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04/03/2017

Epístolas de São Paulo – 4

Epístola de São Paulo aos Romanos

I. O EVANGELHO QUE NOS DÁ A SALVAÇÃO (1,18-11,36)


Capítulo 3

Será Deus infiel à sua palavra?

1Que vantagem têm então os judeus? Ou que utilidade tem a circuncisão? 2Muita, em todos os aspectos! Em primeiro lugar, porque lhes foram confiadas as palavras de Deus. 3Que importa, então, se alguns foram infiéis? Irá, porventura, a infidelidade deles anular a fidelidade de Deus? 4De maneira nenhuma! Fique claro que Deus é verdadeiro, mesmo que todo o homem seja falso! Tal como está escrito:
Para que te mostres justo nas tuas palavras e saias vitorioso no litígio que houver contigo.
5Mas, se a nossa injustiça faz com que se manifeste a justiça de Deus, que diremos? Não estará Deus a ser injusto, ao aplicar-nos a sua ira? Isto digo-o segundo critérios humanos. 6De maneira nenhuma! Senão, como poderia Deus julgar o mundo?
7Mas, se foi devido à minha falsidade que a verdade de Deus tanto se evidenciou para sua glória, porque hei-de eu então, ainda por cima, ser condenado como pecador? 8Não será mesmo de agir conforme aquilo que certa gente caluniosamente afirma termos dito: «Façamos o mal, para que venha o bem?» É gente que justamente merece a condenação.

Todos são pecadores

9Afinal qual é a conclusão? Temos ou não vantagem alguma sobre os outros? Absolutamente nenhuma! Foi exactamente a acusação que acabámos de fazer: judeus e gregos, todos estão sob o domínio do pecado. 10Assim está escrito: Não há justo algum, nem um sequer. 11Não há quem seja sensato, não há quem procure a Deus. 12Todos se extraviaram, todos se corromperam. Não há quem faça o bem, não há um sequer. 13Sepulcro aberto é a sua garganta, com a sua língua espalhavam enganos; há nos seus lábios veneno de serpente. 14A sua boca está cheia de maldição e azedume. 15Velozes são os seus pés para derramar sangue; 16há devastação e miséria pelos seus caminhos, 17e o caminho da paz, não o conheceram. 18Não há temor de Deus diante dos seus olhos.
19Ora, nós sabemos que tudo o que a Lei diz, é dito para os que estão sob a Lei, a fim de que toda a língua se cale, e todo o mundo se reconheça culpado diante de Deus. 20Pois, pelas obras da Lei, ninguém será justificado diante dele. De facto, pela Lei só se chega ao reconhecimento do pecado.

Deus salva-nos pela morte de Cristo

21Mas agora foi sem a Lei que se manifestou a justiça de Deus, testemunhada pela Lei e pelos Profetas: 22a justiça que vem para todos os crentes, mediante a fé em Jesus Cristo. É que não há diferença alguma: 23todos pecaram e estão privados da glória de Deus. 24Sem o merecerem, são justificados pela sua graça, em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus. 25Deus ofereceu-o para, nele, pelo seu sangue, se realizar a expiação que actua mediante a fé; foi assim que ele mostrou a sua justiça, ao perdoar os pecados cometidos outrora, 26no tempo da divina paciência. Deus mostra assim a sua justiça no tempo presente, porque Ele é justo e justifica quem tem fé em Jesus.
27Onde está, pois, o motivo para alguém se gloriar? Foi excluído! Por qual lei? Pela das obras? De modo nenhum! Mas pela lei da fé. 28Pois estamos convencidos de que é pela fé que o homem é justificado, independentemente das obras da lei. 29Será Deus apenas Deus dos judeus? Não o é também dos gentios? Sim, Ele é também Deus dos gentios, 30uma vez que há um só Deus. É Ele que há-de justificar pela fé os circuncidados, e os não-circuncidados, mediante a fé.

31Quer isso dizer então que, com a fé, anulamos a Lei? De maneira nenhuma! Pelo contrário, confirmamos a Lei.

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