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29/12/2015

Índice de publicações em 29 Dez

nunc coepi – Índice de publicações em Dez 29

São Josemaria – Textos

Aloc (São João Paulo II), Dignidade Humana, Justiça, São João Paulo II, Virtudes

AMA - Comentários ao Evangelho Lc 2 32-35, Encíclica Laudato Si (Papa Francisco)

Bento XVI - Pensamentos espirituais

São Tomás de Aquino – Suma Teológica, Suma Teológica - Tratado da Vida de Cristo - Do baptizado de Cristo - Quest 39 Art. 16

AT - Salmos - 57

Desastres naturais


Agenda Terça-Feira

Evangelho, comentário, L. espiritual



Tempo de Natal


Evangelho: Lc 2, 32-35

33 O Seu pai e a Sua mãe estavam admirados das coisas que d'Ele se diziam. 34 Simeão abençoou-os e disse a Maria, Sua mãe: «Eis que este Menino está posto para ruína e ressurreição de muitos em Israel e para ser sinal de contradição. 35 E uma espada trespassará a tua alma. Assim se descobrirão os pensamentos escondidos nos corações de muitos»

Comentário:

Desde o início da vida do seu Filho, Nossa Senhora é constantemente posta à prova. Parece que nada de bom virá da parte de Deus Pai, ou, melhor, não poupará em nada a que escolheu para Mãe do Seu Filho Jesus.
Está ali, bem patente, o papel fulcral que Jesus vem desempenhar no mundo: ser sinal de contradição.
A humanidade não voltará a ser a mesma, uma parte há-de rejeitá-lo, outra aceitá-lo-á como guia e Mestre outra, ainda, permanecerá indiferente.
E, a Mãe, a jovem Mãe, olha para aquele Menino, inerme e indefeso nos seus braços e não pode deixar de pensar que, chegará o momento em que já não O poderá proteger e que, os seus dias de protectora e guia, irão acabar.
Não sabe ainda que herdará uma multidão incontável de filhos e filhas que se acolherão, sempre, à sua protecção e ao seu amparo.

(ama, comentário sobre Lc 2, 32-15, 2010.07.27)

Leitura espiritual

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CARTA ENCÍCLICA
LAUDATO SI’
DO SANTO PADRE
FRANCISCO
SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM


CAPÍTULO I

O QUE ESTÁ A ACONTECER À NOSSA CASA

1. Poluição e mudanças climáticas

2. A questão da água

27. Outros indicadores da situação actual têm a ver com o esgotamento dos recursos naturais.
É bem conhecida a impossibilidade de sustentar o nível actual de consumo dos países mais desenvolvidos e dos sectores mais ricos da sociedade, onde o hábito de desperdiçar e jogar fora atinge níveis inauditos.
Já se ultrapassaram certos limites máximos de exploração do planeta, sem termos resolvido o problema da pobreza.

28. A água potável e limpa constitui uma questão de primordial importância, porque é indispensável para a vida humana e para sustentar os ecossistemas terrestres e aquáticos.
As fontes de água doce fornecem os sectores sanitários, agro-pecuários e industriais. A disponibilidade de água manteve-se relativamente constante durante muito tempo, mas agora, em muitos lugares, a procura excede a oferta sustentável, com graves consequências a curto e longo prazo.
Grandes cidades, que dependem de importantes reservas hídricas, sofrem períodos de carência do recurso, que, nos momentos críticos, nem sempre se administra com uma gestão adequada e com imparcialidade.
A pobreza da água pública verifica-se especialmente na África, onde grandes sectores da população não têm acesso a água potável segura, ou sofrem secas que tornam difícil a produção de alimento.
Nalguns países, há regiões com abundância de água, enquanto outras sofrem de grave escassez.

29. Um problema particularmente sério é o da qualidade da água disponível para os pobres, que diariamente ceifa muitas vidas. Entre os pobres, são frequentes as doenças relacionadas com a água, incluindo as causadas por micro-organismos e substâncias químicas.
A diarreia e a cólera, devidas a serviços de higiene e reservas de água inadequados, constituem um factor significativo de sofrimento e mortalidade infantil.
Em muitos lugares, os lençóis freáticos estão ameaçados pela poluição produzida por algumas actividades extractivas, agrícolas e industriais, sobretudo em países desprovidos de regulamentação e controles suficientes.
Não pensamos apenas nas descargas provenientes das fábricas; os detergentes e produtos químicos que a população utiliza em muitas partes do mundo continuam a ser derramados em rios, lagos e mares.

30. Enquanto a qualidade da água disponível piora constantemente, em alguns lugares cresce a tendência para se privatizar este recurso escasso, tornando-se uma mercadoria sujeita às leis do mercado.
Na realidade, o acesso à água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e universal, porque determina a sobrevivência das pessoas e, portanto, é condição para o exercício dos outros direitos humanos.
Este mundo tem uma grave dívida social para com os pobres que não têm acesso à água potável, porque isto é negar-lhes o direito à vida radicado na sua dignidade inalienável.
Esta dívida é parcialmente saldada com maiores contribuições económicas para prover de água limpa e saneamento as populações mais pobres.
Entretanto nota-se um desperdício de água não só nos países desenvolvidos, mas também naqueles em vias de desenvolvimento que possuem grandes reservas.
Isto mostra que o problema da água é, em parte, uma questão educativa e cultural, porque não há consciência da gravidade destes comportamentos num contexto de grande desigualdade.

31. Uma maior escassez de água provocará o aumento do custo dos alimentos e de vários produtos que dependem do seu uso. Alguns estudos assinalaram o risco de sofrer uma aguda escassez de água dentro de poucas décadas, se não forem tomadas medidas urgentes.
Os impactos ambientais poderiam afectar milhares de milhões de pessoas, sendo previsível que o controle da água por grandes empresas mundiais se transforme numa das principais fontes de conflitos deste século.[i]

3. Perda de biodiversidade

32. Os recursos da terra estão a ser depredados também por causa de formas imediatistas de entender a economia e a actividade comercial e produtiva.
A perda de florestas e bosques implica simultaneamente a perda de espécies que poderiam constituir, no futuro, recursos extremamente importantes não só para a alimentação mas também para a cura de doenças e vários serviços.
As diferentes espécies contêm genes que podem ser recursos-chave para resolver, no futuro, alguma necessidade humana ou regular algum problema ambiental.

33. Entretanto não basta pensar nas diferentes espécies apenas como eventuais «recursos» exploráveis, esquecendo que possuem um valor em si mesmas.
Anualmente, desaparecem milhares de espécies vegetais e animais, que já não poderemos conhecer, que os nossos filhos não poderão ver, perdidas para sempre.
A grande maioria delas extingue-se por razões que têm a ver com alguma actividade humana.
Por nossa causa, milhares de espécies já não darão glória a Deus com a sua existência, nem poderão comunicar-nos a sua própria mensagem.
Não temos direito de o fazer.

34. Possivelmente perturba-nos saber da extinção dum mamífero ou duma ave, pela sua maior visibilidade; mas, para o bom funcionamento dos ecossistemas, também são necessários os fungos, as algas, os vermes, os pequenos insectos, os répteis e a variedade inumerável de micro-organismos.
Algumas espécies pouco numerosas, que habitualmente nos passam despercebidas, desempenham uma função censória fundamental para estabelecer o equilíbrio dum lugar.
É verdade que o ser humano deve intervir quando um geosistema cai em estado crítico, mas hoje o nível de intervenção humana numa realidade tão complexa como a natureza é tal, que os desastres constantes causados pelo ser humano provocam uma nova intervenção dele de modo que a actividade humana torna-se omnipresente, com todos os riscos que isto implica.
Normalmente cria-se um círculo vicioso, no qual a intervenção humana, para resolver uma dificuldade, muitas vezes ainda agrava mais a situação.
Por exemplo, muitos pássaros e insectos, que desaparecem por causa dos agro-tóxicos criados pela tecnologia, são úteis para a própria agricultura, e o seu desaparecimento deverá ser compensado por outra intervenção tecnológica que possivelmente trará novos efeitos nocivos.
São louváveis e, às vezes, admiráveis os esforços de cientistas e técnicos que procuram dar solução aos problemas criados pelo ser humano.
Mas, contemplando o mundo, damo-nos conta de que este nível de intervenção humana, muitas vezes ao serviço da finança e do consumismo, faz com que esta terra onde vivemos se torne realmente menos rica e bela, cada vez mais limitada e cinzenta, enquanto ao mesmo tempo o desenvolvimento da tecnologia e das ofertas de consumo continua a avançar sem limites.
Assim, parece que nos iludimos de poder substituir uma beleza insuprível e irrecuperável por outra criada por nós.

35. Quando se analisa o impacto ambiental de qualquer iniciativa económica, costuma-se olhar para os seus efeitos no solo, na água e no ar, mas nem sempre se inclui um estudo cuidadoso do impacto na biodiversidade, como se a perda de algumas espécies ou de grupos animais ou vegetais fosse algo de pouca relevância.
As estradas, os novos cultivos, as reservas, as barragens e outras construções vão tomando posse dos habitats e, por vezes, fragmentam-nos de tal maneira que as populações de animais já não podem migrar nem mover-se livremente, pelo que algumas espécies correm o risco de extinção.
Existem alternativas que, pelo menos, mitigam o impacto destas obras, como a criação de corredores biológicos, mas são poucos os países em que se adverte este cuidado e prevenção.
Quando se explora comercialmente algumas espécies, nem sempre se estuda a sua modalidade de crescimento para evitar a sua diminuição excessiva e consequente desequilíbrio do ecossistema.

36. O cuidado dos ecossistemas requer uma perspectiva que se estenda para além do imediato, porque, quando se busca apenas um ganho económico rápido e fácil, já ninguém se importa realmente com a sua preservação.
Mas o custo dos danos provocados pela negligência egoísta é muitíssimo maior do que o benefício económico que se possa obter.
No caso da perda ou dano grave dalgumas espécies, fala-se de valores que excedem todo e qualquer cálculo.
Por isso, podemos ser testemunhas mudas de gravíssimas desigualdades, quando se pretende obter benefícios significativos, fazendo pagar ao resto da humanidade, presente e futura, os altíssimos custos da degradação ambiental.

37. Alguns países fizeram progressos na conservação eficaz de certos lugares e áreas – na terra e nos oceanos –, proibindo aí toda a intervenção humana que possa modificar a sua fisionomia ou alterar a sua constituição original.
No cuidado da biodiversidade, os especialistas insistem na necessidade de prestar uma especial atenção às áreas mais ricas em variedade de espécies, em espécies endémicas, raras ou com menor grau de efectiva protecção.
Há lugares que requerem um cuidado particular pela sua enorme importância para o ecossistema mundial, ou que constituem significativas reservas de água assegurando assim outras formas de vida.

38. Mencionemos, por exemplo, os pulmões do planeta repletos de biodiversidade que são a Amazónia e a bacia fluvial do Congo, ou os grandes lençóis freáticos e os glaciares.
A importância destes lugares para o conjunto do planeta e para o futuro da humanidade não se pode ignorar.
Os ecossistemas das florestas tropicais possuem uma biodiversidade de enorme complexidade, quase impossível de conhecer completamente, mas quando estas florestas são queimadas ou derrubadas para desenvolver cultivos, em poucos anos perdem-se inúmeras espécies, ou tais áreas transformam-se em áridos desertos.
Todavia, ao falar sobre estes lugares, impõe-se um delicado equilíbrio, porque não é possível ignorar também os enormes interesses económicos internacionais que, a pretexto de cuidar deles, podem atentar contra as soberanias nacionais.
Com efeito, há «propostas de internacionalização da Amazónia que só servem aos interesses económicos das corporações internacionais».[ii]
É louvável a tarefa de organismos internacionais e organizações da sociedade civil que sensibilizam as populações e colaboram de forma crítica, inclusive utilizando legítimos mecanismos de pressão, para que cada governo cumpra o dever próprio e não-delegável de preservar o meio ambiente e os recursos naturais do seu país, sem se vender a espúrios interesses locais ou internacionais.

39. Habitualmente também não se faz objecto de adequada análise a substituição da flora silvestre por áreas florestais com árvores, que geralmente são monoculturas.
É que pode afectar gravemente uma biodiversidade que não é albergada pelas novas espécies que se implantam.
Também as zonas húmidas, que são transformadas em terrenos agrícolas, perdem a enorme biodiversidade que abrigavam.
É preocupante, nalgumas áreas costeiras, o desaparecimento dos ecossistemas constituídos por mangueirais.

(cont)



[i] Cf. Francisco, Saudação aos funcionários da FAO (20 de Novembro de 2014): AAS 106 (2014), 985; L’Osservatore Romano (ed. portuguesa de 27/XI/2014), 3.
[ii] V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, Documento de Aparecida (29 de Junho de 2007), 86.


Antigo testamento / Salmos

Salmo 57









1 Misericórdia, ó Deus; misericórdia, pois em ti a minha alma se refugia. Eu me refugiarei à sombra das tuas asas, até que passe o perigo.
2 Clamo ao Deus Altíssimo, a Deus, que para comigo cumpre o seu propósito.
3 Dos céus ele me envia a salvação, põe em fuga os que me perseguem de perto; Deus envia o seu amor e a sua fidelidade.
4 Estou no meio de leões, ávidos para devorar; os seus dentes são lanças e flechas, a sua língua é espada afiada.
5 Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus! Sobre toda a terra esteja a tua glória!
6 Preparam armadilhas para os meus pés; fiquei muito abatido. Abriram uma cova no meu caminho, mas foram eles que nela caíram.
7 O meu coração está firme, ó Deus, meu coração está firme; cantarei ao som de instrumentos!
8 Acorde, minha alma! Acordem, harpa e lira! Vou despertar a alvorada!
9 Eu te louvarei, ó Senhor, entre as nações; cantarei teus louvores entre os povos.
10 Pois o teu amor é tão grande que alcança os céus; a tua fidelidade vai até as nuvens.

11 Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus! Sobre toda a terra esteja a tua glória!

Pequena agenda do cristão


TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?



Tratado da vida de Cristo 63

Questão 39: Do baptizado de Cristo

Em seguida devemos tratar do baptizado de Cristo. E nesta questão discutem-se oito artigos:


Art. 1 — Se devia Cristo ser baptizado.
Art. 2 — Se Cristo devia receber o baptismo de João.
Art. 3 — Se Cristo foi baptizado no tempo conveniente.
Art. 4 — Se Cristo devia ter sido baptizado no Jordão.
Art. 5 — Se no baptismo de Cristo os céus deviam abrir-se.
Art. 6 — Se é exacto dizer-se que o Espírito Santo desceu sobre Cristo baptizado em forma de pomba.
Art. 7 — Se a pomba, sob a forma da qual apareceu o Espírito Santo, era uma pomba verdadeira.
Art. 8 — Se convenientemente se fez ouvir, depois de Cristo baptizado, a palavra do Pai, proclamando o seu Filho.

Art. 1 — Se Cristo devia ser baptizado.

O primeiro discute-se assim. — Parece que Cristo não devia ser baptizado.


1. — Pois, o baptismo é uma ablução. Ora, desta não precisava Cristo, isento de qualquer impureza. Logo, parece que Cristo não devia ser baptizado.

2. Demais. — Cristo recebeu a circuncisão para cumprir a lei. Ora, o baptismo não era exigido pela lei. Logo, não devia ser baptizado.

3. Demais. — Em qualquer género de movimento o primeiro motor é imóvel; assim o céu, a causa primeira da alteração, não é susceptível de ser alterado. Ora, Cristo foi o primeiro que baptizou, segundo o Evangelho: Aquele sobre quem tu vires descer o Espírito Santo e repousar sobre ele, esse é o que baptiza. Logo, não convinha que ele próprio fosse baptizado. Mas, em contrário, o Evangelho diz, que Jesus veio da Galileia ao Jordão ter com João para ser baptizado por ele.

Cristo devia ser baptizado. - Primeiro, porque, como diz Ambrósio, o Senhor foi baptizado, não por querer purificar-se; mas para purificar as águas que, purificadas assim pelo corpo de Cristo, isento de pecado, pudessem servir para o baptismo e a fim de deixar para o futuro as águas santificadas para os que devessem ser baptizados, como ensina Crisóstomo. Segundo, porque, como diz Crisóstomo, embora Cristo não fosse pecador, contudo assumiu uma natureza pecadora e a semelhança da carne do pecado. Donde, embora não precisasse ele próprio de baptismo, contudo a natureza carnal dos outros precisava deste. E como diz Gregório Nazíanzeno, Cristo foi baptizado, para imergir na água todo o velho Adão. - Terceiro, Cristo quis ser baptizado, porque como diz Agostinho, quis fazer o que ordenou a todos fazerem. Tal o que significam as suas próprias palavras: Assim nos convém cumprir toda a justiça. Pois, como diz Ambrósio, a justiça exige que comecemos por fazer o que queremos que os outros façam e exortemos os outros a nos imitarem pelo nosso exemplo.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — Cristo não foi baptizado para abluir-se, mas para abluir, como dissemos.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Cristo não só devia cumprir os preceitos da lei antiga: mas ainda dar início aos da nova. Por isso, não somente quis circuncidar-se, mas também baptizar-se.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Cristo foi o primeiro que conferiu o baptismo espiritual. E assim, não foi baptizado senão só em água.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.



Tudo pode e deve levar-nos a Deus

É urgente difundir a luz da doutrina de Cristo. Entesoura formação, enche-te de clareza de ideias, de plenitude da mensagem cristã, para poder depois transmiti-la aos outros. Não esperes umas iluminações de Deus, que não tem porque dá-las, já que dispões de meios humanos concretos: o estudo, o trabalho. (Forja, 841)

O cristão precisa de ter fome de saber. Desde o estudo dos saberes mais abstractos até à habilidade do artesão, tudo pode e deve conduzir a Deus. Efectivamente não há tarefa humana que não seja santificável, motivo para a nossa própria santificação e oportunidade para colaborar com Deus na santificação dos que nos rodeiam. A luz dos seguidores de Jesus Cristo não deve estar no fundo do vale, mas no cume da montanha para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus.

Trabalhar assim é oração. Estudar assim é oração. Investigar assim é oração. Nunca saímos afinal do mesmo: tudo é oração, tudo pode e deve levar-nos a Deus, alimentar a nossa intimidade contínua com Ele, da manhã à noite. Todo o trabalho honrado pode ser oração e todo o trabalho que é oração é apostolado. Deste modo, a alma fortalece-se numa unidade de vida simples e forte.


Vimos a realidade da vocação cristã, ou seja, como o Senhor confiou em nós para levar as almas à santidade, para as aproximar d'Ele, para as unir à Igreja e estender o reino de Deus a todos os corações. O Senhor quer-nos entregues, fiéis, dedicados, com amor. Quer-nos santos, muito seus. (Cristo que passa, nn. 10–11)

Temas para meditar - 555

Justiça



Ao homem é devido o bom-nome, o respeito, a consideração, a fama que mereceu.

Quanto mais conhecemos o homem, tanto mais se nos revela a sua personalidade, o seu carácter, a sua inteligência e o seu coração.

E tanto mais nos damos conta (...) do critério com que devemos "medi-lo", e que quer dizer ser justos com ele.


(são João Paulo II, Alocução, 1978.11.08)

Bento XVI – Pensamentos espirituais 84

Fé e razão



A possibilidade de demonstração por meio da experimentação tem vindo a afirmar-se como critério de racionalidade cada vez mais exclusivo.
As questões fundamentais do ser humano - como viver e como morrer - parecem assim excluídas do âmbito da racionalidade e são relegadas para o domínio da subjectividade...
Eis, então, um grande desafio: fazer ciência no horizonte de uma racionalidade diferente da que hoje predomina, segundo uma razão aberta ao transcendente, a Deus.

Discurso à Universidade Católica de Roma, (25.Nov.05)


 (in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)

Os desastres naturais são um castigo divino? 8

Furacões, terremotos, inundações...


Eles acontecem por causa dos pecados humanos?
Eles são "obra de Deus"?

…/8

Todos nós já vimos exemplos de pessoas que mudaram para melhor graças à forma como responderam em circunstâncias terríveis: bombeiros que arriscam suas vidas pela dos outros, famílias que deixam de lado suas diferenças e se unem em épocas de crise, pessoas que aprendem a valorizar a oração acima das coisas materiais que perderam no desastre natural…
No meio ao sofrimento do mundo, existe uma grande oportunidade de recorrer a Cristo e esperar uma felicidade eterna com Ele.

Nossa própria resposta aos desastres naturais deveria ser a de nos aproximarmos mais do nosso Senhor em nossos sofrimentos e reconhecer que somente nele podemos esperar uma felicidade definitiva.

Muitos lugares, com diferentes níveis de prosperidade, beleza e prestígio, foram arrasados completamente pelas catástrofes naturais ao longo dos anos.
Tais acontecimentos destroem a vida de ricos e pobres e, muitas vezes, fazem que as pessoas reflictam sobre suas prioridades de fé, família, amizade.


(cont)