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10/07/2014

Reflectindo - 28

SERVIR

Servir… o que é?

Uma pergunta desnecessária para muitos, talvez, mas importantíssima para mim. Por isso me detenho um pouco a pensar nisto e, chego à conclusão, que sei muito pouco sobre o assunto.

Prestar cuidados aos outros?
Sim, é um serviço.

Mas quando?
Quando mo pedirem, em primeiro lugar, mas, e depois, em que ocasião é que devo servir?

Considero que posso ser incómodo oferecer-me, sem mais, para prestar um serviço e, então, não o faço?

Mas, e se, de facto, esse outro precisa que eu faça algo mas não tem coragem ou confiança para me pedir?

Devo eu adivinhar a sua necessidade?
E como o farei?

Lembro-me do episódio do lava-pés da Última Ceia. Jesus não perguntou a ninguém se precisava que lhe lavasse os pés. Como era um costume naquela época, sem esperar mais, fê-lo com toda a simplicidade, com se fosse o servo, que ali não estava, que teria essa incumbência.

Não vou andar por aí a lavar os pés às pessoas, seria apelidado de louco e, com razão. Mas, andando por aí, posso tentar lavar-lhes a alma, refrescar-lhes o coração, limpar-lhes as ideias.

Como?

Procurando o diálogo, escrevendo, comunicando, estando atento a quem me cerca, não esperar por uma oportunidade ideal que, talvez nunca chegue. 
Esse é um serviço que está ao meu alcance e, de facto, me compete fazer.

Neste momento penso, exactamente, que se eu não fizer o que Deus espera que eu faça, é muito provável que essa pessoa fique privada, para sempre desse serviço e, eu, terei que dar contas dessa terrível falta.
Se o exemplo vem DE CIMA, nunca me sentirei “rebaixado” na minha suposta categoria ou importância.

Que mais me dá?

O próprio Deus, Todo-Poderoso, Criador e Senhor de todas as coisas, não veio para servir?

(ama, reflexões, 2010.05.27) 


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