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25/03/2013

Evangelho do dia e comentário





Tempo Quaresma 
SEMANA SANTA




Evangelho: Jo 12, 1-11

1 Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde se encontrava Lázaro, que Jesus tinha ressuscitado. 2 Ofereceram-Lhe lá uma ceia. Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com Ele. 3 Então, Maria tomou uma libra de perfume feito de nardo puro de grande preço, ungiu os pés de Jesus e Os enxugou com os seus cabelos; e a casa encheu-se com o cheiro do perfume. 4 Judas Iscariotes, um dos Seus discípulos, aquele que O havia de entregar, disse: 5 «Porque não se vendeu este perfume por trezentos denários para se dar aos pobres?». 6 Disse isto, não porque se importasse com os pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, roubava o que nela se deitava. 7 Mas Jesus respondeu: «Deixa-a; ela reservou este perfume para o dia da Minha sepultura; 8 porque pobres sempre os tereis convosco, mas a Mim nem sempre Me tereis». 9 Uma grande multidão de judeus soube que Jesus estava ali e foi lá, não somente por causa de Jesus, mas também para ver Lázaro, a quem Ele tinha ressuscitado dos mortos. 10 Os príncipes dos sacerdotes deliberaram então matar também Lázaro, 11 porque muitos judeus, por causa dele, se afastavam e acreditavam em Jesus.

Comentário:

Haverá sempre quem opine que a Igreja é sumptuária o que não está de acordo com o espírito de pobreza do seu Fundador.

(Normalmente, são pessoas que não frequentam a Igreja ou nem são cristãos).

São os ‘Judas’ dos dias de hoje – e de sempre – que se esquecem, ou pretendem ignorar duas coisas importantes:

A primeira de todas é que, a Deus, Criador, Dono e Senhor de todas as coisas e seres, todo o bem, reverência e mostras de apreço são devidas;

A segunda é não considerarem que a Igreja Católica reúne o maior acervo de obras, instituições e simples pessoas, dedicadas aos outros, pobres e marginalizados da sociedade, tudo isto a expensas dos cristãos que generosamente contribuem para tal.

(ama, Comentário sobre Jo 12, 1-11 2013.02.19)

Tratado dos actos humanos 70


Questão 18: Da bondade e da malícia dos actos humanos em geral.

Art. 6. ― Se o fim diversifica especificamente os actos em bons e maus.



(II Sent., dist. XL, a . 1).

O sexto discute-se assim. ― Parece que o fim não diversifica especificamente os actos em bons e maus.


Leitura espiritual para 25 Mar


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.

El “lugar” de Judas 5


Ernesto Juliá Diaz

Judas tiene la clarividencia intelectual necesaria para darse cuenta de que el hombre no puede, en absoluto, “inventar” a Dios. Y, a la vez, tiene la misma clarividencia para darse cuenta de que no vale la pena “inventar” a Dios.

Esta sería la razón para afirmar que el “mandamiento nuevo” no es para él. Ese mandamiento lleva en su propia enunciación el compromiso de Dios de abrir el corazón del hombre, de modo que adquiera la capacidad de amar como ama Dios. El “mandamiento nuevo” es la glorificación de Dios en el hombre; es el triunfo pleno de la Redención en el pecador.
            Aceptar el “mandamiento nuevo” conlleva que el hombre vive en él la glorificación de Dios.

            Con esta perspectiva, y si esto es así, podemos responder a la pregunta tantas veces formulada a lo largo de los siglos.
Si los apóstoles estaban siendo formados para ser testimonios del “mandamiento nuevo”, ¿Qué sentido tiene la presencia de Judas en el ámbito de los apóstoles? Judas, como cualquier otro ser humano, pudo muy bien no haber existido. El hecho de que  Dios le concede el vivir y le llame con nombre y apellidos a una misión, tiene que encerrar algún sentido. No cabe duda de que Judas tenía vocación de apóstol, había recibido una llamada a la que personalmente había respondido Sí.

Ernesto Juliá Diaz, [1] Julio 15, 2009



[1] Ernesto Juliá Díaz (Ferrol, 1934). Abogado y ordenado sacerdote en 1962, su labor pastoral le ha llevado a distintos países del mundo: Italia, donde ha residido desde 1956 hasta 1992, Australia, Filipinas, Taiwan, Kenya, Nigeria, Estados Unidos, Puerto Rico, Inglaterra, Francia, Bélgica, Holanda, Portugal, Suiza. Ha escrito en medios de comunicación italianos y españoles. Colaboró semanalmente en ABC durante ocho años. Ha publicado varios coleccionables en “Mundo Cristiano”. Ha participado en congresos y reuniones de espiritualidad, con profesores de la talla de Giovanni Colombo, Ignacio de la Potterie; Hans Urs von Baltasar, Inos Biffi, José Luis Illanes, Eugenio Corecco, etc. Tiene entre otros libros: Un anhelo de vida y El renacer de cada día. Ensayos y relatos breves además de varios libros de espiritualidad: Reflexiones sobre la Navidad, Cuatro encuentros con Cristo, Con Cristo resucitado. Y algunas ediciones de bolsillo como Josemaría Escrivá: vivencias y recuerdos, Conversiones de un santo, Porque casarse en la Iglesia y Letanías de la Virgen. En el año 2008 publicó también, Confesiones de Judas y La Biblia. Una lectura para cada día del año. En Cobel Ediciones ha publicado recientemente "Anotaciones de un converso. Cronica de un re-encuentro con Dios Padre". "El santo de lo ordinario (san Josemaría Escrivá), "La cita del amanecer. Anotaciones de un cristiano ingenuo". "Pararse a pensar no da dolor de cabeza".

Resumos sobre a Fé cristã 62


Jesus Cristo. Deus e Homem verdadeiro.

1. A Encarnação do Verbo

«Ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher» (Gal 4, 4). Cumpre-se, assim, a promessa de um Salvador que Deus fez a Adão e Eva ao serem expulsos do Paraíso: «Farei reinar a inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta esmagar-te-á a cabeça e tu tentarás mordê-la no calcanhar» (Gn 3, 15). Este versículo do Génesis é conhecido com o nome de proto-evangelho, porque constitui o primeiro anúncio da boa nova da salvação. Tradicionalmente, interpretou-se que a mulher de que se fala, tanto é Eva, em sentido directo, como Maria, em sentido pleno; e que a descendência da mulher se refere tanto à humanidade como a Cristo.

Desde então até ao momento em que «o Verbo se fez carne e habitou entre nós» (Jo 1, 14), Deus foi preparando a humanidade para que pudesse acolher com fruto o Seu Filho Unigénito. Deus escolheu para si o povo israelita, estabeleceu com ele uma Aliança e formou-o progressivamente, intervindo na sua história, manifestando-lhe os seus desígnios através dos patriarcas e profetas e santificando-o para Si. E tudo isto, como preparação e figura daquela nova e perfeita Aliança que havia de concluir-se em Cristo e daquela plena e definitiva revelação que devia ser efectuada pelo próprio Verbo encarnado 1. Embora Deus tenha preparado a vinda do Salvador, sobretudo, mediante a eleição do povo de Israel, isso não significa que tenha abandonado os restantes povos, “os gentios”, pois nunca deixou de dar testemunho de Si mesmo (cf. Act 14, 16-17). A Providência divina fez com que os gentios tivessem uma consciência mais ou menos explícita da necessidade da salvação e até aos mais recônditos cantos da terra se conservava o desejo de serem redimidos.

A Encarnação tem a sua origem no amor de Deus pelos homens: «nisto se manifestou o amor que Deus para connosco: Deus enviou o Seu Filho unigénito ao mundo, para que por Ele tenhamos a Vida» (1 Jo 4, 9). A Encarnação é a demonstração, por excelência, do Amor de Deus pelos homens, já que nela é o próprio Deus quem se entrega aos homens fazendo-Se participante da natureza humana em unidade de pessoa.

Após a queda de Adão e Eva no paraíso, a Encarnação tem uma finalidade salvadora e redentora, como professamos no Credo: «por nós homens e para nossa salvação, desceu do céu e encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria, e Se fez homem» 2. Cristo afirmou de Si mesmo que «o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido» (Lc 19, 10; cf. Mt 18, 11) e que «Deus não enviou o Seu Filho para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele» (Jo 3, 17).

A Encarnação não só manifesta o infinito amor de Deus pelos homens, a Sua infinita misericórdia, a Sua justiça, o Seu poder, mas também a coerência do plano divino de salvação; a profunda sabedoria divina consiste na forma como Deus decidiu salvar o homem, ou seja, do modo mais conveniente à sua natureza, que é precisamente mediante a Encarnação do Verbo.

Jesus Cristo, o Verbo encarnado, «não é nem um mito, nem uma ideia abstracta qualquer; É um homem que viveu num contexto concreto e que morreu depois de ter levado a sua própria existência no quadro da evolução da história. A investigação histórica sobre Ele é, pois, uma exigência da fé cristã» 3.

Pertence à doutrina da fé que Cristo existiu, como também que morreu realmente por nós e que ressuscitou ao terceiro dia (cf. 1 Cor 15, 3-11). A existência de Jesus é um facto provado pela ciência histórica, sobretudo, mediante a análise do Novo Testamento cujo valor histórico está fora de dúvida. Há outros testemunhos antigos não cristãos, pagãos e judeus, sobre a existência de Jesus. Precisamente por isso, não são aceitáveis as posições daqueles que contrapõem um Jesus histórico ao Cristo da fé e defendem a suposição de que quase tudo o que o Novo Testamento diz acerca de Cristo seria uma interpretação de fé que fizeram os discípulos de Jesus, mas não a Sua autêntica figura histórica que ainda permaneceria oculta para nós. Estas posições que, ao longo do tempo, encerram um forte preconceito contra o sobrenatural, não têm em conta que a investigação histórica contemporânea coincide em afirmar que a apresentação que faz de Jesus o cristianismo primitivo se baseia em autênticos factos realmente acontecidos.

josé antonio riestra

Bibliografia básica:

Catecismo da Igreja Católica, 422-483.
Bento XVI-Joseph Ratzinger, Jesus de Nazaré, Esfera dos Livros, Lisboa 2007, pp. 395-435.

Leituras recomendadas:

A. Amato, Jesús el Señor, BAC, Madrid 1998.
F. Ocáriz – L.F. Mateo Seco – J.A. Riestra, El misterio de Jesucristo, 3ª ed., EUNSA, Pamplona 2004.

(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)

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Notas:
1 Concílio Vaticano II, Const. Lumen Gentium, 9.
2 Concílio de Constantinopla I, Symbolum, DS 150; cf. Concílio Vaticano II, Const. Lumen Gentium, 55.
3 Comissão Teológica Internacional, Cuestiones selectas de Cristología (1979), en ID., Documentos 1969-1996, 2ª ed., BAC, Madrid 2000, 221.

Fazer da sua vida diária um testemunho de Fé


Muitas realidades materiais, técnicas, económicas, sociais, políticas, culturais..., abandonadas a si mesmas, ou nas mãos de quem carece da luz da nossa fé, convertem-se em obstáculos formidáveis à vida sobrenatural: formam como que um couto cerrado e hostil à Igreja. Tu, por seres cristão – investigador, literato, cientista, político, trabalhador... –, tens o dever de santificar essas realidades. Lembra-te de que o universo inteiro – escreve o Apóstolo – está a gemer como que em dores de parto, esperando a libertação dos filhos de Deus. (Sulco, 311)


Já falámos muito deste tema noutras ocasiões, mas permiti-me insistir de novo na naturalidade e na simplicidade da vida de S. José, que não se distinguia da dos seus vizinhos nem levantava barreiras desnecessárias.

Por isso, ainda que possa ser conveniente nalguns momentos ou em algumas situações, habitualmente não gosto de falar de operários católicos, de engenheiros católicos, de médicos católicos, etc., como se se tratasse de uma espécie dentro dum género, como se os católicos formassem um grupinho separado dos outros, dando assim a sensação de que existe um fosso entre os cristãos e o resto da humanidade. Respeito a opinião oposta, mas penso que é muito mais correcto falar de operários que são católicos, ou de católicos que são operários; de engenheiros que são católicos ou de católicos que são engenheiros. Porque o homem que tem fé e exerce uma profissão intelectual, técnica ou manual, está e sente-se unido aos outros, igual aos outros, com os mesmos direitos e obrigações, com o mesmo desejo de melhorar, com o mesmo empenho de se enfrentar com os problemas comuns e de lhes encontrar a solução.

O católico, assumindo tudo isto, saberá fazer da sua vida diária um testemunho de Fé, de Esperança e de Caridade; testemunho simples, normal, sem necessidade de manifestações aparatosas, pondo de manifesto – com a coerência da sua vida – a presença constante da Igreja no mundo, visto que todos os católicos são, eles mesmos, Igreja, pois são membros, com pleno direito, do único Povo de Deus. (Cristo que passa, 53).