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05/05/2013

O mal e a suspeita sobre Deus (II) 1


O problema do mal anda à volta de dois grandes temas: a liberdade humana e a existência de Deus. Porque Deus poderia destruir o mal, mas não sem destruir a nossa liberdade. Mas, sem Deus não haveria criatura, não haveria liberdade, porque sem esta não pode elevar-se acima da antítese do bem e do mal — dizia o professor Fabro — e lutar por consolidar o primeiro e diminuir o segundo, a vida humana fica abandonada — inclusive depois de Cristo e contando com a fé em Deus — ao capricho da fatalidade, e não permaneceria nenhum fundamento para distinguir o bem do mal. Sem essa base ficam as soluções do pensamento moderno que, actuando como se Deus não existisse, são desesperadas e ambíguas.
O mal é uma prova da liberdade defectível do homem. É certo que tampouco constitui uma prova da existência de Deus, mas é preciso admitir que o ateísmo fica sem fundamento para a liberdade e sem palavras para aliviar afundo a dor, porque não admite mais o finito, nega ao homem a possibilidade de uma justiça infinita final, rejeita a paternidade de Deus, a redenção do Filho e a santificação e sanação do Espírito Santo.

 

Paulo cabellos llorente, [i] trad ama



[i] Doutor em Direito Canónico, e Ciências da Educação

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