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19/11/2016

Reflexão no Ano Jubilar da Misericórdia – 98

Última reflexão


Ao longo deste Ano Jubilar da Misericórdia fui-me introduzindo em trechos de vários Evangelistas que – no meu modo de ver – se coadunavam com o tema MISERICÓRDIA de forma mais evidente.

Ao terminar com esta última reflexão, não vou escolher nenhum trecho especial porque, na verdade, todo o Evangelho reflecte de forma claríssima e iniludível a Amabilíssima Misericórdia de Jesus Cristo nos Seus actos, nas parábolas com que ilustrou a Sua doutrina, enfim… não temo afirmar que a Vida de Jesus na terra é, toda ela, um acto de suprema, extraordinária misericórdia.

A cada passo se encontram essas manifestações, desde logo pela Sua Encarnação como um ser humano em tudo igual a nós – excepto no pecado – até ao Supremo Sacrifício da Cruz, imolação completa e definitiva dessa mesma Misericórdia.

Custa-me, por vezes, que nós homens – eu também – sejamos objecto de tal delicadeza e interesse.

Com palavras humanas – que não tenho outras – espanta-me que um Senhor Todo Poderoso, Criador de quanto existe, Se desse a esse “trabalho” só para me salvar, me “recuperar” para Si.

Quando, na presença do Sacerdote, lhe revelo as minhas misérias e “o pouca coisa que sou”, confesso, raramente consigo reter as lágrimas - não por “feitio” ou excesso de emoção – mas exactamente porque quando o Confessor me manda em paz, eu sinto essa paz indizível e extraordinária e – que o Senhor me “desconte” a patetice – quase que me alegro por ser pecador, fraco e pusilânime para ser objecto de tal manifestação de Misericórdia, perdão e alegria.

Sim, chego a pensar que O Senhor se alegra com as minhas faltas porque Lhe dá o ensejo de mas perdoar e, evidentemente, sinto o coração inundado de acções de graças por ser objecto da Sua permanente protecção porque, estou perfeitamente convicto, se pior não faço é porque Ele me protege e de alguma forma me impede de ser ainda maior pecador… talvez sem remissão.

E, de facto, considero que a maior demonstração da Misericórdia do Senhor para com este pobre homem pecador é exactamente o conduzir-me aos pés do Sacerdote que, em Seu Nome, me absolve e perdoa.

Que este Ano Jubilar da Misericórdia ficará para sempre gravado no meu espírito, não tenho qualquer dúvida, que os “degraus” que fui subindo para me aproximar mais do Meu Senhor me levaram mais próximo do maior bem a que aspiro:

A minha salvação eterna.


(ama, reflexões no Ano Jubilar da Misericórdia, 2016.11.18)


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