-se de tudo quanto julgamos nos faz falta porque o bem a alcançar
ultrapassa tudo.
E depende da vontade de cada
um escolher o que melhor lhe convém e, sendo assim, tudo parece lógico e
simples.
Ou não?
(AMA,
comentário sobre Mt 13, 44-52, 20.03.2017)
Tratado da vida de Cristo 171
Em seguida devemos tratar da causalidade
da ressurreição de Cristo. E nesta questão discutem-se dois
artigos:
Art. 1 — Se a ressurreição de Cristo é a
causa da ressurreição dos corpos.
Art. 2 — Se a ressurreição de Cristo é a
causa da ressurreição das almas.
Art. 6 — Se as provas aduzidas por
Cristo manifestaram suficientemente a verdade da sua ressurreição.
Art.
1 — Se a ressurreição de Cristo é a causa da ressurreição dos corpos.
O primeiro discute-se assim. — Parece
que a ressurreição de Cristo não é a causa da ressurreição dos corpos.
1. — Pois, posta a causa suficiente,
necessariamente se lhe segue o efeito. Se, pois, a ressurreição de Cristo é a
causa suficiente da ressurreição dos corpos, imediatamente depois da
ressurreição dele todos os mortos deviam ressuscitar.
2. Demais. — A causa da ressurreição dos mortos é a justiça divina; e esta exige que
os corpos sejam premiados ou punidos simultaneamente com as almas, com a qual
participaram do mérito ou do pecado, como diz Dionísio e também Damasceno.
Ora, a justiça de Deus haveria de cumprir-se necessariamente, mesmo se Cristo
não tivesse ressuscitado. Logo, ainda sem ter Cristo ressuscitado, os mortos ressuscitariam.
Portanto, a ressurreição de Cristo não é a causa da ressurreição dos corpos.
3. Demais. — Se a ressurreição de Cristo
é a causa da ressurreição dos corpos, ou é a causa exemplar, ou a eficiente ou
a meritória. — Ora, não é a causa exemplar, porque Deus é quem operara
a ressurreição dos corpos, segundo o Evangelho: o Pai ressuscita os mortos. E demais, Deus não precisa voltar-se
para nenhum exemplar exterior a si. — Semelhantemente, também não é a
causa eficiente. Pois a causa eficiente não age senão por contacto, espiritual
ou corpóreo. Ora, é manifesto que a ressurreição de Cristo não tem nenhum
contato corpóreo com os mortos que ressuscitam, por causa da distância de tempo
e de lugar. Nem tão pouco contacto espiritual, mediante a fé e a caridade,
pois, também os infiéis e os pecadores ressuscitarão. — Nem é a causa
meritória, enfim; porque Cristo ressuscitado já não era viandante e, portanto,
não podia mais merecer. — E, portanto, de nenhum modo a ressurreição
de Cristo parece ser a causa da nossa ressurreição.
4. Demais. — Sendo a morte a privação da
vida, destruir a morte nenhuma outra causa há-de ser senão tornar a infundir a
vida, o que constitui a ressurreição. Ora, Cristo, morrendo, destruiu a nossa
morte. Logo, a morte de Cristo, e não, portanto, a sua ressurreição, é a causa
da nossa ressurreição.
Mas, em contrário, o Apóstolo: Se se prega que Cristo ressuscitou dentre os
mortos, etc. E a Glosa: Que é a causa
eficiente da nossa ressurreição.
Tudo o primário em qualquer género é a causa do mais que se lhe segue,
como diz Aristóteles. Ora, o que é primário no género da verdadeira
ressurreição é a ressurreição de Cristo, como do sobredito resulta. Donde, há-de
necessariamente a ressurreição de Cristo ser a causa da nossa ressurreição. E
tal o diz o Apóstolo: Ressuscitou Cristo
dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem; porque como a morte
veio na verdade por um homem, também por um homem deve vir a ressurreição dos
mortos. — E com razão. Pois, o princípio da vida humana é o Verbo
de Deus, do qual diz a Escritura: Em ti
está a fonte da vida. Donde o dizer o próprio Senhor: Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim também dá o
Filho vida àqueles a quem quer. Ora, a ordem natural das causas instituídas
por Deus exige que qualquer causa primeiro obre sobre o que lhe está mais
próximo e depois, por esse meio, ao que lhe está mais remoto. Assim, o fogo
primeiro aquece o ar que lhe está próximo e, mediante o ar, aquece os corpos
distantes. E Deus primeiro ilumina as
substâncias que lhe estão mais próximas e, por meio delas, as mais remotas,
como diz Dionísio. Donde, o Verbo de Deus primeiro dá a vida imortal ao corpo,
que lhe está naturalmente unido e, por ele, causa a ressurreição em todos os
outros.
DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. —
Como dissemos, a ressurreição de Cristo é a causa da nossa, por virtude do
Verbo que lhe está unido. O qual a opera pela sua vontade. Donde, não é
necessário que o seu efeito se lhe siga imediatamente, mas segundo a disposição
do Verbo de Deus; de modo que primeiro nos afeiçoemos com Cristo, que sofreu e
morreu, em nossa vida passível e mortal; em seguida, cheguemos a participar da
semelhança da ressurreição.
RESPOSTA À SEGUNDA. — A justiça de Deus
é a causa primeira da nossa ressurreição; a ressurreição de Cristo, porém, a
causa secundária e como instrumental. Pois, embora a virtude do agente
principal não fique determinada por nenhum instrumento em particular, contudo
desde que obra mediante esse instrumento, este é a causa eficiente. Assim,
pois, a justiça divina, quanto é de si, não é obrigada a causar a nossa
ressurreição, pela ressurreição de Cristo. Pois, Deus podia salvar-nos por
outro modo que não a Paixão e a ressurreição de Cristo, como dissemos. Mas
desde que decretou esse modo de nos salvar, é manifesto que a ressurreição de
Cristo é a causa da nossa.
RESPOSTA À TERCEIRA. — A ressurreição de
Cristo não é, propriamente falando, a causa meritória da nossa, mas a causa
eficiente e exemplar. — Eficiente, porque a humanidade de Cristo,
segundo a qual ressuscitou, é de certo modo o instrumento da sua divindade, e
obra em virtude dela, como se disse. Donde, assim como o mais que Cristo na sua
humanidade fez ou sofreu contribui, em virtude da sua divindade, para nossa
salvação, como dissemos, assim também a sua ressurreição é a causa eficiente da
nossa, pela virtude divina, que tem o poder de vivificar os mortos. E essa
virtude atinge com a sua presença dos os lugares e tempos; sendo que esse
contacto virtual basta para a referida eficiência causal. Ora, segundo
dissemos, a causa primordial da ressurreição humana é a justiça divina, pela
qual Cristo tem o poder de emitir o seu juízo, enquanto Filho do homem. Donde,
a causalidade eficiente da sua ressurreição estende-se não só nos bons, mas
também aos maus, que lhe estão sujeitos ao juízo. — Mas, assim como a
ressurreição do corpo de Cristo, por estar ele pessoalmente unido ao Verbo, foi
a primeira no tempo, assim também foi a primeira em dignidade, como diz a Glosa
a um lugar do Apóstolo. Ora, o perfeitíssimo é sempre o exemplar imitado pelo
menos perfeito, ao seu modo. Donde, a ressurreição de Cristo é a causa exemplar
da nossa. O que é necessário, não da parte do autor da ressurreição que não
precisa de exemplar; mas da dos ressuscitados, que hão de afeiçoar-se à
ressurreição de Cristo, segundo o Apóstolo: Reformará
o nosso corpo abatido para o fazer conforme ao seu corpo glorioso. Embora,
pois, a eficiência da ressurreição de Cristo se estenda à ressurreição tanto
dos bons como dos maus, contudo a sua exemplaridade estende-se propriamente só
aos bons, que fez conformes à sua filiação, na frase do Apóstolo.
RESPOSTA À QUARTA. — Pela causalidade
eficiente, dependente do poder divino, em geral tanto a morte de Cristo como
também a sua ressurreição é a causa tanto da destruição da morte como da
reparação da vida. Mas, quanto à causa exemplar, a morte de Cristo, pela qual
deixou a vida mortal, é a causa da destruição da nossa morte. Ao passo que a
sua ressurreição, pela qual entrou na vida imortal, é a causa da reparação da
nossa vida. Mas além disso a Paixão de Cristo é a causa meritória, como
dissemos.
Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Viver a família.
Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.
Lembrar-me:
Cultivar a Fé
São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
Fátima: Centenário - Vida de Maria - 41
A VOZ DOS POETAS
À
Encarnação do Verbo Eterno
Desce do céu imenso Deus
para encarnar na Virgem soberana.
Porque desce o divino a cousa humana?
Para subir o humano a ser divino.
Pois como vem tão pobre e tão menino,
Rendendo-se ao poder de mão tirana?
Porque vem receber morte inumana
Pera pagar de Adão o desatino.
É possível que os dois o fruito comem
Que de quem lhes deu tanto foi vedado?
Sim, porque o próprio ser de deuses
tomem.
E por esta razão foi humanado?
Sim, porque foi com causa decretado,
Se quis o homem ser Deus, que Deus fosse
homem.
soneto CXXXVII, in OBRAS DE
LUÍS de CAMÕES, Lello & Irmão Ed., Porto, 1970, p. 72
29/07/2017
O trabalho é uma bênção de Deus
O trabalho é a vocação original do
homem; é uma bênção de Deus; e enganam-se lamentavelmente aqueles que o
consideram um castigo. O Senhor, o melhor dos pais, colocou o primeiro homem no
Paraíso – "ut operaretur",
para trabalhar. (Sulco, 482)
O trabalho acompanha necessariamente a
vida do homem sobre a terra. Com ele nascem o esforço, a fadiga, o cansaço, as
manifestações de dor e de luta que fazem parte da nossa existência humana
actual e que são sinais da realidade do pecado e da necessidade da redenção.
Mas o trabalho, em si mesmo, não é uma pena nem uma maldição ou castigo: os que
assim falam não leram bem a Sagrada Escritura.
É a hora de nós, os cristãos, dizermos
bem alto que o trabalho é um dom de Deus e que não tem nenhum sentido dividir
os homens em diversas categorias segundo os tipos de trabalho, considerando
umas tarefas mais nobres do que outras. O trabalho, todo o trabalho, é
testemunho da dignidade do homem, do seu domínio sobre a criação. É um meio de
desenvolvimento da personalidade. É um vínculo de união com os outros seres;
fonte de recursos para sustentar a família; meio de contribuir para o
melhoramento da sociedade em que se vive e para o progresso de toda a
Humanidade.
Para um cristão, essas perspectivas
alargam-se e ampliam-se, porque o trabalho aparece como participação na obra
criadora de Deus que, ao criar o homem, o abençoou dizendo-lhe: Procriai e
multiplicai-vos e enchei a terra e subjugai-a, e dominai sobre todo o animal
que se mova à superfície da terra. (Cristo que passa, 47)
Evangelho e comentário
Santa Marta
Evangelho:
Jo 11, 19-27
19 e muitos judeus tinham ido visitar
Marta e Maria para lhes darem os pêsames pelo seu irmão. 20 Logo que Marta ouviu
dizer que Jesus estava a chegar, saiu a recebê-lo, enquanto Maria ficou sentada
em casa. 21Marta disse, então, a Jesus: «Senhor, se Tu cá estivesses, o meu
irmão não teria morrido. 22 Mas, ainda agora, eu sei que tudo o que pedires a
Deus, Ele to concederá.» 23 Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará.» 24 Marta
respondeu-lhe: «Eu sei que ele há-de ressuscitar na ressurreição do último
dia.» 25 Disse-lhe Jesus: «Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim,
mesmo que tenha morrido, viverá. 26 E todo aquele que vive e crê em mim não
morrerá para sempre. Crês nisto?» 27 Ela respondeu-lhe: «Sim, ó Senhor; eu creio
que Tu és o Cristo, o Filho de Deus que havia de vir ao mundo.»
Comentário:
A confissão de Marta
consubstancia-se no Símbolo da Fé que professamos: o Credo!
Atentemos bem nas palavras e
no seu “peso” quando o recitarmos.
Logo no início da nossa vida
cristã – Baptismo – pela boca dos nossos padrinhos assumimos estas verdades que
são como que o “núcleo” da nossa Fé cristã.
Por isso se torna tão
importante a escolha criteriosa dos padrinhos de baptismo que, antes de mais,
têm de conhecer bem e entender o que, em nosso nome, proferem.
É uma responsabilidade
extraordinária que não pode de modo nenhum deixar de se ter em conta.