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25/07/2016

Diálogos apostólicos

Diálogos apostólicos II Parte
13 - [1]

Logo, parece, a liberdade humana não é total mas sim condicionada: Posso fazer mal mas sujeito-me a uma pena; desejo fazer o bem porque terei um benefício.
Este conhecimento condiciona ou não a liberdade?

Respondo:

Acho que sim, porque entendo que uma liberdade total não distingue o bem do mal, isto é, tanto faz fazer uma coisa ou outra porque não haverá consequências.
Claro que, colocado desta forma, deixamos de estar a falar de seres humanos, dotados de alma, vontade, querer, conhecimento, razão.

Um cão não tem esta capacidade e por isso o ensinamos a fazer isto ou aquilo, conforme nos convém e, o cão, passará a fazê-lo porque obedece a um estímulo de prémio.
No fundo da questão estará, talvez, um dito muito antigo: “A minha liberdade acaba onde começa a liberdade dos outros!”
Isto resume um magnífico entendimento empírico do bem e do mal na medida em que, o primeiro é sempre uma manifestação de respeito pelo semelhante e, o segundo, a ausência dessa preocupação.
Acrescentamos, assim, uma característica fundamental e única do ser humano.

Voltaremos a este assunto.



[1] Nota: Normalmente, estes “Diálogos apostólicos”, são publicados sob a forma de resumos e excertos de conversas semanais. Hoje, porém, dado o assunto, pareceu-me de interesse publicar quase na íntegra.

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