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19/07/2016

Evangelho e comentário


Tempo Comum

Evangelho: Mt 12, 46-50

46 Estando Ele ainda a falar ao povo, eis que Sua mãe e Seus irmãos se achavam fora, desejando falar-Lhe. 47 Alguém disse-Lhe: «Tua mãe e Teus irmãos estão ali fora e desejam falar-Te». 48 Ele, porém, respondeu ao que falava: «Quem é a Minha mãe e quem são os Meus irmãos?» 49 E, estendendo a mão para os Seus discípulos, disse: «Eis Minha mãe e Meus irmãos. 50 Porque todo aquele que fizer a vontade de Meu Pai que está nos céus, esse é Meu irmão e Minha irmã e Minha mãe».

Comentário:

Então, Senhor, eu sou a Tua Mãe e os Teus Irmãos? Se fizer a Vontade de Teu Pai?

Pois não quero eu outra coisa.
Mas como, se sou o que sou, fraco, débil, pusilânime, preconceituoso?

“Eu, Teu pobre filho tão falho de tudo, tão disperso por tantas coisas que não interessam, tão pouco dedicado ao cumprimento da Tua Vontade;
Eu, que me esqueço constantemente que Tu e só Tu tens palavras de Vida Eterna, és o verdadeiro Caminho, a única Verdade, a Vida que vale a pena;
Eu, que me distraio por tantos problemas, por mim próprio criados, fruto da minha inconstância, da minha insensatez, da minha ânsia de ter e possuir, e tão pouco ciente de que não tenho absolutamente nada;
Eu, tão exigente com os outros, tão ávido e cioso da minha "importância", e tão pouco ciente de que não valho absolutamente nada;
Eu, tão convencido da minha ciência, das minhas capacidades, do meu conhecimento das coisas, com opinião formada sobre tudo e sobre todos, sempre pronto a emitir parecer e enunciar princípios, e tão pouco ciente de que não sei absolutamente nada;
Eu, tão seguro da minha capacidade, da minha força, dos meus valores, da minha fortaleza, e tão pouco ciente de que não posso absolutamente nada;
Eu, que me esqueço de ser amigo e filho;
Eu, que me esqueço de ser agradecido e obrigado;
Eu, que me esqueço Te pago com esquecimentos e rejeições;
Eu, que não sei amar, amo muito pouco e muito mal, quer com o coração, quer com as palavras, mas, sobretudo, com as obras;
Eu, que não sei querer, quero mal e quero coisas que não interessam;
Eu, que ponho a minha esperança em coisas vãs e fátuas.“ [i]
Nada mais me resta, senão insistir repetidamente na petição diária:
Docere me facere voluntatem Tuam, quia Deus meus es Tu!

Assim, seguramente, serei digno da Tua promessa e serei Tua Mãe e Teus Irmãos.

(ama, comentário sobre Mt 12, 46-50, 27.05.2016)












[i] ama, Acções de graças da comunhão

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