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05/06/2013

Evangelho do dia e comentário

Tempo comum
IX Semana

Evangelho: Mc 12, 18-27

18 Foram ter com Ele os saduceus, que negam a ressurreição, e interrogaram-n'O, dizendo: 19 «Mestre, Moisés deixou-nos escrito que, se morrer o irmão de alguém e deixar a mulher sem filhos, seu irmão tome a mulher dele e dê descendência a seu irmão. 20 Ora havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu sem deixar filhos. 21 O segundo casou com a viúva e morreu também sem deixar filhos. Do mesmo modo o terceiro. 22 Nenhum dos sete deixou filhos. Depois deles todos, morreu também a mulher. 23 Na ressurreição, pois, quando tornarem a viver, de qual deles será ela mulher? Porque os sete a tiveram por mulher». 24 Jesus respondeu-lhes: «Não andareis vós em erro, porque não compreendeis as Escrituras, nem o poder de Deus?  25 Quando ressuscitarem de entre os mortos, nem os homens tomarão mulheres, nem as mulheres maridos, mas todos serão como anjos do céu. 26 Relativamente à ressurreição dos mortos, não lestes no livro de Moisés, como Deus lhe falou sobre a sarça, dizendo: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob”? 27 Ele não é Deus dos mortos, mas dos vivos. Logo vós estais num grande erro».

Comentário:

O cristianismo não promete apenas a salvação da alma, num qualquer além onde desaparecem todos os valores e todas as coisas preciosas deste mundo, como se ele fosse um cenário que tivesse sido construído para desaparecer em seguida. O cristianismo promete a eternidade daquilo que se realizou neste mundo.
Deus conhece e ama este homem total que somos actualmente. É, pois, imortal aquilo que cresce e se desenvolve na nossa vida actual. É no nosso corpo que sofremos e amamos, que esperamos, que experimentamos alegria e tristeza, que progredimos no tempo. Tudo quanto assim cresce na nossa vida actual, tudo isso é imperecível. É imperecível aquilo que nos tornámos no nosso corpo, o que cresceu e amadureceu no coração da nossa vida, em ligação com as coisas deste mundo. É “o homem total”, tal como se encontra situado neste mundo, tal como viveu e sofreu, que será um dia levado para a eternidade de Deus e que terá parte, no próprio Deus, na eternidade. É isso que deve encher-nos de uma alegria profunda.

(Card. Joseph Ratzinger [Papa Bento XVI], Viver a fé) 

Leitura espiritual para 05 Jun



Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.

Servidores de todos os homens


Quando se vive deveras a caridade, não sobra tempo para procurar-se a si próprio; não há espaço para a soberba; só nos ocorrerão ocasiões de servir! (Forja, 683)

Pensai nas características dum jumento, agora que vão ficando tão poucos. Não falo dum burro velho e teimoso, rancoroso, que se vinga com um coice traiçoeiro, mas dum burriquito jovem, com as orelhas tesas como antenas, austero na comida, duro no trabalho, com o trote decidido e alegre. Há centenas de animais mais formosos, mais hábeis e mais cruéis. Mas Cristo preferiu este para se apresentar como rei diante do povo que O aclamava, porque Jesus não sabe que fazer da astúcia calculadora, da crueldade dos corações frios, da formosura vistosa mas vã. Nosso Senhor ama a alegria dum coração moço, o passo simples, a voz sem falsete, os olhos limpos, o ouvido atento à sua palavra de carinho. E é assim que reina na alma.

Se deixarmos que Cristo reine na nossa alma, não nos tornaremos dominadores; seremos servidores de todos os homens. Serviço. Como gosto desta palavra! Servir o meu Rei e, por Ele, todos os que foram redimidos com o seu sangue. (Cristo que passa, nn. 181–182)

Resumos da Fé cristã


TEMA 31. O Decálogo. O primeiro mandamento

5. O amor a si mesmo por amor de Deus

O preceito da caridade menciona também o amor a si próprio: «Amarás a teu próximo como a ti mesmo» (Mt 22,39). Há um amor recto de si mesmo: o amor de si por amor a Deus. Este amor conduz-nos a procurar para si próprio o que Deus quer: a santidade, logo a felicidade (com sacrifício nesta terra, com a cruz). Há também um desordenado amor de si próprio, o egoísmo, que é o amor de si próprio em si mesmo, não por amor de Deus. Significa colocar a própria vontade em lugar da de Deus e o próprio interesse acima do serviço aos outros.

O amor recto a si próprio não tem lugar sem luta contra o egoísmo. Comporta abnegação, entrega de si próprio a Deus e aos outros. «Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas, quem perder a sua vida por minha causa, há-de encontrá-la» (Mt 16, 24-25). O homem «não se pode encontrar plenamente a não ser no sincero dom de si mesmo» 15.

javier lópez

Bibliografia básica:
Catecismo da Igreja Católica, 2064-2132.

Leituras recomendadas:
Bento XVI, Enc. Deus Caritas est, 1-18, 25-XII-2005.
Bento XVI, Enc. Spe Salvi, 30-XI-2007.
S. Josemaria, Homilias «Vida de Fé», «A Esperança do cristão», «Com a força do amor», em Amigos de Deus.

(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)
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Notas:
15 Concílio Vaticano II, Const. Gaudium et Spes, 24.

Tratado das paixões da alma 42



Questão 31: Do prazer em si mesmo.

Art. 8 ― Se um prazer pode ser contrário a outro.







O oitavo discute-se assim. ― Parece que um prazer não pode ser contrário a outro.


Pequena agenda do cristão



Quarta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

Propósito: Simplicidade e modéstia.

Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha ‘importância’, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.

Lembrar-me: Do meu Anjo da Guarda.

Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.
Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame: Cumpri o propósito e lembrei-me do que me propus ontem?