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17/09/2014

Leva-me pela tua mão, Senhor

Há uma quantidade muito considerável de cristãos que seriam apóstolos... se não tivessem medo. São os mesmos que depois se queixam, porque o Senhor (dizem eles!) os abandona... Que fazem eles com Deus? (Sulco, 103)

Também a nós nos chama e nos pergunta como a Tiago e João: Potestis bibere calicem quem ego bibiturus sum?; estais dispostos a beber o cálice (este cálice da completa entrega ao cumprimento da vontade do Pai) que eu vou beber? "Possumus"!. Sim, estamos dispostos! – é a resposta de João e Tiago... Vós e eu, estamos dispostos seriamente a cumprir, em tudo, a vontade do nosso Pai, Deus? Demos ao Senhor o nosso coração inteiro ou continuamos apegados a nós mesmos, aos nossos interesses, à nossa comodidade, ao nosso amor-próprio? Há em nós alguma coisa que não corresponda à nossa condição de cristãos e que nos impeça de nos purificarmos? Hoje apresenta-se-nos a ocasião de rectificar.
É necessário que nos convençamos de que Jesus nos dirige pessoalmente estas perguntas. É Ele que as faz, não eu. Eu não me atreveria a fazê-las a mim próprio. Eu vou continuando a minha oração em voz alta e vós, cada um de vós, por dentro, está confessando ao Senhor: Senhor, que pouco valho! Que cobarde tenho sido tantas vezes! Quantos erros! Nesta ocasião e naquela... nisto e naquilo... E podemos exclamar também: ainda bem, Senhor, que me tens sustentado com a tua mão, porque eu sinto-me capaz de todas as infâmias... Não me largues, não me deixes; trata-me sempre como um menino. Que eu seja forte, valente, íntegro. Mas ajuda-me, como a uma criatura inexperiente. Leva-me pela tua mão, Senhor, e faz com que tua Mãe esteja também a meu lado e me proteja. E assim, possumus!, poderemos, seremos capazes de ter-Te por modelo! (Cristo que passa, 15)


Temas para meditar - 239


Jesus Cristo


Deixai que Cristo seja para vós o caminho, a verdade e a vida. Deixai que seja a vossa salvação e a vossa felicidade. Deixai que ocupe toda a vossa vida para alcançar com Ele todas as Suas dimensões, para que todas as vossas relações, actividades, sentimentos, sejam integradas n'Ele ou, por assim dizer, sejam "cristificados". Eu vos desejo que com Cristo reconheçais a Deus como princípio e fim da vossa existência.


(Btº JOÃO PAULO IIDisc. Montmartre, 1980.06.01)

Que sentido tem o mistério do mal.

Há um rasto de mal nas pessoas, nas estruturas sociais, inclusive na natureza quando se torna inóspita para o homem. A questão do mal é um escândalo que a todos interpela. E tem um aspecto teológico: se Deus é bom, como é que permite o mal no mundo? A questão colocou-se na história de muitas formas. Com o motivo do terramoto de Lisboa, seguido de um incêndio com mais de quinze mil mortos, os pensadores ilustrados colocaram-se com dramatismo singular (Voltaire, Defoe), ainda que com profundidade insuficiente.

Ninguém prometeu que este mundo tenha que funcionar na perfeição. E a felicidade é um desejo espontâneo, mas só com tal não se adquire o direito de a ter. Também há que dizer que se o bem não existisse, não haveria problema com o mal. Todas as situações seriam teoricamente iguais, nem melhores nem piores. Na realidade, a dor ante o mal é uma reprovação do bem, que não é tão perfeito como se esperava. Tomar o mal a sério é afirmar a existência do bem, e a ilusão de que seja perfeito. Dar por garantida a primazia do bem sobre o mal é, de certo modo, afirmar a existência de Deus e uma dolorosa queixa, ao não poder compreender porque permite o mal e que sentido pode ter.

O problema é mais dramático quando se afirma que existe um Deus bom, criador e todo-poderoso. Então sim o mal torna-se doloroso. Não se entende o silêncio de Deus ante uma injustiça que, como dissemos, clama ao céu. Só no ambiente cristão (também, parcialmente no judeu e no muçulmano), a questão do mal se torna poderosa e chega verdadeiramente a ser um escândalo.

O problema não é tão forte noutras religiões. A religião greco-romana, por exemplo, acreditava numa mitologia complexa, onde os deuses se enfrentavam caprichosamente uns com os outros. E, com o mesmo capricho, faziam sofrer os mortais. Perante uns deuses tão frívolos, não se podia levar muito a sério a questão do mal.

Mas a religião cristã baseia-se no paradoxo surpreendente de um Deus morto na cruz, que participa das dores dos homens. O mal da dor tem de ter algum sentido. E quando se sente o silêncio de Deus, parece ouvir-se as palavras de Cristo: “Meu Deus, porque me abandonaste?” É como se todas as dores aí estivessem incluídas. È curioso. Cristo não venceu directamente a dor. Primeiro padeceu-a; depois ressuscitou. Na ressurreição de Cristo há uma promessa de derrota do mal, mas o seu cumprimento só chegará no final dos tempos. Entretanto, toda a dor encontra essa relação inesperada de relação com a cruz de Cristo. Todo o sofrimento tem o seu ponto de referência, que lhe dá um sentido salvador, ainda que todavia envolto no mistério.

Perante o mal, não faz sentido um farisaísmo reivindicativo de deite sempre a culpa aos outros. Qualquer um também forma parte do mal no mundo. Ninguém está limpo de pecado. É maniqueísmo pensar que a culpa de tudo é dos “maus”. E torna-se uma desculpa demasiado fácil. Alexander Solzhenitzin, ao recordar a situação terrível da sociedade comunista russa, reconhecia: em alguma medida “todos somos cúmplices”. Por isso não é válida nenhuma resposta perante o mal se não começa por si mesmo, se não se assume a sentença de Sócrates: é melhor padecer a injustiça que causá-la”.

O encontro com o mal é, além disso, uma experiência importante para a maturidade do ser humano, Com a consciência da quebras e debilidades morais próprias aprendemos a arrepender-nos, e tornamo-nos mais humildes e compreensivos para com os outros. Por outro lado, os males do mundo fazem parte forma parte de uma pessoa responsável. É próprio de pessoas maduras escutar a chamada dos bens, para os realizar; mas também dos males, para os combater. Assim se intervém na história do mundo, que tem, no fundo, um argumento moral. Enquanto se vive dependente dos gostos próprios ou da felicidade própria, se vive fora da história real da humanidade. Só quando se sente a responsabilidade do bem e do mal, se entra a fazer parte na história da humanidade, na sua épica.

(juan luis lorda, Professor de Teologia sistemática e Antropologia da Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra, in PALABRA, Abril 2014, trad ama)


Evang., Coment. Leit. Espiritual (Cong. Dout. da Fé Decl. Encarnação e Santíssima Trindade)

Tempo comum XXIV Semana

São Roberto Belarmino – Doutor da Igreja

Evangelho: Lc 7, 31-35

«A quem, pois, compararei os homens desta geração? A quem são semelhantes? Assemelham-se a crianças que, sentadas na praça, se interpelam umas às outras, dizendo: 'Tocámos flauta para vós, e não dançastes! Entoámos lamentações, e não chorastes!' Veio João Baptista, que não come pão nem bebe vinho, e dizeis: 'Está possesso do demónio!' Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: 'Aí está um glutão e bebedor de vinho, amigo de cobradores de impostos e de pecadores!' Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos.»

Comentário:

As palavras de Jesus Cristo são duras e muito directas. Refere a geração dos judeus que é a Sua, do Seu tempo.
Não pode haver duas interpretações e, de facto, a história parece confirmar esse comportamento dos judeus em relação a Jesus Cristo.
Todos? Não, evidentemente. Durante séculos o povo judaico carregou esse ónus e sofreu horrivelmente por causa disso mesmo, mas, no Século Vinte, São  João Paulo II pôs as coisas no seu devido lugar.
Mas, mais que isso, temos de considerar o que muitos fizeram em nome da Fé Cristã: exactamente o mesmo ou, talvez, pior!
Aliás, o que continuamos a fazer, diariamente, nos tempos que correm, quando julgamos, sem critério que não temos ou sequer direito que não possuímos, que os outros – sejam quem forem – é que são os culpados das nossas próprias faltas e erros.

(ama, comentário sobre Lc 7, 31-35, V. Moura, 2013.09.13)

Leitura espiritual


Documentos do Magistério
SAGRADA CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ

DECLARAÇÃO PARA SALVAGUARDAR DE ALGUNS ERROS RECENTES
A FÉ NOS MISTÉRIOS DA ENCARNAÇÃO E DA SANTÍSSIMA TRINDADE *

 1. É necessário que o mistério do Filho de Deus feito homem e o mistério da Santíssima Trindade, que fazem parte das verdades principais da Revelação, iluminem, com a pureza da sua verdade, a vida dos cristãos. Mas, como estes mistérios foram impugnados por alguns erros recentes, a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé tomou a decisão de recordar e salvaguardar a fé, transmitida sobre estes mesmos mistérios.

2. A fé católica no Filho de Deus feito homem. Jesus Cristo, durante a Sua vida terrestre, manifestou, de diversos modos, com as palavras e com as obras, o mistério adorável da Sua pessoa. Depois de se ter tornado «obediente até à morte» [1], foi exaltado pelo poder de Deus, na ressurreição gloriosa, como convinha ao Filho «por meio do qual tudo» [2] foi criado pelo Pai. São João afirmou solenemente a seu respeito: «No princípio já existia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... E o Verbo fez-se homem» [3].

A Igreja conservou sempre, santamente, a fé no mistério do Filho de Deus feito homem, transmitindo-a «no decurso dos anos e dos séculos» [4], com uma linguagem cada vez mais explícita. Com efeito, no Sínodo de Constantinopla, que até hoje é recitado na celebração eucarística, ela professa a sua fé «em Jesus Cristo, Filho Unigénito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos... Deus verdadeiro de Deus verdadeiro... da mesma substância do Pai... que por nós, homens, e pela nossa salvação... se fez homem» [5]. O Concílio de Calcedónia decretou que se devia crer que o Filho de Deus foi gerado pelo Pai, segundo a Sua divindade, antes de todos os séculos e nasceu, no tempo, de Maria Virgem, segundo a Sua humanidade [6]. Além disso, este mesmo Concílio atribuiu o termo pessoa ou hypostasis ao único e mesmo Cristo, Filho de Deus, usando, porém, o termo natureza para designar a Sua divindade e a Sua humanidade. Com estas palavras, ensinou que estão unidas, na única pessoa do nosso Redentor, as duas naturezas, divina e humana, sem confusão e sem mudança, sem divisão e sem separação [7]. Do mesmo modo, o IV Concílio de Latrão ensinou que se deve crer e professar que o Filho Unigénito de Deus, eterno como o Pai, se tornou verdadeiro homem e é uma só pessoa em duas naturezas [8]. Esta é a fé católica que o II Concílio do Vaticano, de acordo com a Tradição constante de toda a Igreja, ensinou, recentemente, com muita clareza, em numerosas passagens dos seus documentos [9].

3. Alguns erros recentes sobre a fé no Filho de Deus feito homem.
São claramente opostas a esta fé as opiniões segundo as quais não nos foi revelado e nem se sabe que o Filho de Deus subsiste ab aeterno, no mistério de Deus, distinto do Pai e do Espírito Santo; e também as opiniões segundo as quais não tem sentido a afirmação de que Jesus Cristo tem uma só pessoa, gerada, antes dos séculos, pelo Pai, segundo a natureza divina, e, no tempo, de Maria Virgem, segundo a natureza humana; e, por fim, a asserção segundo a qual a humanidade de Jesus Cristo existe não como assumida na pessoa eterna do Filho de Deus, mas em si mesma, como pessoa humana, e, por conseguinte, o mistério de Jesus Cristo consiste no facto de Deus se revelar presente de um modo supremo na pessoa humana de Jesus.

Aqueles que pensam assim estão longe da verdadeira fé em Cristo, mesmo quando asserem que a singular presença de Deus em Jesus faz com que Ele seja a expressão suprema e definitiva da revelação divina, e não recuperam a verdadeira fé na divindade de Cristo, quando acrescentam que Jesus pode ser chamado Deus, porque Deus está sumamente presente naquela pessoa a que eles chamam a Sua pessoa humana.

4. A fé católica na Santíssima Trindade e no Espírito Santo.
Quando se nega o mistério da pessoa divina e eterna de Cristo, Filho de Deus, também se negam a verdade da Santíssima Trindade e, com ela, a verdade do Espírito Santo, que procede ab aeterno do Pai e do Filho, ou, por outras palavras, do Pai pelo Filho [10]. Por isso, considerando os erros recentes sobre esta doutrina, devem ser recordadas algumas verdades de fé na Santíssima Trindade e, particularmente, no Espírito Santo.

A segunda Carta aos Coríntios termina com esta admirável fórmula: «A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunicação do Espírito Santo sejam com todos vós» [11]. No mandato de baptizar, referido pelo Evangelho de São Mateus, são nomeados o Pai, o Filho e o Espírito Santo, como três que fazem parte do mistério de Deus e em cujo nome os novos fiéis devem ser regenerados [12]. Por fim, no Evangelho de São João, Jesus fala da vinda do Espírito Santo, deste modo: «Mas, quando vier o Consolador, que hei-de enviar-vos da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, Ele dará testemunho de Mim» [13].

Baseando-se nos dados da divina revelação, o Magistério da Igreja, o único que recebeu «a missão de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita ou transmitida» [14], professou, no Símbolo de Constantinopla, a sua fé «no Espírito Santo que é Senhor e dá a vida... e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado» [15]. Igualmente, o IV Concílio de Latrão ensinou a crer e a professar «que um só é o verdadeiro Deus,... Pai e Filho e Espírito Santo: três pessoas, mas uma única essência...: o Pai que não procede de ninguém, o Filho que procede sòmente do Pai, e o Espírito Santo que procede igualmente de ambos, sempre sem início e sem fim» [16].

5. Alguns erros recentes sobre a Santíssima Trindade e, particularmente, sobre o Espírito Santo.
É contrária à fé a opinião segundo a qual a revelação nos deixa em dúvida sobre a eternidade da Santíssima Trindade e, particularmente, sobre a existência eterna do Espírito Santo, como pessoa distinta, em Deus, do Pai e do Filho. É verdade que o mistério da Santíssima Trindade nos foi revelado na economia da salvação, principalmente em Cristo, que foi enviado ao mundo pelo Pai e que, juntamente com o Pai, envia ao Povo de Deus o Espírito que vivifica. Mas, por meio desta revelação, foi dada aos fiéis também a possibilidade de conhecer de algum modo a vida íntima de Deus, na qual «o Pai que gera, o Filho que é gerado e o Espírito Santo que procede» são «da mesma substância, iguais, do mesmo modo omnipotentes e eternos» [17].

6. Os mistérios da Encarnação e da Santíssima Trindade devem ser fielmente conservados e explicados.
O que é expresso nos documentos conciliares acima citados, sobre o único e mesmo Cristo Filho de Deus, gerado, antes dos séculos, segundo a natureza divina, e, no tempo, segundo a natureza humana, e sobre as pessoas eternas da Santíssima Trindade, pertence à verdade imutável da fé católica.

Isto não impede, certamente, que a Igreja considere como seu dever, levando também em consideração os novos modos de pensar dos homens, não deixar de envidar os seus esforços, a fim de que os mencionados mistérios sejam aprofundados, por meio da contemplação da fé e da investigação dos teólogos, e mais amplamente explicados, de um modo adequado. Mas, quando se cumpre a necessária tarefa de investigar, é preciso evitar diligentemente que estes mistérios arcanos sejam considerados num sentido diverso daquele segundo o qual «a Igreja os entendeu e entende» [18].

A verdade intacta destes mistérios é de suma importância para toda a revelação de Cristo, porque eles de tal modo fazem parte do seu núcleo, que, se forem alterados, também será falsificado o resto do tesouro da fé. A verdade destes mesmos mistérios é igualmente importante para a vida cristã, porque nada manifesta tão bem a caridade de Deus, da qual toda a vida dos cristãos deve ser uma resposta, como a Encarnação do Filho de Deus, nosso Redentor [19], e também porque «(aprouve a Deus, na Sua bondade e sabedoria, revelar-se a si mesmo e tornar conhecido o mistério da Sua vontade), por meio do qual os homens, através de Cristo, Verbo Encarnado, têm acesso ao Pai no Espírito Santo e n’Ele se tornam participantes da natureza divina» [20].

7. Portanto, com respeito às verdades que a presente Declaração defende, é dever dos Pastores da Igreja exigir a unidade na profissão de fé, do seu povo e, principalmente, daqueles que, em virtude do mandato que lhes foi confiado pelo Magistério, ensinam as ciências sagradas ou pregam a palavra de Deus.
Este dever dos Bispos faz parte do múnus que, divinamente, lhes foi confiado: de «conservar puro e íntegro o depósito da fé», em comunhão com o sucessor de Pedro, e de «anunciar incessantemente o Evangelho» [21]. Por causa do mencionado múnus, são obrigados a não permitir que os ministros da palavra de Deus se afastem da sã doutrina e a transmitam corrompida ou incompleta [22]. Com efeito, o povo confiado aos cuidados dos Bispos, e «do qual» eles «são responsáveis diante de Deus» [23], goza do «direito irrevogável e sagrado» de «receber a palavra de Deus, toda a palavra de Deus, da qual a Igreja nunca deixou de adquirir uma compreensão cada vez mais profunda» [24].

Além disso, os cristãos, e, principalmente, os teólogos, por causa do seu importante ofício e do seu necessário serviço na Igreja, devem professar fielmente os mistérios que são recordados na presente Declaração. Igualmente, sob a acção e a luz do Espírito Santo, os filhos da Igreja devem aceitar toda a doutrina da Igreja, sob a guia dos seus Pastores e do Pastor da Igreja universal [25], de modo que haja «uma singular colaboração de Pastores e fiéis, na conservação, no exercício e na profissão da fé recebida» [26].

O Sumo Pontífice, por divina Providência Papa Paulo VI, na Audiência concedida, no dia 21 de Fevereiro de 1972, ao subscrito Prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, ratificou e confirmou esta Declaração, que visa a salvaguardar a fé nos mistérios da Encarnação e da Santíssima Trindade, e ordenou que fosse publicada.

Roma, Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 21 de Fevereiro de 1972, festa de São Pedro Damião.



Franjo Cardeal Šeper
Prefeito

Paul PHILIPPE
Arcebispo titular de Heracleopolis magna
Secretário

* L’Osservatore Romano, Edição semanal, 19 de Março de 1972, pág. 3. 9 (AAS 64 [1972], 237-241).
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Notas:
[1] Flp. 2, 8.
[2] 1 Cor. 8, 6.
[3] Jo. 1, 1 e 14 (cfr. 1, 18).
[4] I Concílio do Vaticano, Dei Filius, c. 4; DS 3020.
[5] Missal Romano; DS 150.
[6] Cfr. Concílio de Calcedónia, Definição; DS 301.
[7] Cfr. Ibid., 302.
[8] Cfr. IV Concílio de Latrão, Firmiter Credimus; DS 800 s.
[9] Cfr. II Concílio do Vaticano, Lumen Gentium, nn. 3, 7, 52, 53; Dei Verbum, nn. 2, 3; Gaudium et Spes, n. 22; Unitatis Redintegratio, n. 12; Christus Dominus, n. 1; Ad Gentes, n. 3; Paulo VI, Solene profissão de fé, em: AAS 60 (1968) 437.
[10]) Cfr. Concílio de Florenja, Laetentur Coeli; DS 1300.
[11] 2 Cor. 13, 13.
[12] Cfr. Mt. 28, 19.
[13] Jo. 15, 26.
[14] II Concílio do Vaticano, Dei Verbum, n. 10.
[15] Missal Romano; DS 150.
[16] IV Concílio de Latrão, Firmiter Credimus; DS 800.
[17] Ibid.
[18] I Concílio do Vaticano, Dei Filius, c. 4, can. 3; DS 3043; João XXIII, Alocução na abertura do II Concílio do Vaticano, em: AAS 54 (1962) 792; II Concílio do Vaticano, Gaudium et Spes, n. 62; Paulo VI, Solene profissão de fé, 4, em: AAS 60 (1968) 434.
[19] Cfr. 1 Jo. 4, 9s.
[20] II Concílio do Vaticano, Dei Verbum, n. 2; cfr. Ef. 2, 18; 2 Ped. 1, 4.
[21] PAULO VI, Exortação Apostólica Quinque iam anni, em: AAS 68 (1971) 99, e em: O.R. ed. port., 10 de Janeiro de 1971, p. 9.
[22] Cfr. 2 Tim., 4, 1-5; Paulo VI, ibid.; Sínodo dos Bispos, Assembleia de 1967, Relatório da Comissão Sinodal constituída para o exame das opiniões perigosas e do ateísmo, II, 3, e em: O.R. 30-31 de Outubro de 1967, p. 3.
[23] Paulo VI, ibid.
[24] Ibid.
[25] Cfr. II Concílio do Vaticano, Lumen Gentium, nn. 12 e 25; Sínodo dos Bispos, Assembleia de 1967, ibid., II, 4.
[1] II Concílio do Vaticano, Dei Verbum, n. 10.