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23/06/2017

Leitura espiritual Amar a Igreja



Amar a Igreja  
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A Igreja é Santa

Agora compreenderemos melhor como a unidade da Igreja leva à santidade, como um dos aspectos capitais da sua santidade é essa unidade centrada no mistério de Deus Uno e Trino:

Há um só corpo e um só espírito, como também vós fostes chamados a uma só esperança pela vossa vocação.

Há um só Senhor, uma só fé, um só baptismo.

Há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, e governa todas as coisas e habita em todos nós.

Santidade rigorosamente não significa senão união com Deus. A uma maior intimidade com o Senhor corresponderá, portanto, maior santidade.

A Igreja foi querida e fundada por Cristo, que cumpre assim a vontade do Pai; a Esposa do Filho está assistida pelo Espírito Santo.

A Igreja é a obra da Santíssima Trindade; é Santa e Mãe, a Nossa Santa Mãe Igreja.

Podemos admirar na Igreja uma perfeição a que chamaríamos original e outra final, escatológica.

Às duas se refere São Paulo na Epistola aos Efésios:

Cristo amou a sua Igreja, e por ela se entregou a si mesmo, para a santificar, purificando-a no baptismo da água pela palavra da vida, para apresentar a si mesmo esta Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, ou coisa semelhante, mas santa e imaculada.

A santidade original e constitutiva da Igreja pode ficar velada - mas nunca destruída, porque é indefectível: as portas do inferno não prevalecerão contra ela -, pode ficar encoberta aos olhos humanos, dizia, em certos momentos de obscuridade pouco menos que colectiva.

Mas S. Pedro aplica aos cristãos o título de gens sancta, povo santo.

E, sendo membros dum povo santo, todos os fiéis receberam essa vocação para a santidade e hão-de esforçar-se por corresponder à graça e ser pessoalmente santos.

Ao longo de toda a história, e também na actualidade, tem havido tantos católicos que se santificaram efectivamente:

jovens e velhos, solteiros e casados, sacerdotes e leigos, homens e mulheres.

Mas acontece que a santidade pessoal de tantos fiéis - dantes e de agora - não é uma coisa aparatosa.

É frequente que não a descubramos nas pessoas normais, correntes e santas, que trabalham e convivem no meio de nós.

Para um olhar terreno o pecado e as faltas de fidelidade ressaltam mais; chamam mais a atenção.


SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ


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