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14/01/2013

Evangelho diário e comentário



   


T. Comum – I Semana









Evangelho: Mc 1, 14-20

14 Escolheu doze para que andassem com Ele e para os enviar a pregar, 15 com poder de expulsar os demónios: 16 Simão, a quem pôs o nome de Pedro; 17 Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer “filhos do trovão”; 18 e André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o Cananeu, 19 e Judas Iscariotes, que foi quem O entregou. 20 Depois, foi para casa e de novo acorreu tanta gente, que nem sequer podiam tomar alimento.

Comentário:

Quem escolhe e quem é escolhido, este é, desde sempre, um dos dilemas do homem.

A missão de cada um, aquilo que se espera que faça, que valor tem?

Se entendermos missão como vocação será mais evidente que o homem não é um ser isolado e que as suas acções têm sempre uma consequência.
Se dentro do que se espera... construtivas, se separadas do contexto ou fruto de decisão egoísta, destinadas ao falhanço e sem aproveitamento.

Ser escolhido será uma honra tanto maior quanto o for a resposta pessoal à escolha e, se se entender que escolha significa selecção, fica-se com uma ideia clara da honra que reveste e da responsabilidade que implica.

De facto, podemos pensar que somos ‘seleccionados’ por Deus para fazer parte da Sua ‘equipa’ destinada a levar de vencida os desafios do mundo e assegurar a conquista do maior troféu que imaginar se possa: a vida eterna no seio de Deus, com a Santíssima Virgem, os Santos e os Anjos!

(ama, comentário sobre Mc 1, 14-20, Esposende, 1012.01.22)

Leitura espiritual para 14 Jan 2013


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.

Diante de Deus tu és uma criança

Diante de Deus, que é Eterno, tu és uma criança mais pequena do que, diante de ti, um miúdo de dois anos. E, além de criança, és filho de Deus. – Não o esqueças. (Caminho, 860)

Se reparardes bem, é muito diferente a queda de uma criança e a queda de uma pessoa crescida. Para as crianças, uma queda, em geral, não tem importância; tropeçam com tanta frequência! E se começam a chorar, o pai lembra-lhes: os homens não choram. Assim se encerra o incidente com o empenho do miúdo por contentar o seu pai.

(…) Se procurarmos portar-nos como eles, os tropeções e os fracassos – aliás inevitáveis – na vida interior, nunca se transformarão em amargura. Reagiremos com dor, mas sem desânimo, e com um sorriso que brota, como a água límpida, da alegria da nossa condição de filhos desse Amor, dessa grandeza, dessa sabedoria infinita, dessa misericórdia, que é o nosso Pai. Aprendi durante os meus anos de serviço ao Senhor a ser filho pequeno de Deus. E isto vos peço: que sejais quasi modo geniti infantes, meninos que desejam a palavra de Deus, o pão de Deus, o alimento de Deus, a fortaleza de Deus para se comportarem de agora em diante, como homens cristãos. (Amigos de Deus, 146)

Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 25


25. No meio das conjunturas sociais e morais semelhantes ou piores do que as que atravessamos agora, a Igreja começou com o afã de mudar a atmosfera do decadente Império Romano e os cristãos havemos de trabalhar sempre assim, procu­rando decididamente levar o ambiente de Cristo à humanidade.

Nesta tarefa desempenham um papel insubstituível os pais e as mães: o seu empenho em imprimir um tom profundamente cristão nos seus lares e na educação dos seus filhos, fará dessas famílias focos de conduta cristã, remansos de águas límpidas que influenciarão muitos casais, facilitando por outro lado que brotem vocações de entrega a Deus no sacerdócio e nas variadíssimas realidades eclesiais, tanto no âmbito secular como na vida religiosa; e novos «lares luminosos e alegres», como comentava S. Josemaria.

Corresponde aos pais e às mães por direito próprio, insisto, uma ampla gama de apostolado pessoal com diferentes manifestações. E nada mais lógico do que associarem-se livremente a muitas outras pessoas com problemáticas semelhantes, para enfrentar esta situação de evidente transcendência: a ocupação do tempo livre, o entretenimento e a diversão, as viagens, a promoção de sítios adequados para que as filhas e os filhos possam ir amadurecendo humana e espiritualmente, etc. Corresponde por direito aos casais com filhos em idade escolar, como parte muito importante da sua responsabilidade educativa, a escolha e até mesmo a promoção de escolas e clubes juvenis; além de ser evidente a importância de intervirem activamente no funcionamento dos centros escolares que os filhos ou as filhas frequentam, utilizando todos os instrumentos que a lei lhes oferece para os orientar adequadamente.

Nos últimos tempos, depois de muitos anos de propaganda a favor da coeducação, vai-se abrindo caminho à ideia da educação separada para meninos e meninas, nos níveis primário e secundário, o que é benéfico para a formação das novas gerações. Convém não se desentender desta tarefa, e incentivar os esforços de investigação e de divulgação, nos aspectos jurídico, pedagógico e de opinião pública, para mostrar a legitimidade e as vantagens deste modo de proceder, que pressupõe um grande respeito para com as crianças, para com as raparigas e rapazes adolescentes e uma comprovada eficácia educativa e também de formação humana.

Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Nota: Publicação devidamente autorizada

Tratado dos actos humanos 1


Questão 6: Da voluntariedade e da involuntariedade.
Questão 7: Das circunstâncias dos actos humanos.
Questão 8: Dos actos em que há vontade.
Questão 9: Do motivo da vontade.
Questão 10: Do modo pelo qual a vontade é movida.
Questão 11: Da fruição.
Questão 12: Da intenção.
Questão 13: Da eleição.
Questão 14: Do conselho.
Questão 15: Do consentimento.
Questão 16: Do uso.
Questão 17: Dos actos ordenados pela vontade.
Questão 18: Da bondade e da malícia dos actos humanos em geral.
Questão 19: Da bondade do acto interior da vontade.
Questão 20: Da bondade e da malícia dos actos humanos exteriores.
Questão 21: Das consequências dos actos humanos em razão da bondade ou da malícia deles.

Questão 6: Da voluntariedade e da involuntariedade.


Como é necessário, pois, chegar-se à bem-aventurança por meio de certos actos, é preciso, consequentemente, tratar dos actos humanos, para conhecermos os que a ela conduzem ou dela se desviam. Mas, como as operações e os actos dizem respeito ao singular, toda ciência considerada em particular, operativa se completa. Donde, a ciência moral, que versa sobre os actos humanos há-de ser tratada, primeiro, em universal e, segundo, em particular.

Quanto à consideração universal dos actos humanos, há que, primeiro, tratar deles em si mesmos, segundo, dos seus princípios. Ora, desses actos, uns são próprios ao homem, outros são-lhe comuns aos animais. E como a bem-aventurança é bem próprio do homem, conduzem a ela mais proximamente os actos propriamente humanos, que os que lhe são comuns com os animais. Portanto, há-de tratar-se, primeiro, dos actos próprios ao homem. Segundo, dos que lhe são comuns com os animais, chamados paixões.

Sobre o primeiro ponto apresentam-se duas considerações: primeira, da condição dos actos humanos, segunda, da distinção deles. Mas como se chamam actos humanos propriamente ditos, aos voluntários, por ser a vontade o apetite racional próprio do homem, é preciso considerar os actos enquanto voluntários. E portanto, há-de tratar-se, primeiro, da voluntariedade e da involuntariedade em comum, segundo, dos actos voluntários ilícitos da própria vontade, dela procedente imediatamente, terceiro, dos actos voluntários imperados pela vontade, procedentes da vontade mediante outras potências.

E como os actos voluntários têm certas circunstâncias pelas quais são julgados há-de tratar-se, primeiro, da voluntariedade e da involuntariedade, e consequentemente, das circunstâncias dos actos em si, onde se manifesta a voluntariedade e a involuntariedade.

Sobre o primeiro ponto oito artigos se discutem:
Art. 1 ― Se há voluntariedade nos actos humanos.
Art. 2 ― Se há voluntariedade nos brutos.
Art. 3 ― Se a voluntariedade pode existir sem algum acto.
Art. 4 ― Se se pode violentar a vontade.
Art. 5 ― Se a violência causa a involuntariedade.
Art. 6 ― Se o medo causa a involuntariedade absoluta.
Art. 7 ― Se a concupiscência causa a involuntariedade.
Art. 8 ― Se a ignorância causa a involuntariedade.
Art. 1 ― Se há voluntariedade nos actos humanos.

(De Verit., q. 23, a . 1).

O primeiro discute-se assim. ― Parece que não há voluntariedade nos actos humanos.