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27/05/2016

Ano Jubilar da misericórdia – Reflexão

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A fragilidade humana manifesta-se a cada passo das nossas vidas.

Talvez que aquela que mais nos “toca” é a doença que nos prostra e nos condiciona, sobretudo quando é grave e muito preocupante.

Como sabemos, uma da Obras de Misericórdia é, exactamente, visitar os doentes.

Jesus Cristo fala nisso mesmo sem rodeios. [1]

Para muitos, visitar amigos ou mesmo familiares que estão doentes constitui um “pesado” sacrifício, sobretudo quando ficam de alguma forma afectados com o ambiente hospitalar – talvez recordando situações dolorosas – para outros… nem tanto, até o fazem como que cumprindo um “dever social” que, nem por o ser, deixa de ser um acto bom e meritório.

Voltando às palavras do Senhor, não nos restam quaisquer dúvidas que Ele próprio Se considera essa pessoa, esse doente [2] e, sendo assim, como é de facto, a nossa visita é um caminho para O ouvirmos:

«Vinde, benditos de Meu Pai, possuí o reino que vos está preparado desde a criação do mundo» [3]

Mas não nos fiquemos por uma simples visita circunstancial, mais ou menos demorada; tenhamos em consideração que aquela pessoa talvez precise que lhe falemos do real valor e mérito que pode obter com a sua doença, em primeiro lugar, aceitando-a sem revolta nem repúdio e, depois, oferecendo as suas dores e sofrimento por tantas outras pessoas, na mesma situação, mas que não têm ninguém que os visite ou, sequer, se preocupe com elas.

Mas… mais: sobretudo se está gravemente doente da necessidade e, mais que isso, conveniência, de se preparar para um convenientemente para um desfecho final.

A muitos – mesmo bons cristãos – custará muito falar nisto porque há sempre um falso pudor em falar da morte, mas temos de encontrar um meio, uma forma simples e não agressiva de colocar a questão e falar com clareza propondo uma conversa com um sacerdote.

Assim, ficará “completa” esta maravilhosa Obra de Misericórdia e o bem que, por nosso intermédio, esse doente poderá alcançar terá um valor incalculável. [4]




[1] Cfr. Mt 25, 36
[2] Cfr. Mt 25, 40
[3] Cfr. Mt 25, 34
[4] (ama, Reflexão, Ano Jubilar da Misericórdia, 2016.03.21)

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