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25/07/2016

Reflectindo - 198

A Santíssima Trindade - 2

Vejo a Santíssima Trindade como uma melodia:

Explico-me:

Uma melodia, só o é, se tiver um compositor que saiba conjugar e arquitectar os sons, escolhendo os instrumentos através dos quais a sua composição musical irá tomar corpo;

Também precisa de um maestro que saiba interpretar com apurada fidelidade a música composta;

E, finalmente, não dispensa a execução hábil, sabedora, tecnicamente perfeita dos vários executantes.

Deus Pai é o criador da música, com os tons, meios-tons, allegros, vibratos, toda a panóplia e riqueza harmónica possível.

Jesus Cristo é o maestro e fiel intérprete da música composta por Deus Pai, conduz a orquestra divina de forma magistral numa execução perfeita da Vontade do Pai.

O Espírito Santo é o inspirador dos executantes, dá-lhes a mestria, a capacidade interpretativa para uma performance perfeita.

Podemos, assim, ter um compositor de uma música;
Um maestro que a vai interpretar;
Uns executantes que lhe vão dar vida.

Os três podem existir separadamente mas não constituem, só por isso, uma melodia.

O compositor pode produzir uma qualquer música;
O maestro pode ter uma interpretação pessoal da música,
O executante pode limitar-se à execução técnica da música;

Neste caso não temos uma melodia mas tão só uma eventualmente bem interpretada música.

Esta só existirá quando o compositor, o maestro e o executante coordenarem de tal forma a sua actividade que o resultado seja uma perfeita harmonia melódica.


ama, 2011.06.17

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