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19/03/2013

Para meu Pai

Noite de Natal Monte Real 1977

2013.03.19

Meu querido Pai:

Escrevo-lhe esta carta no 'seu dia'.

Lembro-me quando era estudante jovem, de guardar as ‘notas’ do segundo período de aulas no colégio para lhas oferecer.

Normalmente boas notas, muito boas… mesmo.

E, lembro-me bem do que invariavelmente me dizia:

“Muito bem, obrigado, mas… aqui tiveste só um ‘dezoito’! Porque não tiraste um ‘vinte’?”

E eu não percebia muito bem a sua insatisfação (satisfeita), levei tempo a compreender que queria mais de mim, queria tudo o que eu podia dar: o máximo!

E foi sempre assim, um homem de ‘máximos’ toda a sua vida e é  essa imagem de homem probo, amável, exigente mas compreensivo que guardo para sempre.

Aí no Céu, celebra com os manos, o Manel Zé, a Mena, a Belinha e o Zézinho este dia, aqui, na terra, o João, a Trinda eu, o Pedro e o Joaquim, celebramos também.

Peço a São José a quem tinha tanta devoção, seja o portador desta.
Que melhor ‘carteiro’ poderia escolher!

E,. como sempre… despeço-me:

Um beijo do seu filho muito amigo, que lhe pede a bênção,

António

Evangelho do dia e comentário



Quaresma Semana V





S. José



Evangelho: Lc 2, 41-51


41 Seus pais iam todos os anos a Jerusalém pela festa da Páscoa. 42 Quando chegou aos doze anos, indo eles a Jerusalém segundo o costume daquela festa, 43 acabados os dias que ela durava, quando voltaram, o Menino ficou em Jerusalém, sem que os Seus pais o advertissem. 44 Julgando que Ele fosse na comitiva, caminharam uma jornada, e depois procuraram-no entre os parentes e conhecidos. 45 Não O encontrando, voltaram a Jerusalém à procura d'Ele. 46 Aconteceu que, três dias depois, encontraram-no no templo sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. 47 E todos os que O ouviam estavam maravilhados da Sua sabedoria e das Suas respostas. 48 Quando O viram, admiraram-se. E Sua mãe disse-lhe: «Filho, porque procedeste assim connosco? Eis que Teu pai e eu Te procurávamos cheios de aflição». 49 Ele disse-lhes: «Porque Me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me nas coisas de Meu Pai?». 50 Eles, porém, não entenderam o que lhes disse. 51 Depois desceu com eles e foi para Nazaré; e era-lhes submisso. A Sua mãe conservava todas estas coisas no seu coração. 52 Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens.

Comentário:

Que Evangelho mais apropriado para o dia de hoje em que toda a cristandade celebra a figura ímpar do Santo Patriarca José!

De facto, o 'relevo' que a Senhora dá ao 'Chefe da Sagrada Família' mencionando-o em primeiro lugar revela, pelo menos duas coisas:

A perfeita humildade da Virgem que sendo a Mãe de Deus se coloca em 'segundo lugar' na hierarquia social e, depois a perfeita contenção de S. José que, não obstante o 'relevo' que lhe é dado, permanece em silêncio humilíssimo,

Este Varão insigne que "sendo aio fez as vezes de Pai", como diz a Santa de Ávila, será para sempre o 'farol' seguro e fiável do caminho daqueles que procuram a santidade.

(ama, comentário sobre Lc 2, 41-51, 2012.03.19)

Tratado dos actos humanos 64


Questão 17: Dos actos ordenados pela vontade.

Art. 9 ― Se os membros do corpo obedecem à razão.




(I, q. 81, a . 3 ad 2, infra, q. 56 a . 4, ad 3, q. 58, a . 2, II Sent., dist. XX, q. 1, a . 2, ad 3, De Pot., q. 3, a . 15, ad 4).

O nono discute-se assim. ― Parece que os membros do corpo não obedecem à razão.



Leitura espiritual para 19 Mar


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.

O Senhor quer-nos contentes!


Habitua-te a falar cordialmente de tudo e de todos; em especial dos que trabalham ao serviço de Deus. E, quando isso não for possível, cala-te! Os simples comentários bruscos ou descuidados também podem raiar a murmuração ou a difamação. (Sulco, 902)

Torna a olhar de novo para a tua vida e pede perdão por esse pormenor e aquele outro que saltam imediatamente aos olhos da tua consciência; pelo mau uso que fazes da língua; por esses pensamentos que giram continuamente à volta de ti mesmo; por esse juízo crítico consentido que te preocupa tontamente, causando-te uma contínua inquietação e pesadelo... Podeis ser muito felizes! O Senhor quer-nos contentes, ébrios de alegria, andando pelos mesmos caminhos de felicidade que Ele percorreu! Só nos sentimos desgraçados quando nos empenhamos em sair do caminho e em meter por esse atalho do egoísmo e da sensualidade; e muito pior ainda se entramos no dos hipócritas.

O cristão tem de manifestar-se autêntico, veraz, sincero em todas as suas obras. Na sua conduta deve transparecer um espírito: o de Cristo. Se alguém tem neste mundo a obrigação de mostrar-se consequente, é o cristão, porque recebeu em depósito, para fazer frutificar esse dom, a verdade que liberta e salva. Padre, perguntar-me-eis, e como conseguirei essa sinceridade de vida? Jesus Cristo entregou à sua Igreja todos os meios necessários: ensinou-nos a rezar, a conviver com o Seu Pai Celestial; enviou-nos o Seu Espírito, o Grande Desconhecido, que actua na nossa alma; deixou-nos esses sinais visíveis da graça que são os sacramentos. Usa-os. Intensifica a tua vida de piedade. Faz oração todos os dias. E não afastes nunca os teus ombros do peso gostoso da Cruz do Senhor.

Foi Jesus quem te convidou a segui-lo como bom discípulo, com o fim de realizares a tua passagem pela terra semeando a paz e a alegria que o mundo não pode dar. Para isso – insisto – tens de andar sem medo à vida e sem medo à morte, sem fugir a todo o custo da dor que, para o cristão, é sempre um meio de purificação e ocasião de amar verdadeiramente os seus irmãos, aproveitando as mil circunstâncias da vida ordinária. (Amigos de Deus, 141)

Resumos sobre a Fé Cristã

A Criação 10

2. A realidade criada 3

2.2. O mundo material

Deus «criou o mundo visível em toda a sua riqueza, a sua diversidade e a sua ordem. A Sagrada Escritura apresenta a obra do Criador, simbolicamente, como uma sequência de seis dias “de trabalho” divino que terminam no “repouso” do sétimo dia (Gn 1,1-2,4)» (Catecismo, 337). «A Igreja, em diversas ocasiões, viu-se na necessidade de defender a bondade da criação, mesmo a do mundo material (cf. DS 286; 455-463; 800; 1333; 3002)» (Catecismo, 299).

«Pela própria condição da criação, todas as coisas estão dotadas de firmeza, verdade e bondade próprias e de uma ordem» (GS 36,2). A verdade e bondade do criado procedem do único Deus Criador que é, ao mesmo tempo, Trino. Assim, o mundo criado é um certo reflexo da actuação das Pessoas divinas: «em todas as criaturas se encontra uma representação da Trindade à maneira de vestígio» 13.

O cosmos tem uma beleza e uma dignidade, enquanto obra de Deus. Há solidariedade e hierarquia entre os seres, as quais hão-de conduzir à atitude contemplativa de respeito para com o criado e para com as leis naturais que o regem (cf. Catecismo, 339, 340, 342, 354). Certamente, o cosmos foi criado para o homem, que recebeu de Deus o mandato de dominar a terra (cf. Gn 1,28). Tal mandato não é um convite à exploração despótica da natureza, mas à participação no poder criador de Deus: mediante o seu trabalho o homem colabora no aperfeiçoamento da criação.

O cristão partilha das justas exigências que a sensibilidade ecológica pôs em evidência nas últimas décadas, sem cair numa vaga divinização do mundo e afirmando a superioridade do homem sobre o resto dos seres como «o ponto culminante da obra da criação» (Catecismo, 343).

santiago sanz

Bibliografia básica

Catecismo da Igreja Católica, 279-374.
Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, 51-72.
DS, n. 125, 150, 800, 806, 1333, 3000-3007, 3021-3026, 4319, 4336, 4341.
Concílio Vaticano II, Gaudium et Spes, 10-18, 19-21, 36-39.
João Paulo II, Creo en Dios Padre. Catequesis sobre el Credo (I), Palabra, Madrid 1996, 181-218.

Leituras recomendadas:

Santo Agostinho, Confissões, livro XII.
São Tomás de Aquino, Summa Theologiae, I, qq. 44-46.
São Josemaria, Homilia «Amar o mundo apaixonadamente» em Temas Actuais do Cristianismo, 113-123.
Joseph Ratzinger, Creación y pecado, Eunsa, Pamplona 1992.
João Paulo II, Memória e Identidade, Bertrand Editora, Lisboa 2005.

(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)

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Notas:
13 São Tomás, Summa Theologiae, I, q. 45, a. 7, co.; cf. Catecismo, 237.