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21/03/2016

VIA - SACRA - 11 ª Estação

xi estação

jesus é pregado na cruz

  

Nós Vos adoramos e bendizemos oh Jesus!

Que pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.




Finalmente chegou o momento para o qual nasceste em Belém, naquela gruta.

O meu Senhor, é estendido sobre o madeiro que transportou sobre os ombros em chaga.

As pancadas do martelo soam, cavas e terríveis, no coração de quantos as ouvem, diariamente, desde há dois mil anos.

Debruçam-se curiosos, alguns dos que, desde a casa de Pilatos, Te seguiram pela Via Dolorosa.

Esperam em vão um queixume, um gesto de revolta, ou talvez, uma súbita reacção do homem que ainda há poucos dias, sabiam-no, imperava aos ventos e às tempestades ou alimentava multidões com uns poucos de pães e alguns peixes.

O Senhor, abre gentilmente os braços ao madeiro que O espera.
Todo o Seu corpo estremece quando os grossos pregos Lhe trespassam a carne, mas, da Sua boca, não sai um lamento.

E o meu Senhor ali fica; todo o Seu Corpo distendido, preso pelos cravos dos pulsos e dos pés, de braços abertos entre o Céu e a Terra.

Todos têm de O ver, de todos atrai o olhar.[1]

Aos Seus pés, Sua Mãe, esmagada pela dor; João o discípulo amado, as amigas de sempre: Marta, Madalena, Maria, olham sem acreditar, por entre as lágrimas, o seu doce Rabi, exangue e morrendo.

Oh Senhor!

Como é possível que tal aconteça?

Quem pôde fazer tal coisa?

Os meus pecados, as minhas faltas levaram-te até aí, a esse lugar onde agora estás, a esse madeiro pregado.

Não mais, Senhor, não mais voltarei a ofender-te não mais Te farei reviver tal imolação.

Com o coração a sangrar de dor e profundamente agradecido aceito o Teu sublime sacrifício, beijo os Teus pés chagados e abraço-me a essa Cruz onde me redimes e me salvas.



PN, AVM, GLP.
Senhor: Tem piedade de nós




[1] Cfr. Jo 12,32, Et ego, si exaltatus fuero a terra, omnia traham ad meipsum

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