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06/02/2017

Evangelho e comentário

Tempo comum


Evangelho: Mc 6, 53-56

53 Tendo passado à outra margem, foram à região de Genesaré, e lá atracaram.54 Tendo desembarcado, logo O conheceram55 e, percorrendo toda aquela região, começaram a trazer-Lhe todos os doentes em macas, para onde sabiam que Ele estava.56 Em qualquer lugar a que chegava, nas aldeias, nas cidades ou nas herdades, punham os enfermos no meio das praças, e pediam-Lhe que, ao menos, os deixasse tocar a orla do Seu vestido. E todos os que O tocavam ficavam curados.

Comentário:

Quantas vezes senti – sim… senti verdadeiramente – que o Senhor passava entre as camas do hospital onde me encontrava!

De facto, eu não O via, mas a Sua presença era tão real e evidente que não precisava de O ver com os olhos do meu corpo já que, a visão da minha alma, era mais que suficiente.

Aquele homem na cama ao lado da minha que não parava de gemer e contorcer-se com dores excruciantes e que, de repente, se ficava numa calma e tranquili­dade absolutas enquanto um sorriso substituía o esgar de dor.

Aquele outro que ensimesmado, não articulava palavra, não se esboçava sequer o mais leve movimento e que, inopidamente, encetava uma conversa com o vizinho do lado.

Sim… tenho a certeza, o Senhor que passava entre as nossas camas era o autor, discreto, anónimo, de tão extraordinárias mudanças!


(ama, comentário sobre Mc 6, 53-56, 2007.11.24)

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