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02/06/2014

Diálogos apostólicos 18

Nota: Normalmente, estes “Diálogos apostólicos”, são publicados sob a forma de resumos e excertos de conversas semanais. Hoje, porém, dado o assunto, pareceu-me de interesse publicar quase na íntegra.

Hoje apareceste visivelmente perturbado e perguntei-te o que se passava.
De um jacto, confessaste:

‘Tens razão, Estou preocupado… preocupadíssimo! Um meu irmão – que, julgo, não conheces – tem tido inúmeros problemas, quase todos consequência de algum desregramento na sua vida. Tenho feito alguns esforços para lhe chamar a atenção mas ele nem quer ouvir falar nem de Deus, nem Igreja… nada que respeite à religião. Já lá vão umas semanas que está internado num hospital e a doença não o larga, antes parece agravar-se e, ele, está desesperado, sem conseguir manter-se lúcido e com esperança. Que está abandonado! Que é um Castigo! Que se sente irremediavelmente perdido! E, eu não sei o que fazer… Será que podes ir visitá-lo e falar um pouco com ele?’

Imediatamente, sem pensar um segundo, respondi-te: ‘Mas claro que sim! Conta comigo’

E acertámos as coisas.

Depois que nos despedimos, fiquei a pensar e resolvi escrever-te: «Meu caro amigo:
Fiquei a pensar na nossa a última conversa e o problema que se te depara com a situação do teu irmão doente.
Para começar, chego à conclusão que talvez não seja conveniente, para já, uma conversa directa dele comigo. Se se encontra nessa disposição como iria aceitar - e reagir - à aproximação de um estranho falando sobre esses temas que, tal como me contaste, se recusa a falar?
Ao contrário, tu estás numa posição diferente: és seu irmão, e existe uma intimidade entre os dois que te permite abordar o assunto sem que, ele te rejeite liminarmente.»


Fiquei a aguardar a tua reacção…

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