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19/02/2016

Antigo testamento / Salmos

Salmo 109








1 Ó Deus, a quem louvo, não fiques indiferente, pois homens ímpios e falsos dizem calúnias contra mim, e falam mentiras a meu respeito.
2 Eles me cercaram com palavras carregadas de ódio; atacaram-me sem motivo.
3 Em troca da minha amizade eles me acusam, mas eu permaneço em oração.
4 Retribuem-me o bem com o mal, e a minha amizade com ódio.
5 Designe-se um ímpio para ser seu oponente; à sua direita esteja um acusador.
6 Seja declarado culpado no julgamento, e que até a sua oração seja considerada pecado.
7 Seja a sua vida curta, e outro ocupe o seu lugar.
8 Fiquem órfãos os seus filhos e viúva a sua esposa.
9 Vivam os seus filhos vagando como mendigos, e saiam rebuscando o pão longe de suas casas em ruínas.
10 Que um credor se aposse de todos os seus bens, e estranhos saqueiem o fruto do seu trabalho.
11 Que ninguém o trate com bondade nem tenha misericórdia dos seus filhos órfãos.
12 Sejam exterminados os seus descendentes e desapareçam os seus nomes na geração seguinte.
13 Que o Senhor se lembre da iniquidade dos seus antepassados, e não se apague o pecado de sua mãe.
14 Estejam os seus pecados sempre perante o Senhor, e na terra ninguém jamais se lembre da sua família.
15 Pois ele jamais pensou em praticar um ato de bondade, mas perseguiu até à morte o pobre, o necessitado e o de coração partido.
16 Ele gostava de amaldiçoar: venha sobre ele a maldição! Não tinha prazer em abençoar: afaste-se dele a bênção!
17 Ele vestia a maldição como uma roupa: entre ela em seu corpo como água e em seus ossos como óleo.
18 Envolva-o como um manto e aperte-o sempre como um cinto.
19 Assim retribua o Senhor aos meus acusadores, aos que me caluniam.
20 Mas tu, Soberano Senhor, intervém em meu favor, por causa do teu nome. Livra-me, pois é sublime o teu amor leal!
21 Sou pobre e necessitado e, no íntimo, o meu coração está abatido.
22 Vou definhando como a sombra vespertina; para longe sou lançado, como um gafanhoto.
23 De tanto jejuar os meus joelhos fraquejam e o meu corpo definha de magreza.
24 Sou objecto de zombaria para os meus acusadores; logo que me veem, meneiam a cabeça.
25 Socorro, Senhor, meu Deus! Salva-me pelo teu amor leal!
26 Que eles reconheçam que foi a tua mão, que foste tu, Senhor, que o fizeste.
27 Eles podem amaldiçoar, tu, porém, me abençoas. Quando atacarem, serão humilhados, mas o teu servo se alegrará.
28 Sejam os meus acusadores vestidos de desonra; que a vergonha os cubra como um manto.

29 Em alta voz, darei muitas graças ao Senhor; no meio da assembleia eu o louvarei, pois ele se põe ao lado do pobre para salvá-lo daqueles que o condenam.

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