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28/12/2013

Leitura espiritual para 28 Dez

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. 
O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.
Evangelho: Mt 16, 21-28; 17, 1-13

21 Desde então começou Jesus a manifestar a Seus discípulos que devia ir a Jerusalém e padecer muitas coisas dos anciãos, dos príncipes dos sacerdotes e dos escribas, ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia. 22 Tomando-O Pedro à parte, começou a repreendê-l'O, dizendo: «Deus tal não permita, Senhor; não Te sucederá isto». 23 Ele, voltando-Se para Pedro, disse-lhe: «Retira-te de Mim, Satanás! Tu serves-Me de escândalo, porque não tens a sabedoria das coisas de Deus, mas dos homens». 24 Então, Jesus disse aos Seus discípulos: «Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. 25 Porque quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a sua vida por amor de Mim, acha-la-á. 26 Pois, que aproveitará a um homem ganhar todo o mundo, se vier a perder a sua alma? Ou que dará um homem em troca da sua alma? 27 Porque o Filho do Homem há-de vir na glória de Seu Pai com os Seus anjos, e então dará a cada um segundo as suas obras. 28 Em verdade vos digo que, entre aqueles que estão aqui presentes, há alguns que não morrerão antes que vejam vir o Filho do Homem com o Seu reino».
17 1 Seis dias depois, tomou Jesus consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e levou-os à parte a um monte alto, 2 e transfigurou-Se diante deles. O Seu rosto ficou refulgente como o sol, e as Suas vestes tornaram-se luminosas de brancas que estavam. 3 Eis que lhes apareceram Moisés e Elias falando com Ele. 4 Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: «Senhor, que bom é nós estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas, uma para Ti, uma para Moisés, e outra para Elias». 5 Estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem resplandecente os envolveu; e saiu da nuvem uma voz que dizia: «Este é o Meu Filho muito amado em Quem pus toda a Minha complacência; ouvi-O». 6 Ouvindo isto, os discípulos caíram de bruços, e tiveram grande medo. 7 Porém, Jesus aproximou-Se deles, tocou-os e disse-lhes: «Levantai-vos, não temais». 8 Eles, então, levantando os olhos, não viram ninguém, excepto só Jesus. 9 Quando desciam do monte, Jesus fez-lhes a seguinte proibição: «Não digais a ninguém o que vistes, até que o Filho do Homem ressuscite dos mortos». 10 Os discípulos perguntaram-Lhe: «Porque dizem, pois, os escribas que Elias deve vir primeiro?». 11 Ele respondeu-lhes: «Elias certamente há-de vir e restabelecerá todas as coisas. 12 Digo-vos, porém, que Elias já veio, e não o reconheceram, antes fizeram dele o que quiseram. Assim também o Filho do Homem há-de padecer às suas mãos». 13 Então os discípulos compreenderam que falava de João Baptista.



O esplendor da caridade

A caridade é o melhor modo de informar sobre a Igreja e o Opus Dei: “amar é uma forma de conhecer e de se dar a conhecer”. Este texto procura explicar de que maneira o perdão, a humildade e uma vida recta são o caminho para mostrar a verdade.

No dia 6 de Outubro de 2002, o Papa João Paulo II incluiu Mons. Josemaria Escrivá entre o número dos santos. A partir daquele dia, surgiu um comentário que mais tarde se tornou habitual: São Josemaria já não pertence somente ao Opus Dei, mas a toda a Igreja. O seu exemplo, os seus ensinamentos, a sua intercessão estão acessíveis, mais do que nunca, a todos os católicos e a todos os homens de boa vontade, onde quer que estiverem.

Opus Dei - No plano humano, os filhos são retrato dos seus pais. No plano sobrenatural acontece também que muitas pessoas descobrem São Josemaria ao relacionar-se com os seus filhos.

Parentes, amigos e colegas entendem a mensagem da santificação do trabalho quando os fiéis do Opus Dei conseguem expressá-la com obras de caridade, que encerram o grau de eloquência mais elevado.

Não poucas vezes a descoberta intelectual vem precedida por um encontro pessoal. Muitos aprendem a amar São Josemaria e chegam a interessar-se pela profundidade das suas palavras justamente quando notam a amizade dos seus filhos.

Algumas vezes o interesse pela Obra surge com motivo de episódios aparentemente negativos. Falsidades que circulam de vez em quando; o que não é nenhuma novidade porque fazem parte da vida das pessoas e das instituições. As lendas sempre acompanharam a Igreja e foram sinal de contradição desde os seus primeiros passos.

São Josemaria explicava, com uma metáfora bem expressiva, a misteriosa relação entre o crescimento do trabalho apostólico e das contrariedades: «trataram a Obra — comentava numa tertúlia — como se fosse um saco de trigo. Bateram-lhe, maltrataram-na, mas a semente, por ser tão pequena, não se partiu. Pelo contrário, espalhou-se aos quatro ventos, caiu em todas as encruzilhadas humanas onde há corações famintos de Verdade, bem-dispostos...» [1].

É por isso que as circunstâncias aparentemente negativas não surpreendem, nem tiram a serenidade. Antes, recordam aquele ponto de Sulco: «Tudo o que agora te preocupa cabe dentro de um sorriso, esboçado por amor de Deus» [2].

Sempre haverá problemas na vida, o importante é que a reacção seja sobrenatural, cristã, cheia de caridade. Isto é possível com a luz da fé, com a certeza da filiação divina e de que, portanto, a vitória do cristão já está assegurada. Haveis de ter aflições no mundo; mas tende confiança, Eu venci o mundo [3].

Opus Dei - As calúnias não formam a imagem da Igreja. Ao contrário, ajudam a compreender melhor a sua beleza por contraste com a sua santidade e com as iniciativas de caridade difundidas pelos seus fiéis.

Algo semelhante acontece com a Obra: a sua imagem é a que os membros da Prelatura fornecem. A beleza do Opus Dei manifesta-se no interesse com que os seus fiéis procuram relacionar-se com as pessoas que os cercam, também nos momentos de contradição ou quando é necessário esclarecer mal-entendidos.

Expor a verdade com caridade é o melhor modo de desarmar a mentira. Como São Paulo nos ensina: noli vinci a malo, sed vince in bono malum, «não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem» [4]. Somente a luz da caridade é capaz de iluminar as trevas do erro.

A caridade está unida ao trabalho positivo de comunicar a verdade, de pôr todos os talentos ao serviço da difusão da boa doutrina. A missão dos cristãos inclui uma tarefa argumentativa: acompanhar colegas e amigos em direcção à verdade, de maneira que a descubram com a sua própria inteligência e adiram a ela com liberdade.

Bento XVI referiu-o na sua primeira encíclica: na tarefa de “realizar a sociedade mais justa possível”, a Igreja deseja contribuir “pela via da argumentação racional”, propondo-se ao mesmo tempo “despertar as forças espirituais, sem as quais a justiça, que sempre requer renúncias, não poderá afirmar-se nem prosperar”.

À Igreja compete, “e profundamente, o empenhar-se pela justiça trabalhando para a abertura da inteligência e da vontade às exigências do bem” [5].

Opus Dei - A tarefa de abrir as inteligências e mover as vontades num contexto de liberdade, requer dos cristãos o esforço de descobrir boas ‘explicadeiras’ — uma palavra que São Josemaria gostava de usar — que estejam à altura dos problemas, com frequência complexos, cujo esclarecimento é necessário.

Mostrar que a fé é razoável, que a moral conduz à felicidade, que Cristo veio para nos libertar, são algumas das convicções de que o nosso tempo precisa urgentemente, porque há muitas pessoas que anseiam por aquelas descobertas no fundo do seu coração.

Para os católicos, o melhor argumento é a sua própria vida. A Igreja convence, quando consegue mostrar as maravilhas que a graça tem operado ao longo da sua história.

Nesse sentido, a melhor forma de responder às falsidades sobre a Igreja e sobre o Opus Dei é, justamente, pôr em evidência a realidade com modéstia, com simplicidade. Com humildade pessoal e colectiva, buscando somente a glória de Deus.

«A condenação é por isto: A luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de que não sejam reprovadas as suas obras; mas aquele que procede segundo a verdade, chega-se para a luz, a fim de que seja manifesto que as suas obras são feitas segundo Deus» [6]. Em diferentes lugares do Evangelho, o Senhor refere-se aos seus discípulos como filhos da luz, que não têm medo à verdade e que sabem que Deus é o autor de todo o bem.

A caridade é o melhor modo de informar sobre a Igreja e o Opus Dei: amar é uma forma de conhecer e de se dar a conhecer. Estamos perante uma tarefa eminentemente prática e positiva, própria de pessoas «com o coração grande e os braços abertos, dispostos a afogar o mal na abundância de bem: porque o Opus Dei não é anti-nada: é afirmação, juventude, optimismo; sempre vitória e caridade para todos» [7].

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Notas:
[1] São Josemaria, anotações tiradas numa tertúlia, 29/12/1970
[2] São Josemaria, Sulco n. 89
[3] Jo 16, 33
[4] Rm 12, 21
[5] Bento XVI, Carta Encíclica Deus caritas est, n. 28
[6] Jo 3, 19-21

[7] São Josemaria, Instrução, Maio 1935 – 14/09/1950, n. 88

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