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05/05/2013

Evangelho do dia e comentário


Tempo de Páscoa

VI Semana 

Evangelho: Jo 17, 20-26

20 «Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que hão-de acreditar em Mim por meio da sua palavra, 21 para que todos sejam um, como Tu, Pai, estás em Mim e Eu em Ti, para que também eles sejam um em Nós, a fim de que o mundo acredite que Me enviaste. 22 Dei-lhes a glória que Me deste, para que sejam um, como também Nós somos um: 23 Eu neles e Tu em Mim, para que a sua unidade seja perfeita e para que o mundo conheça que Me enviaste e que os amaste como Me amaste. 24 Pai, quero que, onde Eu estou, estejam também comigo aqueles que Me deste, para que contemplem a Minha glória, a glória que Me deste, porque Me amaste antes da criação do mundo. 25 Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas Eu conheci-Te e estes conheceram que Me enviaste. 26 Dei-lhes e dar-lhes-ei a conhecer o Teu nome, a fim de que o amor com que Me amaste, esteja neles e Eu neles».

Comentário:

Meditando bem nestas palavras de Jesus damo-nos conta de algo extraordinário, transcendental: Cristo quer que os homens unidos entre si, estejam unidos com Ele, mas, vai mais longe, quer que essa união seja como a que Ele próprio tem com o Pai!

Mas, 'vai mais além', quer que vivamos a mesma vida que o Pai e Ele vivem!

Podemos concluir que os desejos de Cristo a nosso respeito, são que sejamos membros autênticos, verdadeiros da Sua família!

(AMA, comentário sobre Jo 17, 20-26, 2012.05.24)

Pequena agenda do cristão



Domingo

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

Propósito: Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me: Cultivar a Fé.

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame: Cumpri o propósito e lembrei-me do que me propus ontem?


Tratado das paixões da alma 17





Questão 26: Do amor.

Art. 2 ― Se o amor é paixão.




O segundo discute-se assim. ― Parece que o amor não é paixão.




RESUMOS DA FÉ CRISTÃ



TEMA 16. Creio na ressurreição da carne e na vida eterna 2

2. O sentido cristão da morte

O enigma da morte do homem compreende-se somente à luz da ressurreição de Cristo. Com efeito, a morte, a perda da vida humana, apresenta-se como o maior mal na ordem natural, precisamente porque é algo definitivo, que só será vencida definitivamente quando Deus ressuscitar os homens em Cristo.

Por um lado, a morte é natural no sentido em que a alma pode separar-se do corpo. Deste ponto de vista, a morte marca o termo da peregrinação terrena. Depois da morte, o homem não pode merecer ou desmerecer mais. «Com a morte, a opção de vida feita pela pessoa humana torna-se definitiva» 4. Já não terá a possibilidade de se arrepender. Logo depois da morte irá para o Céu, para o Inferno ou para o Purgatório. Para que isto se verifique, existe aquilo a que a Igreja chamou juízo particular (cf. Catecismo, 1021-1022). O facto de a morte constituir o limite do período de prova serve ao homem para orientar bem a sua vida, para aproveitar o tempo e outros talentos, para actuar rectamente, para se consumir ao serviço dos outros.

Por outro lado, a Escritura ensina que a morte entrou no mundo por causa do pecado original (cf. Gn 3,17-19; Sb 1,13-14; 2,23-24; Rm 5,12; 6,23; Tg 1,15; Catecismo, 1007). Neste sentido, deve ser considerada como castigo pelo pecado; o homem que queria viver à margem de Deus, deve aceitar o dissabor da ruptura com a sociedade e consigo mesmo como fruto do seu afastamento. No entanto, Cristo «assumiu a morte num acto de submissão total e livre à Vontade do Pai» (Catecismo, 1009). Com a sua obediência venceu a morte e ganhou a ressurreição para a humanidade. Para quem vive em Cristo pelo Baptismo, a morte continua a ser dolorosa e repugnante, mas já não é uma lembrança viva do pecado, mas uma oportunidade preciosa de poder corredimir com Cristo, mediante a mortificação e a entrega aos outros. «Se morremos com Cristo, também viveremos com Ele» (2 Tm 1,11). Por este motivo, «graças a Cristo, a morte cristã tem um sentido positivo» (Catecismo, 1010).

paul o’callaghan

Bibliografia básica:

Catecismo da Igreja Católica, 988-1050.

Leituras recomendadas:

João Paulo II, Catequese sobre o Credo IV: Credo en la vida eterna, Palabra, Madrid 2000 (audiências de 25-V-1999 a 4-VIII-1999).
Bento XVI, Enc. Spe Salvi, 30-XI-2007.
São Josemaria, Homilia «A esperança do cristão», em Amigos de Deus, 205-221.


(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)
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Notas

1 Cf. São Tomás, Summa Contra Gentiles, IV, 81.
2 Cf. São Tomás, Summa Theologiae, III. Suppl., qq. 78-86.
3 Concílio Vaticano II, Const. Lumen Gentium, 48. 

Deus ama quem dá com alegria


Sofres! – Pois olha: "Ele" não tem o coração mais pequeno do que o nosso. – Sofres? É porque convém. (Caminho, 230)

Advirto-te que as grandes penitências são compatíveis também com as quedas espalhafatosas, provocadas pela soberba. Em contrapartida, com esse desejo contínuo de agradar a Deus nas pequenas batalhas pessoais – como sorrir quando não se tem vontade: asseguro-vos, aliás, que em certas ocasiões torna-se mais custoso um sorriso do que uma hora de cilício – é difícil alimentar o orgulho, a ridícula ingenuidade de nos considerarmos heróis notáveis: ver-nos-emos como uma criança que apenas consegue oferecer ninharias ao seu pai, que as recebe, no entanto, com imensa alegria.

Então, um cristão há-de ser sempre mortificado? Sim, mas por amor. (…)Talvez até agora não nos tivéssemos sentido urgidos a seguir tão de perto os passos de Cristo. Talvez não nos tivéssemos apercebido de que podemos unir ao seu sacrifício reparador as nossas pequenas renúncias: pelos nossos pecados, pelos pecados dos homens de todas as épocas, por esse trabalho malvado de Lúcifer que continua a opor a Deus o seu non serviam! Como nos atreveremos a clamar sem hipocrisia: Senhor, doem-me as ofensas que ferem o teu Coração amabilíssimo, se não nos decidimos a privar-nos de uma ninharia ou a oferecer um sacrifício minúsculo em honra do seu Amor? A penitência – verdadeiro desagravo – lança-nos pelo caminho da entrega, da caridade. Entrega para reparar e caridade para ajudar os outros, como Cristo nos ajudou a nós.

De agora em diante, tende pressa de amar. O amor impedir-nos-á a queixa e o protesto. Porque com frequência suportamos a contrariedade, sim; mas lamentamo-nos; e então, além de desperdiçar a graça de Deus, cortamos-lhe as mãos para futuros pedidos. Hilarem enim datorem diligit Deus. Deus ama o que dá com alegria, com a espontaneidade que nasce de um coração enamorado, sem os espalhafatos de quem se entrega como se prestasse um favor. (Amigos de Deus, nn. 139–140)

O mal e a suspeita sobre Deus (II) 1


O problema do mal anda à volta de dois grandes temas: a liberdade humana e a existência de Deus. Porque Deus poderia destruir o mal, mas não sem destruir a nossa liberdade. Mas, sem Deus não haveria criatura, não haveria liberdade, porque sem esta não pode elevar-se acima da antítese do bem e do mal — dizia o professor Fabro — e lutar por consolidar o primeiro e diminuir o segundo, a vida humana fica abandonada — inclusive depois de Cristo e contando com a fé em Deus — ao capricho da fatalidade, e não permaneceria nenhum fundamento para distinguir o bem do mal. Sem essa base ficam as soluções do pensamento moderno que, actuando como se Deus não existisse, são desesperadas e ambíguas.
O mal é uma prova da liberdade defectível do homem. É certo que tampouco constitui uma prova da existência de Deus, mas é preciso admitir que o ateísmo fica sem fundamento para a liberdade e sem palavras para aliviar afundo a dor, porque não admite mais o finito, nega ao homem a possibilidade de uma justiça infinita final, rejeita a paternidade de Deus, a redenção do Filho e a santificação e sanação do Espírito Santo.

 

Paulo cabellos llorente, [i] trad ama



[i] Doutor em Direito Canónico, e Ciências da Educação