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17/07/2015

O que pode ver em NUNC COEPI em Jul 17

O que pode ver em NUNC COEPI em Jul 17

São Josemaria – Textos

Cart. (São João Paulo II), Juventude, São João Paulo II

Jesus Cristo e a Igreja, Paul O'Callagham

AMA - Comentários ao Evangelho Mt 12 1-8, Amigos de Deus (S. Josemaria), São Josemaria Escrivá

Aborto, Defesa da vida


Agenda Sexta-Feira

Pequena agenda do cristão



Sexta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?





Defesa da vida

Questões sobre o aborto

…/2

Assim sendo, parece legítimo sugerir duas perguntas:

1) Que critérios se devem seguir para enquadrar um acto, que tem um claro significado ético, dentro dos que não devem ser tutelados ou julgados por “terceiros” (chamemos-lhes “actos de mera consciência” ou de “moral privada”)?

2) No caso dos critérios de enquadramento serem difusos ou pouco claros, quem decide sobre esse eventual enquadramento de um acto na moral privada (ou na moral pública)?

Certamente, os actos que tenham particular relevo social, que envolvam direitos de terceiros ou transtornem a vida social devem ser regulados socialmente.
Isto é, a Sociedade (o Estado) deve intervir para evitar abusos sobre pessoas em peculiar situação de vulnerabilidade, que são os mais necessitados da tutela jurídica.
Assim, o Estado deve actuar nos casos de grave violência doméstica, ou de excessos de velocidade nas estradas, em caso de incitações ao racismo e à xenofobia ou em despedimentos sem justa causa.
Quando o Estado intervém não significa que o infractor não invoque a sua consciência, por exemplo, para assegurar que, no seu caso e de acordo com ela, circular a 180 km/h não constituía perigo nem para o próprio nem para outros.
E até é provável que a coima (ou multa, no Brasil) não mude a consciência do condutor temerário. Continuará a pensar que foi injustamente punido.
Deveria o Estado retroceder na coima em nome do juízo de consciência do infractor? Ou deverá até retirar a lei, confiando no prudente juízo de cada automobilista?
E, no caso de optar pela supressão da lei, quando houvesse um acidente por excesso de velocidade, com a morte de inocentes, a quem se exigiria a reparação do dano causado: ao automobilista falecido?
Ao fabricante de carros? 
Ao construtor da estrada?
A ninguém, em memória da consciência do infractor?


(cont)

Cristo e a Igreja – 71

A novidade em Cristo

…/6

Mas Deus foi fiel à sua promessa, e a potência do mal não pôde apagar a entrega divina de Jesus, como a Ressurreição manifestou.

A força salvífica que Deus introduziu no mundo pela Encarnação do seu Filho, e sobretudo pela sua Ressurreição, é a novidade absoluta, universal e permanente.
Isto aprecia-se desde o início da pregação apostólica: com alegria transbordante, os apóstolos proclamaram por toda a Judeia, pelo Império Romano e pelo mundo inteiro que Jesus tinha ressuscitado; que o mundo podia mudar, que cada mulher, cada homem podiam mudar; que já não estávamos submetidos à lei do pecado e da morte eterna. 

Cristo, sentado à direita do Padre, diz: olha, faço novas todas as coisas 5.

(cont)

(p. o'callaghan, CRISTO, 5 de Diciembre de 2008, trad. ama)

Se alguém não luta...

A alegria é um bem cristão, que possuímos enquanto lutarmos, porque é consequência da paz. A paz é fruto de ter vencido a guerra, e a vida do homem sobre a terra, lemos na Escritura Santa, é luta. (Forja, 105)

A tradição da Igreja sempre se referiu aos cristãos como milites Christi, soldados de Cristo; soldados que dão serenidade aos outros enquanto combatem continuamente contra as suas próprias más inclinações. Às vezes, por falta de sentido sobrenatural, por uma descrença prática, não querem compreender de forma alguma como milícia a vida na Terra. Insinuam maliciosamente que, se nos consideramos milites Christi, há o perigo de utilizarmos a fé para fins temporais de violência, de sedições. Esse modo de pensar é um triste e pouco lógico simplismo, que costuma andar unido ao comodismo e à cobardia.

Nada há de mais estranho à fé católica do que o fanatismo. Este conduz a estranhas confusões, com os mais diversos matizes, entre o que é profano e o que é espiritual. Tal perigo não existe, se a luta se entende como Cristo no-la ensinou, isto é, como guerra de cada um consigo mesmo, como esforço sempre renovado por amar mais a Deus, por desterrar o egoísmo, por servir todos os homens. Renunciar a esta contenda, seja com que desculpa for, é declarar-se de antemão derrotado, aniquilado, sem fé, com a alma caída e dissipada em complacências mesquinhas.


Para o cristão, o combate espiritual diante de Deus e de todos os irmãos na fé é uma necessidade, uma consequência da sua condição. Por isso, se alguém não luta, está a trair Jesus Cristo e todo o Corpo Místico, que é a Igreja. (Cristo que passa, 74)

Evangelho, comentário, L. Espiritual




Tempo comum XV Semana


Evangelho: Mt 12, 1-8

1 Naquele tempo, num dia de sábado, passava Jesus por umas searas, e Seus discípulos, tendo fome, começaram a colher espigas e a comê-las. 2 Vendo isto os fariseus, disseram-Lhe: «Olha que os Teus discípulos fazem o que não é permitido fazer ao sábado». 3 Jesus respondeu-lhes: «Não lestes o que fez David e os seus companheiros, quando tiveram fome? 4 Como entrou na casa de Deus, e comeu os pães sagrados, dos quais não era lícito comer, nem a ele, nem aos que com ele iam, mas só aos sacerdotes? 5 Não lestes na Lei que aos sábados os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa? 6 Ora Eu digo-vos que aqui está Alguém que é maior que o templo. 7 Se vós soubésseis o que quer dizer: “Quero misericórdia e não sacrifício”, jamais condenaríeis inocentes. 8 Porque o Filho do Homem é senhor do próprio sábado».9 Partindo dali, foi à sinagoga deles,10 onde se encontrava um homem que tinha atrofiada uma das mãos; e, eles, para terem de que O acusar, perguntaram-Lhe: «É permitido curar aos sábados?». 11 Ele respondeu-lhes: «Que homem haverá entre vós que, tendo uma ovelha, se esta cair no dia de sábado a uma cova, não a agarre, e não a tire de lá? 12 Ora quanto mais vale um homem do que uma ovelha? Logo, é permitido fazer bem no dia de sábado».

Comentário:

Como não podia deixar de ser, Jesus Cristo faz – e os Seus discípulos imitam-no – o que ensina: «… não vos preocupeis com o que haveis de comer…»

E, a verdade nua e crua é que sentem fome! Tanta fome que umas simples espigas de trigo servem de escasso alimento!

A nós, homens que vivemos neste mundo, que precisamos de tantas coisas, que temos de tomar o pequeno-almoço, almoçar, por vezes lanchar, jantar… faz-nos alguma confusão este procedimento.

E quando olhamos à nossa volta ou ouvimos noticiários dando-nos conta da fome – autêntica – que grassa pelo mundo, sentimos um aperto no coração e até alguma revolta.
Parece-me que temos razão. Ninguém deveria ter fome!

Mas tal como os fariseus criticaram os discípulos por comerem aquelas parcas espigas, também os fariseus de hoje, optam por gastar somas de dinheiro astronómicas em armamentos, engenhos de destruição e obras faraónicas de utilidade duvidosa do que dedicar uma ínfima parte – que seria a suficiente – para resolver esse problema.

(ama, comentário sobre Mt 12, 1-8, 2015.06.29)



Leitura espiritual



São Josemaria Escrivá

Amigos de Deus

128
        
O caminho do cristão

Que transparente se torna o ensinamento de Cristo!
Como de costume, abramos o Novo testamento, desta vez no capítulo XI de S. Mateus: Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração.
Vês?
Temos que aprender d'Ele, de Jesus, nosso único modelo.
Se queres progredir, evitando tropeços e extravios, só tens que andar pelo caminho que Ele percorreu, pôr os teus pés nos sinais das suas pegadas, penetrar no seu Coração humilde e paciente, beber do manancial dos seus mandatos e afectos; numa palavra, tens de identificar-te com Jesus Cristo, tens de procurar converter-te verdadeiramente noutro Cristo entre os teus irmãos, os homens.

Para que ninguém se engane, vamos ler outra passagem de S. Mateus.
No capítulo XVI, o Senhor é ainda mais preciso na sua doutrina: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
O caminho de Deus é de renúncia, de mortificação, de entrega, mas não de tristeza ou de apoucamento.

Revê o exemplo de Cristo, do presépio de Belém até ao trono do Calvário.
Considera a sua abnegação, as suas privações: fome, sede, fadiga, calor, sono, maus tratos, incompreensões, lágrimas...; e a sua alegria por salvar a humanidade inteira.
Gostaria que gravasses, agora, profundamente, na tua cabeça e no teu coração - para o meditares muitas vezes e o traduzires em consequências práticas - aquele resumo de S. Paulo, quando convidava os Efésios a seguir, sem vacilações, os passos do Senhor: Sede imitadores de Deus, visto que sois seus filhos muito queridos, e procedei com amor, tal como Cristo nos amou e se ofereceu a si mesmo a Deus, como oferenda e hóstia de odor suavíssimos.

129
         
Jesus entregou-se a si mesmo, feito holocausto por amor.
E tu, discípulo de Cristo; tu, filho predilecto de Deus; tu, que foste comprado a preço de Cruz; tu também deves estar disposto a negar-te a ti mesmo.
Portanto, sejam quais forem as circunstâncias concretas que atravessemos, nem tu nem eu podemos levar uma conduta egoísta, aburguesada, cómoda, dissipada..., - perdoa a minha sinceridade - néscia! Se ambicionas a estima dos homens e anseias ser considerado ou apreciado e se não procuras senão uma vida de prazer, desviaste-te do caminho...
Na cidade dos santos, só aos que passam pelo caminho áspero, apertado e estreito das tribulações se permite entrar, descansar e reinar com o Rei pelos séculos sem fim.

É necessário que te decidas a carregar com a cruz voluntariamente.
Senão, dirás com a língua que imitas Cristo, mas os teus actos desmenti-lo-ão; assim não conseguirás tratar com intimidade o Mestre nem o amarás verdadeiramente.
É urgente que nós, os cristãos, nos convençamos bem desta realidade: não andamos perto do Senhor, quando não sabemos privar-nos espontaneamente de tantas coisas que o capricho, a vaidade, o prazer, o interesse... reclamam.
Não deve passar um dia sem que o tenhas condimentado com a graça e o sal da mortificação.
E afasta a ideia de que estás, então, reduzido a ser um desgraçado. Pobre felicidade será a tua, se não aprendes a vencer-te a ti próprio, se te deixas esmagar e dominar pelas tuas paixões e veleidades, em vez de tomares a tua cruz com galhardia.

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Recordo agora - certamente algum de vós me terá ouvido já este mesmo comentário noutras meditações - aquele sonho de um escritor do século de ouro castelhano.
Diante dele abrem-se dois caminhos. Um apresenta-se amplo e fácil de percorrer, pródigo em estalagens e tabernas e outros lugares amenos e agradáveis.
Por ali avançam as pessoas a cavalo ou em carroças, entre música e risos - gargalhadas loucas-; contempla-se uma multidão embriagada num deleite aparente, efémero, porque esse caminho acaba num precipício sem fundo.
É o caminho dos mundanos, dos eternos aburguesados: ostentam uma alegria que, na realidade, não têm; procuram insaciavelmente toda a espécie de comodidades e prazeres...; horroriza-os a dor, a renúncia, o sacrifício.
Não querem saber nada da Cruz de Cristo, pensam que é coisa de loucos.
Mas são eles os dementes: escravos da inveja, da gula, da sensualidade, acabam por passar pior e apercebem-se tarde de que desperdiçaram, por uma bagatela insípida, a sua felicidade terrena e eterna. É o Senhor a advertir-nos:
Quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim encontrá-la-á. Porque, de que serve ao homem ganhar todo o mundo, se perde a sua alma?

Em direcção diferente segue, nesse sonho, outro caminho: tão estreito e íngreme, que não é possível percorrê-lo a cavalo.
Todos os que seguem por ele, andam pelo seu próprio pé, talvez em ziguezague, com rosto sereno, pisando abrolhos e saltando pedregulhos.
Em determinados pontos do caminho deixam farrapos dos seus vestidos e mesmo da sua carne.
Mas no fim espera-os um jardim, a felicidade para sempre, o Céu.
É o caminho das almas santas que se humilham, que por amor a Jesus Cristo se sacrificam com gosto pelos outros; o caminho dos que não temem subir carregando amorosamente com a sua cruz, por muito que pese, porque sabem que, se o peso os fizer cair, poderão levantar--se e continuar a subida: Cristo é a força destes caminhantes.

131
         
Que importa tropeçar, se na dor da queda encontramos a energia que nos levanta de novo e nos impulsiona a prosseguir com renovado alento?
Não esqueçais que santo não é o que não cai, mas o que se levanta sempre, com humildade e com santa persistência.
Se no livro dos Provérbios se comenta que o justo cai sete vezes ao dia, tu e eu - pobres criaturas - não nos devemos estranhar nem desalentar perante as misérias pessoais, perante os nossos tropeços, porque continuaremos em frente, se procurarmos a fortaleza n'Aquele que nos prometeu: Vinde a mim todos os que andais cansados e oprimidos, que eu vos aliviarei.
Obrigado, Senhor, quia tu es, Deus, fortitudo mea, porque foste sempre Tu, e só Tu, meu Deus, a minha fortaleza, o meu refúgio, o meu apoio.

Se verdadeiramente desejas progredir na vida interior, sê humilde. Recorre constantemente, confiadamente, à ajuda do Senhor e de sua Mãe bendita, que é também a tua Mãe.
Com serenidade, tranquilo, por muito que te doa a ferida ainda não sarada da tua última queda, abraça de novo a cruz e diz: Senhor, com o teu auxílio lutarei para não parar, responderei fielmente aos teus convites, sem temer as encostas íngremes, nem a aparente monotonia do trabalho habitual, nem os cardos e pedras do caminho. Sei que a tua misericórdia me assiste e que, no fim, acharei a felicidade eterna, a alegria e o amor pelos séculos em fim.

Depois, durante o mesmo sonho, aquele escritor descobria um terceiro itinerário: estreito, também semeado de asperezas e encostas duras como o segundo.
Por ali avançavam alguns no meio de mil dificuldades com gesto solene e majestoso.
Contudo, acabavam no mesmo precipício horrível a que levava o primeiro caminho.
É o caminho que percorrem os hipócritas, os que não têm rectidão de intenção, os que se movem por um falso zelo, os que pervertem as obras divinas ao misturá-las com egoísmos temporais.
É uma loucura lançar-se num empreendimento custoso com o fim de ser admirado; guardar os Mandamentos de Deus à custa de um árduo esforço, mas aspirar a uma recompensa terrena.
Aquele que com o exercício das virtudes pretende benefícios humanos é como o que faz um mau negócio, vendendo um objecto precioso por poucas moedas: podia conquistar o Céu e, em contrapartida, contenta-se com um louvor efémero...
Por isso se diz que as esperanças dos hipócritas são como a teia de aranha: tanto esforço para tecê-la e, no fim, o vento da morte leva-a com um sopro.

132 
      
Com os olhos postos na meta

Se vos recordo estas verdades fortes, é para vos convidar a examinar atentamente os motivos que impulsionam a vossa conduta, com o fim de rectificardes o que necessite de rectificação, dirigindo tudo ao serviço de Deus e dos vossos irmãos, os homens.
Reparai que o Senhor passou ao nosso lado, olhou-nos com carinho e chamou--nos com a sua vocação santa, não pelas nossas obras mas pelo seu beneplácito e com a graça que nos foi dada em Jesus Cristo antes de todos os séculos.

Purificai a intenção, ocupai-vos de todas as coisas por amor a Deus, abraçando com alegria a cruz de cada dia.
Porque penso que estas ideias devem estar esculpidas no coração dos cristãos, tenho repetido milhares de vezes o seguinte: quando não nos limitamos a tolerar e, pelo contrário, amamos a contradição, a dor física ou moral e a oferecemos a Deus em desagravo dos nossos pecados pessoais e dos pecados de todos os homens, asseguro-vos que, então, essa pena não esmaga.

Já não se leva uma cruz qualquer, descobre-se a Cruz de Cristo, com o consolo de que o Redentor se encarrega de suportar o peso.
Nós colaboramos como Simão de Cirene que, quando regressava do trabalho na sua granja, pensando num repouso merecido, se viu forçado a tomar a cruz sobre os seus ombros para ajudar Jesus.
Ser voluntariamente Cireneu de Cristo, acompanhar tão de perto a sua Humanidade sofredora, reduzida a um farrapo, para uma alma enamorada não significa infelicidade, antes traz a certeza da proximidade de Deus, que nos abençoa com essa escolha.

Com muita frequência, não poucas pessoas me comentavam com assombro a alegria que, graças a Deus, têm e contagiam os meus filhos no Opus Dei.
Perante a evidência desta realidade, respondo sempre com a mesma explicação, porque não conheço outra: o fundamento da sua felicidade consiste em não terem medo nem da vida nem da morte, em não se assustarem perante a tribulação, no esforço diário por viverem com espírito de sacrifício, constantemente dispostos - apesar das misérias e debilidades pessoais - a negarem-se a si mesmos, para tornarem o caminho cristão mais fácil e agradável aos outros.


(cont)

Temas para meditar - 470

Seguir Cristo


Segue-Me. Caminha sobre os Meus passos. Vem a Meu lado!
Permanece no Meu amor! [i] é o convite que talvez nós tenhamos recebido...e segui-mo-Lo! O homem precisa deste olhar amoroso [ii] tem necessidade de se saber amado, saber-se amado eternamente e ter sido eleito desde a eternidade [iii]. Ao mesmo tempo, este amor eterno de eleição divina acompanha o homem durante a sua vida como o olhar de amor de Cristo. E talvez com mais intensidade no momento da prova, da humilhação, da perseguição, da derrota (...); então a consciência de que o Pai nos amou sempre no Seu Filho, de que Cristo ama a cada um e sempre, converte-se num sólido ponto de apoio para toda a nossa existência humana. Quando tudo leva a duvidar de si mesmo e do sentido da própria existência, então este olhar de Cristo, isto é, a consciência do amor que n'Ele se mostrou mais forte que todo o mal e que toda a destruição, essa consciência permite-nos sobreviver.




(são joão paulo ii, Carta aos jovens, 1985.03.31)