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26/04/2014

Reflectindo 16

Sobre a felicidade 3

A questão séria e importantíssima é conseguir chegar ao ponto em que se considere fazer a pergunta necessária: ‘O que é, para mim, a felicidade?’
Surpreendentemente, ou talvez não, as respostas serão inúmeras e, nenhuma delas satisfatórias. Poderá até acontecer chegar-se a uma resposta aparentemente definitiva: “Eu sou feliz!”. Dura pouco, pouquíssimo, esta conclusão porque quase simultaneamente aparece no horizonte algo que está por atingir, por satisfazer, por alcançar e, então, essa tal resposta aparentemente definitiva: ‘Eu sou feliz!’ verá acrescentado, inevitavelmente um porém…

Isto porquê?

Porque a felicidade não é exclusiva, própria, particular mas, sempre colectiva; eu não posso, verdadeiramente, ser feliz se houver outros seres humanos que o não são. Mas, mais… o objectivo nunca é atingido na sua totalidade, há sempre algo que ainda faltará fazer e sucede que a insatisfação, pequena ou grande, que tal sentimento gera, impede a felicidade de se completar.

Tal não quer dizer que se seja infeliz. Não considero que a infelicidade não tenha que ver directamente com a felicidade porque, como acabei de dizer, quem se considera feliz porque atingiu um patamar de satisfação pessoal que assim o leva a considerar-se, tendo, como também disse, ânsias de ‘crescer’ na felicidade, não se considera infeliz por isso, bem pelo contrário, um pouco da sua felicidade reside directamente nesse sentimento, nesse reconhecimento, melhor dizendo, que poderá, talvez, fazer mais e melhor. Assim, o contrário de felicidade não é senão o egoísmo pessoal que impede ver a felicidade por atingir por outros e o que pessoalmente podemos fazer para os ajudar nesse sentido.

(cont.)

ama, 2013


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