Páginas

22/04/2016

Publicações Abr 22

Publicações Abr 22

São Josemaria – Textos

Apostolado, Juventude, Salvação, São João Paulo II, UNIV

AMA - Comentários ao Evangelho Jo 14 1-6, Confissões - Santo Agostinho

AMA - Reflexão - Ano Jubilar da Misericórdia, Amizade

CIC – Compêndio

AT – Génesis


Agenda Sexta-Feira

Ano Jubilar da misericórdia - Reflexão

Mi Mejor Amigo - PurotrendAmizade

A misericórdia, entre muitas outras, encerra necessidades pessoais como por exemplo a amizade.

Ser amigo, ter amigos é fundamental para a nossa vida corrente.

Ter alguém com quem partilhar o que não devemos guardar só para nós e que, por sua vez, partilhe connosco as suas tristezas, alegrias, expectativas, projectos, esperanças.

O resultado é que nos enriquecemos mutuamente com as experiências e conclusões que fomos vivendo e a que chegámos. [1]





[1] (ama, Reflexão, Ano Jubilar da Misericórdia, 2016.01.31)

Antigo testamento / Génesis

Génesis 22

Abraão é posto à prova

1 Passado algum tempo, Deus pôs Abraão à prova, dizendo-lhe: "Abraão!"
Ele respondeu: "Eis-me aqui".

2 Então disse Deus: "Toma o teu filho, teu único filho, Isaac, a quem tu amas, e vai para a região de Moriá. Sacrifica-o ali como holocausto num dos montes que lte indicarei".

3 Na manhã seguinte, Abraão levantou-se e preparou o seu jumento. Levou consigo dois dos seus servos e Isaac, seu filho. Depois de cortar lenha para o holocausto, partiu em direcção ao lugar que Deus lhe tinha indicado.

4 No terceiro dia de viagem, Abraão olhou e viu o lugar ao longe.

5 Disse ele aos seus servos: "Fiquem aqui com o jumento enquanto eu e o rapaz vamos até lá. Depois de adorar, voltaremos".

6 Abraão tomou a lenha para o holocausto e colocou-a nos ombros do seu filho Isaac, e ele mesmo levou as brasas para o fogo, e a faca. E, caminhando os dois juntos, Isaac disse a seu pai, Abraão: "Meu pai!"
"Sim, meu filho", respondeu Abraão.
Isaac perguntou: "As brasas e a lenha estão aqui, mas onde está o cordeiro para o holocausto?"

7 Respondeu Abraão: "Deus mesmo há de prover o cordeiro para o holocausto, meu filho". E os dois continuaram a caminhar juntos.

8 Quando chegaram ao lugar que Deus lhe tinha indicado, Abraão construiu um altar e sobre ele arrumou a lenha. Amarrou seu filho Isaac e colocou-o sobre o altar, em cima da lenha.

9 Então estendeu a mão e pegou a faca para sacrificar o seu filho.

10 Mas o Anjo do Senhor chamou-o do céu: "Abraão! Abraão!"
"Eis-me aqui", respondeu ele.

11 "Não toques no rapaz", disse o Anjo. "Não lhe faças nada. Agora sei que tu temes a Deus, porque não lhe negaste o teu filho, o teu único filho."

12 Abraão ergueu os olhos e viu um carneiro preso pelos chifres num arbusto. Foi lá buscá-lo, e sacrificou-o como holocausto em lugar do seu filho.

13 Abraão deu àquele lugar o nome de "O Senhor Providenciará". Por isso até hoje se diz: "No monte do Senhor se providenciará".

14 Pela segunda vez o Anjo do Senhor chamou do céu a Abraão e disse: "Juro por mim mesmo", declara o Senhor, "que, por teres feito o que fizeste, não me negando o teu filho, o teu único filho, fica certo de que te abençoarei e farei os teus descendentes tão numerosos como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar. A tua descendência conquistará as cidades dos que forem teus inimigos e, por meio dela, todos os povos da terra serão abençoados, porque tu me obedeceste".

15 Então voltou Abraão a seus servos, e juntos partiram para Berseba, onde passou a viver.

Os filhos de Naor

16 Passado algum tempo, disseram a Abraão que Milca dera filhos a seu irmão Naor: Uz, o mais velho, Buz, seu irmão, Quemuel, pai de Arã,  Quésede, Hazo, Pildas, Jidlafe e Betuel, pai de Rebeca. Estes foram os oito filhos que Milca deu a Naor, irmão de Abraão.

17 E a sua concubina, chamada Reumá, teve os seguintes filhos: Tebá, Gaã, Taás e Maaca.

(Revisão da versão portuguesa por ama)









Doutrina – 121

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
PRIMEIRA SECÇÃO: «EU CREIO» – «NÓS CREMOS»
CAPÍTULO TERCEIRO: A RESPOSTA DO HOMEM A DEUS

EU CREIO

27. Que significa, de facto, para o homem crer em Deus?


Significa aderir ao próprio Deus, entregando-se a Ele e dando assentimento a todas as verdades por Ele reveladas, porque Deus é a verdade. Significa crer num só Deus em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.

Quer que sejamos muito humano e muito divinos

Há muitos anos já que vi com clareza meridiana um critério que será sempre válido: o ambiente da sociedade, com o seu afastamento da fé e da moral cristãs, necessita de uma nova forma de viver e de propagar a verdade eterna do Evangelho. No próprio cerne da sociedade, do mundo, os filhos de Deus hão-de brilhar pelas suas virtudes como lanternas na escuridão, "quasi lucernae lucentes in caliginoso loco". (Sulco, 318)


Se aceitarmos a nossa responsabilidade de filhos de Deus, saberemos que Ele quer que sejamos muito humanos. A cabeça pode tocar o céu, mas os pés assentam na terra, com segurança. O preço de se viver cristãmente não é nem deixar de ser homem nem abdicar do esforço por adquirir essas virtudes que alguns têm, mesmo sem conhecerem Cristo. O preço de todo o cristão é o Sangue redentor de Nosso Senhor, que nos quer – insisto – muito humanos e muito divinos, com o empenho diário de O imitar, pois é perfectus Deus, perfectus homo.

Talvez não seja capaz de dizer qual é a principal virtude humana. Depende muito do ponto de vista de que se parta. Além disso, a questão torna-se ociosa, porque não se trata de praticar uma ou várias virtudes. É preciso lutar por adquiri-las e praticá-las todas. Cada uma de per si entrelaça-se com as outras e, assim, o esforço por sermos sinceros, por exemplo, torna-nos justos, alegres, prudentes, serenos.


Precisamos, ao mesmo tempo, de considerar que a decisão e a responsabilidade residem na liberdade pessoal de cada um e, por isso, as virtudes são também radicalmente pessoais, da pessoa. No entanto, nessa batalha de amor ninguém luta sozinho – ninguém é um verso solto, costumo repetir –: de certo modo, ou nos ajudamos ou nos prejudicamos. Todos somos elos de uma mesma cadeia. Pede agora comigo a Deus Nosso Senhor, que essa cadeia, nos prenda ao seu Coração, até chegar o dia de O contemplar face a face, no Céu, para sempre. (Amigos de Deus, 75–76)

Evangelho, comentário, L. espiritual


Páscoa

Evangelho: Jo 14, 1-6

1 «Não se perturbe o vosso coração. Acreditais em Deus, acreditai também em Mim. 2 Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, Eu vo-lo teria dito. Vou preparar um lugar para vós. 3 Depois que Eu tiver ido e vos tiver preparado um lugar, virei novamente e tomar-vos-ei comigo, para que, onde estou, estejais vós também. 4 E vós conheceis o caminho para ir onde Eu vou». 5 Tomé disse-Lhe: «Senhor, nós não sabemos para onde vais; como podemos saber o caminho?». 6 Jesus disse-lhe: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai senão por Mim.

Comentário:

Tomé, o mesmo que haveria de ter “explosões” de fé e amor a Jesus usa, uma vez mais a sua sinceridade quase “selvagem”.

Parece até que “provoca” directamente o Senhor a responder-lhe de forma mais concreta e simples para que possa compreender melhor e, assim, acreditar mais perfeitamente.

E, o Senhor, de facto, responde com uma clareza impressionante:

«Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai senão por Mim», ou, mais tarde: «Porque Me viste acreditaste. Não sejas incrédulo mas crente

E, nós, não podemos mais que agradecer ao Apóstolo a oportunidade que nos deu de obter de Jesus Cristo as declarações mais importantes para a nossa Fé.

(ama, comentário sobre Jo 14, 1-6, 2014.05.16)


Leitura espiritual



SANTO AGOSTINHO – CONFISSÕES

CAPÍTULO XXIII

O tempo e o movimento

Ouvi um homem instruído dizer que o tempo é nada mais do que o movimento do sol, da lua e dos astros. Não concordo. Por que não seria então o tempo o movimento de todos os corpos? Se os astros passassem, e a roda de um oleiro continuasse a rodar, deixaria acaso de existir tempo para medir as suas voltas? Como poderíamos dizer que elas se davam a intervalos iguais, ou ora mais rápida, ora mais lentamente, e que umas demoravam mais e outras menos? E, dizendo isto, não estaríamos falando do tempo? Não haveria mais nas nossas palavras sílabas longas e breves, porque umas ressoam por mais tempo e outras por menos tempo?

E tu, Deus, concede aos homens que percebam, que reconheçam neste modesto exemplo, o que as coisas grandes e pequenas têm em comum. Há astros e luminares celestes que nos servem de sinais e marcam as estações, os dias e os anos. Isso é verdade; todavia, como eu jamais diria que a volta realizada por aquela roda de madeira representa o dia, nem o sábio cuja opinião transcrevo poderia afirmar que a volta da roda não representa o tempo.

O meu desejo é conhecer a natureza e a essência do tempo, com que medimos os movimentos dos corpos, e nos autoriza a dizer, por exemplo, que um movimento dura duas vezes mais que outro. O que chamamos dia não é apenas o tempo todo o percurso de oriente a oriente, e que nos faz dizer: “Passaram-se tantos dias” – entendendo por isso também as noites, que não são enumeradas separadamente. Portanto, já que o dia se completa pelo movimento do sol e o círculo que ele cumpre a partir do oriente, pergunto eu se o dia é o próprio movimento ou se é o tempo que dura esses movimentos, ou ambas as coisas.

Na primeira hipótese, teríamos um dia mesmo se o sol fizesse o seu percurso no intervalo de uma hora. Na hipótese da duração, não haveria dia se o sol fizesse o seu percurso no breve espaço de uma hora; e o sol deveria cumprir vinte e quatro vezes o seu percurso para formar um dia.

Diremos então que o movimento do sol, e a duração desse movimento, é que fazem o dia? Mas então não se poderia chamar dia se o sol efectuasse seu percurso no lapso de uma hora, mais do que se, parando o sol o seu percurso, passasse o mesmo tempo que é necessário habitualmente ao sol para completar a sua revolução de uma manhã a outra.

Portanto, não mais buscarei conhecer em que consiste o dia, mas em que consiste o tempo, que usamos para medir o percurso do sol. Usando tal medida, diríamos que o sol gastara no seu giro a metade do tempo habitual, se o tivesse completado num lapso de doze horas. E, comparando essas duas durações, diríamos que uma é o dobro da outra, mesmo que o sol demorasse umas vezes o tempo simples, outras o tempo duplo para ir de oriente para oriente.

Ninguém, portanto, me diga que o tempo é o movimento dos corpos celestes. Quando a oração de um homem fez parar o sol para concluir vitoriosamente a batalha, o sol estava imóvel, mas o tempo caminhava; e a batalha terminou no espaço de tempo que lhe era necessário.

Veja, pois, que o tempo é uma espécie de extensão. Mas eu vejo-o, ou apenas tenho a impressão de vê-lo? Só tu mo demonstrarás, ó Luz, ó Verdade!

CAPÍTULO XXIV

O tempo, medida do movimento

Queres que eu aprove quem diz que o tempo é o movimento de um corpo? Não, não aprovo. Sei que não há corpo que não se mova no tempo: tu mesmo o afirmas. Mas não acredito que o movimento de um corpo seja o tempo; nunca ouvi isso, e nem tu o dizes. Quando um corpo se move, sirvo-me do tempo para medir a duração do seu movimento do começo ao fim. Se não vejo o começo, e percebo o seu movimento sem ver o seu fim, só posso medi-lo do momento em que observo o corpo mover-se até o momento em que já não o vejo. Se o vejo por muito tempo, apenas posso afirmar que a duração do seu movimento é longa, mas não posso dizer quanto é longa, porque só determinamos o valor de uma duração comparando-a. Dizemos, por exemplo:
“isso durou tanto quanto aquilo, ou essa duração é o dobro daquela”, semelhantes. Se podemos notar o ponto do espaço onde se inicia um movimento, e o ponto de chegada, ou as suas partes, se ele se movesse em círculo, poderíamos dizer quanto tempo levou para ir de um ponto a outro o movimento do corpo ou dessas partes.

Assim, o movimento de um corpo é diferente da medida da sua duração; que não vê, pois, a qual dessas coisas se deve chamar tempo? Se um corpo se move de forma irregular, e outras vezes se detém, ora, é o tempo que nos permite medir, não apenas o seu movimento, mas também o seu repouso, e afirmar: “Ficou em repouso por tanto tempo quanto em movimento – ou qualquer outro intervalo que tenhamos calculado ou estimado aproximadamente”. O tempo não é pois a mesma coisa que o movimento.

CAPÍTULO XXV

Prece

Confesso-te, Senhor, que ainda não sei o que é tempo. E torno a confessar, Senhor, eu o sei, que digo estas coisas no tempo, e que de há muito estou falando do tempo, e que esse muito também não seria o que é senão pela duração do tempo. Mas como posso saber isto, se desconheço o que é o tempo? Talvez eu ignore a arte de exprimir o que sei. Ai de mim, que não sei nem mesmo o que ignoro! Eis-me diante de ti, meu Deus, tu vês que não minto e que falo de coração. Acenderás a minha candeia, Senhor meu Deus, e iluminarás as minhas trevas.

CAPÍTULO XXVI

O tempo, distensão da alma

Acaso a minha alma não foi sincera confessando-te que posso medir o tempo? De facto, meu Deus, eu meço-o, e não sei o que meço. Meço o movimento dos corpos com o auxílio do tempo, e não poderei medir o tempo do mesmo modo? E poderia eu medir o movimento de um corpo, a sua duração, o tempo que gasta para ir de um lugar a outro, sem medir o tempo em que se move?

Mas o tempo em si, com que o poderei medir? É com um tempo mais curto que medimos um mais longo, como medimos uma viga com o côvado? Do mesmo modo medimos a duração de uma sílaba longa com a duração de uma sílaba breve, dizendo que uma é o dobro da outra. Do mesmo modo medimos a extensão de um poema pelo número de versos, a extensão dos versos pelo número de pés, a extensão dos pés pelo número de sílabas, a duração das sílabas longas pela duração das breves. Não é pelas páginas dos livros que fazemos esse cálculo, o que seria medir o espaço e não o tempo. Conforme as palavras passam e as pronunciamos, dizemos: “Eis um poema longo, porque se compõe de tantos versos; esses versos são longos, porque são formados de tantos pés; esses pés são longos, porque se estendem por tantas sílabas; esta sílaba é longa, porque é o dobro de uma breve”.

Todavia, não conseguimos uma medida exacta do tempo; pode acontecer que um verso mais curto, se pronunciado mais lentamente, se estenda por mais tempo que um verso mais longo, recitado depressa. O mesmo acontece com um poema, um pé, uma sílaba.

Por esse motivo é que o tempo me pareceu não ser nada mais que uma extensão. Mas extensão de quê? Não saberia di-lo ao certo; seria de admirar que não fosse extensão da própria alma. Portanto, diz-me, meu Deus, que é o que meço quando digo um tanto vagamente:
“Este tempo é mais longo do que aquele” – ou mais exactamente: “Este tempo é o dobro daquele?

– Meço o tempo, eu sei; mas não o futuro, que ainda não existe, nem o presente, porque não tem duração, nem o passado, porque não existe mais. Que meço eu então? Acaso o tempo que passa, e não o tempo passado, como disse acima?

(Revisão de versão portuguesa por ama)



Temas para meditar - 620

Santidade

Queridos jovens do UNIV, tirai desta certeza uma firme confiança: o esforço do cristão nunca é em vão. 
O cristão não actua sozinho. 
Não o esqueçais! Cada crente é um instrumento de Deus e com ele actua Cristo mediante a força do Espírito Santo. 
Deixai que Deus actue em vós e através de vós. E para que isto aconteça, sabeis bem a que meios recorrer: trata-se dos sacramentos, da oração, da prática das virtudes, da santificação do trabalho, assim como da direcção espiritual. 
Tendes necessidade de Cristo, mas também Cristo tem necessidade de vós para O dar a conhecer aos vossos contemporâneos, com os quais compartilhais experiências e esperanças. 
A Igreja confia-vos a missão de lhes levardes a luz da verdade de Cristo e o anúncio universal da salvação. Estai sempre dispostos a pensar nos outros, esquecendo--vos de vós próprios para aproximar os irmãos a Deus. 
Desse modo contribuíreis para a construção de um mundo melhor e mais solidário, porque a conversão e o compromisso de um são gérmen da salvação para todos.

(são joão paulo IIDisc. aos jovens, UNIV, Roma, 2000.04.17)