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01/05/2015

NUNC COEPI 2015.05.01








O que pode ver hoje em NUNC COEPI





Uma Mãe que nunca nos abandona - São Josemaria – Textos

Meditações de Maio 1 - AMA - Meditações de Maio – 2015

Evangelho, comentário, L. espiritual (A beleza de ser cristão) - A beleza de ser cristão (Ernesto Juliá), AMA - Comentários ao Evangelho Mt 13 54-58, Ernesto Juliá Diaz

Jesus Cristo e a Igreja – 65 - Jesus Cristo e a Igreja

Temas para meditar - 434 - A. Bandera, Doença, La Virgen Maria y los sacramentos (A. Bandera), Unção dos doentes


Pequena agenda do cristão - Agenda Sexta-Feira

Uma Mãe que nunca nos abandona

Não estás sozinho. Nem tu nem eu podemos encontrar-nos sozinhos. E, menos ainda, se vamos a Jesus por Maria, pois é uma Mãe que nunca nos abandona. (Forja, 249)

É a hora de recorreres à tua Mãe bendita do Céu, para que te acolha nos seus braços e te consiga do seu Filho um olhar de misericórdia. E procura depois fazer propósitos concretos: corta de uma vez, ainda que custe, esse pormenor que estorva e que é bem conhecido de Deus e de ti. A soberba, a sensualidade, a falta de sentido sobrenatural aliar-se-ão para te sussurrarem: isso? Mas se se trata de uma circunstância tonta, insignificante! Tu responde, sem dialogar mais com a tentação: entregar-me-ei também nessa exigência divina! E não te faltará razão: o amor demonstra-se especialmente em coisas pequenas. Normalmente, os sacrifícios que o Senhor nos pede, os mais árduos, são minúsculos, mas tão contínuos e valiosos como o bater do coração.


Quantas mães conheceste como protagonistas de um acto heróico, extraordinário? Poucas, muito poucas. E contudo, mães heróicas, verdadeiramente heróicas, que não aparecem como figuras de nada espectacular, que nunca serão notícia – como se diz – tu e eu conhecemos muitas: vivem sacrificando-se a toda a hora, renunciando com alegria aos seus gostos e passatempos pessoais, ao seu tempo, às suas possibilidades de afirmação ou de êxito, para encher de felicidade os dias dos seus filhos. (Amigos de Deus, nn 134–135)

Pequena agenda do cristão


Sexta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?



Evangelho, comentário, L. espiritual (A beleza de ser cristão)


Semana IV da Páscoa


São José – Operário

Evangelho: Mt 13 54-58

54 E, indo para a Sua terra, ensinava nas sinagogas, de modo que se admiravam e diziam: «Donde Lhe vem esta sabedoria e estes milagres? 55 Porventura não é este o filho do carpinteiro? Não se chama Sua mãe Maria, e Seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? 56 Suas irmãs não vivem todas entre nós? Donde, pois, Lhe vêm todas estas coisas?». 57 E estavam perplexos a Seu respeito. Mas Jesus disse-lhes: «Não há profeta sem prestígio a não ser na sua terra e na sua casa». 58 E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles.

Comentário:

Em tempos antigos, quando se procurava identificar alguém era costume dizer: é filho de fulano.

A referência ao progenitor era quase sempre como que um “aval” da pessoa em causa, por exemplo na atribuição de um emprego.

Se os conterrâneos de Jesus soubesse ser os “sinais” abundantes que a Sua vida mostrava identificariam a Sua Filiação Divina.


(ama, comentário sobre Mt 13, 54-58, 2015.04.20) 


Leitura espiritual



a beleza de ser cristão

PRIMEIRA PARTE

O QUE É SER CRISTÃO?

IX – Os Sacramentos.

…/17

A UNÇÃO DOS DOENTES

«Com a sagrada unção dos doentes e com a oração dos presbíteros, a Igreja inteira encomenda os doentes ao Senhor sofredor e glorificado para que nos alivie e os salve. Inclusive anima-os a unir-se livremente à paixão e morte de Cristo e contribuir, assim, para o bem do Povo de Deus”.[i]
Já recordamos que os sacramentos, mais que serem «marcas” da passagem de Cristo sobre a terra, são a realidade da presença de Cristo na terra, hoje e agora. De Cristo «sofredor e glorificado”.
No seu viver na terra, Jesus Cristo quis aliviar a dor e curara a doença de muitos paralíticos, coxos, surdos, mudos, leprosos, cegos. Doentes físicos nos quais todos os homens se descobrem a si próprios como doentes espirituais.
Cristo prolonga e continua neste sacramento, o seu desejo de partilhar a fragilidade dos seres humanos que viveu na sua vida terrena e fortifica o homem para que também na dor e no sofrimento alcance viver como «nova criatura”.
Cristo relaciona-se sempre pessoalmente com a totalidade do ser humano.
Não existe na vida do homem nenhuma circunstância que possa afastá-lo necessariamente da graça de Deus, do amor de Deus.
São Paulo, expressa-o com muita clareza: «Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A Angústia? A perseguição? A Fome?..., nem a morte nem a vida nem os anjos nem os principados (…) poderão separar-nos do amor de Deus manifestado em Cristo Nossa Senhor”.[ii]
O cristão está chamado a ser «outro Cristo”, o «próprio Cristo”, em qualquer idade e tempo, na saúde e na doença. Cristo nele e com Ele.
Na unção dos doentes, Cristo torna-se presente e acompanha o homem na doença, na dor, na morte.
E, ao acompanhá-lo, transmite-lhe já um adiantamento da glória da Ressurreição. São Tiago anuncia esta realidade eficaz do sacramento, ao falar-nos da sua prática nos tempos apostólicos: «Alguém entre vós adoece? Faça chamar os presbíteros da Igreja para que orem por ele, depois de tê-lo ungido com óleo em nome do Senhor. E a oração feita com fé salvará o doente e o Senhor o reanimará. E, se cometeu pecados, ser-lhe-ão perdoados”.[iii]

Os cinco sacramentos que até agora consideramos incidem em cada cristão pessoalmente, no processo da sua conversão em «nova criatura”.
O homem, o cristão, todavia, nunca está sozinho.
Pode chegar a viver uma certa solidão física, cultural e até espiritual; que o levem a sentir-se e saber-se separado dos outros seres humanos.
Em caso algum, todavia, a presença na terra «deste” homem se explica por si mesma.
O seu existir exige a existência de outros seres humanos que lhe tenham transmitido a vida ou aos quais ele próprio a transmitiu, e com quem partilha o seu viver.
No primeiro relato da criação fica sublinhada esta unidade do género humano a partir do primeiro instante da sua origem e não somente com Deus, o Criador, mas também entre o homem e a mulher: «Façamos o homem à nossa imagem, segundo a nossa semelhança… Deus criou, pois, o homem à sua imagem, conforme a imagem de Deus o criou; varão e fêmea os criou”.[iv]
Esta unidade do ser humano – homem e mulher; varão e fêmea – e a sua cooperação com Deus na criação, na redenção, na santificação, fica definitivamente estabelecida e manifestada por Cristo no sacramento do Matrimónio.

O MATRIMÓNIO

Para abrir a nossa inteligência a uma adequada compreensão da riqueza sacramental do matrimónio, é necessário superar uma concepção muito difundida estre os fiéis cristãos, que reduz muito o verdadeiro significado do matrimónio.
Essa ideia generalizada leva a considerar que o ser «sacramento” apenas acrescenta uma simples bênção sobrenatural à «instituição natural” do matrimónio.
Como se a importância fundamental do matrimónio estivesse no «contrato natural” de um homem com uma mulher, no qual se trocam promessas de fidelidade e de vida.
O ser «sacramento” limitar-se-ia à realização de umas cerimónias, para «legalizar” essa união diante de Deus.
Podemos tranquilamente afirmar que esta visão do matrimónio é falsa: esquece o facto fundamental da acção da Graça: enxertar o cristão em Cristo; e também desconhece a própria noção de sacramento, e o seu efeito de «originar a Graça”.
Ou seja, de tornar efectiva, no momento de o receber, a «participação na natureza divina” necessária para quem a recebem em cada sacramento possam chegar a converter-se em «nova criatura” e a desenvolver essa vida que se lhes concede segundo o pensar e o querer de Deus.
Limitamo-nos, simplesmente, a assinalar a nova realidade sobrenatural da aliança matrimonial, ao ter sido elevada por Cristo a sacramento, permanecendo idêntica a realidade natural original.
Esta conversão comporta curar as feridas causadas pelo pecado na ordem da criação e converte o matrimónio-sacramento em princípio de redenção e de santificação.
E torna possível que o amor exista sempre no mundo.
A importância do matrimónio nos planos da criação não será nunca suficientemente sublinhada, não obstante as palavras claras do Génesis, que manifestam a confiança e a alegria de Deus no matrimónio: «Deus abençoou-os dizendo-lhes: Crescei e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a; dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves do céu e sobre todos os animais que serpenteiam sobre a terra (…). E viu Deus tudo quanto tinha feito, e heis que estava muito bem”.[v]
Para alcançar a perspectiva da «nova criatura em Cristo”, que é todo o cristão, é muito oportuno ter presente a grandeza do sacramento do matrimónio e a importante acção redentora e santificadora da Graça, que nele tem lugar, dois aspectos que ficaram reflectidos nestes dois textos do Catecismo:
«A Sagrada Escritura principia com o relato da criação do homem e da mulher á imagem e semelhança de Deus [vi] e acaba com a visão das “bodas do cordeiro”.[vii]
De um extremo ao outro, a Escritura fala do matrimónio e do seu «mistério”, da sua instituição e do sentido que Deus lhe deu, da sua origem e do seu fim, das suas diversas realizações ao olongo da história da salvação, das suas dificuldades nascidas do pecado e da sua renovação «no Senhor”,[viii] tudo na perspectiva da Nova Aliança de Cristo e da Igreja”[ix].[x]
E mais à frente: «A ordem da Criação subsiste, ainda que gravemente perturbada.
Para curar as feridas do pecado, o homem e a mulher necessitam da ajuda da graça que Deus, na sua misericórdia infinita, jamais lhes negou.[xi]
Sem esta ajuda, o homem e a mulher não podem chegara realizar a união das suas vidas em ordem da qual Deus os criou «no princípio).[xii]
No sacramento do matrimónio, Cristo dá uma graça própria que «está destinada a aperfeiçoar o amor dos cônjuges, a fortalecer a sua unidade indissolúvel.
Por meio desta graça ajudam-se mutuamente a santificar-se com a vida matrimonial conjugal e no acolhimento e na educação dos filhos”.[xiii]
Com este pressupostos, podemos dizer que, no matrimónio, na família que se origina, a criação primigénia fica entroncada com a nova criação, e torna possível que os filhos dos homens da primeira criação se convertam em filhos de Deus em Cristo, da segunda criação.
Não sem um sentido cheio de «mistério”, a vinda de Cristo à terra tem lugar no seio de uma família; e o primeiro milagre da sua vida pública na terra acontece na celebração de umas bodas.
O cristão descobre que o matrimónio e a família e no matrimónio se origina e fundamenta, não pode ser tratado simplesmente como uma cédula da sociedade, como uma parte que o homem estrutura e organiza de acordo com uma série de necessidades naturais. Ou seja, qualquer visão meramente sociológica da família não descobre a verdadeira, variada e rica realidade humana e sobrenatural que a família é.
A família é o âmbito pessoal do desenvolvimento humano e espiritual do homem, O sacramento do Matrimónio confere aos cônjuges a graça de acompanhar os seus filhos também no seu desenvolvimento como «filhos de Deus em Cristo”.
(cont)

ernesto juliá, La belleza de ser cristiano, trad. ama)





[i] Catecismo n. 1499
[ii] Rm 8, 35-39
[iii] St 5, 14-15
[iv] Gn 1, 26-27
[v] Gn 1, 28-31
[vi] Gn 1, 26-27
[vii] Ap 19, 7-9
[viii] 1 Co 7, 39
[ix] cfr. Ef 5, 31-32
[x] Catecismo n. 1602
[xi] cfr. Gn 3, 21
[xii] Catecismo n. 1608
[xiii] Catecismo, n. 1641

Meditações de Maio 1

Salve Rainha




Eu te saúdo Rainha da minha vida!

Coroada por Deus como Rainha dos Céus e da terra!

Como Rainha que de facto és eu te peço que exerças a tua realeza e me governes com mão carinhosa mas firme!





(ama, meditações de Maio, Salve Rainha, 2015)

Temas para meditar - 434

Santíssima Virgem



A presença de Maria e a sua ajuda maternal nesses momentos (de doença grave) não deve ser tida como coisa marginal e simplesmente paralela ao Sacramento da Unção.

É, antes, uma presença e uma ajuda que se actualiza e se transmite por meio da própria Unção.



(A. bandera, La virgen Maria y los Sacramentos, Rialp, Madrid 1978, p. 184, trad ama)

Jesus Cristo e a Igreja – 65


Celibato eclesiástico: História e fundamentos teológicos [i]

A Legislação do II Concílio Trullano.

…/3

Então, de que fontes derivam as decisões “trullanas” sobre disciplina celibatária bizantina, vinculantes até hoje? Para responder adequadamente a esta pergunta, é necessário considerar antes tais disposições.
Cân. 3: Decide que todos os que depois do batismo tenham contraído um segundo matrimónio ou tenha vivido em concubinato, bem como aqueles que se tinham casado com uma viúva, uma divorciada, uma prostituta, uma escrava ou uma atriz, não poderiam tornar-se nem bispos, nem sacerdotes, nem diáconos.
Cân. 6: Declara que aos sacerdotes e diáconos não estão autorizados a se casar após a Ordenação.
Cân. 12: Ordena que os bispos não podem, após a Ordenação, coabitar com sua esposa e, por conseguinte, não podem mais usar do matrimónio;
Cân. 13: Estabelece que, ao contrário da prática romana que proíbe o uso do matrimónio, os sacerdotes, diáconos e subdiáconos da Igreja oriental, em virtude de antigas prescrições apostólicas, podem conviver com suas esposas e usar dos direitos do casamento para a perfeição e ordem correta, exceto nos tempos em que prestam o serviço no altar e celebram os sagrados mistérios, devendo ser continentes durante este tempo. Esta doutrina havia sido afirmada pelos Padres reunidos em Cartago: “os sacerdotes, diáconos e subdiáconos devem ser continentes durante o tempo do seu serviço ao altar, tendo em vista o que foi transmitido pelos Apóstolos e observado desde os tempos antigos também nós o custodiemos, dedicando um tempo para cada coisa, especialmente à oração e ao jejum. Assim, pois, os que servem no altar devem ser em tudo continentes durante o tempo do seu serviço sagrado para que possam obter o que se pedem a Deus com toda simplicidade.” Portanto quem ouse privar mais além do que estabelece os cânones apostólicos, aos ministros in sacris, quer dizer, aos sacerdotes, diáconos e subdiáconos, da união e comunhão com as legítimas esposas, deve ser deposto, bem como aquele que, sob o pretexto de piedade, expulsa à sua esposa e insiste na separação.
Cân. 26: Decreta que um sacerdote que por ignorância houvesse contraído casamento ilícito tem de se conformar com a sua situação anterior, mas abstendo-se de todo ministério sacerdotal. Esse matrimónio deve ser dissolvido e toda a comunhão com a esposa está proibida.
Cân. 30: Permite que os que, com consentimento mútuo, querem viver continentes, não devem habitar juntos; isso é válido também para os sacerdotes que residem em países bárbaros (isso é entendido como os que vivem no território da Igreja Ocidental). Esse compromisso assumido é, no entanto, uma dispensa dada a esses sacerdotes por sua pusilanimidade e pelos costumes das pessoas ao redor.
Cân.: 48: Manda que a mulher do bispo que, após consentimento mútuo, se separou, deve ingressar num mosteiro depois da Ordenação do marido e deve ser mantida por ele. Pode também ser promovida à diaconisa.

(cont)

(revisão da tradução portuguesa por ama)





[i] Card. alfons m. stickler, Cardeal Diácono de São Giorgio in Velabro