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08/10/2014

O Deus da nossa fé não é um ser longínquo

Considera o que há de mais formoso e grande na terra..., o que apraz ao entendimento e às outras potências..., o que é recreio da carne e dos sentidos... E o mundo, e os outros mundos que brilham na noite; o Universo inteiro. – E isso, junto com todas as loucuras do coração satisfeitas..., nada vale, é nada e menos que nada, ao lado deste Deus meu! – teu! – tesouro infinito, pérola preciosíssima, humilhado, feito escravo, aniquilado sob a forma de servo no curral onde quis nascer, na oficina de...

...José, na Paixão e na morte ignominiosa e na loucura de Amor da Sagrada Eucaristia. (Caminho, 432)

É preciso adorar devotamente este Deus escondido. Ele é o mesmo Jesus Cristo que nasceu da Virgem Maria; o mesmo, que padeceu e foi imolado na Cruz; o mesmo, enfim, de cujo peito trespassado jorrou água e sangue.
Este é o sagrado banquete em que se recebe o próprio Cristo e se renova a memória da Paixão e, com Ele, a alma pode privar na intimidade com o seu Deus e possui um penhor da glória futura. Assim, a liturgia da Igreja resumiu, em breve estrofe, os capítulos culminantes da história da ardente caridade que o Senhor tem para connosco.
O Deus da nossa fé não é um ser longínquo, que contempla com indiferença a sorte dos homens, os seus afãs, as suas lutas, as suas angústias. É um pai que ama os seus filhos até ao ponto de enviar o Verbo, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, a fim, com a sua encarnação, morrer por nós e nos redimir. É ele ainda o mesmo Pai amoroso que agora nos atrai suavemente para Si, mediante a acção do Espírito Santo que habita nos nossos corações. (Cristo que passa, 84)


Justiça

Os homens, abertamente muitas vezes e ocultamente sempre, sofrem os castigos divinos, conforme os seus actos, quer nesta vida quer após a morte: - aliás nenhum homem age correctamente se não for ajudado pelo auxílio divino, - e nenhum demónio ou homem age iniquamente se isso não lhe for permitido pelo mesmo justíssimo juízo divino.



(santo agostinhoA Cidade de Deus, Fund. C. Gulbenkian, Vol. III, Livro XX, Cap. I, nr. 1972)

Tratado da Graça 20

Questão 112: Da causa da graça

Em seguida devemos tratar da causa da graça.


E Nesta questão discutem-se cinco artigos:
Art. 1 – Se só Deus é a causa da graça.
Art. 2 – Se, da parte do homem, é necessária alguma preparação ou disposição para a graça.
Art. 3 – Se é necessariamente dada a graça a quem para ela se prepara, ou faz tudo quanto pode.
Art. 4 – Se a graça é maior em um que em outro.
Art. 5 – Se o homem pode saber que tem a graça.

Art. 1 – Se só Deus é a causa da graça.

(III, q. 62, a. 1, q. 64, a. 1, I Sent., dist. XIV, part, q. 3, dist. XL, q.4, 2, ad 3, II, dist. V, q. 1, a.3, qª 1, DeVerit., q. 27, a. 3, Ad Rom., cap. V, lect. I).

O primeiro discute-se assim. – Parece que não é só Deus a causa da graça.

1. – Pois, diz a Escritura: a graça e a verdade foi trazida por Jesus Cristo. Ora, o nome de Jesus Cristo designa não só a natureza divina unida à humana, mas também essa natureza humana criada e assumida por Deus. Logo, alguma criatura pode ser causa da graça.

2. Demais. – Os sacramentos da lei nova e os da antiga diferem em aqueles causarem a graça, e estes somente a significarem. Ora, os sacramentos da lei nova são elementos visíveis. Logo, nem só Deus é a causa da graça.

3. Demais. – Segundo Dionísio, os anjos purificam, iluminam e aperfeiçoam, tanto os anjos inferiores, como os homens. Ora, a criatura racional é purificada, iluminada e aperfeiçoada pela graça. Logo, não é só Deus a causa da graça. 

Mas, em contrário, diz a Escritura: O Senhor dará a graça e a glória.

Nenhum ser pode agir fora dos limites da sua espécie, pois a causa há-de ser sempre superior ao efeito. Ora, o dom da graça excede as faculdades de toda natureza criada, pois a graça não é senão uma participação da natureza divina, que sobrepuja qualquer outra natureza. Por onde, é impossível qualquer criatura causar a graça. E portanto e necessariamente, só Deus pode deificar, comunicando o consórcio da sua natureza, por uma participação de semelhança, assim como só o fogo pode dar a um corpo o estado de combustão.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. – A humanidade de Cristo é um como instrumento da sua divindade, na expressão de Damasceno. Ora, um instrumento não realiza a ação do agente principal, por virtude própria, mas em virtude daquele. Donde, a humanidade de Cristo não causa a graça por virtude própria, mas em virtude da divindade adjunta, que torna salutares as obras dessa humanidade.

RESPOSTA À SEGUNDA. – Assim como na pessoa mesma de Cristo a humanidade causa a nossa salvação pela graça, mas sob a acção principal da virtude divina, assim também os sacramentos da lei nova, derivados de Cristo, causam a graça instrumental, mas é a virtude do Espírito Santo, operando neles, que a causa principalmente, conforme a Escritura: Quem não renascer da água e do Espírito Santo não pode entrar no reino de Deus.

RESPOSTA À TERCEIRA. – O anjo purifica, ilumina e aperfeiçoa outro anjo ou o homem, instruindo-o, de certo modo, não porém justificando, pela graça. Por isso, Dionísio diz, que essa purificação, iluminação e perfeição não passam de uma recepção da ciência divina.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.


Evangelho diário e coment. Leit. Espiritual (Enc Principes pastorum (S. João XXIII)

Tempo comum XXII Semana

Evangelho: Lc 11, 1-4

1 Estando Ele a fazer oração em certo lugar, quando acabou, um dos Seus discípulos disse-Lhe: «Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos». 2 Ele respondeu-lhes: «Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o Teu nome. Venha o Teu reino. 3 O pão nosso de cada dia dá-nos hoje 4 perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todos os que nos ofendem; e não nos deixes cair em tentação».
Comentário:

Tudo quanto o Pai-Nosso encerra é importante mas, atrevemo-nos a considerar como “chave” que abre o coração – o nosso e o de Deus – o último versículo: «perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todos os que nos ofendem».
Para ser perdoado é, pois fundamental, perdoar, não depois… mas antes…
(ama, comentário sobre Lc 11, 1-4, 2013.10.09)


Leitura espiritual



Documentos do Magistério
CARTA ENCÍCLICA
PRINCEPS PASTORUM
DO SUMO PONTÍFICE PAPA JOÃO XXIII
AOS VENERÁVEIS IRMÃOS PATRIARCAS,
PRIMAZES, ARCEBISPOS, BISPOS
E AOS OUTROS ORDINÁRIOS DO LUGAR
EM PAZ E COMUNHÃO COM A SÉ APOSTÓLICA

SOBRE AS MISSÕES CATÓLICAS

Educação adaptada ao ambiente

14. Além disto, a Igreja, como bem sabeis, veneráveis irmãos, sempre exigiu que os seus sacerdotes sejam tornados aptos para seu ministério mediante uma educação intelectual sólida e completa.
Que de tanto sejam capazes os jovens de todas as raças e provenientes de todas as partes do mundo, isto nem sequer vale mais a pena lembrá-lo, tanto os factos e a experiência o demonstraram com evidência.
Obviamente, a formação do clero local deve ter na devida conta os factores ambientais próprios das várias regiões.
Para todos os candidatos ao sacerdócio vigora a sapientíssima norma segundo a qual eles não devem ser formados "num ambiente por demais arredio do mundo" [13], visto que desse modo, "quando forem para o meio da sociedade, encontrarão sérias dificuldades nas relações com o povo e com a classe culta, e daí sucederá, com frequência ou assumirem uma atitude errada e falsa para com os fiéis, ou considerarem desfavoravelmente a formação recebida". [14]
Eles deverão ser sacerdotes espiritualmente perfeitos, mas também, "gradual e prudentemente inseridos naquela parte do mundo" [15] que lhes coube por sorte, para que a iluminem com a verdade, a santifiquem com a graça de Cristo.
Para tal fim, também no que respeita ao regime de vida do seminário, convém insistir sobre o modo de viver local, não porém sem pôr a fruto todas aquelas facilidades de ordem técnica ou material que já agora são bem e património de todas as civilizações, enquanto representam um real progresso para um teor de vida mais elevado e para uma mais adequada salvaguarda das forças físicas.

Educação no senso de responsabilidade e no espírito de iniciativa

15. A formação do clero autóctone, dizia o nosso predecessor Bento XV, deve visar a torná-lo capaz de tomar em mãos, apenas isso for possível, o governo das novas Igrejas, e de guiar, com o ensino e com o ministério, os próprios compatrícios na trilha da salvação. [16]
Para tal fim, afigura-se-nos sumamente oportuno que todos aqueles que, ou alienígenas ou nativos, cuidam dessa formação, se empenhem conscienciosamente em desenvolver nos seus alunos o senso de responsabilidade e o espírito de iniciativa, [17] de modo que estes estejam em condições de assumir bem depressa e progressivamente todas as tarefas, mesmo as mais importantes, inerentes ao seu ministério, em perfeita concórdia com o clero alienígena, mas também em igual medida.
Esta será, com efeito, a prova da real eficácia da educação a eles ministrada, e constituirá o coroamento e o prémio melhor dos que para ela contribuíram.

Utilização dos valores locais.

16. Em vista justamente de uma formação intelectual que leve em conta as necessidades reais e da mentalidade de cada povo, esta Sé Apostólica sempre recomendou os estudos especiais de missiologia não só para o clero alienígena, como também para o clero nativo. Assim o nosso predecessor Bento XV, decretava a instituição do ensino de matérias missionárias no Pontifício ateneu Urbaniano "de Propaganda Fide", [18] e Pio XII salientava com satisfação a erecção do Instituto missionário científico no mesmo ateneu Urbaniano, "e a instituição, quer em Roma, quer noutros lugares, de faculdades e cátedras de missiologia". [19]
Por isto os programas dos seminários locais em terra de missão não deixarão de assegurar cursos de estudo nos vários ramos da missiologia e o ensino dos diversos conhecimentos e técnicas especialmente úteis para o ministério futuro do clero daquelas regiões.
Para tal fim prover-se-á a um ensino que, no espírito da mais pura e sólida tradição eclesiástica, saiba formar acuradamente o juízo dos sacerdotes sobre os valores culturais locais especialmente filosóficos e religiosos, na sua relação com o ensino e a religião cristã.
 "A Igreja Católica – disse o nosso imortal predecessor Pio XII – não despreza ou rejeita completamente o pensamento pagão, mas, antes, depois de o haver purificado de toda escória de erro, completa-o e aperfeiçoa-o com sabedoria cristã.
Assim igualmente ela acolheu o progresso no campo das ciências e das artes... e consagrou de alguma maneira os costumes particulares e as tradições antigas dos povos, as próprias festas pagãs, transformadas, serviram para celebrar as memórias dos mártires e os divinos mistérios". [20]
Nós mesmo já manifestamos o nosso pensamento sobre este assunto: "Em toda parte... onde autênticos valores de arte e de pensamento são suscetíveis de enriquecer a família humana, a Igreja está pronta a favorecer tais trabalhos do espírito.
Ela mesma, como sabeis, não se identifica com nenhuma cultura, nem mesmo com a cultura ocidental, à qual a sua história está estreitamente ligada.
Porque a sua missão pertence a uma outra ordem, à ordem da salvação religiosa do homem.
Porém a Igreja, tão rica de juventude que incessantemente se renova ao sopro do Espírito, está sempre disposta a reconhecer, antes a acolher, e mesmo animar, tudo aquilo que é de honra para a inteligência e para o coração humano nas outras partes do mundo, diverso desta bacia mediterrânea, que foi berço providencial do cristianismo". [21]

Penetração entre as classes cultas

17. Bem preparados e adestrados neste campo tão difícil e importante, no qual estão em condições de oferecer contributos bastante preciosos, os sacerdotes nativos poderão, sob a direcção dos seus Bispos, dar vida a movimentos de penetração mesmo entre as classes cultas, especialmente nas nações de antiga e alta cultura, a exemplo de famosos missionários, dos quais basta citar por todos o Pe. Matteo Ricci.
Com efeito, também ao clero nativo cabe a tarefa de "reduzir todo o intelecto ao obséquio de Cristo" (cf. 2 Cor 10,5), como dizia aquele incomparável missionário que foi S. Paulo, e assim "atrair a si, na pátria, a estima mesmo das personalidades e dos doutos". [22]
A seu juízo, os Bispos providenciem oportunamente no sentido de constituir, para as necessidades de uma ou mais regiões, centros de cultura, nos quais missionários alienígenas e sacerdotes nativos tenham meios de fazer frutificar o seu preparo intelectual e a sua experiência em beneficio da sociedade em que vivem por escolha ou por nascimento.
Neste campo é necessário também lembrar aquilo que o nosso imediato predecessor Pio XII sugeriu, isto é, que é dever dos féis "multiplicar e difundir a imprensa católica em todas as suas formas" [23], e preocupar-se outrossim com as "técnicas modernas de difusão e de cultura, sabida como é a importância de uma opinião pública formada e iluminada". [24]
Nem tudo se poderá fazer em toda parte, mas não se deve perder nenhuma boa ocasião para prover a estas reais e urgentes necessidades, mesmo se às vezes "quem semeia não é o mesmo que colhe" (Jo 4,37).

Cautelas nos empreendimentos de carácter social e assistencial

18. A difusão da verdade e da caridade de Cristo é a verdadeira missão da Igreja, que tem o dever de oferecer aos povos, "na medida máxima possível, as substanciais riquezas da sua doutrina e da sua vida, animadora de uma nova ordem social cristã". [25]
Por isto, nos territórios de missão, ela provê com toda a largueza possível também a iniciativas de carácter social e assistencial que são de sumo proveito para as comunidades cristãs e para os povos entre os quais elas vivem.
Tenha-se, todavia, o cuidado de não atravancar o apostolado missionário com um complexo de instituições de ordem puramente profana. Fique-se nos limites daqueles serviços indispensáveis de fácil manutenção e de uso fácil, cujo funcionamento possa o mais depressa possível ser posto nas mãos do pessoal local, e disponham-se as coisas de modo que ao pessoal propriamente missionário seja oferecida a possibilidade de dedicar as melhores energias ao ministério de ensino, de santificação e de salvação.

Formação no espírito de caridade universal

19. Se é verdade que, para um apostolado o mais amplamente frutífero, é de primária importância que o sacerdote nativo conheça e saiba com toda inteligência e prudência estimar os valores locais, com ainda maior razão ficará sendo verdade que para ele vale aquilo que o nosso imediato predecessor dizia de todos os fiéis: "As perspectivas universais da Igreja serão as perspectivas normais da sua vida cristã". [26]
Para tal fim, deverá o clero local ser não somente informado dos interesses e das vicissitudes da Igreja universal, mas também deverá ser educado numa íntima, universal respiração de caridade. S. João Crisóstomo dizia das celebrações litúrgicas cristãs: "Quando estamos no altar, oramos antes de tudo pelo mundo inteiro e pelos interesses coletivos [27], e Santo Agostinho lindamente afirmava: "Se queres amar Cristo, derrama a caridade por toda a terra, porque os membros de Cristo estão no mundo inteiro" .[28].

20. No desejo, justamente, de salvaguardar em toda a sua pureza este espírito católico que deve animar a obra dos missionários, o nosso predecessor Bento XV não hesitou em denunciar com expressões severas um perigo que podia fazer perder de vista as altíssimas finalidades do apostolado missionário e, assim, comprometer-lhe a eficácia: "Seria coisa bem triste se algum missionário se revelasse tão descuidado de sua dignidade que pensasse mais na pátria terrena do que na celeste, e se preocupasse excessivamente com dilatar o poder dela e lhe estender a glória. Este modo de agir constituiria um dano funestíssimo para o apostolado, e, no missionário, extinguiria todo impulso de caridade para com as almas e lhe diminuiria o prestígio na opinião do povo". [29]

21. O mesmo perigo poderia hoje repetir-se sob outras formas, pelo facto de em muitos territórios de missão se ir tornando geral a aspiração dos povos ao autogoverno e à independência, e a conquista das liberdades civis poder infelizmente acompanhar-se de excessos que absolutamente não estão em harmonia com os autênticos e profundos interesses espirituais da humanidade.

22. Estamos plenamente confiante de que o clero nativo, movido por sentimentos e por propósitos superiores em conformidade com as exigências universalistas da religião cristã, contribuirá outrossim para o bem real da própria nação.

23. "A Igreja de Deus é católica, e não é estrangeira, para nenhum povo ou nação", [30] dizia o mesmo nosso predecessor, e nenhuma Igreja local poderá exprimir a sua união vital com a Igreja universal se o seu clero e o seu povo se deixarem sugestionar pelo espírito particularista, por sentimentos de malevolência para com os outros povos, por um mal compreendido nacionalismo que destruiria a realidade dessa caridade universal que edifica a Igreja de Deus, a única verdadeiramente "católica".

 III. O LAICATO DAS MISSÕES

Os leigos na vida da Igreja

24. Insistindo sobre a necessidade de preparar com o maior zelo o advento do clero autóctone e de formá-lo adequadamente para sua finalidade, o nosso venerado predecessor Bento XV certamente não pretendeu excluir a importância, também fundamental, de um laicato nativo à altura da sua vocação cristã e empenhado no apostolado. Isso fê-lo expressamente e com todo o relevo o nosso imediato predecessor Pio XII, [31] que muitas vezes voltou sobre este assunto vital que, hoje mais do que nunca, se impõe à consideração e requer ser resolvido, em toda parte, na medida máxima possível.

25. O mesmo Pio XII – e isto redunda em seu singular mérito e louvor – com copiosa doutrina e renovados incitamentos advertiu e incentivou os leigos a assumirem solicitamente o seu lugar activo no campo do apostolado em colaboração com a hierarquia eclesiástica, com efeito, desde os primórdios da história cristã e em todas as épocas sucessivas, esta colaboração dos fiéis fez com que os Bispos e o clero pudessem eficazmente desenvolver a sua obra entre os povos, quer no campo propriamente religioso, quer no campo social.
Pode e deve isto verificar-se também nos nossos tempos, que, antes, revelam maiores necessidades, proporcionais a uma humanidade numericamente mais vasta e com exigências espirituais multiplicadas e complexas.
Aliás, onde quer que a Igreja é fundada, deve estar sempre presente e ativa com toda a sua estrutura orgânica, e portanto não somente com a hierarquia nas suas várias ordens, mas também com o laicato: e, portanto, é por meio do clero e dos leigos que ela deve necessariamente desenvolver a sua obra de salvação. [32]

(cont)

(revisão da versão portuguesa por ama)

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Notas:
[13] Pio XII, Exort. Apost. Menti Nostrae, AAS 42 (1950), p. 686.
[14] Ibid.
[15] Ibid. p. 687.
[16] Carta Apost. Maximum illud: AAS 11(1919), p. 445.
[17] Cf. Pio XII, Exort. Apost. Menti Nostrae: AAS 42(1950), p. 686.
[18] Carta Apost. Maximum illud: AAS 11(1919), p. 448.
[19] Carta enc. Evangelii praecones, AAS 43(1951), p. 500.
[20] Ibid. p. 522.
[21] Cf. Discurso aos participantes no II Congresso mundial dos escritores e artistas negros: L'Osservatore Romano,de 3 de abril de 1959, AAS 51(1959), p. 260.
[22] Pio XI, Carta enc. Rerum Ecclesiae: AAS 18(1926), p. 77.
[23]Carta enc. Fidei donum, AAS 49(1957), p. 233.
[24] Ibid.
[25] Ibid., p. 231.
[26] Ibid., p. 238.
[27] Hom. II in II Cor., PG, 61, 398.
[28]In Ep. Ioan. ad Parthos, tr 10, c. 5, PL, 35, 2060.
[29]Carta Apost. Maximum illud, AAS 11(1919), p. 446.
[30] Ibid. p. 445.
[31] Carta enc. Evangelii praecones, AAS 43(1951), p. 510ss.
[32] Cf. Pio XII, Carta enc. Mystici Corporis: AAS 35(1943), p. 200-201, Pio XI, Carta enc. Rerum Ecclesiae: AAS 18(1926), p. 78.