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23/07/2015

Defesa da vida

“Um milagre? Não sei, mas Deus ajudou-me muitíssimo”

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"Deus deu-me uma força enorme"

Maria, embora pareça um lugar comum, deve a vida à sua mãe.
Quando às 21 semanas de gestação, as ecografias e ressonância magnética detectaram que o seu bebé padecia de espinha bífida e estava condenado a viver para sempre dependente de outra pessoa, Maria José não pensou duas vezes. Se existia a mínima possibilidade de que a sua filha vingasse, não seria ela a impedi-lo.

"Sugeriram-me o aborto mas rejeitei imediatamente, porque sou católica", comentou, ontem, Maria José entre lágrimas, quando apenas 36 horas após dar à luz, através de cesariana, a sua primeira filha – tem outro menino com 20 meses – arranjou forças para receber uma dezena de jornalistas.
O caso merecia-o.

O arrojo da sua mãe livrou-a de uma vida cheia de obstáculos e limitações.
«Um milagre?», perguntaram-lhe.
«Não sei, mas Deus ajudou-me muitíssimo, Ele deu-me uma força enorme.

Oxalá haja mais crianças que tenham oportunidade de viver».


(cont)

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