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20/10/2014

DIÁLOGOS COM O SENHOR DEUS (3)

Agora vai e não voltes a pecar.

Mas, Senhor, sabes que eu sou pecador! Como queres que eu não volte a pecar?

Meu filho, conheço-te melhor do que tu te conheces. Eu sei que vais voltar a pecar, mas o que Eu te peço é que te comprometas a resistir ao pecado até ao limite das tuas capacidades.

Mas, Senhor, eu sou tão fraco!

Alguma vez te abandonei? Sozinho não terás forças, mas comigo podes resistir ao pecado.

Mas às vezes parece que não estás ali, a meu lado, a dar-me a mão.

Não será antes tu que me afastas, que olhas para o lado para não me veres? Não estou Eu sempre de mão estendida para ti, como estendi a Pedro quando ele se afundava no mar da Galileia?

Tens razão, Senhor! Desculpa, mas às vezes o pecado é tão “bom”!

Ah, sim, compreendo-te! Mas repara que é bom naquele exacto momento. Depois não te deixa incomodado, dividido, quase irritado por teres caído nele? E ficas triste e por vezes desanimado, por teres caído mais uma vez.

É verdade, Senhor! São tantas vezes que caio, que por vezes me apetece desistir, quase convicto de que nunca serei capaz de resistir.

Acreditas em Mim, no meu amor? Então acredita, meu filho, que o meu amor é muito maior do que o teu pecado e de todas as vezes que nele caias.
Acredita que cada vez que estendes a mão para mim, ansiando pelo meu perdão, Eu levanto-te das ondas alterosas do mar, aperto-te junto ao peito e digo-te: Amo-te com amor eterno. «Ninguém te condenou? Também Eu não te condeno. Vai e de agora em diante não tornes a pecar.» Jo 8, 10-11



Marinha Grande, 10 de Outubro de 2014
Joaquim Mexia Alves
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