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19/10/2015

Defesa da vida

Questões sobre o aborto

Outro exemplo: lembrando os filmes do farwest, e admitindo que algo de verdade neles exista, os cidadãos defendiam-se com as pistolas.
A maioria não dispararia sobre um adversário de ânimo leve.
Mas foi considerado um avanço da civilização não prosseguir com esse tipo de justiça.
O debate sobre a liberalização das armas prossegue nos EUA, mas a convicção generalizada parece desaconselhar uma facilidade em adquiri-las.
E, certamente, na Europa, esta questão está resolvida.
Por quê?
Posso assegurar, da parte das centenas de pessoas que conheço, que tivessem elas uma arma e nunca a usariam levianamente.
Vamos então mudar a lei, despenalizando indiscriminadamente o porte de armas?
E quando um polícia fere alguém com uma arma, certamente não o fez por gosto; mesmo assim, é exigido habitualmente um inquérito cujo desfecho pode não ser nada favorável para o agente em questão.
Por quê?
Em resumo: o argumento não colhe.
O facto de o aborto ser algo que repugna a quem o pratica não torna supérflua a sua proibição.
Mesmo que a mulher decida abortar por razões que considere ponderadas, a sociedade tem o direito de as considerar sempre menos decisivas que a vida do feto, que, por si só, é uma razão suprema.

(cont)

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