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04/08/2015

NUNC COEPI o que pode ver em 04 Ago

O que pode ver em NUNC COEPI em Ago 04

São Josemaria – Textos

O século de Fátima (Prof. João César das Neves), Prof. João César das Neves

AMA - Comentários ao Evangelho Mt 14 22-36, Amigos de Deus (S. Josemaria), São Josemaria Escrivá

Defesa da vida, Quinto Mandamento

Suma Teológica - Tratado da Vida de Cristo - Quest 31- Art 7,São Tomás de Aquino


Agenda Terça-Feira

Tratado da vida de Cristo 23

Questão 31: Da concepção do Salvador quanto à matéria de que o Seu corpo foi concebido

Art. 7 — Se a carne de Cristo foi contaminada pelo pecado, nos antigos patriarcas.

O sétimo discute-se assim. — Parece que a carne de Cristo não foi contaminada pelo pecado, nos antigos patriarcas.

1. — Pois, diz a Escritura que na divina sabedoria nada de manchado caiu. Ora, Cristo é a sabedoria de Deus, no dizer do Apóstolo. Logo, a sua carne nunca foi manchada do pecado.

2. Demais. — Damasceno diz que Cristo assumiu as primícias da nossa natureza. Ora, no seu primeiro estado, a carne humana não foi manchada pelo pecado. Logo, a carne de Cristo não foi contaminada pelo pecado, nem em Adão nem nos outros patriarcas.

3. Demais. — Agostinho diz, que a natureza humana sempre teve para os seus ferimentos, os remédios apropriados. Ora, o que foi contaminado não pode, por isso mesmo, ser remédio de nenhum ferimento; antes, precisa de remédio. Logo, a natureza humana sempre teve uma parte não contaminada, da qual foi depois formado o corpo de Cristo.

Mas, em contrário, o corpo de Cristo não se reporta a Adão e aos outros patriarcas senão mediante o corpo da Santa Virgem, da qual assumiu a carne. Ora, o corpo da Santa Virgem foi totalmente concebido no pecado original, como se disse; e assim, mesmo enquanto existente nos patriarcas foi contaminado pelo pecado. Logo, a carne de Cristo, enquanto existente nos patriarcas, foi contaminada pelo pecado.

Quando dizemos que Cristo ou a sua carne existiu em Adão e nos outros patriarcas, comparamos ele ou a sua carne com Adão e com os demais patriarcas. Ora, é manifesto, que uma era a condição dos patriarcas e outra a de Cristo; pois, ao passo que os patriarcas estavam sob o jugo do pecado, Cristo foi absolutamente isento dele. Donde, pode haver erro nessa comparação de dois modos. — Primeiro, se atribuirmos a Cristo ou à sua carne a condição dos patriarcas; por exemplo, se dissermos que Cristo pecou em Adão, porque de certo modo existiu nele. O que é falso, porque nele não existiu, de modo que o pecado de Adão o contaminasse, porque não penetrou nele pela lei da concupiscência, nem por via seminal, como dissemos. — De outro modo podemos errar se atribuirmos ao que existiu actualmente nos patriarcas, a condição de Cristo ou da sua carne. De modo que, por não ter sido a carne de Cristo, tal como Cristo a teve, contaminada pelo pecado, por isso em Adão e nos outros patriarcas existiu uma parte do seu corpo isenta de pecado, da qual foi depois formado o corpo de Cristo, como alguns pensaram. O que não pode ser. Primeiro, porque a carne de Cristo não existiu em Adão e nos outros patriarcas com nenhuma determinada matéria, que pudesse ser distinta da sua carne como o puro se distingue do impuro, conforme já dissemos. Segundo, porque, sendo a carne humana contaminada pelo pecado, porque é concebida na concupiscência, assim como toda carne de todos os homens é concebida pela concupiscência, assim também é totalmente contaminada pelo pecado. Donde devemos concluir, que a carne dos antigos patriarcas foi totalmente contaminada pelo pecado; nem neles houve nada isento do pecado do que depois fosse formado o corpo de Cristo.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — Cristo não assumiu a carne do género humano sujeita ao pecado, mas pura de toda contaminação pecaminosa. Por isso, na sabedoria de Deus não cai nada de manchado.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Diremos que Cristo assumiu as primícias da nossa natureza, quanto à semelhança de condição; porque assumiu a carne não contaminada pelo pecado, como o era a carne antes do pecado. Mas essa expressão não se entende quanto à continuidade da pureza, de modo que a carne do primeiro homem fosse conservada imune do pecado, até a formação do corpo de Cristo.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Antes de Cristo, a natureza humana estava ferida, isto é, contaminada pelo pecado original em acto. Mas, o remédio para esse ferimento não existia nela em acto, mas só pela virtude da origem, enquanto desses patriarcas nasceria no tempo a carne de Cristo.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.



Evangelho, comentário, L. Espiritual




Tempo comum XVIII Semana


Evangelho: Mt 14, 22-36

22 Imediatamente Jesus obrigou os Seus discípulos a subir para a barca e a passarem antes d'Ele à outra margem do lago, enquanto despedia a multidão. 23 Despedida esta, subiu a um monte para orar a sós. Quando chegou a noite, achava-Se ali só. 24 Entretanto a barca no meio do mar era batida pelas ondas, porque o vento era contrário. 25 Ora, na quarta vigília da noite, Jesus foi ter com eles, andando sobre o mar. 26 Os discípulos, quando O viram andar sobre o mar, assustaram-se e disseram: «É um fantasma». E, com medo, começaram a gritar. 27 Mas Jesus falou-lhes imediatamente dizendo: «Tende confiança: sou Eu, não temais». 28 Pedro, tomando a palavra, disse: «Senhor, se és Tu, manda-me ir até onde estás por sobre as águas». 29 Ele disse: «Vem!». Descendo Pedro da barca, caminhava sobre as águas para ir ter com Jesus. 30 Vendo, porém, que o vento era forte, teve medo e, começando a afundar-se, gritou, dizendo: «Senhor salva-me!». 31 Imediatamente Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?». 32 Depois que subiram para a barca, o vento cessou. 33 Os que estavam na barca prostraram-se diante d'Ele, dizendo: «Verdadeiramente Tu és o Filho de Deus». 34 Tendo atravessado o lago, foram para a terra de Genesaré. 35 Tendo-O reconhecido o povo daquele lugar, mandaram prevenir toda aquela região, e apresentaram-Lhe todos os doentes. 36 Estes rogavam-Lhe que os deixasse tocar, ao menos, a orla do Seu vestido. E todos os que a tocaram ficaram curados.

Comentário:

Jesus retira-se para orar.

Retirar-se significa recolher-se, ficar a sós consigo e, neste caso, com Deus.

É, sem dúvida, a melhor forma de estar com Ele. Sozinho com Deus, o homem tem a possibilidade de encontrar uma linha de diálogo serena e profícua com o Senhor.
Isto é oração.
Pode não haver palavras, suspiros, emoções, basta sentir-se na Sua presença e manter essas disposições da alma, do espírito, que nos vão conduzindo, serenamente, sem pressas.
E então, seguramente, Deus responde com as inspirações que procuramos para saciar a secura que, por vezes, nos acicata.

(ama, comentário sobre Mt 14, 22-23, 2009.07.07)


Leitura espiritual



São Josemaria Escrivá

Amigos de Deus

233 
       
Uma das suas primeiras manifestações concretiza-se em iniciar a alma nos caminhos da humildade.
Quando sinceramente nos consideramos nada; quando compreendemos que, se não tivéssemos o auxílio divino, a mais débil e fraca das criaturas seria melhor do que nós; quando nos vemos capazes de todos os erros e de todos os horrores; quando nos reconhecemos pecadores, embora lutemos com empenho por nos afastarmos de tantas infidelidades, como havemos de pensar mal dos outros?
Como se poderá alimentar no coração o fanatismo, a intolerância, o orgulho?

A humildade leva-nos pela mão a tratar o próximo da melhor forma: compreender a todos, conviver com todos, desculpar a todos; não criar divisões nem barreiras; comportarmo-nos - sempre! - como instrumentos de unidade.
Não é em vão que existe no fundo do homem uma forte aspiração à paz, à união com os seus semelhantes e ao respeito mútuo pelos direitos da pessoa, de modo que tal aspiração se transforme em fraternidade.
Isto reflecte uma nota característica do que há de mais valioso na condição humana: se todos somos filhos de Deus, a fraternidade nem se reduz a uma figura de retórica, nem consiste num ideal ilusório, pois surge como meta difícil, mas real.

Perante os cínicos, os cépticos, os insensíveis, os que fizeram da sua cobardia um modo de pensar, nós, os cristãos, havemos de demonstrar que esse carinho é possível.
Existem talvez muitas dificuldades para nos comportarmos deste modo, pois o homem foi criado livre e tem a possibilidade de se levantar inútil e amargamente contra Deus; mas esse caminho é possível e é real, porque tal conduta nasce necessariamente como consequência do amor de Deus e do amor a Deus.
Se tu e eu quisermos, Jesus Cristo também o quer.
Então compreenderemos, em toda a sua profundidade e com toda a sua fecundidade, a dor, o sacrifício, a entrega desinteressada na convivência diária com os outros.

234
         
O exercício da caridade

Pecaria por ingenuidade quem imaginasse que as exigências da caridade cristã se cumprem facilmente.
É bem diferente o que nos diz a experiência, quer no âmbito das ocupações habituais dos homens, quer, por desgraça, no âmbito da Igreja.
Se o amor não nos obrigasse a calar, cada um de nós teria muito que contar de divisões, de ataques, de injustiças, de murmurações e de insídias.
Temos de o admitir com simplicidade, para tratar de aplicar, pela parte que nos corresponde, o remédio oportuno, que se há-de traduzir num esforço pessoal por não ferir, por não maltratar, por corrigir sem deixar ninguém esmagado.

Não são problemas de hoje.
Poucos anos depois da Ascensão de Cristo aos céus, quando ainda andavam de um lugar para outro todos os Apóstolos e era geral um admirável fervor de fé e de esperança, já muitos, no entanto, começavam a desencaminhar-se e a não viver a caridade do Mestre.

Havendo entre vós rivalidades e discórdias - escreve S. Paulo aos de Corinto - não é notório que sois carnais e procedeis como homens? Porque, quando um diz: eu sou de Paulo, e outro: eu sou de Apolo, não estais a mostrar que ainda sois homens carnais que não compreendem que Cristo veio para superar todas essas divisões?
Quem é Apolo?
Quem é Paulo?
Ministros daquele em quem vós crestes e isso segundo a medida que o Senhor concedeu a cada um.

O Apóstolo não rejeita a diversidade: cada um tem de Deus o seu próprio dom; um de um modo e outro de outro.
Mas essas diferenças têm de estar ao serviço do bem da Igreja.
Sinto-me inclinado agora a pedir ao Senhor - se quiserdes unir-vos a esta minha oração - que não permita que na sua Igreja a falta de amor semeie joio nas almas.
A caridade é o sal do apostolado dos cristãos; se perde o sabor, como poderemos apresentar-nos ao mundo e explicar, de cabeça erguida, que aqui está Cristo?

235
        
Portanto, repito-vos com S. Paulo: ainda que eu falasse as línguas dos homens e a linguagem dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que ressoa ou como o címbalo que tine.
E ainda que eu tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e possuísse toda a ciência, e tivesse toda a fé, de modo a mover montanhas, se não tiver caridade, não sou nada.
E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres e entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, nada me aproveita .

Perante estas palavras do Apóstolo dos gentios, não faltam os que se assemelham àqueles discípulos de Cristo, que, ao anunciar-lhes Nosso Senhor o Sacramento da sua Carne e do seu Sangue, comentaram:
- É dura esta doutrina; quem a pode escutar?
 É dura, sim. Porque a caridade que o Apóstolo descreve não se limita à filantropia, ao humanitarismo ou à natural comiseração pelo sofrimento alheio; exige a prática da virtude teologal do amor a Deus e do amor, por Deus, aos outros.
Por isso, a caridade nunca deixará de existir, ao passo que as profecias terminarão, as línguas cessarão e a ciência acabará...
Agora permanecem estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade; mas, das três, a caridade é a mais excelente.

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O único caminho

Já nos convencemos de que a caridade nada tem a ver com essa caricatura que às vezes se tem pretendido traçar da virtude central da vida cristã.
Mas perguntamos agora: porque se exige pregá-la constantemente? Será uma espécie de tema obrigatório, mas com poucas possibilidades de se manifestar em factos concretos?

Olhando à nossa volta, talvez descobríssemos razões para pensar que a caridade é realmente uma virtude ilusória.
Mas considerando as coisas com sentido sobrenatural, descobrirás também a raiz dessa esterilidade, que se cifra numa ausência de convívio intenso e contínuo, de tu a tu, com Nosso Senhor Jesus Cristo, e no desconhecimento da acção do Espírito Santo na alma, cujo primeiro fruto é precisamente a caridade.

Recolhendo um conselho do Apóstolo - levai uns as cargas dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo - acrescenta um Padre da Igreja: amando a Cristo, suportaremos facilmente a fraqueza dos outros, mesmo a daquele a quem ainda não amamos, porque não tem boas obras.

Por aí se eleva o caminho que nos faz crescer na caridade.
Enganar-nos-íamos se imaginássemos que primeiro temos de nos exercitar em actividades humanitárias, em trabalhos de assistência, excluindo o amor do Senhor.
Não descuidemos Cristo por causa do próximo que está enfermo, uma vez que devemos amar o enfermo por causa de Cristo.

Olhai constantemente para Jesus, que, sem deixar de ser Deus, se humilhou tomando a forma de servo para nos poder servir, porque só nessa mesma direcção se abrem os afãs por que vale a pena lutar.
O amor procura a união, a identificação com a pessoa amada; e, ao unirmo-nos com Cristo, atrair-nos-á a ânsia de secundar a sua vida de entrega, de amor sem medida, de sacrifício até à morte.
Cristo coloca-nos perante o dilema definitivo: ou consumirmos a existência de uma forma egoísta e solitária ou dedicarmo-nos com todas as forças a uma tarefa de serviço.

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Vamos pedir agora ao Senhor, para terminar este tempo de conversa com Ele, que nos conceda poder repetir com S. Paulo que triunfamos por virtude daquele que nos amou.
Pelo qual estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as virtudes, nem o presente, nem o futuro, nem a força, nem o que há de mais alto, nem de mais profundo, nem qualquer outra criatura poderá jamais separar-nos do amor de Deus que está em Jesus Cristo Nosso Senhor.

Este amor também a Escritura o canta com palavras inflamadas: as águas copiosas não puderam extinguir a caridade, nem os rios afogá-la.
Este amor encheu sempre o Coração de Santa Maria, ao ponto de enriquecê-la com entranhas de Mãe para toda a humanidade.
Em Nossa Senhora o amor a Deus confunde-se com a solicitude por todos os seus filhos.
O seu Coração dulcíssimo teve de sofrer muito, atento aos mínimos pormenores - não têm vinho - ao presenciar aquela crueldade colectiva, aquele encarniçamento dos verdugos, que foi a Paixão e Morte de Jesus.
Mas Maria não fala.
Como o seu Filho, ama, cala e perdoa. Essa é a força do amor.

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Sempre que sentimos no nosso coração desejos de melhorar, de responder mais generosamente ao Senhor, e procuramos um guia, um norte claro para a nossa existência cristã, o Espírito Santo traz à nossa memória as palavras do Evangelho: importa orar sempre e não cessar de o fazer.

A oração é o fundamento de todo o trabalho sobrenatural; com a oração somos omnipotentes; se prescindíssemos deste recurso, nada conseguiríamos.

Eu gostaria que hoje, na nossa meditação, nos persuadíssemos definitivamente da necessidade de nos dispormos a ser almas contemplativas no meio do mundo e do trabalho, com uma conversa contínua com o nosso Deus, a qual não deve esmorecer ao longo do dia. Se pretendemos seguir lealmente os passos do Mestre, este é o único caminho.

(cont)


Defesa da vida

O quinto mandamento do Decálogo


4. O respeito pela dignidade das pessoas

4.3. O transplante de órgãos

A doação de órgãos para transplante é legítima e pode ser um acto de caridade, se a doação é plenamente livre e gratuita [i], e se respeita a ordem da justiça e da caridade.

«Uma pessoa só pode doar alguma coisa de que se possa privar sem perigo sério ou dano para a sua própria vida ou identidade pessoal, e por uma razão justa e proporcionada. É óbvio que os órgãos vitais só podem ser doados depois da morte» [ii].

É preciso que o doador ou os seus representantes tenham dado de forma consciente o seu consentimento [iii].
Esta doação, «embora seja legítima em si mesma, pode chegar a ser ilícita, se viola os direitos e sentimentos de terceiros aos quais compete a tutela do cadáver: os parentes próximos em primeiro lugar, mas poderia mesmo tratar-se de outras pessoas em virtude de direitos públicos ou privados [iv].

(cont)



[i] Cf. João Paulo II, Discurso, 22-VI-1991, 3; Catecismo, 2301.
[ii] Cf. João Paulo II, Discurso, 22-VI-1991, 4.
[iii] cfr. Catecismo, 2296
[iv] PIO XII, Discurso à Associação Italiana de doadores de córnea, 14-V-1956.

Se os cristãos soubessem servir!

Quando te falo do "bom exemplo", quero indicar-te também que hás-de compreender e desculpar, que hás-de encher o mundo de paz e de amor. (Forja, 560)

Se os cristãos soubessem servir! Vamos confiar ao Senhor a nossa decisão de aprender a realizar esta tarefa de serviço, porque só servindo é que poderemos conhecer e amar Cristo e dá-Lo a conhecer e conseguir que os outros O amem mais.

Como o mostraremos às almas? Com o exemplo: que sejamos testemunho seu, com a nossa voluntária servidão a Jesus Cristo em todas as nossas actividades, porque é o Senhor de todas as realidades da nossa vida, porque é a única e a última razão da nossa existência. Depois, quando já tivermos prestado esse testemunho do exemplo, seremos capazes de instruir com a palavra, com a doutrina. Assim procedeu Cristo: coepit facere et docere, primeiro ensinou com obras, e só depois com a sua pregação divina.


Servir os outros, por Cristo, exige que sejamos muito humanos. Se a nossa vida é desumana, Deus nada edificará nela, porque habitualmente não constrói sobre a desordem, sobre o egoísmo, sobre a prepotência. Precisamos de compreender todas as pessoas, temos de conviver com todos, temos de desculpar todos, temos de perdoar a todos. Não diremos que o injusto é o justo, que a ofensa a Deus não é ofensa a Deus, que o mau é bom. Todavia, perante o mal, não responderemos com outro mal, mas com a doutrina clara e com a boa acção; afogando o mal em abundância de bem. (Cristo que passa, 182).

Pequena agenda do cristão


TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?




Temas para meditar - 479

Dor



O Cristianismo não é a religião da dor.

Mas é a única religião que enfrenta sem medo a dor, como um facto da vida, e a vence através do amor.



(joão césar das neves, O Século de Fátima, Principia, 2ª ed. nr. 130)