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30/04/2016

Publicações Abr 30

Publicações Abr 30

São Josemaria – Textos

AMA - Comentários ao Evangelho Jo 15 18-21, Confissões - Santo Agostinho

São Tomás de Aquino – Suma Teológica, Suma Teológica - Tratado da Vida de Cristo - Do género de vida que Cristo levou - Quest 46 Art. 2

CIC – Compêndio

Enfrentar a morte 4

AT – Génesis


Agenda Sábado

Doutrina – 94

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

O CREDO

Credo Niceno-Constantinopolitano

Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso;
Criador do Céu e da Terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis.

Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigénito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E por nós homens e para nossa salvação desceu dos Céus.
E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado.

Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai.
De novo há-de vir em sua glória para julgar os vivos e os mortos; e o seu Reino não terá fim.

Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos profetas.

Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica.
Professo um só Baptismo para a remissão dos pecados.

E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há-de vir. Ámen.

Antigo testamento / Génesis

Génesis 30

1 Quando Raquel viu que não dava filhos a Jacob, teve inveja da sua irmã. Por isso disse a Jacob: "Dê-me filhos ou morrerei!"

2 Jacob ficou irritado e disse: "Por acaso estou no lugar de Deus, que a impediu de ter filhos?"

3 Então ela respondeu: "Aqui está Bila, minha serva. Deite-se com ela, para que tenha filhos em meu lugar e por meio dela eu também possa formar família".

4 Por isso ela deu a Jacob a sua serva Bila por mulher. Ele deitou-se com ela,

5 Bila engravidou e deu-lhe um filho.

6 Então Raquel disse: "Deus fez-me justiça, ouviu o meu clamor e deu-me um filho". Por isso deu-lhe o nome de Dã.

7 Bila, serva de Raquel, engravidou novamente e deu a Jacob o segundo filho.

8 Então disse Raquel: "Tive grande luta com minha irmã e venci". Pelo que o chamou Naftali.

9 Quando Lia viu que tinha parado de ter filhos, tomou a sua serva Zilpa e deu-a a Jacob por mulher.

10 Zilpa, serva de Lia, deu a Jacob um filho.

11 Então disse Lia: "Que grande sorte!" Por isso o chamou Gade.

12 Zilpa, serva de Lia, deu a Jacob mais um filho.

13 Então Lia exclamou: "Como sou feliz! As mulheres dirão que sou feliz". Por isso lhe deu o nome de Aser.

14 Durante a colheita do trigo, Rúben saiu ao campo, encontrou algumas mandrágoras e trouxe a Lia-as, sua mãe. Então Raquel disse a Lia: "Dá-me algumas mandrágoras do teu filho".

15 Mas ela respondeu: "Não te bastou tomar de mim o marido? Vai tomar também as mandrá­goras que o meu filho trouxe?" Então disse Raquel: "Jacob deitar-se-á contigo esta noite, em troca das mandrágoras trazidas pelo teu filho".

16 Quando Jacob chegou do campo naquela tarde, Lia saiu ao seu encontro e disse-lhe: "Hoje você me possuirá, pois eu comprei esse direito com as mandrágoras do meu filho". E naquela noite ele deitou-se com ela.

17 Deus ouviu Lia, e ela engravidou e deu a Jacob o quinto filho.

18 Disse Lia: "Deus recompensou-me por ter dado a minha serva ao meu marido". Por isso deu-lhe o nome de Issacar.

19 Lia engravidou de novo e deu a Jacob o sexto filho.

20 Disse Lia: "Deus presenteou-me com uma dádiva preciosa. Agora o meu marido me tratará melhor; afinal já lhe dei seis filhos". Por isso deu-lhe o nome de Zebulom.

21 Algum tempo depois, ela deu à luz uma menina a quem chamou Diná.

22 Então Deus lembrou-se de Raquel. Deus ouviu o seu clamor e tornou-a fértil.

23 Ela engravidou, deu à luz um filho e disse: "Deus tirou de mim a minha humilhação".

24 Deu-lhe o nome de José e disse: "Que o Senhor me acrescente ainda outro filho".

Os rebanhos de Jacob aumentam

25 Depois que Raquel deu à luz José, Jacob disse a Labão: "Deixe-me voltar para a minha terra natal.

26 Dê-me as minhas mulheres, pelas quais o servi, e os meus filhos, e partirei. Bem sabe quanto trabalhei para si".

27 Mas Labão lhe disse: "Se mereço a tua consideração, peço-te que fiques. Por meio de adivinhação descobri que o Senhor me abençoou por tua causa".

28 E acrescentou: "Diz o teu salário, e eu te pagarei".

29 Jacob lhe respondeu: "Sabe quanto trabalhei para si e como os seus rebanhos cresceram sob os meus cuidados.

30 O pouco que possuía antes da minha chegada aumentou muito, pois o Senhor o abençoou depois que vim para cá. Contudo, quando farei algo em favor da minha própria família?"

31 Então Labão perguntou: "O que quer que eu lhe dê?" "Não me dê coisa alguma", respondeu Jacob. "Voltarei a cuidar dos seus rebanhos se concordar com o seguinte: hoje passarei por todos os seus rebanhos e tirarei do meio deles todas as ovelhas salpicadas e pintadas, todos os cordeiros pretos e todas as cabras pintadas e salpicadas. Eles serão o meu salário.

32 E a minha honestidade dará testemunho de mim no futuro, toda vez que resolver verificar o meu salário. Se estiver em meu poder alguma cabra que não seja salpicada ou pintada, e algum cordeiro que não seja preto, poderá considerá-los roubados."

33 E disse Labão: "De acordo. Seja como disse".

34 Naquele mesmo dia, Labão separou todos os bodes que tinham listas ou manchas brancas, todas as cabras que tinham pintas ou manchas brancas e todos os cordeiros pretos e pô-los aos cuidados dos seus filhos.

35 Afastou-se então de Jacob, à distância equivalente a três dias de viagem, e Jacob continuou a apascentar o resto dos rebanhos de Labão.

36 Jacob tomou galhos verdes de estoraque, amendoeira e plátano e neles fez listas brancas, descascando-os parcialmente e expondo assim a parte branca interna dos galhos.

37 Depois fixou os galhos descascados junto aos bebedouros, na frente dos rebanhos, no lugar onde costumavam beber água. Na época do cio, os rebanhos vinham beber e acasalavam diante dos galhos. E geravam filhotes listados, salpicados e pintados.

38 Jacob separava os filhotes do rebanho dos demais, e fazia com que esses ficassem juntos dos animais listados e pretos de Labão. Assim foi formando o seu próprio rebanho que separou do de Labão.

39 Todas as vezes que as fêmeas mais fortes estavam no cio, Jacob colocava os galhos nos bebedouros, em frente dos animais, para que se acasalassem perto dos galhos; mas, se os animais eram fracos, não os colocava ali. Desse modo, os animais fracos ficavam para Labão e os mais fortes para Jacob.

40 Assim o homem ficou extremamente rico, tornando-se dono de grandes rebanhos e de servos e servas, camelos e jumentos.

(Revisão da versão portuguesa por ama)








Evangelho, comentário, L. espiritual


Páscoa

Evangelho: Jo 15, 18-21

18 «Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, Me aborreceu a Mim. 19 Se fosseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas, porque não sois do mundo, antes Eu vos escolhi do meio do mundo, por isso o mundo vos aborrece. 20 Lembrai-vos da palavra que Eu vos disse: Não é o servo maior do que o senhor. Se eles Me perseguiram a Mim, também vos hão-de perseguir a vós; se guardaram a Minha palavra, também hão-de guardar a vossa. 21 Mas tudo isto vos farão por causa do Meu nome, porque não conhecem Aquele que Me enviou.

Comentário:

As palavras de Cristo cumprem-se sempre.

Através dos tempos o ódio, a rejeição de Deus e do Seu Reino têm estado presentes um pouco por todo o mundo.
Por vezes de forma larvar, encapotada, escondida atrás de leis restritivas, algumas iníquas;
Outras sem qualquer disfarce atingem o paroxismo, a violência mais extrema.

Mas, a verdade é que o Reino não cessa de aumentar e expandir-se.

Não podemos estranhar já que nós, os cristãos, sabemos e acreditamos que a Santa Igreja fundada por Jesus Cristo é eterna e que as forças do mal não prevalecerão contra ela.

(ama, comentário sobre Jo 15 18-21, 2015.05.09)


Leitura espiritual



SANTO AGOSTINHO – CONFISSÕES

LIVRO DÉCIMO-TERCEIRO

CAPÍTULO I

Invocação

Eu te invoco, ó meu Deus, minha misericórdia, que me criaste, e que não olvidaste aquele que te esqueceu. Chamo-te à minha alma, que preparas para te receber fazendo-te desejar por ela.

Não abandones o que te invoca. Antes mesmo que eu te invocasse, já o tinhas prevenido.

Muitas vezes me instaste, falando de mil modos diversos para que te ouvisse de longe, para que me convertesse e te invocasse que me chamavas.
Senhor, apagaste todos os meus delitos para não ter de punir o que fizeram as minhas mãos iníquas, e te antecipaste a meus actos meritórios para me recompensar do que fizeram as tuas mãos, que me criaram; de facto, existias antes de mim, e eu não era digno de receber de ti o ser.

Contudo, eis que existo, graças à tua bondade que precedeu tudo o que sou e do que me fizeste. Não tinhas necessidade de mim, eu não sou um bem que te possa ser útil, meu Senhor e meu Deus. Se estou ao teu serviço, não é porque a acção te cansa ou porque o teu poder, privado dos meus serviços, diminua; nem porque o meu culto seja para ti o que é a cultura para a terra, que sem ela ficaria estéril. Eu devo honrar-te para ser feliz em ti, a quem devo o meu ser, capaz de felicidade.

CAPÍTULO II

A criação e a bondade de Deus

É pela plenitude da tua bondade que as criaturas subsistem, para que um bem, para ti de todo inútil, ou de nenhum modo igualável a ti, embora saído de ti, continuasse a existir, pois tu o criaste. Com efeito, que poderiam merecer de ti o céu e a terra, que criaste no princípio? E digam, as naturezas espirituais e corpóreas, que méritos tinham a teus olhos, que as criaste na tua Sabedoria? Que méritos, para receber de ti o ser, que mostram inacabado e informe, quando tendem à desordem e se afastam da tua semelhança? O que é de natureza espiritual, mesmo informe, é ainda superior a um corpo que recebeu forma; um corpo sem forma é superior ao puro nada; ora, todas essas coisas continuariam informes no teu Verbo, se essa mesma palavra não as recolhesse à tua Unidade, comunicando-lhes a forma e a excelência graças apenas a ti, soberano Bem. Mas que merecimentos antecipados apresentaram aos teus olhos, para existir mesmo informes essas criaturas que, sem que as criasses nem teriam existido?

E o que a matéria corporal merecera de ti para existir, mesmo invisível e caótica? Nem mesmo essa existência teria, se não as tivesses criado. Não existindo ainda, não podia ter merecimento algum para existir. E a criatura espiritual, ainda no estado embrionário, que títulos teria, mesmo para ser essa coisa vagante e tenebrosa, semelhante ao abismo, diferente de ti, se pelo teu Verbo não fosse conduzida ao mesmo Verbo que a criou e se, iluminada por ele, também não se transformasse em luz, não igual, mas análoga à tua imagem? Para um corpo, não é a mesma coisa existir e ser belo, pois de outro modo não poderia viver e viver sabiamente não são a mesma coisa, porque, se fosse, todo espírito seria imutável na sua sabedoria.

Mas o seu bem reside em se manter unido a ti, para não perder, afastando-se, a luz que adquiriu com a tua proximidade, tornando a cair numa vida semelhante a um abismo de trevas.

E também nós, que por nossa alma somos criaturas espirituais, nós nos afastamos de ti, nossa luz, nós fomos outrora trevas nesta vida e ainda padecemos por entre os restos das nossas trevas, até que nos tornamos a tua justiça no teu Filho único, como as montanhas de Deus. Pois fomos objecto do teus juízos, que são profundos como abismos.

CAPÍTULO III

A luz

Sobre as palavras que proferiste no começo da criação: “Faça-se a luz, e a luz foi feita” – eu entendo que se adaptam com propriedade à criatura espiritual, que já era uma espécie de via apta a receber a tua luz. Mas assim como ela não tinha merecido de ti ser essa espécie de vida apta a receber a luz, do mesmo modo, uma vez criada, ela como as demais formas não mereceu de ti essa iluminação. Porque a sua informidade não te agradaria se não tivesse tornado luz, e isso não se contentando com existir, mas contemplando a luz que a iluminava, unindo-se intimamente a ela. Assim, ela devia a existência e o viver feliz apenas à tua graça; voltada, por uma escolha feliz, para o que não pode mudar nem para melhor, nem para pior. Voltou-se para ti, que és o único que existes, e só o teu ser é simples, pois o viver e a felicidade são para ti a mesma coisa, porque és tua própria felicidade.

CAPÍTULO IV

A bondade criadora

Que faltaria, pois, a esse bem, que és tu mesmo, se nenhuma dessas criaturas existisse, ou se tivessem permanecido informes? Tu as criaste, não por ter necessidade delas, nem para aumentar a tua felicidade, mas levado pela plenitude da tua bondade, comunicando-lhes uma forma.

Na tua perfeição, desagrada-te a sua imperfeição; tu as aperfeiçoas para que elas te agradem, e não, com isso, aperfeiçoar-te a ti mesmo.

Com efeito, o teu Espírito bom pairava sobre as águas, e não era por elas levado como se nelas descansasse. Diz-se que o teu Espírito nelas repousava; mas era ele que as fazia em si.

Incorruptível, imutável, bastando-se a si mesma, a tua vontade era suspensa acima da vida que tinhas criado, para a qual viver não é o mesmo que viver feliz, porque ela vive, mesmo quando flutua sobre as trevas. Esta vida carece ainda de se voltar para o seu Criador, para viver cada vez mais próxima da fonte da vida, para ver a luz na Luz divina, e nela haurir perfeição, brilho e felicidade.

CAPÍTULO V

A trindade

Mas eis que me aparece o enigma da Trindade que és, meu Deus. Porque tu, Pai, criaste o céu e a terra no princípio da nossa Sabedoria, que é a tua Sabedoria, nascida de ti, igual e co-eterna, a ti, isto é, no teu Filho.

Já falei longamente do céu, da terra invisível e informe e do abismo das trevas, onde a natureza espiritual errante e fluida permaneceria tal se não se voltasse para Aquele de quem toda vida procede, para que, por meio da sua luz, se tornasse viva e bela, o céu do céu, criado mais tarde entre a água superior e a água inferior.

Pelo vocábulo “Deus” eu já entendia o Pai, que criou essas coisas; na palavra “princípio” eu entendia o Filho, em quem ele as criou. E, como eu acreditava na Trindade do meu Deus, eu procurava-a nas tuas santas palavras. E vi nas tuas Escrituras que o teu Espírito pairava sobre as águas. Eis a tua Trindade, meu Deus, Pai, Filho, Espírito Santo, Criador de toda criatura!

CAPÍTULO VI

O espírito sobre as águas

Mas, ó luz da verdade, aproximo de ti o meu coração para que ele não me ensine falsidades; dissipa-lhe as trevas e diz-me, eu to suplico por nossa mãe, a caridade, diz-me, por que só depois de ter nomeado o céu, a terra invisível e informe e as trevas sobre o abismo, por que só então é que as Escrituras falam do teu Espírito? Será porque convinha apresentá-lo assim pairando sobre alguma coisa? E seria isso possível se não mencionasse primeiro sobre o que pairava? De facto, não era sobre o Pai nem sobre o Filho que ele pairava, e seria impróprio falar assim se não pairasse sobre alguma coisa.

Era pois, necessário, mencionar primeiro o elemento sobre o qual ele pairava, já que convinha falar dele apenas dizendo que pairava. Mas por que não convinha apresentá-lo senão dizendo que pairava?

CAPÍTULO VII

As águas sem substância

Agora, quem o puder com a inteligência, siga ao teu Apostolo, quando ele diz que a tua caridade se difundiu nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado, quando nos instrui sobre as coisas espirituais e nos indica o caminho excelso da caridade, e dobra o joelho diante de ti por nossa causa, para que conheçamos a ciência altíssima da caridade de Cristo. E é porque era super eminente desde o princípio que pairava sobre as águas.

A quem e como falarei do peso da concupiscência, que nos arrasta para um abismo profundo, e da caridade que nos eleva, com a ajuda do teu Espírito, que pairava sobre as águas?

A quem falar, como falar? Nós submergimos e emergimos, mas não em abismos materiais. A metáfora é a um tempo correcta e muito inexacta. São as nossas paixões, os nossos amores, a impureza do nosso espírito que nos arrasta para baixo sob o peso das preocupações. E é a tua santidade que nos eleva pelo amor da tua paz, para que levantemos os nossos corações para junto de ti, onde o teu Espírito paira sobre as águas, e alcancemos o sublime repouso, quando a nossa alma tiver atravessado essas águas que são sem substância.

(Revisão de versão portuguesa por ama)


Pequena agenda do cristão


SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?



Tratado da vida de Cristo 98

Questão 46: Da Paixão de Cristo

Art. 2 — Se era possível outro modo da libertação humana que não fosse a paixão de Cristo.

O segundo discute-se assim. — Parece que não era possível outro modo da libertação humana que não fosse a paixão de Cristo.

1. — Pois, diz o Senhor: Se o grão de trigo que cai na terra não morrer fica ele só; mas se ele morrer produz muito fruto. E Agostinho explica, que ele se considerava como o grão. Se, portanto, não tivesse sofrido a morte, não teria de outro modo produzido da nossa libertação.

2. Demais. — Como lemos no Evangelho, o Senhor diz ao Pai: Meu Pai, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. Ora, refere-se ao cálice da paixão. Logo, a paixão de Cristo não podia ser evitada. E por isso diz Hilário: Esse cálice não podia passar sem que ele o bebesse porque não podemos ser resgatados senão pela sua paixão.

3. Demais. — A justiça de Deus exigia que o homem fosse liberado do pecado, mediante a satisfação de Cristo, pela sua paixão. Ora, Cristo não podia evitar a paixão, como o diz o Apóstolo: Se não cremos, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo. Mas negar-se-ia a si mesmo, se negasse a sua justiça, pois ele é a própria justiça. Logo, parece que não era possível o homem ser liberado de outro modo senão pela paixão de Cristo.

4. Demais. — A fé é incompatível com todo e qualquer erro. Ora, os antigos Patriarcas acreditavam que Cristo haveria de sofrer. Logo, parece que era inevitável, que Cristo sofresse.

Mas, em contrário, diz Agostinho: Afirmamos que é bom e consentâneo com a dignidade divina o modo pelo qual o mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo, Deus, se dignou libertar-nos. Contudo, mostremos também, que Deus dispunha ainda de outros modos possíveis, ao poder de quem todas as causas estão igualmente sujeitas.

SOLUÇÃO. — De dois modos podemos dizer que uma coisa é possível ou impossível. Primeiro, simples e absolutamente falando; de outro modo, por hipótese. - Ora, simples e absolutamente falando, era possível a Deus libertar o homem de outro modo que não pela paixão de Cristo; pois, como diz o Evangelho, a Deus nada é impossível. Mas, hipoteticamente falando, era impossível. Pois, sendo impossível a presciência de Deus enganar-se e a sua vontade ou disposição anular-se, não era simultaneamente possível, suposta a presciência de Deus e a sua preordenação, relativamente à paixão de Cristo, este não sofrer e o homem ser liberado por outro modo do que pela sua paixão. E devemos dizer o mesmo de quanto o de que Deus tem presciência e que preordena, como na Primeira Parte ficou preestabelecido.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — O Senhor nesse lugar, fala, suposta a presciência e a preordenação de Deus, pela qual fora ordenado que o fruto da salvação humana não resultaria senão da paixão de Cristo. E do mesmo modo devemos entender o texto citado na SEGUNDA OBJECÇÃO: Se este cálice não pode passar sem que eu o beba, isto é, porque tu assim o dispuseste. E por isso acrescenta: Faça-se a tua vontade.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Também a referida justiça depende da vontade divina, que exige do género humano uma satisfação pelo pecado. Mas, se quisesse, sem qualquer satisfação, libertar o homem do pecado, não agiria contra a justiça. Pois, o juiz que deve punir a culpa atribuída contra terceiros - por exemplo, contra outra pessoa, ou contra toda a república ou contra um chefe elevado em dignidade - não pode, por dever de justiça, demitir a culpa sem a pena. Mas, Deus não tem nenhum superior, sendo ele o bem supremo e comum de todo o universo. Logo, demitindo o pecado que por natureza é culposo, porque ofende a Deus, não lesa ninguém: assim como quem quer perdoa uma ofensa contra si cometida, sem nenhuma satisfação, age misericordiosa e não injustamente. Por isso David, implorando misericórdia, dizia: Contra ti só pequei; como se dissesse: Podes perdoar-me sem injustiça.

RESPOSTA À QUARTA. — A fé humana e também as divinas Escrituras, em que se funda a fé, apoiam-se na presciência e na ordenação divina. Por isso a necessidade procedente da suposição da fé humana e das divinas Escrituras, e a da presciência e vontade divinas, têm a mesma razão.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.



Sejamos sempre selvaticamente sinceros

Se o demónio mudo – de que nos fala o Evangelho – se meter na alma, deita tudo a perder. Mas, se o expulsarmos imediatamente, tudo sai bem, anda-se feliz, tudo corre bem. Propósito firme: "sinceridade selvagem" na direcção espiritual, com educação delicada..., e que essa sinceridade seja imediata. (Forja, 127)

Volto a afirmar que todos temos misérias. Isso, porém, não é razão para nos afastarmos do Amor de Deus. É, sim, estímulo para nos acolhermos a esse Amor, para nos acolhermos à protecção da bondade divina, como os antigos guerreiros se metiam dentro da sua armadura. Esse ecce ego, quia vocasti me, conta comigo porque me chamaste, é a nossa defesa. Não devemos fugir de Deus quando descobrimos as nossas fraquezas, mas devemos combatê-las, precisamente porque Deus confia em nós.

Como é que conseguiremos superar estas coisas mesquinhas? Insisto neste ponto, porque ele se reveste de importância capital: com humildade e sinceridade na direcção espiritual e no sacramento da Penitência. Ide aos que vos dirigem espiritualmente, com o coração aberto. Não o fecheis porque, se se mete o demónio mudo pelo meio, depois é difícil lançá-lo fora.

Perdoai-me a insistência, mas julgo imprescindível que fique gravado a fogo nas vossas inteligências que a humildade e a sua consequência imediata a sinceridade, se ligam com os outros meios de luta e fundamentam a eficácia da vitória. Se a tentação de esconder alguma coisa se infiltra na alma, deita tudo a perder; se, pelo contrário, é vencida imediatamente, tudo corre bem, somos felizes e a vida caminha rectamente. Sejamos sempre selvaticamente sinceros, embora com modos prudentemente educados.

Quero dizer-vos com toda a clareza que me preocupa muito mais a soberba do que o coração e a carne. Sede humildes! Sempre que estiverdes convencidos de que tendes toda a razão, é porque não tendes nenhuma. Ide à direcção espiritual com a alma aberta. Não a fecheis, porque então intromete-se o demónio mudo e é muito difícil expulsá-lo.


Lembrai-vos do pobre endemoninhado que os discípulos não conseguiram libertar. Só o Senhor o pôde fazer com oração e jejum. Naquela altura o Mestre realizou três milagres. O primeiro foi fazê-lo ouvir, porque quando o demónio mudo nos domina, a alma fica surda; o segundo foi fazê-lo falar; e o terceiro foi expulsar o diabo. (Amigos de Deus, nn. 187–188)

Conselhos para enfrentar a morte de forma cristã - 4

Conselhos para enfrentar a morte de forma cristã

4. Conservemos com amor a lembrança das pessoas queridas que partiram

Ainda que não estejam fisicamente connosco, todos os seus ensinamentos e os momentos compartilhados continuam vivos nos nossos corações. Honremos sempre a sua memória como um tesouro precioso que nos acompanhará durante a vida inteira.

Fonte: pildorasdefe


(Revisão da versão portuguesa por ama)